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sábado, 30 de setembro de 2017

Rio, uma cidade acuada - Conheça o penoso cotidiano de quem vive uma guerra urbana

Vítima da letal combinação entre falência do Estado e crescente domínio do tráfico, a Cidade Maravilhosa se torna refém da violência e do medo que se espalha por todas as classes sociais. Como esse inferno foi criado e o que pode ser feito para resgatar a paz

A rotina da sociedade carioca mudou completamente nas últimas semanas. Tanques de guerra e homens vestidos para a batalha se impõem ostensivamente, alterando as paisagens da segunda maior cidade brasileira e cartão postal do País. Soldados com máscaras de caveira anunciam o horror do confronto com traficantes. Marcas de bala em muros de residências antes seguras são um termômetro da frequência dos tiroteios. 
 CONTROLE Forças Armadas entram na Rocinha para tentar conter a guerra entre traficantes. Na última década, o governo recorreu a essa solução 12 vezes (Crédito: Leo Correa)

 Estabelecimentos fechados interrompem o fluxo do comércio e até a tradicional boemia associada ao estilo de vida dos cariocas tem hora para acabar, com bares e restaurantes tradicionais de bairros como a Lapa fechados ao escurecer para segurança da clientela.

Crianças impedidas de ir às aulas veem seu futuro comprometido. Refém do crime, do medo e da inércia do poder público, a cidade agoniza em um triste retrato da supremacia da violência. Das 1.025 comunidades da capital, 843 estão sob domínio de traficantes ou de milicianos. Só nos três primeiros meses deste ano, houve 1.867 vítimas de homicídios, roubos, agressões e operações policiais. Nas últimas semanas, com a disputa pelo controle do tráfico na Rocinha, a tensão extrapolou os limites do morro e atingiu todas as camadas da sociedade. Sinais de que se trata de uma guerra se alastram pela cidade que hoje, antes de fazer jus ao título de maravilhosa, se apresenta ao mundo como devastada.

As consequências desse poderio se mostram das formas mais perversas no dia a dia. O crime passou a controlar a circulação de carros e ônibus nas comunidades. Na quarta-feira 27, embora sete das nove escolas da Rocinha tivessem voltado funcionar, poucos alunos foram às aulas. Uma massagista foi demitida do emprego em uma clínica de Ipanema por ter faltado. “O patrão não está nem aí se eu tinha com quem deixar minha filha pequena ou não”, disse, chorando.


Muitos coletivos não conseguiram transitar nas ruas tomadas pelo Exército, impedindo que moradores pudessem sair para trabalhar. Um motorista de Uber que não quis se identificar disse à ISTOÉ que vigilantes armados identificam a luz do celular acoplado ao painel do carro e o interceptam. “Mesmo com filtro nos vidros, eles mandam o carro parar exigindo pagamento. Estão sempre com uma arma na cintura”, afirma ele, que já teve de pagar R$ 50 para buscar uma passageira na zona norte. Segundo registros em delegacias, cinco motoristas são vítimas de extorsão por dia.

Em meio às intensas trocas de tiros, instituições de ensino próximas às comunidades vêm tomando precauções sem esperar pelas autoridades. A Escola Alemã Corcovado, em Botafogo, no mesmo bairro em que está localizado o Morro Dona Marta, primeiro a receber uma UPP, providenciou uma passagem subterrânea para os alunos caminharem do estacionamento às salas de aulas. Trata-se de uma garagem no subsolo usada para a saída de alunos e funcionários em situações adversas. A escola já chegou a suspender o recreio dos alunos em função dos tiroteios. Medidas como essas não são exageradas quando se toma por base o caso de duas crianças e um bebê atingidos por balas perdidas em julho desse ano. Mesmo fora das regiões de confronto, muitos cariocas deixam de sair à noite por medo, e a vida noturna na cidade sofre um violento baque. 


 MASCARADOS Soldados utilizaram bataclavas com imagens de caveira: política de confronto se sobrepõe aos investimentos em inteligência (Crédito:Fernando Frazão/Agência Brasil)

O restaurante Frontera, no Jardim Botânico, teve redução de 50% no movimento. Na sexta-feira 22, o Braseiro, “point” do Baixo Gávea, no bairro homônimo, vendeu dois barris de chope ao invés dos habituais sete. Outros pontos que outrora ferviam na noite carioca, como a Lapa, no Centro, e a Rua Conde de Bernadotte, no Leblon, agora sobrevivem apenas. Na Lapa, o centenário restaurante Nova Capela passou a fechar as portas mais cedo devido à violência da área. Ninguém do estabelecimento quis dar entrevista. “Com o movimento em baixa e sem segurança, quem pode aguentar?”, questiona o garçom de um bar vizinho, na região mais boêmia do Rio.
 


(...) 

FORÇAS ARMADAS
Ao longo da última década, o governo do estado do Rio recorreu 12 vezes a intervenções das Forças Armadas. “A situação mostra uma crise periódica e permanente. Faz-se uso de um modelo militarizado que não resolve o problema”, diz Ignácio Cano, sociólogo e coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.n
“A preseça dos militares tem um custo muito alto e não representa uma mudança de cenário no longo prazo.” Entre 2014 e 2015, a presença de soldados no Complexo da Maré por 15 meses custou aos cofres públicos R$ 600 milhões e a favela até hoje sofre com os mesmos problemas. Por trás da falência no combate ao crime está também a falta de investimento. Contas do governo estadual revelaram que gastos com “informação e inteligência”, fundamentais para o combate ao crime, foram reduzidos a zero no ano passado, quando a despesa com a segurança pública consumiu R$ 9,1 bilhões. 


EXÉRCITO A atuação das Forças Armadas na Rocinha teve duração de oito dias. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, a favela está estabilizada (Crédito:Bruno Itan / Parceiro / Agência O Globo)

Do total, R$ 7,68 bilhões foram destinados à administração geral, ou seja, pagamento de salários. “Policiais acreditam que o trabalho se restringe à lógica de confronto e dão pouca importância à inteligência”, diz Silvia. Para ela, com a entrada massiva de fuzis nas favelas, houve uma “bopetização” da polícia, neologismo que se refere à atuação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), famoso pelos métodos violentos. Os policiais que usam máscaras de caveira ao subir o morro são prova.

A predominância de fuzis no arsenal dos traficantes de drogas revela o quanto o comércio de armas avançou no Rio. Em junho desse ano, policiais apreenderam 60 fuzis de guerra no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. “Isso mostra que as armas estão entrando pela porta da frente do País”, afirma Bruno Langeani, gerente de Sistemas de Justiça e Segurança Pública do Instituto Sou da Paz. “O aumento de munições apreendidas de calibre restrito, armas de maior poder de fogo, não tem comparação com nenhum outro estado brasileiro.” Segundo ele, a grande parte dos fuzis é vendida legalmente dos Estados Unidos para países como Bolívia e Paraguai e contrabandeadas para o Brasil. 

 Um dado revelado pelo relatório é que 42% das munições apreendidas em 2014 são de uma fabricante nacional. “Isso expõe as fragilidades no controle das munições brasileiras”, diz. Com uma média de 430 munições apreendidas por dia, é possível imaginar a disponibilidade bélica dos grupos de criminosos. Mais que uma reserva de balas para sustentar intensos tiroteios, eles dão demonstrações de seu poder de fogo disparando rajadas de tiros. Estima-se que cada bala de fuzil chegue a custar R$ 50. Para reverter esse cenário seria necessário aumentar a fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, evitar que armas e munições fiquem por muito tempo nas delegacias e monitorar seus deslocamentos para acabar com canais de desvio. 

(...)

Há um vácuo no poder que agrava a violência em todo o Rio de Janeiro. O diagnóstico da socióloga do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, Julita Lembruger, explica-se pela ausência de declarações e ações efetivas do governador Luiz Fernando Pezão e do prefeito Marcelo Crivella diante do caos que dominou a favela da Rocinha nas últimas semanas. No dia 22, no estopim da crise, enquanto moradores viviam momentos de pânicos com o confronto entre traficantes e homens das Forças Federais, o prefeito demorou quinze horas para se manifestar por meio de nota.

Limitou-se a pedir que as pessoas evitassem áreas onde estivessem ocorrendo ações militares. Na quarta-feira 27, dez dias após o início dos conflitos, aos gritos de “sumido”, o prefeito visitou a Rocinha. O governador Pezão também se pronunciou apenas para dizer que sabia da invasão de traficantes, mas por cautela, desautorizou qualquer ação da polícia. “São afirmações inócuas, sem projetos, sem ideias. As favelas vivem um verdadeiro apagão”, diz Silvia Ramos, cientista social.

 MATÉRIA COMPLETA em Isto É



 

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Rio: 48%mais caro

Cidade sustenta os vereadores mais caros do país. A maioria deles apoia o prefeito Crivella no aumento de impostos de 48%, numa época em que a inflação rasteja em 3% ao ano

O Rio sustenta os vereadores mais caros do país. Eles gastam R$ 811 milhões por ano. São 51 legisladores numa cidade de seis milhões de habitantes. Em média, cada vereador custa R$ 16 milhões ao bolso dos cariocas.  É muito. Principalmente, quando comparado a São Paulo, cidade com o dobro de habitantes. Os 55 legisladores locais gastam R$ 674 milhões. Em média, cada um custa R$ 12,2 milhões aos paulistanos.
Não existe justificativa razoável para que a Câmara do Rio seja tão cara. Exceto, pela anarquia fiscal dominante. 

A cidade tem metade da população de São Paulo e possui receita própria 82% menor — R$ 16,2 bilhões no ano passado. Ainda assim, paga 20% a mais por um Legislativo inferior, em número de vereadores. Sobram evidências da crise na cidade, à margem dos gabinetes refrigerados da Câmara, onde se consomem seis toneladas de açúcar e 960 quilos de leite em pó por ano. Nas ruas 345 mil pessoas vagueiam sem ocupação (151% a mais que 2013 na contagem da Fundação Getulio Vargas). Sob marquises 14 mil adormecem (144% a mais que no passado na conta da prefeitura.) 

No plenário, a maioria dos vereadores passa o tempo concedendo medalhas e promovendo festas como o “Dia do avivamento da Rua Azusa”. Nos bastidores, essa maioria fica solidária ao prefeito Marcelo Crivella em manobra para aumentar em nada menos que 48% no Imposto Predial e Territorial Urbano e no Imposto de Transmissão de Bens Imóveis. Isso numa época de inflação rastejante na marca dos 3% ao ano. A cidade governada por Crivella tem 1,9 milhão de imóveis cadastrados, mas prefeito e vereadores consideram 1,1 milhão de domicílios isentos de tributação. Esse abrupto aumento de imposto vai sobrar para 800 mil pagantes, proprietários ou inquilinos. Os governantes justificam as isenções: os imóveis teriam um valor tributável inferior a R$ 50 mil. 

Na vida real, as isenções compõem um mosaico carioca, combinado à expansão dos negócios de milícias em loteamentos clandestinos e em frotas irregulares de transporte coletivo. Crivella lidera forças emergentes na política local. Elas mimetizam e, eventualmente, se compõem com facções do PMDB, antes dominantes. Não há nada de “justiça social” ou de “revolução urbana” no horizonte da cidade. Da Câmara à Prefeitura do Rio, o objetivo comum é apenas garantir fatias do mercado carioca de votos para as próximas eleições. É mais do mesmo. Com 800 mil pagando 48% mais caro. 

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, terá sua Amaggi S.A., em Cuiabá, restrita aos negócios de capital de giro, recebíveis e crédito consignado, sem operar empréstimos e poupança — esclarece o Banco Central. 

Permanece o paradoxo: o mais novo integrante do clube de donos de instituições financeiras é um político investigado por lavagem de dinheiro e corrupção em negócios públicos, usando bancos privados como Daycoval, BicBanco, BMG e Rural (em liquidação). O BC colabora com o inquérito do Supremo, no qual o ministro é retratado como líder de um “ecossistema delitivo” no Mato Grosso há mais de uma década. [esclarecimento: ser investigado não significa ser culpado.]
 
Fonte: José Casado - O Globo
 
 

terça-feira, 17 de março de 2015

Fraude na Caixa Economica Federal – por enquanto, em torno de 100 milhões. Ainda não é o CAIXÃO



PF prende operador de fraude em crédito imobiliário na Caixa
Organização criminosa atuava em três agências bancárias no RJ e desviou R$ 100 milhões com documentos falsos e liberação de valores sem as devidas garantias
O principal operador da organização criminosa que fraudava contratos de financiamentos de imóveis em três agências bancárias da Caixa no Rio está preso e quatro funcionários do banco foram demitidos, informou a Polícia Federal (PF). A organização é alvo da Operação Dolos, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, 17. Por volta de 11h30, "praticamente todos" os 34 mandados de condução coercitiva foram cumpridos, segundo o delegado federal Rafael Andreata.

A operação identificou fraude de R$ 100 milhões, valor total de cerca de 100 operações de financiamento imobiliário aprovadas pela Caixa de forma irregular. Os criminosos, que atuavam com a ajuda de empregados da própria Caixa, facilitavam o recebimento de valores de contratos de até R$ 1 milhão, aceitando documentos falsos e liberando os valores sem as devidas garantias. Em alguns casos, os imóveis, a maioria localizada na Região dos Lagos, litoral norte do Rio, sequer existiam.

O operador do esquema foi preso em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. Contra ele havia mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão. Enquanto os agentes da PF cumpriam o mandado de busca, encontraram na casa do operador, cujo nome não foi divulgado para preservar as investigações, uma pistola 9 mm. Por isso, explicou o delegado Andreata, o operador foi preso em flagrante, por posse de arma de uso restrito.



domingo, 15 de março de 2015

Infiltrado do PT com cartaz pedindo intervenção militar é hostilizado no Rio

Um jovem com um cartaz pedindo intervenção militar foi vaiado e xingado durante a manifestação contra a corrupção, em Copacabana. O estudante de engenharia Aramis Farias foi hostilizado pelos demais participantes do ato, que o acusaram de ser "infiltrado do PT". Aramis explicou que não defende a volta da ditadura, mas apenas uma intervenção militar para restabelecer a ordem e combater a corrupção. "Eu não defendo o militarismo. É intervenção militar. É diferente de regime, é diferente de ditadura. É para que os militares entrem na política e corrijam o que está errado, pois a política está envolta em corrupção", se defendeu Aramis.

Quando o jovem terminava de falar, um grupo começou a vaiar, mandando que ele baixasse a faixa. O economista Cláudio Maes chegou a se exaltar e acusou o estudante de ser infltrado do PT, para descaracterizar a manifestação. "Você está aqui no meio da galera, sabendo que ninguém quer [o militarismo]. Você é infiltrado do PT", acusou Maes. Aramis ainda tentou ficar em meio à multidão, mas acabou desistindo, baixou o cartaz e se retirou para a lateral da via onde ocorre a manifestação.

Dilma determina aumento de impostos nas panelas - buscando 'desarmar' seus opositores e com isso impedir panelaço

Dilma frauda manifestantes profissionais que atuaram na manifestação do dia 13 - sexta-feira passada.

O combinado era R$ 50, condução e um sanduíche de mortadela - Dilma mandou distribuir PÃO COM MARGARINA em substituição ao sanduba.



Circulando pela manifestação em Brasília - Brasileiros já protestaram na Austrália

Parece que só o protesto de hoje, em Brasília,  Brasília vai reunir mais manifestantes do que os de São Paulo e Rio, somados, do dia 13 passado.

Há instantes foi realizado um enterro simbólico do governo Dilma.

Estamos na manifestação - é um DEVER de todos os brasileiros que querem uma Pátria melhor - mas, atentos as notícias das manifestações em todo o Brasil.

Uma coisa é certa: um número superior a mais de 1.000.000 de manifestantes em todo o Brasil  será alcançado antes do meio-dia.

A manifestação petralha, alcançou pouco mais de 40.000 manifestantes - a maioria pagos a troca de sanduíches, R$ 50 e condução.

Brasileiros já protestaram na Austrália

 

Manifestação - Austrália - Fora Dilma - Sydney - 15/03/2015 

 

 



sexta-feira, 6 de março de 2015

Bagunçou de vez - os presídios agora são dos bandidos - oficialmente, já que oficiosamente já eram

Fim da revista íntima na entrada de presídios deve ser votado na próxima terça-feira

Um projeto de lei destinado ao fim das revistas íntimas na entrada dos presídios do estado seria votado na quinta-feira na Assembleia Legislativa, mas recebeu sete emendas e deverá voltar à pauta na próxima terça-feira.

No texto, os deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Jorge Picciani (PMDB) propõem que sejam utilizados outros métodos de revista, como o uso de detector de metais e escâner corporal. Segundo os dois parlamentares, todos os presídios do estado contam com detectores de metais, o que impede a entrada de armas. [detectores de metais, scanner e outros métodos podem e devem ser usados complementando a revista íntima.]

O deputado Flávio Bolsonaro (PP) apresentou seis emendas que anulam a proposta feita por Freixo e Picciani. “Se o texto original for aprovado, os bandidos agradecem’’, justificou. Já Zaqueu Teixeira (PT) redigiu uma outra, para tentar assegurar que delegados não passem por qualquer revista em presídios.

Monitoramento de condenados com tornozeleiras eletrônicas é sujeito a falhas no Rio

Casos de sentenciados que saem do perímetro fixado só são comunicados 24 horas depois à Justiça; alguns até cometem crimes

 Tornozeleira eletrônica usada por um condenado beneficiado com regime semiaberto. O equipamento monitora os sentenciados 24 horas por dia - Marcelo Piu - 18/11/2014 / Agência O Globo

Apontada pela Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) e pela Justiça como alternativa para desafogar as carceragens, a tornozeleira eletrônica, usada por condenados beneficiados com o regime aberto, tem se mostrado um sistema falho no Rio: como o pagamento ao consórcio responsável pelo monitoramento está atrasado desde junho do ano passado e apenas 732 dos 1.362 aparelhos distribuídos funcionam plenamente. Além disso, ao contrário do que acontece em outros estados, eventuais casos de ruptura ou de ultrapassagem dos perímetros fixados pela Justiça não são comunicados imediatamente — aqui, a polícia só é acionada 24 horas depois, de acordo com o prazo estabelecido em uma norma da Vara de Execuções Penais (VEP).

André Guilherme de Freitas, promotor da Justiça de Execução Penal, diz que a situação no Rio facilita a reincidência entre os condenados que usam tornozeleiras eletrônicas: Vários condenados fugiram após receberem os equipamentos.

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Riscos de a desordem urbana anular avanços das UPPs

Pacificação tem atraído novos moradores, que se prevalecem da leniência do poder público para ocupar áreas beneficiadas pela política de segurança nas favelas

A instalação das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio tem o propósito, em razão da urgência ditada pela dimensão da violência, de resgatar comunidades subjugadas por grupos do crime organizado. Adjacentes a esse objetivo, e tão importantes quanto a ocupação policial, situam-se as ações sociais, um conjunto de iniciativas no âmbito do poder público. Caso da oferta de serviços, urbanização e políticas públicas (entre elas, habitação), em geral ausentes nas favelas, em grande parte devido a barreiras criadas pelas quadrilhas que nelas atuam. Ambas, a retomada de regiões e sua reocupação pelo Estado, são partes indissociáveis de um mesmo programa.

Era de se esperar, por isso, que às ações policiais de asfixiamento dos grupos criminosos e de libertação das áreas por eles controladas, se sucederiam os movimentos do poder público para conduzir tais regiões à formalidade. A constatação de que, nessas comunidades, em lugar de atrair o Estado, a pacificação tem permitido o avanço da favelização é preocupante sinal de distorção dos propósitos do programa das UPPs.

O comentário do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, de que a desordem urbana nas comunidades com UPPs tem sido cevada, ainda que indiretamente, pela pacificação, é um preocupante alerta. A leniência do poder público estimula um movimento previsível: com oferta de mais segurança para morar, fiscalização precária e sem uma reocupação efetiva do poder público com seus serviços, essas áreas têm atraído novos moradores. Em vez de ações planejadas de urbanização, uma alternativa aberta pelas unidades pacificadoras, dá-se o incremento da invasão desordenada. Esta, por sua vez, realimenta uma cadeia de informalidade propícia ao retorno das quadrilhas do crime organizado. É um deletério jogo que se realimenta no vazio do Estado.

Fenômeno semelhante já havia ocorrido com o Favela Bairro. O programa introduziu uma série de melhorias nas favelas atendidas, mas, sem uma perspectiva mais ampla de mudar o perfil de ocupação dessas regiões, acabou por incentivar o movimento de ocupação desordenada.

É uma lição para a atual pacificação: cumprida, na maioria das favelas, a missão de retomada das áreas para o controle do Estado, fica a sensação de que falta vontade política aos órgãos de governo para dar seguimento aos objetivos mais estratégicos da política das UPPs.

O secretário Beltrame já chamou atenção também para a necessidade de se abrir espaço, via urbanização, para o acesso dos serviços públicos. Vielas e becos são obstáculos intransponíveis nas favelas, e removê-los é um imperativo para a chegada desses serviços — inclusive de segurança. As UPPs, portanto, não podem servir de anteparo para o incremento da desordem urbana. Elas devem ser avalistas das necessárias mudanças do perfil de ocupação das favelas.

Fonte: O Globo - Editorial

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O DF não tem necessidade nem cultura de carnaval. Insistir em realizar carnaval do DF é desperdício de dinheiro público



FELIZMENTE, golpe de morte na palhaçada que chamam de carnaval no DF !!! Desfile de escolas de samba do DF não terá competição nem arquibancadas

Falta de dinheiro obriga escolas de samba a organizar festa enxuta, sem arquibancadas ou premiação. Governo tentará intervir para que a iniciativa privada ajude no financiamento


Distrito Federal não tem necessidade de carnaval. É desperdício. O Distrito Federal terá em 2015 seu último carnaval,  enxuto, paupérrimo, favela mesmo
Carnaval só vale mesmo o do Rio; o de São Paulo fica em segundo lugar mas bem atrás do carioca e o da Bahia é o terceiro e um arremedo
 


Depois de o Governo do Distrito Federal confirmar que não repassará o dinheiro para a folia, a União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito Federal (Uniesbe) fará os desfiles sem competição, o número de dias da festa cairá de três para dois e as apresentações serão feitas em área pública, sem as arquibancadas. Esse foi o resultado da reunião entre o presidente da Uniesbe, Geomar Leite, o Pará, o secretário de Turismo, Jaime Recena, e o governador Rodrigo Rollemberg. Na próxima segunda-feira, Pará e Recena voltarão a se encontrar para discutir o apoio de empresas ao evento.

Paralelamente, o secretário e o governador vão procurar a área jurídica do Palácio do Buriti para discutir a aplicação da Lei nº 4.738, de 29 de dezembro de 2011, que determina a responsabilidade do GDF em pagar “a infraestrutura, os serviços públicos de apoio e a divulgação necessários à realização do carnaval do Distrito Federal”. Recena lembra que ao menos a primeira parcela dos R$ 6,35 milhões aprovados pela gestão passada para o evento de 2015 deveria ter sido paga em outubro, o que não ocorreu.

Na tarde de ontem, Recena disse que montará um plano de ação em conjunto com as escolas e a liga dos blocos, para buscar a iniciativa privada. De acordo com o secretário, os representantes das agremiações e dos blocos tradicionais foram compreensivos em relação à posição do governo. “Eles entendem que esse é um problema que herdamos. Sabem que existem outras situações emergenciais e isso é importante para enfrentarmos todas as dificuldades que temos pela frente. A esperança de fazer o carnaval existe. Estamos empenhados e esperançosos de encontrar uma saída satisfatória para todos”, disse.

O presidente da Uniesbe manifestou insatisfação com o cancelamento da verba. Segundo ele, as escolas devem cerca de R$ 1,4 milhão em material e R$ 2 milhões em mão de obra, que foram empenhadas com a garantia de que o governo cumpriria a lei e manteria o financiamento. “Estamos buscando alternativas para sanarmos essas dívidas. Vamos garantir a apresentação das escolas de samba reduzida. Usaremos as fantasias confeccionadas e queremos todas as agremiações presentes.”

Fonte: Correio Braziliense