Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
IPCA Haja impostos para bancar todos os gastos de um governo esbanjador.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo / arquivo
Na quarta-feira, o senador Eduardo Braga (MDB-AM)entregou o seu relatório do projeto de reforma tributária, criando outros impostos.
O sonho do governo é cobrar mais porque está precisando de dinheiro, já que gasta cada vez mais.
Eu fico vendo números do QI do brasileiro, e são de arrepiar. Metade do Brasil tem QI abaixo da média, o que muitas vezes se explica pela falta de volume cerebral mesmo.
Crianças sem saneamento básico, sem água potável, crescem com doenças, diarreia, carência de alimento, carência de ovo, carência de proteína.
Nós estamos bem abaixo da média mundial; aí não há como tem futuro.
O governo deveria investir em saneamento básico, mas enterrar esgoto ninguém vê, então é preferível fazer estádio de futebol, por exemplo.
É mais populista, demagógico. Gasta-se dinheiro com demagogia e com inchaço da máquina estatal. E a expectativa do governo é poder arrecadar mais.
Só que isso não está acontecendo. É a curva de Laffer: quanto mais se cobra, menos se arrecada. Os supermercados descobriram isso com os seus congêneres norte-americanos, que têm margem de lucro pequena e vendem muito mais; e com isso o lucro fica maior.
Nos últimos quatro meses – junho, julho, agosto, setembro –, a arrecadação federal vem caindo. E o que está caindo?
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação, Imposto de Renda Pessoa Física e Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Tudo isso é sobre atividade econômica, ou seja, a atividade econômica está desacelerando, não é? PIS e Cofins cresceram.
Não adianta querer cobrar cada vez mais.
Se a atividade econômica é desestimulada pelo peso do tributo e da burocracia, ela desacelera. E isso acontece toda hora.
Saiu agora a notícia de que o Superior Tribunal Militar cria 740 cargos. Não foi o tribunal que criou por conta própria, foi a Lei 3.535.
Para o ano que vem, serão mais 1.395 cargos no STM, que nem se mete no caso do tenente-coronel Mauro Cid, por exemplo, deixando tudo com o Supremo.
Entre esses 740 de agora,serão 149 analistas, 91 técnicos, 97 cargos em comissão e 403 funções comissionadas.
O edital do concurso está para sair. Tudo com remunerações, benefícios, auxílio-alimentação, pré-escola, transporte, médico, dentista, adicionais, gratificação. São os cidadãos de primeira classe.Depois vêm os outros, que têm menos férias, menos benefícios, menos salários, menos garantia de recebimento.
Aqueles que ouviram “fica em casa” ficaram sem renda, mas o funcionalismo público teve o contracheque garantido durante a pandemia.
Presidente da Caixa foi demitida; no seu lugar, entra indicado de Lira Falando em serviço público, vocês viram aquela exposição na Caixa Econômica Federal, com base na bandeira nacional. A bandeira foi vilipendiada, violentada.
Um quadro tinha um ex-presidente defecando na bandeira.Havia bandeira com um falo no lugar do “Ordem e Progresso”; outra com uma folha de maconha no círculo central; outra, ainda, tinha a foice e martelo. No lugar de “Ordem e Progresso”, “mande fotos nuas”.
E puseram uma caixa de lixo com a bandeira; dentro dela, o ex-ministro da Economia, uma senadora e o presidente da Câmara. Resultado?
Reforma tributária, aprovada pela Câmara, também recebeu ressalvas do mercado. - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Nos últimos anos, foi recorrente o debate sobre a reforma tributária e a sua premente necessidade.
Os empresários
reclamavam da confusão reinante nos tributos sobre o consumo, ICMS,
ISS, Cofins, PIS, IPI, Cide, cobrados em uma federação com 26 estados,
mais um Distrito Federal, e mais de 5 mil municípios. Empresários e
trabalhadores pleiteavam redução da carga tributária sobre a folha de
salários, um dos fatores que estimulam a informalidade no mercado de trabalho. Distorções no Imposto de Renda também eram objeto de reclamação, já que brechas na lei permitem que quem tem muito pague pouco e quem tem pouco pague muito.
Nesta última
semana, a Câmara dos Deputados enfrentou a primeira reivindicação e aprovou, em
deliberação relâmpago, considerando a complexidade da matéria, a reforma dos
tributos sobre o consumo, substituindo os referidos cinco por três: o IBS, a
CBS e um imposto seletivo.
Cabem loas à aprovação,
pois os objetivos perseguidos, da simplificação e uniformidade, são
louváveis.
O problema são os detalhes – e o diabo, como se diz, mora nos
detalhes.Há, por exemplo, disposições estranhas aos tributos sobre
consumo e que são controvertidas, como a previsão de que as alíquotas
dos impostos
sobre heranças e doações poderão ser progressivas, o que pode levar ao
confisco de parte substancial, a pretexto de distribuição de renda, do
legado dos brasileiros aos seus filhos.
Chama também a atenção a
previsão de que o Executivo municipal poderá alterar a base de cálculo
do IPTU mediante decreto, o que pode também afetar, sem prévia deliberação legislativa, os bolsos dos munícipes de forma significativa.
Os
deputados enfrentaram um sério dilema: votar a favor com base nos
princípios positivos da reforma ou votar contra pela falta de maior
transparência
Mas mesmo quanto aos
tributos sobre o consumo as dúvidas são enormes, a começar pelo fato de que não
se sabe como as coisas vão funcionar de fato. Qual será a alíquota referência
do IBS e da CBS?
Não se sabe ao certo. É claro que não é muito próprio definir
alíquotas no texto constitucional, mas seria oportuno ter alguma prévia ideia
do que ela poderá ser. Tenho ouvido a contínua referência ao porcentual de 25%,
o que representaria para diversos setores, especialmente para o de serviços, um
significativo aumento da carga tributária.
Argumenta-se que a unificação do
ICMS, ISS e IPI permitirá que o prestador de serviços possa aproveitar
plenamente os créditos dos tributos pagos em operações de seu estabelecimento
em relação aos produtos e serviços que consome, com o que a carga real seria
diminuída, mas ainda assim permanece a suspeita de que no fim a carga ainda
será bem maior do que a atual para esse setor.
A
divulgação dos textos da reforma somente na mesma semana da votação e as
alterações substanciais feitas na última hora não ajudaram a resolver
as dúvidas.
Deputados enfrentaram um sério dilema: votar a favor com
base nos princípios positivos da reforma ou votar contra pela falta de
maior transparência.
A sociedade, igualmente, não teve condições de
examinar com profundidade o texto ao final votado.
Lembro que, com
reformas anteriores, não foi bem assim.
A proposta da reforma da Previdência
foi apresentada pelo Poder Executivo por projeto no início de 2019 e só
foi aprovada meses depois, e após longa deliberação e debate.
Minha
esposa, a deputada federal Rosângela Moro, enfrentou esse dilema.
Votou a
favor de requerimento para adiar a discussão e a votação para agosto,
mas ele foi derrotado.
Depois disso, preferiu aprovar a reforma pelos
seus aspectos positivos, e na expectativa de que o Senado possa corrigir os seus piores defeitos.
No fim, a reforma
foi aprovada. Louvável, mas faria melhor a Câmara se tivesse aguardado para
votar em agosto, quando o texto apresentado já teria sido melhor examinado por
todos, parlamentares e sociedade.
O preço para a aprovação
foi a concessão de tratamento tributário mais benéfico para diversos setores
que resistiam à reforma, com a previsão de redução de 60% da alíquota de
referência para eles. Em princípio, reduzir a alíquota é pertinente, mas
benefícios setoriais podem se mostrar injustos em relação a quem fica de fora
da benesse. A desoneração completa dos impostos sobre os produtos da cesta
básica também foi fundamental, pois havia ceticismo enorme quanto ao
funcionamento, na prática, do pretendido cashback para devolver o
dinheiro pago como impostos pelas classes menos favorecidas.
A resistência dos governadores
dos estados do Sul e do Sudeste foi, por sua vez, contornada por
mudanças da forma de deliberação do agora criado Conselho Federativo.
Este superórgão, que ninguém sabe direito como irá funcionar, terá
competência para regular as leis, arrecadar os tributos e distribuir os
recursos. Temiam alguns dos estados que, nas deliberações, não seria
considerado o peso de suas respectivas populações.
A solução foi
estabelecer a necessidade de que as deliberações do Conselho sejam
aprovadas pelos votos de estados que representem 60% da população.
Engenhoso, mas vamos ver se, no Senado, não haverá resistência à regra
pelos estados menos populosos.
É
responsabilidade do Senado discutir profundamente o texto aprovado na
Câmara e, no espaço político possível, melhorá-lo. Se o diabo mora nos
detalhes, temos um encontro marcado
Neste
fim de semana, tenho recebido diversas mensagens e contatos preocupados
de eleitores. Em viagens ao interior do Paraná, falei com empresários,
trabalhadores e profissionais liberais. O discurso é comum: todos são
favoráveis à ideia da reforma, mas têm receio do possível aumento da
carga tributária. Queriam, aliás, reduzir os impostos e não aumentá-los.
Eu também, mas o fato é que o governo federal, que tem maioria hoje no
Congresso, é gastador, não vai reduzir suas despesas e, portanto, não
irá aceitar a diminuição de impostos.
A
reforma ideal tem de buscar não só a simplificação – e há algumas
dúvidas sobre se este resultado seria atingido pelo texto aprovado –,
mas também a redução da carga tributária. Há muito aspira-se a uma
reforma tributária e, embora haja pressa, a oportunidade não deve ser
desperdiçada.
É responsabilidade do Senado discutir profundamente o
texto aprovado na Câmara e, no espaço político possível, melhorá-lo.
É o
que pretendo fazer. Se o diabo mora nos detalhes, temos um encontro
marcado. [OPINIÃO de um leigo: temos a impressão, expectativa, de que a tal reforma encalhou - no popular: 'subiu no telhado'. O petista que preside o Brasil exigiu que o omisso Pacheco, presidente do Senado, providenciasse a aprovação do texto ainda este mês; mas com a pressão sobre ele, só restou ao omisso assumir que pretende aprovar ainda este ano.]
Preço da gasolina Imagem ilustrativa.- Foto: Gerson Klaina/Tribuna [nos tempos de Bolsonaro, gasolina não chegava aos R$ 5,00.]
A partir de hoje, preços mais caros para gasolina e para o álcool. O governo não pode abrir mão de nos cobrar, de nós que abastecemos nossos veículos, quase R$ 29 bilhões do PIS e Cofins.
E, claro, a gente vai pagar também mais do que isso porque o preço da gasolina, desde criancinha eu sei, influencia o preço de tudo.
Só tem alguns coleguinhas que não sabem disso eestão dizendo que só quem vai pagar é o dono do carro.
A decisão contrariou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que queria manter a isenção, mas atendeu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está precisando de dinheiro.
Aliás, quando o governo fala em reforma tributária, claro que é para aumentar impostos, porque o déficit está em R$ 231 bilhões pelo orçamento, e ainda tem mais os gastos de um governo que inchou e passou a ter 37 ministérios.
São Paulo
Queria lembrar do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o governador que dormiu na prefeitura de São Sebastião, botou um colchão no chão e ficou lá.
Agora voltou para a capital e já se reuniu com os industriais do estado.
Ele diz que tem que reindustrializar o meio Brasil, que é São Paulo, a indústria de São Paulo.
E para isso vai criar uma campanha de política tributária e de desburocratização. Estimular São Paulo significa estimular o PIB brasileiro, não tenho a menor dúvida quanto a isso.
Alexandre de Moraes e os militares Estou achando estranho essa decisão do ministro Alexandre de Moraes, de autorizar a Polícia Federal a incluir no inquérito do 8 de janeiro, militares do Exército brasileiro, sendo que o Exército já está fazendo um inquérito para entregar ao Ministério Público Militar.
Eu acho que é um atrito desnecessário porque, por exemplo, imagina se houver busca e apreensão por parte da Polícia Federal na casa de um general, como é que fica?
Mas, enfim, os juristas é que devem responder essas questões que se tornam cada vez mais graves e importantes.
CPI Bom, agora já tem assinaturas suficientes para instalar a CPI mista de deputados e senadores para investigar o 8 de janeiro.
Na próxima reunião do Congresso Nacional vai ter de ser lido o requerimento e aí instalada a CPI.
Já tem assinatura mais do que suficiente de deputados e senadores para isso. Depende agora da vontade do presidente do Congresso, que é o senhor Rodrigo Pacheco, para ler o requerimento e começar essa investigação para saber o que aconteceu de fato no dia 8, as causas, as consequências e os envolvidos.
Ingerência na Petrobras Vai voltar a ingerência de preços na Petrobras. Eu já mencionei o aumento no preço dos combustíveis. Haddad, o ministro da Fazenda, já está dando palpite dentro da Petrobras. O presidente da Petrobras veio para uma reunião com o chefe da política do governo, que é o ministro Rui Costa, do Gabinete Civil, e Haddad.
Mas e os acionistas da Petrobras, como é que ficam?
O governo é o acionista majoritário em ações com direito a voto, mas as outras pessoas – são milhões de acionistas, inclusive de outros países –, o acionista que está investindo para ter dividendos?
Vai ter um colchão, como diz Haddad, para restringir a margem de lucro da Petrobras, mudar a política de preços, que é o preço internacional cotado ao dólar?
Vai voltar ao que era antes? Esse é um assunto muito importante e nós temos de ficar de olho nisso também.
Por fim, queria registrar aqui que aquela advogada que acusou a Prevent Senior de tratar uma doença, no caso a Covid, lá na CPI e depois na televisão,foi condenada a pagar uma indenização para a Prevent Senior no valor de R$ 300 mil por danos morais.
O
uso do celular para efetuar pagamentos não difere, para fins de tributar
transações financeiras, do emprego de outros meios como o cartão de
crédito
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou a decisão do governo de não recriar a CPMF,
mas ao mesmo tempo anunciou que se estuda a instituição de um imposto
sobre transações digitais. Em entrevista coletiva, usou como exemplo o
que entende como novidade dos dias atuais. Seria o pagamento de contas
por meio do celular, que pode completar a transação por simples
aproximação com a “maquininha”. O ministro avisou que ainda não tem
detalhes da proposta.
Na verdade, está generalizando-se o uso do celular em
substituição ao cartão de crédito para efetuar pagamentos no Brasil.
Calcula-se que mais de 80% das “maquininhas” já estejam habilitadas a
completar as transações sem uso do cartão de crédito. Pelo lado da base
tributária, a proposta de Guedes nada diferiria da extinta CPMF. [Presidente Bolsonaro, certamente quinta-coluna é um termo bem conhecido. E o senhor tem um dos seus ministros como quinta-coluna em seu governo.
- Com certeza é do seu conhecimento que o Marcos Cintra, aquele ex-integrante do seu governo e fissurado pela volta da maldita CPMF, agia como pau-mandado do ministro Paulo Guedes.
- Temer deu uma pisada feia nos tomates quando liberou preços diferenciados para venda a dinheiro e no cartão de crédito - o resultado foi a fantástica economia de R$0,04 no litro de gasolina pago em dinheiro vivo; só serviu para criar filas em posto de combustível, especialmente em locais em que abastecer R$20,00 é rotina = economia um pouco inferior a R$ 0,20;
- agora o Guedes, do alto do seu liberalismo, tabela o cheque especial e se sabe o resultado = quem precisa do cheque especial para completar o salários, vai continuar usando. Os que não precisam, tem aquele crédito devido os bancos ofertarem, vai cancelar - é praxe este cliente valorizar dinheiro, especialmente na hora de gastar sem necessidade.
- não satisfeito, o quinta-coluna governista quer punir os que usam recursos modernos, meios digitais, para efetuar movimentação financeira. Não é novidade que a digitalização nos países modernos reduz custos - no Brasil aumenta os custos.
- Vamos ser CONSERVADORES - tenho orgulho de ser um - mas, CONSERVADORES no sentido de preservar FAMÍLIA, a MORAL, os BONS COSTUMES, a VIDA, e outros VALORES que são caros às famílias e a Pátria Amada, mas, vamos aceitar meios modernos que barateiem os custos e facilitem o progresso.]
Tanto faz a forma como se efetua o pagamento, se pelo celular, por
cartão de crédito, por transferência bancária ou por cheque. O
lançamento será feito na conta do titular, caracterizando a movimentação
financeira objeto da tributação. Visto desse ângulo, o novo tributo
seria um disfarce para recriar a CPMF.
Se assim for, a ideia teria tudo para fracassar. As pessoas e as
empresas evitariam transações digitais e voltariam a usar o cartão de
crédito e outros meios. Além do efeito negativo da recriação de um
tributo disfuncional e causador de ineficiências na economia, a medida
constituiria um retrocesso. As pessoas se organizariam para fugir das
transações digitais, retornando à utilização de métodos menos
eficientes.
Como o ministro não seria ingênuo a ponto de tentar ludibriar os
contribuintes com um disfarce para recriar a CPMF, pode-se especular que
sua ideia teria a ver com a reforma da tributação do consumo, ora sob
exame do Congresso e do governo. Estuda-se a substituição de cinco impostos atuais – IPI, PIS, Cofins,
ICMS e ISS – por um tributo sobre o valor agregado, que se chamaria
Imposto sobre Bens e Serviços – IBS.
Os técnicos envolvidos no processo examinam uma forma de tributar o
valor agregado no momento da liquidação financeira da operação.Seria
uma forma de simplificar a cobrança sem custo adicional para o
consumidor e sem causar as distorções econômicas como seriam as
decorrentes do uso da CPMF. Seja como for, é preciso esperar que o Ministério da Economia venha a
público para detalhar, se for o caso, como funcionaria a ideia do
ministro Guedes. Mas é também preciso ficar atento para identificar
eventuais truques para recriar a CPMF.
José Tostes Neto afirmou
que governo fatiará reforma tributária em quatro fases e novo Imposto de
Renda pode ter também alíquota de 35% para alta renda
O novo secretário da Receita Federal, José Tostes Neto,
afirmou que o governo enviará no 1º trimestre de 2020 um projeto com
mudanças noImposto de Rendapara pessoas físicas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo
desta segunda-feira, 18, o secretário disse que entre as mudanças estão
o aumento da faixa de isenção de IR, fixação de um teto para dedução de gastos com saúde e educação e também uma possível faixa maior para IR para contribuintes de maior renda.
As medidas fazem parte do projeto de reforma tributária do
governo, que será fatiado. Ao todo, são quatro fases enviadas ao
Congresso. As medidas do IR, que compõe a terceira fase, já haviam sido
adiantadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, antes mesmo da
demissão de Marcos Cintra, que caiu após defender a recriação da CPMF
como um dos pilares da reforma tributária.
Segundo Tostes Neto, o novo IR não deve necessariamente corrigir a
tabela do IR, mas reformular as deduções. Segundo ele, hoje quem tem
mais dinheiro “deduz mais e, portanto, paga menos proporcionalmente do
que quem ganha menos e não tem deduções”. Hoje, a isenção é para
quem recebe até 1.903,99 reais. Depois, há quatro faixas de imposto com
alíquotas de 7,5% a 27%.O projeto deve diminuir as faixas e há ainda a
possibilidade da criação de uma alíquota de 35% para quem tiver renda
maior. Porém, o secretário não fala em valores de como pode ficar a nova
tabela do IR.
De acordo com o secretário, não haverá fim das deduções, mas uma
reformulação. “A diretriz é reduzir as faixas existentes hoje. Não
obstante pode haver um tratamento diferenciado para altas rendas, com
uma alíquota diferenciada. Mas, de modo geral, a diretriz é reduzir,
porque todos os ganhos seriam utilizados para reduzir as alíquotas.Pode
ser reduzido para três ou para quatro. Essas simulações nós estamos
fazendo”, afirmou ao jornal.
IVA A reforma tributária do governo deve ser dividida em quatro etapas.
Na primeira fase, a ser deflagrada ainda este mês, segundo o
secretário, o governo deverá enviar ao Legislativo um projeto de lei
que unifica o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins
(Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social), incidentes
sobre produtos e serviços. Esse tributo receberá o nome de
Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Seguirá o modelo de imposto
sobre valor agregado (IVA), adotado em 180 países.
Na segunda fase, prevista para o início do ano, o plano é encaminhar a
mudança no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que deverá se
tornar um tributo seletivo aplicado a bens como cigarros, bebidas e
veículos. A terceira fase, a ser enviada até o fim do primeiro trimestre, vai se concentrar no Imposto de Renda de
pessoas físicas, incluindo o aumento da faixa de isenção e a criação de
novo alíquota para os mais ricos, e jurídicas. A última etapa, em
meados do ano que vem, será dedicada à desoneração da folha de salários
das empresas.
Havia na ditadura um elemento modernizador que ainda não mostrou o ar da graça hoje
Faz tempo que o Brasil vive no desvão que separa o conservadorismo do atraso
Poucas vezes se ouviu uma advertência tão grave como a que o professor
José Pastore fez em sua entrevista à repórter Érica Fraga. O Brasil tem
50 milhões de pessoas no desemprego e na informalidade, sem qualquer
tipo de proteção social: “Nada, zero. Nem proteção trabalhista, nem CLT,
nem Previdência, nem seguro-saúde, nada. Elas dependem de assistência.
Felizmente, temos dois ou três planos de assistência social que quebram o
galho.”
Quem acha que esse tipo de capitalismo selvagem tem futuro, talvez faça
melhor cuidando da papelada para conseguir um visto português. Até
porque falta à selvageria nacional o ingrediente capitalista, coisa em
relação à qual o andar de cima tem secular repulsa. A advertência de
Pastore ganha atualidade quando se sabe que mais da metade do valor das
deduções do Imposto de Renda com despesas de saúde vai para pessoas com
renda superior a dez salários mínimos. Com elas, em 2018 a Viúva deixou
de arrecadar R$ 44,4 bilhões. Quem não tem o plano de saúde que permite o
rebate dispõe do malfalado SUS. Desde 2009 ele perdeu 43 mil leitos de
internação, equivalentes a 12,7% da rede.
Pastore exemplificou a selvageria que se está estabelecendo no mercado
de trabalho com uma cena hospitalar: “No novo mundo do trabalho, você
tem três enfermeiras num mesmo hospital. Uma é fixa, outra é
terceirizada e a outra, free-lancer. Fazem a mesma coisa, mas têm
remuneração e benefícios diferentes. Isso é um escândalo para o direito
do trabalho convencional.”
Faz tempo que o Brasil vive no desvão que separa o conservadorismo do
atraso.Quando os conservadores ingleses criaram a rede de proteção
social para seus trabalhadores e combateram o trabalho escravo, o andar
de cima nacional dizia que eles queriam tornar seus produtos industriais
mais competitivos. (Alô, alô, agrotrogloditas.) E assim Pindorama só
aboliu a escravidão em 1888, 23 anos depois do fim da Guerra Civil
americana. Deu no que deu.
A advertência de Pastore ganha mais peso quando se sabe que há décadas
ele propõe a modernização das relações trabalhistas nacionais. O que o
professor sempre quis foi modernização, mas o que se está colhendo é
atraso. O ministro Paulo Guedes tem sido um ativo coordenador de
seminários neoacadêmicos, mas sua quitanda ainda não começou a vender
berinjelas. Está na moda um renascimento cultural dos 21 anos da última ditadura e
puseram na vitrine a censura de costumes e o DOI-Codi. Pena, poderiam
ter posto o Fundo de Garantia, o PIS e o Funrural, primeira iniciativa
nacional de amparo aos trabalhadores do campo, filha do governo do
general Médici.Havia na ditadura um elemento modernizador que ainda não
mostrou o ar de sua graça nos tempos atuais.
[PARABÉNS ao ilustre articulista pela precisão e imparcialidade em suas informações. Tanto que mesmo não concordando com alguns pontos da sua obra'A Ditadura', sendo a mais citada, 'Ditadura Encurralada' o quarto volume' - por exemplo: discordo que o Governo Militar seja chamado de 'ditadura', que não houve no Brasil {em 64 apesar de ainda ser 'moleque' lembro de muitas ocorrências daquela época}. li a coleção na íntegra e vez ou outra releio trechos. Por Justiça deve ser lembrado que o FGTS foi criado durante o Governo Militar, na ocasião chefiado pelo marechal Castelo Branco e o PIS/PASEP, também foi criado no Governo Militar do general Médici.]
Pastore diz que“nosso mercado de seguros e previdência ainda não
despertou para o fato de que 50% da população economicamente ativa estão
na informalidade.” Como ele conhece o mercado, tomara que tenha razão,
pois nesse caso as seguradoras e a banca poderiam acordar. É possível,
contudo, que eles não despertem porque preferem dormir em paz, como os
fazendeiros do Vale do Paraíba no século XIX, dançando sobre hipotecas.
No jogo por visibilidade na vanguarda reformista, Câmara e Senado deixaram a reboque governo de Jair Bolsonaro
Câmara e Senado iniciaram uma disputa pelo protagonismo em reformas
estruturais na economia e na modernização do setor público. O êxito da
mobilização legislativa em torno das mudanças na Previdência, liderada
pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estimulou o Senado a
acelerar a tramitação de alguns projetos para modernizar o sistema
tributário e reduzir o peso da burocracia no ambiente de negócios. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou a retomada de
tramitação de uma proposta de emenda constitucional, aprovada há tempos
pelos deputados e que adormecia na Casa. Avisou que esse será o ponto de
partida das mudanças na estrutura de impostos. Deputados reagiram, e
instalaram uma comissão especial para definir os parâmetros da reforma
tributária.
A proposta que o Senado retoma foi aprovada pela Câmara no ano passado e
prevê a extinção de oito tributos federais(IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep,
Cofins, Salário-Educação e Cide-Combustíveis), um estadual(ICMS) e um
municipal(ISS). Seriam substituídos por um imposto sobre o valor
agregado (estadual), e outro federal sobre bens e serviços específicos
(Imposto Seletivo). Haveria um período de 15 anos de transição para o
novo sistema. Agora, porém, a Câmara quer construir um novo projeto, com tempo de
transição de apenas dez anos para o novo sistema. Nas duas Casas há uma
série de propostas, também, para reformas microeconômicas essenciais ao
estímulo do empreendedorismo.
Nesse jogo por visibilidade na vanguarda reformista, Câmara e Senado
deixaram a reboque o governo de Jair Bolsonaro, eleito com a promessa de
comandar a realização de mudanças na economia e também na administração
pública. O governo, como é sabido, tem projeto em preparação para isso e
deveria acelerar seu envio ao Legislativo. Não é trivial essa movimentação parlamentar, sob ímpeto reformista. É
novidade política relevante e, por isso, merece ser observada.
A princípio, tem-se um Legislativo empenhado em afirmar seu poder, como
não se via há muito tempo. Avança no vácuo aberto pelo governo, que
passou o primeiro semestre entretido em confusões derivadas de uma
agenda conservadora sobre costumes, sem observar os próprios limites de
ação estabelecidos na Constituição. O caso das tentativas de liberação de armas é emblemático. O Legislativo
atuou no controle, e o governo continua patinando — até agora editou
sete decretos sobre o tema, e ainda não se tem um desfecho. Esse ativismo parlamentar é interessante e salutar, porque é urgente e
necessário atualizar a estrutura da economia e do setor público. Mas é
preciso cautela. A pressa costuma ser inimiga dos bons resultados.
José Roberto Afonso considera a reforma da Previdência necessária, mas insuficiente para lidar com futuro
Entre as propostas que continuam sendo debatidas para a conclusão do
texto da reforma da Previdência, uma é fundamental para o modelo de país
que queremos construir. A proposta do relator Samuel Moreira, do PSDB,
que, no fundo, é do ministro da Economia, Paulo Guedes, é acabar com a
poupança do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que já caiu de 40%
para 28%, e usá-lo para pagar aposentadorias.
Essa é a opinião de José Roberto Afonso, professor do Instituto
Brasiliense de Direito Público (IDP), um dos maiores especialistas em
finanças públicas do país.“Cobra-se uma contribuição do faturamento das
empresas, o PIS, a pretexto de financiar o seguro-desemprego, mas se
pretende que 58% da receita sejam usados para ex-trabalhadores já
aposentados, inclusive os servidores públicos”, lamenta. O futuro do
emprego preocupa José Roberto Afonso, que prevê “um desemprego
tecnológico brutal, provocado por robôs, economia compartilhada e outras
realidades novas”. Quando mais se precisará do FAT, diz ele, o
populismo atual vai esvaziá-lo. Afonso considera a reforma da
Previdência necessária, mas insuficiente para lidar com um futuro em que
cada vez mais o trabalho não passará por emprego e salário. Para ele,
não é a educação que resolverá o desafio, mas habilidades: “Será
premente também mudar as qualificações de quem já está dentro do mercado
de trabalho”.
A rede de proteção social aos trabalhadores gira em torno do emprego, e
os salários são referenciais, seja para cobrança de contribuições
sociais, seja para pagamento de benefícios, como seguro-desemprego e
aposentadoria. José Roberto Afonso assegura que “essa construção será
abalada pela revolução econômica e social, que passará pela automação do
processo de trabalho e a expansão do trabalho independente”.Mais que o BNDES, será o jovem de hoje, que vai virar o desempregado do
futuro,que vai pagar a conta dos ex-trabalhadores do passado, alerta.
Ele diz que o FAT é dos raros fundos públicos que tem dinheiro, e só
conseguiu isso porque foi gravado na Constituição que uma parcela de sua
arrecadação seria convertida em poupança, aplicada no BNDES, ao invés
de ficar parado nos cofres do Tesouro.
José Roberto Afonso lembra que quando essa medida ia ser votada, Lula
perguntou-lhe por que os trabalhadores ficariam só com 60% para o
seguro-desemprego, e não com 100%. “Eu respondi que 60%, de fato e de
direito, eram para os ex-trabalhadores, aqueles demitidos que precisavam
receber o seguro-desemprego, e serem retreinados. Quanto mais
bem-sucedida fosse a aplicação dos 40%, menos se precisaria usar os
outros 60%, explicou a Lula. Também na Comissão Especial há uma
discussão acirrada sobre o tema.
O deputado federal Pedro Paulo, do DEM do Rio, pergunta em mensagem que
enviou aos companheiros da Comissão: “Vamos tirar recurso de um
mecanismo que multiplica investimento, renda e emprego, para vinculá-lo a
despesa de pessoal, previdenciária e obrigatória?” Ele defende que a política de investimento do Banco seja corrigida, e
redirecionada, mas não sufocada. Voltando da China há pouco, o deputado
Pedro Paulo diz que o país não está reduzindo recursos públicos do Banco
de Desenvolvimento Chinês (CDB), nem Japão, a Alemanha ou os EUA
esvaziam suas instituições públicas de fomento. “Em todos os casos, os
governos apoiam seus bancos, ora com dotação orçamentária, ora com
isenção de impostos, ora dando garantia para títulos que emitem. [os estúpidos e corruptos governos petistas esvaziaram o BNDES, dando recursos para a ditaduras africanas, cubana e da Venezuela.]
Os EUA fortalecerão o Eximbank para financiar a venda de máquinas
americanas para o Brasil:“Esse é um banco público, com dinheiro público
no seu capital, no país mais liberal do mundo”. Pedro Paulo ressalta
que “até mesmo países que não têm bancos de fomento público utilizam
fundos públicos para investimentos. Na Europa, 1% de cada cidadão vai
para a União Europeia financiar investimentos, pesquisas através de seus
vários fundos disponibilizando muito dinheiro a fundo perdido e
empréstimos até com juro zero e prazo a perder de vista”.
“A reforma da Previdência não promoverá crescimento apenas por si.
Precisaremos de investimento público de qualidade”, ressalta José
Roberto Afonso, para quem o BNDES é o melhor agente.
[Maia é o presidente da Câmara e deveria se preocupar com sua presidência e as articulações políticas e aumentar seu capital politico = nas eleições passadas inferior a 75.000 votos;
ainda é tempo de mudar e deixar deixar Bolsonaro governar já é um bom começo - o demitido serviu aos governos petistas, sequer deveria ter sido nomeado.]
Presidente da Câmara
criticou a maneira como o governo Bolsonaro conduziu a saída de chefe do
banco; crise, no entanto, não deve ter impacto na Previdência
Por da Redação
A participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, no processo de “fritura” de Joaquim Levy
antes do pedido de demissão da presidência do BNDES deixou o Congresso
com a impressão de que a equipe econômica continua participando da
“usina de crises”. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao jornal O Estado de S. Paulo
que ficou “perplexo” pela forma como o ministro tratou o subordinado.
Para ele, o ex-ministro era um quadro de qualidade que tinha muito a
acrescentar para garantir as reformas que o país precisa neste momento.
Insatisfeito com a condução de Levy à frente do BNDES,o estopim para a crise se tornar pública foi a decisão de nomear
Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de Mercado de Capitais. Barbosa
Pinto foi diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) durante os
governos Lula e Dilma. Então, Bolsonaro disse publicamente que Levy era
“gente suspeita” e que estava com “a cabeça a prêmio há tempos”. Disse
ainda que passaria por cima de Paulo Guedes, ao qual o cargo no BNDES é
subordinado, para tirá-lo de lá.
No sábado, em entrevista ao G1, Guedes afirmou entendia a
“angústia” do presidente ao ver Levy indicar gente “ligada ao PT” para
cargos no banco. Acrescentou que o problema era que Levy não havia
resolvido os problemas do passado nem indicado caminhos para o futuro da
instituição.
Levy entregou sua carta de demissão a Guedesneste domingo, como informou o Blog Radar,
de VEJA. “Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e
determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros
funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para
transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos
novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas
necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa
tradição de excelência e responsabilidade”, disse o ex-presidente do
banco em nota.
O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência,
deputado Marcelo Ramos (PR-AM), também criticou a demissão. “O
presidente Bolsonaro não entendeu que alguns quadros são
suprapartidários. Eles não contribuem com um ou outro governo.
Contribuem com o País”, disse. “É uma pena. No fim das contas, quem
perde é o Brasil.”
Já o líder do Podemos, José Nelto (GO), levantou dúvidas sobre o
real motivo da demissão. “Estou preparando para que ele seja convocado
na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, ele terá de ir lá
explicar o motivo da demissão dele. Se foi por um motivo político ou se
foi porque ele não quis abrir a caixa-preta do BNDES. Porque ele não
mostrou os empréstimos internacionais, para países da América e da
África, para a JBS também”, disse.
A Câmara criou em março uma CPI para examinar operações do
banco de 2003 a 2015, com foco no financiamento à internacionalização de
empresas. Em abril, o banco chegou a criar um Grupo de Trabalho para
atender com informações e documentos solicitados pelos deputados. Um pedido para Levy se explicar no Congresso já tinha sido
aprovado em abril. O presidente da CPI, o deputado Vanderlei Macris
(PSDB-SP), disse ao Estado que vai decidir nesta segunda, 17, com os
colegas da comissão a data da ida de Levy ao colegiado.
Até agora, Guedes era um dos poucos ministros do presidente
Jair Bolsonaro que não tinha batido de frente com o Legislativo. Em um
momento delicado para a tramitação da Previdência, a nova onda de crises
incitou algumas lideranças a buscarem ainda mais o protagonismo das
reformas econômicas. Uma possível consequência aos ataques de Guedes, segundo uma
fonte, seria o Congresso assumir totalmente o protagonismo da próxima
grande reforma que é a tributária, deixando o Executivo de fora. A
proposta do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), prevê a unificação de cinco
tributos – IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS – num único Imposto sobre
Operações com Bens e Serviços.
Previdência A equipe econômica, porém, trabalha para reatar a relação com o
Congresso, com o principal objetivo de fazer ajustes no parecer da
reforma da Previdência apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB). “A equipe econômica começa a tumultuar a parte política”,
afirmou o líder do Podemos na Câmara, José Nelto (GO). “O Congresso tem
sido parceiro do Brasil e vai tocar todas as reformas. Temos de assumir o
protagonismo”, afirmou. “O governo tem sido inconstante. Muda as
coisas, como quem muda de camisa. Ninguém pode ensinar o governo a
governar”, critica o líder do PL (antigo PR), Wellington Roberto (PB).
Para o cientista político da Fundação Getulio Vargas (FGV),
Marco Antonio Carvalho Teixeira, o governo a perder protagonismo em
questões como a reforma da Previdência. “Não sabemos o futuro do governo
desse jeito. O governo perdeu capacidade de articulação e a impressão
que tenho é que o protagonismo em relação à reforma da Previdência vai
sair do Congresso e não do governo”, afirmou. Os líderes são praticamente unânimes ao negar que as críticas
de Guedes ao Congresso possam atrapalhar a aprovação da Previdência. “A
reforma da Previdência é do Brasil”, diz Wellington Roberto. Sem
comentar a crise, o presidente do PRB, deputado Marcos Pereira (SP),
reafirmou neste domingo pelo Twitter, seu apoio à proposta. “Não é de
hoje que a reforma da Previdência é essencial para a recuperação
econômica do Brasil, por isso eu sou favorável.” Procurado, Guedes não respondeu.
O deputado
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, foi às redes sociais para comentar
entrevista do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, sobre reforma
tributária. Sem mencionar o nome de Cintra, Maia levou ao ar um post curto e
grosso:"Não vamos tratar de aumento de impostos na Câmara, não
passa." Insinuou que o auxiliar do ministro Paulo Guedes (Economia) fala
fora de hora: "O foco agora é a Previdência'.
Mais cedo, o próprio presidente da República levara ao ar um vídeo para
desdizer Marcos Cintra. Jair Bolsonaro declarou-se surpreso com a entrevista de
Cintra, veiculada na Folha. Assegurou que seu governo não cogita tributar as
igrejas. Na entrevista multidesautorizada, Marcos Cintra expôs tópicos da
reforma tributária que a gestão Bolsonaro supostamente enviará ao Congresso.
Uma das estacas da proposta é a ideia de acabar com a contribuição
previdenciária que incide sobre a folha de pagamento. Seria criado no lugar a
CP, Contribuição Previdenciária. A CP teria alíquota de 0,9% e incidiria sobre
todas as transações financeiras, bancárias ou não.
A alíquota seria rachada entre
quem paga e quem recebe —0,45% para cada um. Nenhuma transação escaparia do
novo tributo, nem as igrejas nem os contrabandistas. Faltou ao secretário
combinar seu jogo com os russos. Na
Câmara, Rodrigo Maia articula sua própria reforma tributária. Faz isso
ignorando Marcos Cintra. Escora-se numa proposta elaborada pelo economista
Bernardo Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Appy sugere
unificar cinco tributos (IPI, PIS, COFINS, ICMS e ISS) em um, a ser batizado de
Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Seu projeto tramita a bordo de uma
proposta de emenda constitucional subscrita pelo líder do MDB na Câmara,
deputado Baleia Rossi (SP).