Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Ministério da Educação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ministério da Educação. Mostrar todas as postagens

domingo, 29 de outubro de 2017

Será que ele finalmente desistiu do golpe? entendeu que suas pretensões estavam acima do máximo de sua pouca capacidade? ou que seus pouco mais de 50 mil votos são insuficiente para lhe dar sobrevida até uma eventual traição a Temer ser esquecida?

Rodrigo Maia afirma que vai rejeitar os pedidos de impeachment 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista ao Estadão/Broadcast que vai rejeitar todos os 25 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que estão parados em sua gaveta. Segundo a sua argumentação, após ter sido leal a Temer nas duas denúncias, não faz sentido agora atuar contra o governo. Maia também disse que o presidente tem que "agradecer muito" o fato de ele não ter agido para derrubá-lo do Palácio do Planalto.

Como fica a sua relação com o Palácio do Planalto no pós-denúncia?
Minha origem na Presidência da Câmara foi independente e o Michel tem de agradecer muito de eu ter sido eleito e não ter feito o que eu podia ter feito. Eu poderia, na minha primeira legislatura, ter trabalhado dizendo o tempo todo que o governo não me ajudou, porque ele só apoiou a minha candidatura nas últimas 24 horas. Mas eu abracei a agenda do governo porque eu acredito na agenda da equipe econômica. Não foi uma questão de “eu sou governo”. Agora, eu não misturo as coisas: o presidente da República e o presidente da Câmara têm uma relação institucional muito boa e essa relação se mantém boa. Mas, o que eu estou dizendo, como presidente da Câmara, é que a relação não será uma relação amanhã igual a que foi antes das duas denúncias se o governo não reorganizar a base. 

E como faz para reorganizar a base?
Tem vários caminhos para resolver. O que você não pode é achar que o resultado da denúncia gerou uma base de 250 votos. Ter base é ter base que confia no governo, na agenda do governo, mesmo quando vem uma pauta árida para a Câmara. Acho que numa pauta árida, o governo hoje não tem maioria. 

Para o sr. qual seria o melhor caminho?
Se eu começar a falar vão dizer que eu estou querendo interferir no caminho que ele (Temer) vai decidir. Eu já falei muito até. Com denúncia o governo jogou muito individualmente, como é que você restabelece a liderança dos líderes nesse processo? Isso é uma coisa que o Michel vai ter de ver. Há a cobrança de alguns partidos, alguns acham que estão subrepresentados dentro do governo. É verdade, não é?

O DEM é um exemplo? Vocês só comandam o Ministério da Educação.
Educação é uma coisa gigantesca, o DEM não está demandando outro ministério, nunca demandou do presidente. O que estou dizendo é que tem partidos que se consideram subrepresentados, tem partidos que acham que outros estão super representados. Se o governo discorda dessa opinião dos partidos, tem de chamar os presidentes e seus líderes e dizer: você não está subrepresentado. Você está bem representado por isso e por isso. Se o governo acha que essa coalizão está construída de forma correta e se os partidos acham que não, tem alguma coisa errada, no mínimo, na comunicação entre os partidos e o governo. E o governo tem de resolver isso, eu não posso resolver isso, não tenho instrumentos para isso

Continuar lendo em Rota 2014 - Blog do José Tomaz


.

 

 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Um episódio real da longa guerra petista contra os colégios militares

Persiste ainda hoje, entre as esquerdas, com apoio da burocracia do Ministério da Educação, uma absoluta intolerância em relação à "indisciplina pedagógica" dos colégios militares.

Quando Olívio Dutra elegeu-se governador do Rio Grande, sua vitória foi entendida como evento culminante de uma empreitada revolucionária. Olívio e seus companheiros chegaram ao Palácio Piratini, em 1º de janeiro de 1999, mais ou menos como Che Guevara e Camilo Cienfuegos haviam entrado em Havana exatos 40 anos antes - donos do pedaço, para fazer o que bem entendessem e quisessem. Só faltou um velho tanque de guerra para os bigodudos e barbudos do PT se amontoarem em cima.


 Persiste ainda hoje, entre as esquerdas, com apoio da burocracia do Ministério da Educação, uma absoluta intolerância em relação à "indisciplina pedagógica" dos colégios militares.

Foi com esse voluntarismo que o primeiro governador gaúcho petista, posteriormente conhecido como "O Exterminador do Futuro I" (haveria uma segunda versão com outro ator), despachou a montadora da Ford para Camaçari, na Bahia. "Nenhum centavo de dinheiro público para uma empresa que não precisa!", explicava o governador incandescendo sua mistura de vetustos ardores messiânicos e antiamericanismo adolescente. E o PIB gaúcho, por meia dúzia de tostões, perdeu mais de um bilhão de dólares por ano pelo resto de nossas vidas. Foi assim, também, que se instalaram pela primeira vez entre nós a tolerância, as palavras macias, o aconchego e os abraços aos criminosos, seguidos de recriminações e restrições às ações policiais. Foi assim que o MST e as invasões de terras ganharam uma secretaria de Estado. Foi assim, também, que o PT gaúcho inventou uma Constituinte Escolar, instrumento ideológico concebido para, sob rótulo de participação popular, permitir que o partido estabelecesse as diretrizes de uma educação comunista no Rio Grande do Sul.

A essas alturas já era gritante o contraste entre a qualidade da Educação prestada pelo Colégio Tiradentes, sob orientação da Brigada Militar, e o decadente ensino público estadual. A insuportável contradição não comportava explicações palatáveis, mas sua notoriedade exigia completa eliminação. E o governo transferiu o tradicional Colégio para a já então ultra-ideologizada Secretaria de Educação. O Colégio Tiradentes foi condenado à morte, executado e esquartejado. No mesmo intento de combater a quem defende a sociedade e de afrontar a tudo que pudesse parecer militar, Olívio Dutra retirou o comando da Brigada Militar do prédio onde historicamente funcionava e fez a Chefia de Polícia mudar-se do Palácio da Polícia. Sim, sim, parece mentira, mas é verdade pura.

Eleito governador em 2002, Germano Rigotto, tratou de reverter o aviltamento das instituições policiais. Fez com que seus comandos retornassem às sedes tradicionais e decretou a volta do Colégio Tiradentes à Brigada Militar. Ao se pronunciar durante a solenidade de assinatura desse decreto, o governador afirmou algo que não pode sumir nas brumas do esquecimento porque define muito bem a natureza totalitária de seu antecessor: "Não raro, por escassez de recursos ou limitações de qualquer natureza, a comunidade quer algo e o governo não pode atender. O que raramente acontece é o governo fazer algo contra o manifesto desejo da comunidade. Foi o que o aconteceu e é o que sendo retificado neste momento. O Colégio Tiradentes volta para onde deve estar. O Quartel General da Brigada Militar, retornou ao seu QG. A Polícia Civil voltou para o Palácio da Polícia".

Três atos marcantes, revogando providências que o governo petista impôs à sociedade gaúcha, contrariando-a intensamente, apenas para expressar seu antagonismo a tudo que fosse ou seja policial e militar. Decorridos 13 anos, podemos ler no episódio aqui narrado as preliminares de um antagonismo que não se extinguiu. Persiste ainda hoje, entre as esquerdas, com apoio da burocracia do Ministério da Educação, uma absoluta intolerância em relação à "indisciplina pedagógica" dos colégios militares.

http://puggina.org


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Desaparelhando o governo

Aos poucos, o governo do presidente em exercício Michel Temer está tentando reverter o gigantesco aparelhamento da máquina do Estado realizado pelo PT ao longo de mais de uma década. As demissões já ultrapassam a casa das centenas, o que dá uma pálida ideia da abrangência do assalto petista ao poder.

Nem é preciso dizer que essas medidas saneadoras foram recebidas pelos simpatizantes do PT como uma afronta – e a máquina de propaganda petista, ainda muito afiada, está empenhada em transformar a faxina promovida por Temer em um atentado à “cultura” e aos “direitos sociais”, justamente as áreas cuja administração foi a mais aparelhada pelo partido – e assim, não à toa, se prestam à marquetagem fraudulenta que faz do PT o proprietário das classes pobres do País. O escândalo que alguns artistas estão fazendo para desqualificar Temer inclusive no exterior, para ficar somente neste exemplo embaraçoso, mostra bem a dificuldade que o presidente em exercício terá para retirar a administração pública de vez da órbita do PT e de seus simpatizantes e devolvê-la ao conjunto dos brasileiros.

A claque petista fez muito barulho com a decisão de Temer de fundir o Ministério da Cultura com o Ministério da Educação, rebaixando aquela pasta à categoria de Secretaria. Do ponto de vista da imagem política, foi um desastre que poderia ter sido evitado, pois alimenta a acusação de que Temer estaria interessado em retaliar a chamada “classe artística” porque esta se alinhou à presidente Dilma Rousseff e fez campanha contra o impeachment.

[o maior erro
No entanto, noves fora o fato de que não existe essa tal “classe artística”, a não ser na cabeça de quem não consegue enxergar a sociedade como um conjunto de indivíduos, e sim como uma reunião de corporações com vocação estatal, a decisão de Temer foi essencialmente correta, porque a pasta da Cultura foi transformada pelo PT em um de seus principais feudos, espécie de ponta de lança da construção da imagem do partido como o único capaz de interpretar as aspirações nacionais.

A grande prova de que o Ministério da Cultura era apenas uma espécie de departamento de agitação e propaganda do PT foi dada quando funcionários da pasta receberam o novo ministro da Educação, Mendonça Filho, aos gritos de “golpista” e de “golpe não, cultura sim”. A limpeza promovida por Temer é portanto uma consequência natural da constatação de que a Cultura não estava a serviço do Brasil, mas de um partido político.

O mesmo se deu no caso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Criada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a EBC deveria servir como uma “instituição da democracia brasileira: pública, inclusiva, plural e cidadã”, como se lê em sua carta de intenções. Mas acabou se transformando em braço do lulopetismo. A necessidade do governo Temer de desaparelhar a EBC ficou evidente quando Dilma, às vésperas de ser afastada da Presidência, nomeou para presidir a empresa o jornalista Ricardo Melo, na certeza de que este seria aliado firme do PT na guerrilha comunicacional contra o governo interino. Temer exonerou Melo, que entrará na Justiça sob a alegação de que seu mandato não podia ser interrompido.
[o maior erro do Temer, na faxina que está promovendo removendo o entulho petista ainda presente na administração pública, foi nomear para a 'secretaria de direitos humanos' uma mulher,  Flavia Piovesan, que apresenta como uma de suas principais bandeiras a LIBERAÇÃO DO ABORTO.

Será que aquela senhora não sabe que a vida de um ser humano inocente e indefeso, ainda no ventre da mãe, deve ser preservada já que a VIDA é um DIREITO HUMANO. e que cabe aquela secretaria proteger seres humanos, inclusive ainda não nascidos e que estão sujeitos à sanha assassina da própria mãe.
Outra bandeira apresentada pela ilustre senhora - cuja não nomeação será um aborto benéfico para o Brasil e por isso esperamos que ocorra - é a defesa do homossexualismo o que equivale a defender a extinção da FAMÍLIA.]
A luta contra a contaminação petista envolve muitas outras áreas do governo. Temer achou por bem, por exemplo, exonerar da presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) o sociólogo Jessé de Souza. Na chefia de um órgão responsável por pesquisas que ajudam a balizar importantes decisões de governo, Jessé havia dito que o impeachment era uma “mentira das elites” e que a crise econômica “foi produzida politicamente” por empresários.

Isso é só o começo. É muito provável que Temer tenha de ir ainda mais fundo se quiser extirpar o lulopetismo entranhado na administração federal. E ele tem de estar preparado para encarar o esperneio daqueles que, depois de apoiar de corpo e alma um projeto de poder que julgavam eterno, estão muito perto de perder a preciosa boquinha.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo

 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

“O ano que começa mais cedo”

Cinco notas de Carlos Brickmann

Depois do Carnaval? Não, 2016 é diferente. Começa amanhã, dia 7, com a volta do juiz Sérgio Moro ao trabalho, depois dos feriados de fim de ano. Começa com a Polícia Federal se sentindo mordida com o corte de verbas. Começa com o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, com livre acesso às dependências do Palácio, e Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado, presos e pressionados: ou fazem delação premiada ou estão sujeitos a longas penas. [pensam no Marcos Valério do MENSALÃO - PT; não fez acordo e se ferrou sozinho.
Delcidio está mais assustado, pois foi informado que nas cadeias presos coroas, cabelos brancos, boa aparência, são os preferidos para serem mocinhas.
O Bumlai é mais desajeitado mas terá sempre um preso para usá-lo]
 
Há mais. O grupo de trabalho do Ministério Público encarregado de investigar políticos recebeu reforço: cinco subprocuradores para atuar especificamente nos recursos dos envolvidos na Operação Lava Jato ao Superior Tribunal de Justiça; e outros quatro investigadores. Cada caso pode ter inúmeras ramificações. Nas palavras do ministro Teori Zavascki, “puxa-se uma pena e vem uma galinha”.

Fernando Henrique, entrevistado no Manhattan Connection de domingo, disse que um dos problemas para tentar resolver politicamente a crise é que nunca se sabe se, na hora da conversa, o interlocutor estará solto. Fernando Henrique vê a situação com clareza: enquanto o trabalho da Justiça se desenvolver, tudo fica parado. E o avanço das investigações é imprevisível: se Delcídio e Bumlai falam, é uma coisa; se silenciam, é outra. Quem diria, há não muito tempo, que o líder do governo no Senado seria preso? Quem diria que o maior empreiteiro do Brasil, Marcelo Odebrecht, passaria meses preso e não sairia nem no Natal?
STF e STJ soltarão muita gente. Mas quem ocupará seu lugar em Curitiba?

Ajuda à memória
Só para lembrar, há inquéritos no Superior Tribunal de Justiça sobre o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, e do Acre, Tião Viana, do PT. Outro envolve o ex-ministro (de Dilma) Mário Negromonte, do PP baiano. Os três fazem parte do grupo político que apoia a presidente.

Negromonte só não é ativo na luta contra o impeachment porque está hoje no Tribunal de Contas.

Movimento permanente
Os prazos em que ocorrerão os principais eventos judiciários dependem de uma série de fatores ─ inclusive feriados, dias de ponto facultativo, etc. Por exemplo, o ministro Teori Zavascki deu prazo de dez dias para que o deputado Eduardo Cunha se manifeste sobre o pedido do Ministério Público para afastá-lo da Presidência da Câmara. Dez dias não são dez dias: o prazo começa quando Cunha for notificado da decisão. Isso só pode ocorrer em fevereiro, quando o Supremo volta do recesso e manda notificá-lo. Se a notificação for entregue pelos oficiais de justiça na segunda, dia 1º, o pedido de afastamento pode começar a ser julgado na sessão de quarta, dia 17. Se a notificação não for logo entregue, talvez fique tudo para março.
São dez dias que podem valer por 50. Só que, enquanto não há decisão, a política fica fermentando e esquentando a crise.

Crise? Que crise? 
1 - Lembra daquelas terríveis cenas de pessoas barradas na porta de hospitais fluminenses por falta de vagas? Da moça que deu à luz na rua, porque nem no corredor do hospital quiseram aceitá-la? Das declarações do governador Pezão, de que o dinheiro tinha acabado, que os cofres estavam raspados, que não sobrava nem para a Saúde? Pois a situação deve ter melhorado muito: no dia 31, o governo do Rio determinou gastos de R$ 120 milhões com propaganda oficial em 2016 (a quantia pode chegar a R$ 150 milhões). É o mesmo que foi gasto no ano passado, sem um tostão sequer de economia. Pensando bem, é até pouco: para botar na cabeça da população que o governo é bom, que é que vão fazer?

2 - A Câmara dos Deputados gastou, em 2015, R$ 14 milhões com combustíveis e lubrificantes (o levantamento é da Operação Política Supervisionada, de Lúcio Batista). São cerca de 4 milhões de litros de gasolina que o caro leitor teve a honra de pagar para Suas Excelências, que o representam em Brasília.

3 - Lembre-se: há alguns anos, falou-se muito em trem-bala, e a presidente Dilma Rousseff criou uma estatal, a Empresa de Planejamento e Logística, exclusivamente para tomar conta do projeto. O trem-bala não saiu, não se fala mais no assunto, mas a EPL vai bem, obrigado. Tem 185 funcionários. E gastou R$ 46 milhões em 2015.

É a prova de que o trem-bala é um meio de transporte ultrarrápido: já passou, ninguém viu, e a gente continua a pagar por ele.

Mas houve economia
Nem só de gastança, entretanto, vive o governo. Há ocasiões em que, atento à crise, o Palácio do Planalto decide cortar despesas. Em 2015, por exemplo, o ano em que a presidente Dilma Rousseff declarou que o Brasil seria a Pátria Educadora, o Ministério da Educação teve corte de 10% do orçamento ─ aproximadamente R$ 10,5 bilhões de reais.
Dinheiro só para áreas prioritárias, como pagamento de diárias de hotéis cinco estrelas no exterior para delegações oficiais.

Ministros do Brasil
Todos os envolvidos desmentirão. Mas vários informantes confiáveis, em Brasília, garantiram que o ex-ministro Delfim Netto foi sondado por Dilma para a Fazenda. Desde o início dos governos petistas, Delfim esteve entre os conselheiros informais do presidente Lula.
Delfim recusou, Nelson Barbosa aceitou.

Fonte:  Coluna de Carlos Brickmann - http://www.brickmann.com.br/

 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Cadê a "Pátria Educadora"?

Primeiros atos do governo Dilma mostram que o discurso da posse, que elegeu a educação como prioridade, está muito longe da realidade.  

Do ensino básico ao superior, o setor está em crise e as medidas tomadas pelo governo prejudicam ainda mais o estudante

"Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero”, cravou Dilma Rousseff em seu discurso de posse, em 1º de janeiro. A presidente justificou a alcunha de “pátria educadora” dada ao País nesse dia ao afirmar que “democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis, da creche à pós-graduação”. Palavras de impacto e com o aval de todos os brasileiros. Afinal, quem ousaria dizer que essa não é uma das áreas mais importantes para o desenvolvimento econômico e social de um povo? Mas medidas tomadas pelo governo mostram que ele está seguindo na direção oposta das palavras que abriram o segundo mandato da presidente eleita. Da educação básica ao ensino superior, sem distinção, todos os níveis apresentam graves problemas. Recentes mudanças no Programa de Financiamento Estudantil (Fies), por exemplo, podem deixar alunos fora do ensino superior. O corte orçamentário fará com que sejam subtraídos cerca de R$ 7 bilhões dos gastos do Ministério da Educação neste ano, o maior bloqueio entre todas as pastas. Além disso, estudos mostram que a educação básica, que deveria dar sinais de avanço, apresenta desaceleração nos níveis de aprendizado. Levando-se em conta que não se passaram nem dois meses do início de 2015, é impossível não fazer a pergunta: onde está a pátria educadora?


O caso mais emblemático é o do Fies., programa pelo qual o governo banca a mensalidade dos estudantes. A dívida é paga após a formatura com juros camaradas. No final de 2014, o governo estabeleceu algumas mudanças, entre elas a de que só seriam mantidas no programa as instituições de ensino superior que tivessem teto de reajuste da mensalidade até 4,5%. Depois de negociações com entidades do setor e reclamações de alunos, a taxa subiu para 6,4%, o índice da inflação. Ainda assim, muitos estudantes correm o risco de deixar seus cursos porque suas universidades tiveram aumento maior do que esse percentual. Segundo a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), apenas 280 mil do 1,9 milhão de contratos haviam sido renovados até a sexta-feira 13. 

Procurado, o Ministério da Educação não explicou por que o percentual foi estabelecido, mesmo com a reclamação das universidades sobre a liberdade de mercado para que cada uma possa estipular o reajuste necessário. Para o professor de políticas públicas Fernando Schuler, do Insper, o fato de o programa ser do governo lhe dá o direito de colocar essa regra, mas não de uma hora para outra, como foi feito. “O planejamento financeiro das instituições é fechado com muita antecedência. Educação não é resolvida a curto prazo”, diz. “Além disso, o argumento para chegar a esse número é de que ele corresponde à inflação. Mas na precificação do ensino superior há inúmeras variáveis, como reajuste de salário dos professores, que não segue a mesma lógica.”





Continuar lendo em..................IstoÉ

Camila Brandalise - camila@istoe.com.br

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Ministérios das Cidades, Saúde e Educação lideram cortes no Orçamento 85

Os ministérios das Cidades, da Saúde e da Educação lideraram os cortes no Orçamento Geral da União de 2015, de acordo com anúncio feito nesta sexta-feira (22) pelo Ministério do Planejamento. Juntas, as três pastas concentraram 54,9% do contingenciamento (bloqueio) de R$ 69,946 bilhões de verbas da União.

No Ministério das Cidades, o corte chegou a R$ 17,232 bilhões. Na Saúde, o bloqueio atingiu R$ 11,774 bilhões. Na Educação, o contingenciamento totalizou R$ 9,423 bilhões.  Em seguida, vêm os ministérios dos Transportes (R$ 5,735 bilhões) e da Defesa (R$ 5,617 bilhões).

Programas sociais serão preservados, diz governo

Mesmo com o contingenciamento, o governo garantiu que os principais programas sociais estão preservados.  Segundo o Ministério do Planejamento, o orçamento do Ministério da Educação continuará com valor acima do mínimo estabelecido pela Constituição em R$ 15,1 bilhões, preservando os programas prioritários e garantindo o funcionamento das universidades e dos institutos federais.

Na Saúde, o orçamento também ficará acima do mínimo constitucional em R$ 3 bilhões, com recursos assegurados para o Sistema Único de Saúde e os programas Mais Médicos e Farmácia Popular.  De acordo com o Ministério do Planejamento, no Ministério do Desenvolvimento Social o valor preserva o Bolsa Família, com R$ 27,7 bilhões, e mantém os demais programas do Plano Brasil sem Miséria.

Fonte: Agência Brasil  

 

segunda-feira, 30 de março de 2015

Novo ministro da Educação entrou numa grande roubada

Renato Janine Ribeiro entra: a) no ministério; b) em coisa nenhuma; c) numa roubada

Me espanta a ingenuidade das pessoas que saudaram a nomeação do professor Renato Janine Ribeiro para o ministério da Educação. Não porque ele, um filósofo e articulista respeitável, não tenha qualidades – mas sequer acho necessário discuti-las aqui. É simplesmente porque o momento em que Dilma poderia sinalizar um ministério de qualidade já passou. Agora ele precisaria de um ministério de guerra – e provavelmente nem esse daria conta dos embates que se intensificam.

A descrição que ele faz do convite no facebook é singela: “Ufa! Não tive tempo até agora de agradecer os cumprimentos nem de comentar minha nomeação para a Educação, pela presidenta Dilma (…) Na quinta-feira recebi uma ligação do ministro Aluizio Mercadante, me convidando a ir a Brasilia para vermos a possibilidade de eu ocupar este cargo. Aceitei. Cancelei alguns compromissos – um deles seria participar da performance, longa mas que deve ser fascinante, da Marina Abramovic no Sesc. Fui recebido por ele e pela presidenta, com quem tive longa conversa. Depois, fui ao MEC, onde o secretário executivo, que permanecerá, me fez um briefing inicial de um dos ministérios maiores, mais complexos e mais ricos da Esplanada. Bom lembrar que são 50 milhões de alunos e 2 milhões de professores! É o Brasil que está lá – subindo a ladeira”.

Fora o fato meio pelego de subitamente passar a usar o termo “presidenta” (ele usava “presidente”, nos escritos que eram críticos ao governo, sem serem de oposição), e de contar candidamente que deixou de ir a um programa no Sesc para, err, entrar no governo, Janine Ribeiro mostra como sua indicação surgiu do nada, um raio em céu azul. Não há a menor indicação de conversas, articulações ou quaisquer intenções anteriores, de parte a parte.

Continuar Lendo.......................... Blog Alex Antunes


sexta-feira, 27 de março de 2015

Renato Janine Ribeiro é o novo ministro da Educação - Era ruim. Vai ficar pior

Cargo que estava vago desde a semana passada, quando Cid Gomes pediu demissão

A presidente Dilma Rousseff escolheu, nesta sexta-feira, o filósofo Renato Janine Ribeiro para comandar o Ministério da Educação, cargo que estava vago desde quarta-feira da semana passada, quando Cid Gomes pediu demissão. A posse do novo ministro será no dia 6 de abril.
 
O novo ministro já fez várias críticas à presidente Dilma Rousseff. Em entrevista ao GLOBO no último dia 7, Ribeiro afirmou que a maior parte do ministério “é fraca. Apesar de ter declarado voto na petista, ele disse ter se sentido “enganado” em relação ao modo de Dilma governar.

Leia a íntegra da nota:
“A presidenta da República Dilma Rousseff convidou nesta sexta-feira (27) o professor doutor Renato Janine Ribeiro para assumir o cargo de ministro da Educação."
A posse do novo ministro será no dia 6 de abril.


Perfil
Renato Janine Ribeiro tem formação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado pela Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne, doutorado pela USP e pós-doutorado pela British Library. É professor titular de Ética e Filosofia Política da USP.

Tem 18 livros editados, além de inúmeros ensaios e artigos em publicações científicas. Em 2001, recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio. O novo ministro foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq (1993-1997), do Conselho da SBPC (1997-1999), secretário da SBPC (1999-2001) e diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2004-2008). Além disso, atuou como membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da USP e é membro do Conselho Superior de Estudos Avançados da FIESP”.

'Não vamos bem de líderes', disse Renato Janine Ribeiro sobre Dilma, Aécio e Marina

Considero que na situação que estava foi o melhor voto. Mas isso não quer dizer que eu esteja satisfeito. Me sinto enganado no sentido em que houve um compromisso implícito de que ela mudaria o estilo de governo, ia parar de governar pela braveza e ia começar a dialogar mais e a delegar mais. Esse para mim era um compromisso que ela cumpriu de maneira muito limitada na medida em que nomeou um ministro que ela praticamente não pode mandar embora, que é o Joaquim Levy. Com ele, eu suponho que ela não grite. A maior parte do ministério é fraca, com honrosas exceções. Ela tem uma imagem de quem dialoga e delega pouco e isso não é uma boa imagem para um presidente na democracia — declarou ao GLOBO.


sexta-feira, 13 de março de 2015

Governo retira mais de 50% do FIES = extinção do Fundo


União retém R$ 1,7 bi da educação e atinge Fies
Quando comparadas com o mesmo período do ano passado, as quedas na transferência foram de mais de 50%, em média
O represamento de recursos públicos para que o Ministério da Fazenda possa organizar as contas tem provocado forte impacto na educação. Em janeiro e fevereiro, a União segurou cerca de R$ 1,7 bilhão do setor. Programas considerados essenciais para a "Pátria Educadora", como o Financiamento Estudantil (Fies) e o Pronatec, foram os mais atingidos. Pouco mais de R$ 1 bilhão foi retido do Fies e outros R$ 464 milhões do Pronatec. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, as quedas na transferência foram de 50% e 58%, respectivamente.

Instituições privadas de ensino já haviam indicado atrasos de valores do Pronatec e do Fies. No Fies, houve restrições para novos contratos e mudança no fluxo de pagamento.  As universidades federais perderam R$ 173 milhões - queda de 34% - do dinheiro que é dirigido ao "funcionamento de instituições". Outros R$ 53 milhões - corte de 33% - foram retidos dos investimentos em "reestruturação e expansão".

A interferência da Fazenda no Ministério da Educação (MEC) já era esperada, segundo o economista Mansueto Almeida, especialista em finanças públicas, que, a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, contabilizou o montante represado pelo governo. "Mexeram em benefícios sociais, como o seguro-desemprego, restringiram investimentos em infraestrutura e precisam reduzir os gastos fixos do Estado. Uma hora chegaria na educação."

Os chamados gastos de custeio - manutenção das universidades e pagamento de bolsas, por exemplo - afetam a capacidade de o governo poupar. Em linguagem técnica, impedem que seja feito o superávit primário. O Fies, por sua vez, engorda a dívida pública.

Segundo Mansueto, a educação deve ser prioridade, mas precisa de planejamento. "Todo mundo sabia, por exemplo, que o Fies precisava de ajuste, não havia controle nenhum." Reportagens publicadas pelo Estado revelaram que o gasto com o programa cresceu 13 vezes desde 2010, sem se refletir na expansão da rede privada. No ano passado, o governo colocou R$ 13,7 bilhões no Fies.

Públicas
Nas universidades federais, os cortes têm provocado transtornos, sobretudo em áreas com contratos terceirizados. "Limpeza e vigilância são os maiores problemas, o funcionamento já não é o adequado", disse Soraya Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Continuar Lendo ........................... Agência Estado