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sábado, 4 de julho de 2020

Pastor amigo de Bolsonaro, Silas Malafaia, justifica ida para rede social concorrente do Twitter: 'experimenta falar de gay' - Evangélicos vetam Feder

O Globo

Por Gabriel Mascarenhas

Pastor amigo de Bolsonaro,  Silas Malafaia, justifica ida para rede social concorrente do Twitter: 'experimenta falar de gay'

Reza a lenda que no espaço nada é censurado. Amigo pessoal de Jair Bolsonaro, Malafaia não vai abandonar seus 1,4 milhão de seguidores do Twitter, mas justifica por que apostará num outra plataforma.
Vai no Twitter e experimenta falar alguma coisa de gay: censurado. Fala de vírus chinês, é censurado. Agora, xinga pastor, xinga político à vontade que não acontece nada. Peraí!

Lauro Jardim, jornalista - O Globo


sábado, 4 de maio de 2019

A Deus o que é de César

Alinhada a um governo que encampa suas pautas principais, a bancada evangélica na Câmara mostra ambições mais amplas, que não se limitam ao terreno moral


Toda quarta-feira às 8 horas o plenário 6 da Câmara dos Deputados se converte em igreja. Com a Bíblia nas mãos, parlamentares e assessores, alguns acompanhados da esposa, agrupam-se para o “culto devocional”. Religião e poder dão-se as mãos. O culto de 27 de março, por exemplo, começou com aleluias e glórias ao senhor, enquanto a deputada e cantora gospel Lauriete Rodrigues (PR-ES) — ex-­mulher do ex-senador Magno Malta — puxava o louvor com seu violão. O deputado e pastor Francisco Eurico da Silva (Patriota-­PE), capelão da bancada evangélica, fez a pregação do dia. Depois, uma questão mundana se impôs: a escolha do novo líder da Frente Parlamentar Evangélica, composta hoje de 120 parlamentares ativos, um recorde desde a sua fundação, em 2002 — e maior, muito maior, do que qualquer partido político no Congresso Nacional.

Não há nem nunca houve votação para o posto de líder da frente religiosa: após discussões por vezes ásperas, Silas Câmara (PRB-AM) foi sagrado por aclamação. Há diferenças e divisões na frente, mas a unidade de ação da bancada, nesta legislatura, vem amparada por uma convicção renovada na força política que o eleitorado evangélico demonstrou: foram os evangélicos que, proporcionalmente, mais sustentaram a eleição de Jair Bolsonaro. E o presidente dá repetidas mostras de alinhamento com o setor. Agora mesmo, matou no nascedouro a ideia de um novo imposto que incidiria também sobre as igrejas, o que mostra a força da bancada evangélica.

 (./.)
O caso foi o seguinte. Na segunda-­feira 29, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, [que falando é uma tragédia, em silêncio atrapalha menos.] em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, aventou a criação de um novo imposto para simplificar o sistema tributário brasileiro, que incidiria sobre o dízimo das igrejas, hoje imunes a tributação. Parlamentares evangélicos mais próximos ao presidente — como Marco Feliciano — e líderes evangélicos que circulam pelos salões da política — como Silas Malafaia — soterraram Bolsonaro com telefonemas e mensagens. Em seguida, o presidente divulgou um vídeo no Twitter para desmentir o secretário em termos inequívocos: “Não haverá novo imposto para as igrejas”. “As igrejas gastam muito mais do que recebem. Na igreja, os fiéis aprendem a pagar os seus impostos e a respeitar as autoridades”, justificou o ex-presidente da frente, deputado e pastor Lincoln Portela (PR-MG) — por ironia, um amigo de Marcos Cintra.

Desde há muito uma força política cortejada pelos mais diversos partidos, os evangélicos agora têm ambições mais amplas, que não se limitam a batalhar por vantagens tributárias, alvarás de templos ou concessões de rádio. O mapa político da frente segue mais as divisões religiosas do que as partidárias. Há uma profusão de denominações em disputa. Cinco parlamentares pleitearam a liderança da frente, por exemplo. Silas Câmara surgiu como um nome de compromisso entre candidatos de ramos rivais da Assembleia de Deus, e foi por isso que ganhou.

Encerrado o culto-sessão, enquanto o novo líder conversava com VEJA, uma assessora o interrompeu para que ele atendesse o bispo Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus do Ministério Madureira. “Sou seu soldado, meu líder”, disse, ao celular, o novo presidente da Frente Evangélica. A lealdade desses deputados não está com caciques políticos, mas com pastores e bispos. “É uma nova elite que está se formando, que tem capital cultural diferente do da elite que nós conhecemos”, diz a coordenadora do Centro de Estudos sobre Temas da Religião da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maria das Dores Campos Machado. [o maior problema dos evangélicos, anteriormente conhecidos como protestantes, é que existe só no Brasil mais de 500 denominações evangélicas, cada uma dizendo ser a verdadeira.
Alguns até que frequentam 'faculdades' de teologia, mas, a grande maioria começa a ler a Bíbilia Sagrada, interpretando da forma que mais lhe convier, anda com a mesma debaixo do braço - estilo desodorante - para um lado e para o outro, pregando em esquinas e logo forma uma seita, que chamam de religião e logo conseguem um  templo.

Sempre tem pessoas interessadas  na salvação da alma e se agarram ao caminho que lhe parecer mais conveniente.
Esquecem que as seitas evangélicas tiveram origem na rebeldia de uma monge alemão, há pouco mais de 500 anos, começaram unidas em torno de Lutero, o monge, mas depois começaram a se dividir.]

Os políticos evangélicos, sobretudo os pentecostais e neopentecostais, que compõem 60% da bancada, não querem mais ser coadjuvantes. A frente conta com 120 membros ativos, mas, como é praxe nesses casos, outros 83 apoiadores assinaram o documento que a instituiu. Esses são, em sua maioria, de outras religiões, como católicos e espíritas. 

Temas morais e comportamentais sempre estiveram associados a essa bancada, mas agora eles convivem com novos interesses. A educação, por exemplo: está prevista para a próxima semana a inauguração, em Brasília, da primeira faculdade no país ligada a uma sigla política, o PRB, o partido da Igreja Universal do Reino de Deus, como é conhecido nos corredores da Câmara. A autorização de funcionamento da instituição foi concedida pelo Ministério da Educação em novembro de 2018, no governo Temer. Quem vai gerir a instituição é a Fundação Republicana Brasileira, que recebe 20% da verba do fundo partidário destinada ao PRB. “É a primeira fundação ligada a um partido político do Brasil que terá uma faculdade autorizada pelo MEC”, celebra o deputado Marcos Pereira (PRB-SP). O Brasil já tem universidades ligadas a igrejas — católicas, presbiterianas, luteranas, metodistas —, mas isso é novidade entre as neopentecostais.

(...)

“Existem hoje 13 milhões de desempregados; pelo menos 98% deles são cristãos. A nossa pauta é trazer o Brasil aos trilhos do desenvolvimento”, diz o presidente da frente, Silas Câmara. Sua palavra de ordem é “profissionalização”. A frente colocou um representante em cada uma das 25 comissões permanentes da Câmara para monitorar os projetos em discussão, e contratou uma agência de marketing especializada em mídias sociais, que passará a divulgar atividades da bancada. A empresa é a Nativos Comunicação, cujo CEO é Elienai Câmara, filho do deputado (a agência fica no mesmo endereço de outra que tocou a sua última campanha eleitoral).

O nepotismo aqui não é ilegal, pois os fundos da frente não vêm da Câmara, e sim da doação de seus membros. Mas Silas Câmara enfrenta uma acusação de peculato: a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal a punição com prisão e multa do deputado, sob suspeita de ter pago com verba da Câmara uma cozinheira, um piscineiro e um motorista que lhe prestavam serviços privados.

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-­RJ), que está elaborando um projeto de lei que qualifica homofobia como agravante em casos de homicídio e agressão, mas ao mesmo tempo garante aos religiosos a liberdade para dizer, por exemplo, que relações homossexuais são pecado. [impedir de dizer que relações homossexuais são pecado, será o absurdo dos absurdos; CENSURAR A BÍBLIA SAGRADA.
Um dos pecados mais presentes e que levaram a destruição de Sodoma e Gomorra foi a prática do homossexualismo, especialmente a sodomia - que é pacífico é uma aberração sempre presente entre homossexuais, especialmente do sexo masculino.

No Brasil em que o Supremo desperdiça tempo e dinheiro público para julgar se  banheiro público, unissex, é constitucional, existe projetos tentando criminalizar a homofobia = obrigar as pessoas a gostarem da homofobia, o que será o primeiro passo para a homofobia obrigatória.]  Entre tais projetos está o que torna a homofobia um crime, equiparando-a ao racismo. Uma medida equivalente está sendo julgada no STF e já recebeu quatro votos favoráveis. O julgamento ainda não tem data para ser concluído, graças a uma articulação dos evangélicos com o presidente da corte, Dias Toffoli. O deputado-pastor Marco Feliciano, um dos principais expoentes da bancada evangélica, contou a VEJA que Toffoli chegou a conversar com algumas lideranças evangélicas para pedir que elas não abraçassem as campanhas de críticas ao STF, que propunham, entre outras coisas, a CPI da Lava-Toga. Em troca, sugeriu que adiaria a análise da questão da homofobia. A agenda pública de Toffoli mostra pelo menos quatro encontros com lideranças evangélicas nos últimos meses.


Publicado em VEJA de 8 de maio de 2019, edição nº 2633

domingo, 18 de dezembro de 2016

Condução coercitiva de Silas Malafaia foi escancaradamente ilegal

A lei prevê duas circunstâncias para isso. O pastor não se encaixa em nenhuma. Ação acaba sendo uma antecipação de pena de quem nem ainda foi processado

Sim, está em todo canto, divulgado com estardalhaço pelo advogado de Laerte Coutinho: fui condenado em primeira instância num processo por danos morais movido pelo cartunista. Num texto que ele publicou no Facebook, diz sentir-se atraído por mim segundo entendi, em sentido bíblico (aquela parte mais, digamos, tarja preta da Bíblia). E me processa. Vai entender… Mas trato disso mais tarde. A minha questão, agora, é outra. Vou falar da condução coercitiva do pastor Silas Malafaia.

Olhem aqui, meus caros, eu nem vou entrar no mérito da investigação. Não é hora disso. Para tanto, vou precisar de mais tempo. Eu tomo sempre um extremo cuidado com as questões judiciais, coisa que a imprensa tem feito cada vez menos. Há blogs, sites e comentaristas hoje em dia que se comportam como meros animadores de torcida. Existe um fascismo rudimentar em curso que pode nos conduzir a péssimo lugar. Hoje, os cortadores de cabeça se animam; amanhã, seus respectivos pescoços correm o risco de perder o apêndice inútil… Adiante.

O Código de Processo Penal prevê duas circunstâncias para a condução coercitiva. Vamos ver se Malafaia se encaixa em uma delas:
Artigo 218
“Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.”

Artigo 260
“Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.”

Retomo
Desde logo, descarte-se o 218 porque Malafaia não é testemunha.
E, do mesmo modo, é inaplicável o 260 porque não consta que tenha resistido ou deixado de atender a qualquer determinação da Justiça.
Então que se responda: condução coercitiva por quê?
Nessas horas, quem não gosta de Malafaia, um homem de opiniões polêmicas (e quem não as tem?), vibra. Eu mesmo discordo dele em muita coisa, e ele sabe disso. E concordamos em outras tantas. Assim é o mundo. Também aplaudem os que rejeitam a sua concepção religiosa. E pode haver, finalmente, quem realmente o considere culpado, conhecendo ou não detalhes da investigação.

Nada disso importa!
O que importa é que não se faz Justiça ao arrepio da lei. O que importa é que uma investigação deve obedecer aos limites legais. O que importa é que a lei tem de valer também para o meu inimigo ou meu adversário, ou, a seu tempo, ela deixará de valer também para mim.

Pode não ter sido a intenção do juiz, mas me parece que a condução coercitiva, quando não há resistência, tem como consequência única a humilhação do depoente e uma espécie de antecipação de pena de quem nem ainda foi processado.


Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Para Malafaia, manifesto contra Cunha é de ‘esquerdopatas’


Pastor diz que texto de evangélicos deveria pedir também a saída de Dilma e de Renan

O manifesto evangélico que pede na internet a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara foi alvo de críticas do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Malafaia desdenhou da iniciativa e disse que ela partiu de igrejas que têm afinidade com o PT e não representam 1% do pensamento evangélico. Referiu-se aos que assinaram o pedido como “esquerdopatas gospel”. Se ele (Cunha) está devendo, ele que pague. Agora, vou assinar manifesto porque meia dúzia de esquerdopatas gospel quer fazer graça? Eu não — polemizou Malafaia, que apoiou Cunha na eleição para a presidência da Câmara.

Cunha era da Sara Nossa Terra, mas mudou para uma igreja que tem mais fiéis: a Assembleia de Deus de Madureira, um segmento diferente da comunidade de Malafaia. O pastor disse que assinaria um manifesto que pedisse a saída do presidente da Câmara, da presidente Dilma Rousseff e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).  — Se aqueles, em nome do evangelho, querem a Justiça, por que não incluem Dilma e Renan que também foram citados na Lava-Jato? — questionou Malafaia, dizendo achar normal que o povo esteja indignado e se manifeste.

A iniciativa, que até ontem à noite contava com quase 3 mil assinaturas, nasceu com um grupo de líderes das igrejas evangélicas históricas (Anglicana, Luterana, Metodista e outras), que, normalmente, não declaram apoio a candidatos nas eleições. Depois, o movimento ganhou o apoio de membros das igrejas evangélicas neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), Sara Nossa Terra e Assembleia de Deus. [um movimento apoiado pela Igreja Universal tem que ser desconsiderado, proibido mesmo.]

Igrejas ouvidas pelo GLOBO informaram que não houve um posicionamento institucional, mas que os bispos e pastores são livres para demonstrar suas opiniões pessoais. 

Lideranças religiosas que assinaram o texto afirmaram que o objetivo é não só se manifestar contra Cunha, mas demonstrar que o presidente da Câmara não pode falar em nome dos evangélicos e se declarar como representante do segmento. — Como ele se diz representante de um pool de igrejas, essas igrejas estão questionando a mensagem que ele quer passar — afirmou Arthur Cavalcante, secretário-geral da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e um dos que assinou a lista.


Membros da atual igreja de Cunha também assinaram o manifesto. O GLOBO esteve na Assembleia de Deus de Madureira ontem, mas não conseguiu contato com os pastores. Sem querer se identificar, um dos fiéis afirmou que ainda não há provas de que Cunha tenha cometido algum crime. Enquanto não tiver prova, não posso falar se fez ou não. Se ele roubou e for provado, vai pagar. Mas não cabe a mim dizer se ele é culpado ou não.

Em nota, a Sara Nossa Terra disse que a relação com Cunha sempre foi de caráter pessoal. “Não cabe à nossa instituição julgar qualquer dos seus membros ou ex-membros, como é o caso do senhor Eduardo Cunha, que atualmente segue outra denominação”. 
 
 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Bolsonaro em Fortaleza fala sobre o pronunciamento do presidente da CUT




 Bolsonaro em Fortaleza. Falou sobre o pronunciamento do presidente da Cut Etc !


 Silas Malafaia se descontrola ao responder a ameaça de presidente da CUT: ‘Vagabundo, bandido..
Silas Malafaia se descontrola ao responder a ameaça do presidente  da CUT



sábado, 27 de junho de 2015

Sobre mandiocas, rolas e sertanejos

Façamos justiça. A presidente Dilma tem feito enorme esforço para se tornar mais exótica 

Os brasileiros reclamam quando estrangeiros chamam nosso país de “exótico”. Natural. Há uma tendência de defender o que é nosso do olhar gringo. Só nós podemos meter o pau. Mas, quando colocamos o pé fora do Brasil, percebemos que somos mesmo para lá de exóticos. Longe, conseguimos até rir de nossa República da Mandioca. Melhor mandioca que banana.

Façamos justiça. A presidente Dilma tem feito enorme esforço para se tornar mais exótica. Seus últimos discursos podem tirar emprego de muito humorista. O mais recente, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, é intraduzível em qualquer idioma. “Nós estamos comungando a mandioca com o milho. E, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil.”

Depois da mandioca, foi a vez de saudar a bola e a mulher. “Essa bola vem de longe, da Nova Zelândia. E é uma bola que eu acho que é um exemplo, ela é extremamente leve. Eu já testei e ela quica. Eu testei, eu fiz assim uma embaixadinha, minto, uma meia embaixadinha. (…) Então, o esporte tem essa condição, essa bênção. Ele é um fim em si. (…) Então, para mim essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em Homo sapiens ou mulheres sapiens.”

Sei que o discurso “indignou” muitos e serviu para que a presidente fosse ridicularizada. Mas eu até simpatizei e morri de rir. Gente, é esse o Brasil, o Brasil da mandioca, das rolas e dos sertanejos, era um discurso para índios em Brasília. O Brasil que se diz laico e vê um bando de marmanjos deputados erguer os braços na Câmara em transes pentecostais.

É exótico ver a Dilma rodando de bicicleta em Brasília, enquanto a crise pega todo mundo, miserável, pobre, rico e a classe média gigantesca, traída e amorfa. Dilma tenta tudo de marketing pessoal, além da dieta milagrosa que a deixou elegante e lépida, para fazer o país esquecer sua aliança com os pastores evangélicos. A banda mais reacionária, conservadora ao extremo, que recebeu dela isenções para igrejas. É o dízimo gordo do Planalto, o cala-veto.

Se Dilma criou, num discurso jocoso, a espécie “mulheres” sapiens, Eduardo Cunha, Silas Malafaia e seguidores tentam criar o “hétero” sapiens como a única espécie saudável e legítima para formar uma família. Isso não é só exótico, é perigoso. A ex-guerrilheira feminista estende o tapete vermelho para o neo-PMDB pentecostal, que não respeita o direito da mulher a seu corpo e ao aborto em qualquer circunstância, e que defende mudanças no Estatuto do Desarmamento para armar a população. [que a mulher tenha direito ao seu próprio corpo é justo, justíssimo; é aceitável que a mulher possa cortar seu próprio dedo, ou mesmo seu pescoço; o inaceitável é que em nome do direito ao seu corpo a mulher possa assassinar um ser humano inocente e indefeso, no condenável aborto.]  No meio da crise, aprova a construção do bilionário ParlaShopping, para abrigar com pompa a Câmara e sua maioria de... como disse o ex-Lula... “picaretas”?

Dilma reza para todos os deuses, mas não cala seu diabinho criador, Lula, o opositor transgênero. Lula afirma que o PT de Dilma acabou com os sonhos e utopias, traiu trabalhadores e aposentados e “só pensa em cargos”. O que é isso, ex-companheiro, além de jogo de cena? Um dia após o outro, para padres ou laicos, Lula aperta a garganta de Dilma, a acusa de ter mentido na campanha e tenta se desvincular dela e do PT para salvar sua pele e o lulismo. Como se ele nada tivesse a ver com o que está aí. Como traduzir para um estrangeiro?

É o exótico patropi, uma casa brasileira com certeza. Onde um dos mais conceituados e mais populares jornalistas multimídia do Brasil, Ricardo Boechat, manda o pastor Malafaia “procurar uma rola”, em vídeo postado em rede social. Boechat chamou o pastor de “paspalhão e otário” e “tomador de grana de fiel”. O pastor tinha acusado Boechat de “idiota” e de “falar asneira” por comentar que igrejas neopentecostais incitam a intolerância religiosa e criam o ambiente para ataques como as pedradas em uma menina de 11 anos, praticante do candomblé. Dá para imaginar a situação, com personagens semelhantes, em outro país? [o Boechat, jornalista em fim de carreira, com uma ponta em um programa de TV e escritor eventual em colunas de jornais, deve estar arrependido de não ter xingado o pastor Malafaia há mais tempo. A repercussão do seu comentário ofensivo - não só ao Malafaia, mas, especialmente aos que assistiam a TV na hora que Boechat fez o xingamento - foi maior do que toda a repercussão de Boechat desde que iniciou no jornalismo.]
A rola provocou uma histeria nas redes sociais, com torcidas pró e contra. Uma histeria só comparável, em temperatura, à que se seguiu à morte trágica, em acidente de carro, do cantor Cristiano Araújo, o “sertanejo universitário” adorado por multidões, mas desconhecido por quem não gosta de música sertaneja. Um rolo compressor de mídia lacrimosa irritou quem nunca havia ouvido Cristiano cantar. Os fãs se irritaram com a “elite” que não curte música sertaneja, como se fosse uma traição à brasilidade. E, para culminar, Fátima Bernardes se confundiu e lamentou ao vivo a morte de “Cristiano Ronaldo”. O Brasil é muito exótico. Xô, ódio. Só o humor nos salva. Amém.


Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época


sábado, 20 de junho de 2015

Entendam Boechat e perdoem

Ricardo Boechat, jornalista que teve alguns momentos de brilho em emissoras importantes, até mesmo em noticiosos famosos na TV, está em final de carreira.

Um final de carreira melancólico, de dar dó mesmo. Um programa de rádio e uma "ponta" em um noticiário na TV, em uma emissora que não é das mais famosas.

Tudo isso deixou e continua deixando o Boechat nervoso e com aquela vontade louca de aparecer, aquele desespero de voltar a ser o que nunca chegou a ser mas que mesmo assim era mais do que é agora.

Aproveitou que o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus e líder inconteste de milhões de evangélicos (não sou evangélico, assim, não estou puxando o saco do Malafaia e sim constatando uma verdade) criticou em um dos seus inúmeros programas em rádio e TV o comportamento inadequado do Boechat ao aprovar que uma criança de onze anos frequente sessões de macumba.

Foi o bastante para Boechat ver uma oportunidade de ter seus cinco minutos de fama e simplesmente no programa de rádio que mantém,  mandou  Malafaia ir procurar 'rola'.




Ricardo Boechat responde a Silas Malafaia ao vivo, Ouça o Áudio em que o Jornalista Xinga o Pastor 

Não é que Boechat teve algum êxito e conseguiu xingando Malafaia mais destaque do que o que consegue nos seus programas de fim de carreira em um mês.

Até este Blog Prontidão Total  destinado a dois leitores "ninguém" e "todo mundo" e que não concede holofotes a certas pessoas, decidir dar destaque ao gesto desesperado e desafortunado do jornalista Ricardo Boechat.

sábado, 6 de junho de 2015

Religiosos criticam propagandda pró gay do Boticário, mas, consideram boicote um exagero

Religiosos criticam a propaganda, mas consideram pedido de boicote "exagerado demais"

Boicote ao Boticário na Marcha para Jesus? Não, prefiro meu perfume

Amanda Ornelas e o namorado, Luis Henrique, decidiram aproveitar o feriado de sol em São Paulo para acompanhar milhares —340.000, de acordo com a Polícia Militar—,  na Marcha para Jesus 2015, uma tradicional passeata anual convocada por denominações evangélicas, o grupo religioso que mais cresce no Brasil. Na zona norte da cidade, Amanda, 18, e Luis Henrique, 21, vestidos com a camisa do evento em azul forte, comentaram o tema que deflagrou disputa nas redes sociais nesta semana: a propaganda do Boticário com casais gays. Acho que é errado passar em um horário que crianças possam ver”, lançou Luis Henrique, que não gostou do comercial. “Mas a verdade é que tem coisa bem pior na TV.” “Mesmo se o meu pastor pedisse, eu não faria, não penso em deixar de usar os produtos deles”, disse ela, sobre a decisão do pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus, uma das mais fortes e influentes denominações evangélicas do Brasil, de gravar um vídeo conclamando os fiéis a boicotar a marca de cosméticos. “Se alguém quiser me dar um desodorante deles eu aceito, porque estou precisando”, brincou o pai de Amanda, Orlando.

O tom mais ameno da família, em comparação à agressiva disputa virtual em torno do tema, foi o que prevaleceu. A pedagoga Renata Ferreira Dauta, 43, que frequenta a igreja Renascer em Cristo, disse apoiar a presença de gays em comerciais. “Achei [a propaganda de O Boticário] atual. Hoje em dia tem que abordar de tudo, não dá para deixar a questão do homossexualismo de fora”. Quanto ao boicote ao Boticário, Renata diz que “por mais que o Malafaia peça, os fiéis não vão deixar de comprar. Até porque, se for para boicotar empresas que apoiam gays, teria que deixar de lado muitas marcas”.

“O pastor Silas é muito rígido. É óbvio que não gostei da propaganda, mas deixar de comprar uma marca por isso também não é o caso”, concordou Ideli Maria de Souza, 50, também na Marcha para Jesus. Ela conta que uma sobrinha de seis anos viu a propaganda e lhe perguntou o porque de dois homens trocando presentes: “Eu não soube responder. Pedi para que ela fosse perguntar para os pais dela”.


O grupo que mais cresce no Brasil
A rejeição ao boicote, apesar do incômodo provocado pelo reclame, pode ser lido como um sinal de alento para o Boticário, que resolveu testar, em propagandas na TV aberta, o risco de tomar posição num tema que desagrada as lideranças dos evangélicos. Segundo o levantamento do Censo 2010, os dados mais recentes disponíveis, a população evangélica no Brasil passou de 15,4% em para 22,2% em dez anos. São 42,3 milhões de pessoas, um eleitorado considerável, menor apenas que os católicos, que movimentam um mercado que se segmenta para agradá-los, de roupa à música e até experimentos em redes sociais.

Na loja de O Boticário da rodoviária do Tietê, não muito longe da Marcha para Jesus, os funcionários não estavam interessados —ou autorizados— a comentar a polêmica. Durante a visita do EL PAÍS, o casal Steffani Ortiz e Jessica Thawani, as duas de 17 anos, mostraram a outra ponta da história. “Comprei um presentinho de Dia dos Namorados para ela”, afirma Jessica, que é evangélica. Ela e Steffani gostaram da propaganda, mas com ressalvas. “Eu por exemplo, que tenho uma identidade de gênero e um jeito de me vestir mais masculino, não me sinto muito representada”, seguiu Jéssica.


[o importante é que ficou bem claro o repúdio a propagando pró gay; obviamente, o Boticário não vai assumir uma postura - é comércio e para os comerciantes o dinheiro, venha de fontes limpas ou sujas, será sempre dinheiro. 
Mas, o tempo vai comprovar que aquela empresa vai evitar entrar em temas polêmicos.
O repúdio ao Boticário pelo seu  estímulo aos portadores do homossexualismo ficou patente.]  

"Não vou mentir: me desagrada ver gays se beijando, a bíblia fala que é errado. Mas também é errado agredi-los”, diz, distraída com a vitrine, Josida Maria da Silva, 57, frequentadora  da igreja Assembleia de Deus, a de Malafaia. Sobre o pastor, ela diz: "Como eu disse para você, eu gosto da marca".

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Fonte: El País
 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Novo candidato ao STF é uma vergonha! Pr. Silas Malafaia comenta - Malafaia chama Luiz Edson Fachin, ministro indicado para o STF, de "esquerdopata e comunista"



O pastor evangélico Silas Malafaia considera Luiz Edson Fachin "destruidor da família brasileira"
O pastor Silas Malafaia está a frente de mais uma polêmica envolvendo o conceito de família - um assunto que se arrasta no Legislativo em meio a debates entre parlamentares representantes de setores conservadores e progressistas da sociedade. Uma comissão especial na Câmara analisa o estatuto da família.

Ferrenho defensor  do que ele costuma chamar  "da moral e bons costumes",  Malafaia está usando o site "Verdade Gospel",  para convocar "cidadãos de bens" a 'bombardear' por meio de e-mails os 81 senadores da República. O objetivo do pastor é barrar a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para uma das vagas de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Fachin foi indicado pela presidente Dilma Rousseff no último dia 14 e deverá ser sabatinado pelo Senado no próximo dia 13, conforme determina a Constituição para confirmação no cargo de ministro do STF.

Para Malafaia, Fachin é "contra a família brasileira" e, por isso, "quer destruí-la". Ele argumenta que o advogado como diretor do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBdfam) patrocina causas que, para Malafaia, são contrárias aos interesses da família brasileira (veja o vídeo abaixo)




Novo candidato ao STF é uma vergonha! Pr. Silas Malafaia comenta


Esquerdopatas
Malafaia também diz que Fachin faz parte de uma turma de "esquerdopatas" que pretendem "ideologizar o Supremo para produzir uma massa informe para ser manipulada por uma elite política". O pastor evangélico também nomeia Fachin como "esse cara que tem ideia comunista".


Envie mensagem para todos os senadores – NÃO APROVE o ministro Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal - conforme endereços abaixo:
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acir@senador.leg.br;  aecio.neves@senador.leg.br; aloysionunes.ferreira@senador.leg.br; alvaro.dias@senador.leg.br; ana.amelia@senadora.leg.br; angela.portela@senadora.leg.br; antonio.anastasia@senador.leg.br; antonio.carlos.valadares@senador.leg.br; ataides.oliveira@senador.leg.br; benedito.lira@senador.leg.br; blairo.maggi@senador.leg.br; cassio.cunha.lima@senador.leg.br; ciro.nogueira@senador.leg.br; cristovam.buarque@senador.leg.br; dario.berger@senador.leg.br; davi.alcolumbre@senador.leg.br; delcidio.amaral@senador.leg.br; donizeti.nogueira@senador.leg.br; douglas.cintra@senador.leg.br; edison.lobao@senador.leg.br; eduardo.amorim@senador.leg.br; elmano.ferrer@senador.leg.br; eunicio.oliveira@senador.leg.br; fatima.bezerra@senadora.leg.br; fernandobezerracoelho@senador.leg.br; fernando.collor@senador.leg.br; flexa.ribeiro@senador.leg.br; garibaldi.alves@senador.leg.br; gladson.cameli@senador.leg.br; gleisi.hoffmann@senadora.leg.br; heliojose@senador.leg.br; humberto.costa@senador.leg.br; ivo.cassol@senador.leg.br; jader.barbalho@senador.leg.br; joao.alberto.souza@senador.leg.br; joao.capiberibe@senador.leg.br; jorge.viana@senador.leg.br; jose.agripino@senador.leg.br; jose.maranhao@senador.leg.br; josemedeiros@senador.leg.br; jose.pimentel@senador.leg.br; jose.serra@senador.leg.br; lasier.martins@senador.leg.br; lidice.mata@senadora.leg.br; lindbergh.farias@senador.leg.br; lucia.vania@senadora.leg.br; luizhenrique@senador.leg.br; magno.malta@senador.leg.br; marcelo.crivella@senador.leg.br; maria.carmo.alves@senadora.leg.br; marta.suplicy@senadora.leg.br; omar.aziz@senador.leg.br; otto.alencar@senador.leg.br; paulo.bauer@senador.leg.br; paulopaim@senador.leg.br; paulo.rocha@senador.leg.br; raimundo.lira@senador.leg.br; randolfe.rodrigues@senador.leg.br; reginasousa@senadora.leg.br; reguffe@senador.leg.br; renan.calheiros@senador.leg.br; ricardo.ferraco@senador.leg.br; roberto.requiao@senador.leg.br; robertorocha@senador.leg.br; romario@senador.leg.br; romero.juca@senador.leg.br; ronaldo.caiado@senador.leg.br; rose.freitas@senadora.leg.br; sandrabraga@senadora.leg.br; sergio.petecao@senador.leg.br; simone.tebet@senadora.leg.br; tasso.jereissati@senador.leg.br; telmariomota@senador.leg.br; valdir.raupp@senador.leg.br; vanessa.grazziotin@senadora.leg.br; vicentinho.alves@senador.leg.br; waldemir.moka@senador.leg.br; pinheiro@senador.leg.br; wellington.fagundes@senador.leg.br; wilder.morais@senador.leg.br; zeze.perrella@senador.leg.br;
 
O vídeo abaixo mostra comentário do Malafaia contra a Resolução do Governo que aprova menores de idade, estudantes ainda adolescentes, a usarem o tipo de roupa que quiserem conforme o sexo – incluindo banheiros