Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Antigamente, editavam-se almanaques com intuito pedagógico destinados
ao público infantil.
Sempre incluíam afazeres, como o clássico
“encontrar a diferença” entre duas imagens aparentemente idênticas.
Outro, bem mais fácil, era o exercício de “juntar os pontinhos”.
Enquanto a criança ia ligando ponto a ponto, desenhava um objeto
qualquer. Na maior parte dos casos era desnecessário riscar para antever
o que ali estava representado.
Penso que o
brasileiro está nessa situação, juntando os pontinhos de um projeto que
lhe impuseram, não se requerendo muito talento para saber que o desenho
não é de boa inspiração.
Nas ditaduras
e nos regimes totalitários – comunismo, fascismo e nazismo – quem está
no poder diz fazer com a melhor das intenções o mal que deveras faz.
Hitler organizou o estado nazista para “defender a ordem, o Direito e a
Liberdade”.
Stalin foi um monstro e teve seus crimes revelados por
Krushchev em 1956. Contudo, em anos bem recentes, comédias e obras
sérias sobre seus crimes foram censuradas sob a alegação de “depreciarem
a luta contra o fascismo”.
Afinal, alegam os censores russos, sob
Stalin a URSS venceu a guerra contra Hitler no front oriental. O elogio
em boca própria, vitupério da censura, é a falsa nobreza de suas
intenções. Em 2018, a deputada russa e ex-atriz Yelena Drakova,
conclamou: “Nós devemos começar a viver com leis dos tempos de guerra”.
Juntando os
pontinhos do desenho que tenho diante dos olhos, observo que os
ministros de nossas Cortes, como escrevi outro dia, iniciam suas
manifestações, decisões e votos, apontando como bases supostas guerras
institucionais – terrorismo, golpismo, conspirações, fake news. Bem ao
gosto da deputada Yelena. São generais de uma guerra particular contra
inimigos indefesos. E por aí vão novos pontinhos.
O presidente
da República pontua a parte que lhe cabe com a calorosa e generosa
recepção ao camarada Maduro e a proclamação do caráter relativo da
democracia.
Ora, tudo que é relativo atrela essa condição a algo que lhe
é absoluto.
É fácil entender o motivo pelo qual nenhum jornalista
formulou diretamente a Lula a pergunta tão óbvia quanto urgente sobre
qual a natureza desse poderoso absoluto.
E vão os pontos desenhando a
estrada.
Foi por
coincidir com esse desenho que o Foro de São Paulo se reuniu em
Brasília.
Foi por isso que a presidente da sessão de abertura tanto
agradeceu a Lula e que Lula declarou, entre alegres risos e aplausos,
que não se importa de ser identificado como comunista. Fica bem
enquadrado no desenho haver ele dito nessa manifestação oficial e formal
aos camaradas presentes: “Aqui no Brasil, nós enfrentamos o
discurso do costume, o discurso da família, o discurso do patriotismo.
Ou seja, aqui nós enfrentamos o discurso de tudo aquilo que a gente
aprendeu historicamente a combater”. Vá juntando os pontinhos aí, caro leitor.
Novos pontos
chegam e continuarão chegando cotidianamente, desenhando a perigosa
estrada por onde somos conduzidos. Ponto a ponto, a esquerda festeja, e
se diverte, e ressoa como o coral de Brecht na peça “A medida punitiva”.
Enquanto junto pontos, leio o “Discurso da servidão voluntária”, obra
de Etienne de la Boétie (1554). Com um trecho dele, encerro estas linhas
e seus pontos.
“Mas ó, bom
Deus! Que fenômeno estranho é esse? Que nome devemos dar a ele? Qual a
natureza desse infortúnio? Qual é o vício, ou melhor, qual a degradação?
Ver uma infinita multidão não apenas obedecendo, mas levada ao
servilismo? Não governada, mas tiranizada?”.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Reconhecer isso é
crucial para eventualmente reverter o quadro. Afinal, a forma mais
rápida de perder uma guerra é fingir que não está nela
Foto: Shutterstock
Participo de um grupo de WhatsApp com alguns intelectuais liberais e conservadores, enquanto isso ainda é permitido no Brasil. Após a ação civil pública, de dois procuradores do Ministério Público Federal de São Paulo, pedindo a cassação de concessões de telecomunicação da Jovem Pan, iniciou-se um debate no grupo sobre como definir o que temos em nosso país hoje. Alguns sustentaram que o correto é falar em “democracia iliberal”, outros preferiram o termo “ditadura” mesmo, mais direto.
“Que diferença faz?”, pode perguntar o leitor. Sou alguém chato com conceitos, pois eles importam. Mas a essência é mais importante do que o nome, sem dúvida. Se balança o rabo como um cachorro, late como um cachorro e anda como um cachorro, você pode até chamar de gato, mas é um cachorro. Falar em “democracia iliberal” serve, em minha opinião, apenas para suavizar nossa triste realidade. A “democracia” brasileira age como uma ditadura, persegue como ditadura, censura como ditadura. Logo, é uma ditadura!
E reconhecer isso é crucial para eventualmente reverter o quadro. Afinal, a forma mais rápida de perder uma guerra é fingir que não está nela. Todos aqueles que aceitam o verniz de normalidade institucional no Brasil hoje colaboram para o avanço do regime opressor. Chamar juristas para opinar na imprensa sobre as decisões de ministros supremos ou do TSE, como se fosse um debate sério sobre Direito, é conceder uma aparência de legitimidade ao que é claramente decisão política.Sessão plenária do TSE (27/6/2023) | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Tenho lugar de fala. Sou alvo da ditadura, da censura prévia inconstitucional, tive minhas contas bancárias congeladas e até meu passaporte cancelado, sem qualquer crime cometido. Portanto, não esperem que eu participe de um simulacro de democracia, ainda que com a qualificação de “iliberal”, quando sei na pele se tratar de uma tirania abjeta. Aquela que conta com o Poder Judiciário como instrumento é a pior de todas, pois dá ares de legalidade ao que não tem, e não há a quem recorrer.
Por medo, muita gente está calada.Mas ninguém atento e sério vai negar que inúmeros atos são típicos apenas em ditaduras. Criaram a falsa premissa de que a direita “bolsonarista” é uma ameaça terrível à democracia, que o ex-presidente é golpista e genocida, e que persegui-lo e a seus apoiadores é questão de sobrevivência democrática. Para “salvar a democracia”,aceitaram as práticas ditatoriais, o duplo padrão que acaba com o império das leis, a censura, a prisão arbitrária, tudo! Lula, em clima amistoso com o ministro do TSE Benedito Gonçalves, durante a posse de Alexandre de Moraes no comando do TSE (17/8/2022) | Foto: Reprodução/Twitter
O ministro que recebe tapinha no rosto de Lula e diz “missão dada é missão cumprida” ao pé do ouvido de Alexandre de Moraes vota pela inelegibilidade de Bolsonaro pelo “conjunto da obra” e pelo “flerte com o golpismo”.Criamos crimes novos, ridículos, e a velha imprensa aplaude. É tudo tão escancarado que nem mesmo um tucano moderado, se tiver um pingo de decência, vai negar a perseguição política. O intuito é eliminar a direita do jogo e voltar ao velho esquema corrupto das esquerdas, com a presença da “direita” permitida para fingir que há pluralidade.
Nenhuma tirania se satisfaz com isso e recua voluntariamente depois de saciar sua sede de poder. Quando a porteira se abre para perseguir impunemente determinado adversário político, passa a boiada toda. O teatro, porém, é patético e não engana mais ninguém, apesar do esforço dos veículos de comunicação que vibram com a destruição de um concorrente — efetivamente plural, ao contrário deles, com hegemonia esquerdista em seus cinquenta tons de vermelho. A Gazeta do Povo, único jornal sério entre os grandes que restou no país, escreveu um editorial esta semana sem rodeios, onde conclui: “O que temos, portanto, é uma enorme sequência de criminalização de opiniões que não são criminalizáveis, apoiada pelo uso de conceitos que também não constituem nenhum ilícito legalmente definido, usada para se solicitar uma medida completamente desproporcional que traz de volta os abusos do regime militar brasileiro e o de ditaduras de esquerda como a venezuelana e a nicaraguense. Cabe ao Judiciário responder ao ativismo militante dos procuradores do MPF com a defesa sólida das liberdades de expressão e de imprensa, pois a retirada de concessões de veículos de comunicação por ‘crimes de opinião’ é sinal de que o autoritarismo avança a passos largos no país.” Foto: Reprodução Gazeta do Povo
O único problema é que o Poder Judiciário tem sido justamente o principal instrumento para essa perseguição tirânica.O sistema podre e carcomido se uniu para criar a“democracia sem povo”, a “liberdade sem contraditório”, a tirania perfeita, com ares de legitimidade democrática. Infelizmente, não são poucos os que ainda se negam a enxergar o óbvio, pois os perseguidos são associados ao movimento conservador.
Ocorre que nenhuma tirania se satisfaz com isso e recua voluntariamente depois de saciar sua sede de poder. Quando a porteira se abre para perseguir impunemente determinado adversário político, passa a boiada toda, e qualquer um que passar a criticar o regime será também alvo. Afinal de contas, não é crítica, é “ataque às instituições”, e isso o sistema não pode tolerar. Quando aceitam essa premissa contra Bolsonaro, ou Deltan Dallagnol, ou Daniel Silveira, ou Paulo Figueiredo, ou Jovem Pan, não há qualquer razão para ficar restrito a eles o abuso de poder. Acreditar no contrário é prova de profunda ingenuidade dessas focas que vibram com cada golpe na direita, encantadas com a força do tubarão. Elas nem se dão conta de que também serão devoradas depois…
Por $$, Cuba envia seus jovens
para morrer na Rússia
Quando
a gente pensava que a ditadura cubana, quetortura e mataos opositores,
quedeixa a população à míngua,
que transforma seus médicos em
escravos, não podia descer ainda mais, ela vai
além do fundo do poço. Agora a ditadura preferida de 11 a cada 10 Chico
Buarques está mandando seus jovens para morrer na Guerra da Ucrânia em
troca de dinheiro.
Não
contente em destruir o futuro de seus jovens com um sistema político e
econômico falido chamado comunismo, agora envia o futuro do país para
servir de bucha de canhão dos russos na injusta invasão da Ucrânia. A
prática não é novidade: Cuba ganhava mil dólares por soldado enviado para
lutar na África na época de Fidel Castro.
O
repórter John Lucas explica mais esta nojeira comunista nesta ótima
reportagem.
John Lucas - Mundo
A Fundação para Direitos Humanos em Cuba, uma organização
não governamental sediada nos Estados Unidos, denunciou na semana passada que o
regime cubano está enviando soldados para lutar pela Rússia na guerra contra a
Ucrânia. De acordo com as informações da ONG, isso estaria ocorrendo nos moldes
de um acordo comercial, que estaria gerando dinheiro para o regime do Partido
Comunista Cubano.
A denúncia foi feita através de um vídeo disponibilizado no
Twitter da ONG. Nele, Hugo Acha, diretor de pesquisas da organização, afirmou
que existem cubanos lutando pela Rússia nos territórios ocupados pelo país na
Ucrânia.
Acha afirmou que “Cuba é um dos aliados transatlânticos mais
relevantes da Federação Russa na agressão contra a Ucrânia”. “Isso fica
demonstrado, em primeiro lugar, na maneira como as entidades e organismos de
propaganda de Havana construíram a narrativa que equipara o agressor e a
vítima”, apontou o diretor.
Acha lembrou que, na época de Fidel Castro, o regime cubano
chegava a ganhar cerca de US$ 1.000 por soldado enviado para lutar em conflitos
na África.“As dezenas de milhares de jovens cubanos mortos, feridos, mutilados
e desaparecidos durante esses conflitos eram apenas uma fonte de lucro para o
regime”, disse.
Para Acha, neste momento está ocorrendo a mesma coisa com o
envio de soldados cubanos para a Rússia. Ele acusou o regime de Miguel
Díaz-Canel de receber uma compensação financeira por cada militar cubano que
chega ao país de Vladimir Putin para lutar na guerra da Ucrânia. “Vale a pena questionar, será que é uma equação válida
trocar as vidas da juventude cubana pelo enriquecimento de uma elite corrupta,
cujo único objetivo é o seu próprio enriquecimento?”, disse o diretor de
pesquisas.
Alerta para a União Europeia Na quarta-feira passada (14), a ONG Prisioners Defenders emitiu um comunicado afirmando que havia alertado diversas organizações de direitos humanos e autoridades da União Europeia (UE) de que nos últimos meses Cuba e Rússia estariam estreitando ainda mais suas relações. A organização ainda afirmou que o regime cubano “optou claramente por apoiar a guerra na Ucrânia” neste momento.
Ainda
segundo o comunicado, o fortalecimento da aliança com a Rússia era
exatamente o que Cuba estava buscando nos últimos anos, já que o país
está necessitando de novos acordos políticos e comerciais para tentar
superar a grave crise que vem enfrentando.
A Prisioners Defenders ainda reforçou a denúncia de Hugo Acha,
afirmando que o regime de Havana já estaria enviando de “forma regular”
soldados da ilha para lutar na Ucrânia.
A ONG destacou que, para confirmar a informação, “basta
consultar a lei de Cuba para saber que nenhum militar cubano pode sair da ilha
e entrar em tal conflito sem ter sido enviado por seu governo com o passaporte ‘oficial’,
ou seja, são soldados ‘alugados’ pela Rússia por meio de acordo com o governo
de Cuba, pois de outra forma não podem sair da ilha”.
A organização também revelou que a ditadura de Díaz-Canel
assinou um acordo para enviar tropas a Belarus com o objetivo de “receber
treinamento militar”.
Segundo o comunicado, “talvez o exército cubano seja um dos
poucos no mundo que não precisa receber treinamento das tropas de Alexander
Lukashenko [ditador de Belarus], a menos que o treinamento tenha como objetivo
entrar em combate usando armamentos modernos fornecidos pela Rússia, o que faz
todo o sentido na situação atual, já que [...] os meios de comunicação russos
estão divulgando [a presença d]os militares cubanos enviados para lutar na
Ucrânia”.
Em maio, veículos de comunicação cubanos, que são
controlados pela ditadura castrista, divulgaram informações de que militares da
ilha estariam sendo enviados para Belarus com o objetivo de “receber
treinamento militar”.
O vice-ministro da Defesa para Cooperação Militar
Internacional de Belarus, Valery Revenko, disse que tinha discutido o
treinamento das tropas cubanas no seu país com autoridades cubanas e russas. Ainda segundo informações da mídia russa, imigrantes cubanos
que vivem no país “se juntaram ao exército” para lutar com as tropas que invadiram
a Ucrânia, depois que Vladimir Putin assinou uma lei para conceder cidadania
aos que se alistassem.
De acordo com as informações, os cubanos receberiam
pagamentos em rublos equivalentes a US$ 2.433 do orçamento federal e outros US$
2.500 do orçamento regional de Ryazan, região central da Rússia onde estão
alocados. Os cubanos também estão recebendo, além desses pagamentos, “um salário
mensal de US$ 2.545”.
Reaproximação Nos últimos meses, a relação entre Cuba e Rússia tem se intensificado. Os dois países vêm acertando uma série de acordos militares, políticos e econômicos que parecem ter como objetivo principal aumentar novamente a influência russa na ilha.
Além disso, desde o início do conflito na Ucrânia, Cuba
adotou a narrativa russa sobre a guerra e os meios de comunicação estatais do
país tentam desacreditar as reportagens ocidentais sobre a invasão promovida
pelos russos. Cuba também se absteve diversas vezes de votar para condenar as
ações de Putin nas Nações Unidas. A aliança entre Cuba e Rússia remonta à época da Guerra
Fria, quando a ainda União Soviética apoiou o regime comunista de Fidel Castro
por meio de subsídios econômicos e armamentos.
Após o
colapso da URSS em 1991, Cuba passou a enfrentar uma grave crise
econômica e social, que vem se agravando nos últimos anos com aumento da
inflação, escassez de alimentos e remédios e manifestações populares
pedindo por abertura política. [Cuba iniciou, Venezuela segue com aumento da inflação, escassez de alimentos e remédios, e no que depender da vontade do petista que preside o Brasil, seremos o terceiro da fila.]
O
ex-subsecretário do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado
Thomas Shannon também afirma que Lula deve ter cuidado com o que diz
sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia
[Lula, o 'estadista' de picadeiro envergonha o Brasil - o apedeuta cruzou metade do mundo, esperou três dias para um encontro de aproximadamente duas horas com o presidente chinês.]
Thomas Shannon é ex-embaixador dos EUA no BrasilEliária Andrade
Em sua visita à Pequim e Xangai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está “repetindo a narrativa da China”, e isso não trará benefícios ao Brasil. Essa é a avaliação do embaixador
americano Thomas Shannon, que chefiou a embaixada dos Estados Unidos em Brasília durante os anteriores governos do PT e é ex-subsecretário do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado.
Em entrevista ao GLOBO,Shannon comentou a visita de Lula à empresa
Huawei, considerada um risco para a segurança nacional americana, e as
declarações do presidente brasileiro sobre a dependência global do dólar
americano. “São escolhas do Brasil, e serão problemas para o Brasil.
Boa sorte com isso”, afirma Shannon, que defende a necessidade de os
governos de Lula e Joe Biden basearem sua relação na defesa da democracia em ambos os países.
(...)
Lula visitou a fábrica da Huawei, uma empresa considerada uma ameaça à segurança nacional dos EUA…
Os EUA deixaram claro que a Huawei representa um desafio para os países
que querem construir suas redes e sua infraestrutura digital ...
[A falta de importância dada à viagem, pelo país anfitrião e pelo medíocre desempenho do 'estadista' brasileiro, nos deixa à vontade para limitarmos apenas ao recorte acima, nossa cobertura ao evento.
Deixamos com os 'experts' no assunto a conclusão sobre qual das duas viagens foi de menor valor: a de agora, China, ou a realizada aos EUA.]
Presidente
se empenha em declarações cretinas ao dizer que país tem de entregar
uma parte do seu território invadido pela Rússia, a Crimeia
Ninguém,em nenhuma chancelaria do mundo, tinha pedido até agora algum palpite do Brasil, e muitíssimo menos do presidente Lula, sobre a guerra na Ucrânia.
É natural: não há nada de construtivo, do ponto de vista prático, que
um ou outro possam fazer a respeito.
Mas Lula, no seu surto atual e cada
vez mais agressivo de arrogância desqualificada e sem controles, enfiou
mais uma vez o pé na jaca: disse que a Ucrânia tem de entregar uma
parte do seu território invadido pela Rússia, a Crimeia, se quiser
voltar a ter paz um dia.
O presidente tem se empenhado, desde que voltou
ao governo, em fazer o máximo de afirmações cretinas no mínimo de tempo
possível. Mais uma vez, conseguiu acertar bem no centro do alvo.
Ninguém,nem a mais tosca figura com alguma responsabilidade de governo, tinha
dito algo assim até agora – mesmo que ache isso, ou mais ou menos isso,
não pode dizer o que acha em público, em hipótese nenhuma. É coisa que
se aprende nos cursos primários de diplomacia em qualquer lugar do
mundo.
Lula não fez curso nenhum sobre nada; tem certeza de que sabe
tudo, sem nunca ter se esforçado cinco minutos para aprender o que quer
que seja.
Não sabe o que é a Crimeia, nem onde fica, nem qual é a sua
história.
Por que saberia, se já disse que Napoleão invadiu a China?
[em um dos seus mandatos passado, outra ocasião declarou que o Brasil precisava cuidar mais de sua fronteira com os EUA.]
Nesse caso, disse para o mundo uma estupidez em estado puro.
Qual chefe
do Estado pode recomendar que um país, depois de invadido militarmente
por outro, entregue ao inimigo parte do seu território?“A Ucrânia não
pode querer tudo”, disse Lula. Como assim, tudo? Ela quer o mínimo, que é
manter o território que tinha antes de ser atacada.
[certamente valerá a pena ouvir, e guardar para a posteridade, as duas SUMIDADES EM NADA, trocarem ideias sobre o futuro do universo.]
O
presidente brasileiro passou a vergonha de ouvir de um homem público
ucraniano a seguinte recomendação: “Porque o senhor não dá o território
do Rio de Janeiro para a Rússia?”
O Brasil também não pode querer
“tudo”, não é mesmo?
Lula ouviu e ficou de boca fechada; não tem nada
para falar sobre esse assunto, nunca mais. Foi também um tiro no meio do
pé: dizer o que disse vai diretamente contra tudo o que as democracias “globalistas” da Europa, apaixonadas há anos por ele e por seu “espírito
democrático”, acham a respeito de Rússia, Ucrânia e Crimeia.Não só
acham: mandam armas, sustento e bilhões de dólares para os ucranianos.
Sua posição é exatamente contrária à de Lula; isso é jeito de tratar
países aliados? “Ao tentar desempenhar, com esforço demais, o papel de
pacificador global, Lula corre o risco de parecer ingênuo, em vez de um
velho estadista”, escreveu o The Economist, um dos maiores
devotos que o presidente tem na mídia internacional.
Disseram “ingênuo”
porque estão falando de um dos seus ídolos.
O que quiseram dizer, mesmo,
foi: “idiota”.
Nessa
sua campanha para redesenhar o mapa do mundo, Lula não se contenta com a
Ucrânia. Quer, também, entregar a potências estrangeiras parte do
território do Brasil – a maior parte, aliás. “A Amazônia não pertence só
a nós”, acaba de dizer ele.
Se não pertence “só a nós”, pertence também
a outros, certo? É o que ele, Lula, disse em público – ele, e ninguém
mais.
Já vinha dando a entender, há tempos, que é a favor de algum tipo
de “internacionalização” da floresta amazônica; agora, avançou mais do
que tinha avançado até hoje. Sua desculpa é que é preciso “abrir” a
Amazônia à “pesquisa científica” – como se fosse proibido, atualmente,
pesquisar alguma coisa por ali.
A reza é para que a entrega da Amazônia
seja a mesma coisa que a entrega da Ucrânia –uma idiotice, e só isso.
Se Lula, o PT e a esquerda quiserem mesmo doar território do Brasil a
países “bons” e “responsáveis”, o STF vai dizer que é legal e o
comandante do Exército brasileiro, na sua ideia fixa de servir à
“legalidade”,vai receber os ocupantes com banda de música e desfile de
onça com coleira.
Por conta de tudo o que se passou, o apoio popular de que ainda desfruta o ex-presidente hoje divide espaço com o desencanto
Foto: Montagem Revista Oeste/Wikimedia Commons
“Não me agrada a rigidez nas espadas longas e nas mãos. Rigidez significa uma mão morta. Flexibilidade significa uma mão viva” — ensina o célebre samurai Miyamoto Musashi, em seu O Livro dos Cinco Anéis, clássico manual de estratégia.
Tendo vivido no Japão da virada do século 16 para o 17, consta que esse Ronin, guerreiro solitário e autodidata, jamais perdeu um combate, sagrando-se invariavelmente vitorioso contra mais de 60 oponentes. Dominando tanto a arte do manuseio da katakana (espada longa) quanto da wakizashi (espada curta ou “companheira”), Musashi sabia bem quão fatal podia ser a rigidez de movimentos em combate.
Mas, se na guerra a rigidez é trágica, na vida cotidiana, ao contrário, ela é cômica. É o que Henri Bergson sugere em O Riso: Ensaio Sobre o Significado do Cômico. Como explica o filósofo francês, uma das causas do cômico é a presença de certa rigidez mecânica ali onde seriam esperadas a maleabilidade atenta e a flexibilidade viva. Alguém que, a correr pela rua, tropeça e cai, provoca riso nos transeuntes, porque, por falta de agilidade, por desvio ou teimosia do corpo, continuou realizando o mesmo movimento, quando as circunstâncias exigiam algo distinto. O mesmo se dá em relação ao sujeito demasiado metódico, que se empenhasse em suas pequenas ocupações cotidianas com uma regularidade matemática. Caso algum gozador embaralhasse seus objetos pessoais, o contraste entre o comportamento habitual e a nova situação gerada pela broma provocaria riso: o pobre mete a pena no tinteiro e sai cola; acredita sentar numa cadeira sólida e se estatela no chão; tenta calçar os sapatos, mas os pés estão trocados.
A razão da comicidade é a mesma nos dois casos, e consiste na incapacidade de se adaptar, em tempo, a um obstáculo imprevisto ou a uma alteração nas circunstâncias. Trata-se, noutro plano, da comicidade que caracteriza o Dom Quixote de Cervantes, pois o nobre fidalgo, como que congelado na história, continuava a se portar como no tempo mítico dos cavaleiros andantes, sem atinar para a mudança de era e para a realidade em que viviam os seus contemporâneos. E, com efeito, a rigidez quixotesca é responsável por algumas das páginas mais cômicas — e, simultaneamente, um tanto quanto melancólicas — da literatura universal.
Na política — que, sob certo aspecto, está a meio caminho entre a comédia e a guerra —, a rigidez tende a resultar num misto de tragédia e comédia, ou, se preferirem, numa tragicomédia. No universo político brasileiro, ainda mais. A possibilidade de um destino tragicômico, por exemplo, talvez seja o maior risco representado pelo retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil, a principal notícia política desta quinta-feira, 29. Risco, por óbvio, da perspectiva de seus eleitores, apoiadores e simpatizantes.
No seio da direita brasileira contemporânea, muitos parecem ter concluído que, se Bolsonaro foi um bom administrador do país, também foi, por outro lado, um mau combatente
Tudo dependerá, a meu ver, da postura de Bolsonaro em relação às novas circunstâncias. Dependerá, em último caso, da alternativa entre uma eventual rigidez — que aniquila o político ou faz dele um objeto cômico (o que, em termos de estima pública, vem a dar no mesmo) — e uma esperada flexibilidade, que lhe garante sobrevida e o imuniza contra o riso (de deboche) alheio. Que Bolsonaro é esse que retorna dos EUA?
Um político ágil e flexível à la Miyamoto Musashi, ou um rígido tragicômico como Dom Quixote e as vítimas do samurai?
Confesso ser essa a minha maior curiosidade no momento.
O risco da rigidez apresenta-se considerável, sobretudo porque algumas das condições sociopolíticas anteriores se mantiveram parcialmente, o que pode servir para obliterar a percepção das mudanças.
A persistência do fascínio popular exercido por Bolsonaro já havia ficado clara, por exemplo, durante sua estadia nos EUA.
Por onde quer que passasse, ele não cansava de receber efusivas manifestações de apoio, provenientes não apenas de brasileiros, mas também de representantes da direita norte-americana.
No início do mês, o ex-presidente brasileiro talvez tenha sido a principal estrela do CPAC 2023 (Conferência de Ação Política Conservadora), chegando a ofuscar Donald Trump. Um feito e tanto.
Já no Brasil, parecem se repetir as cenas familiares, que mostram um Jair Bolsonaro sendo recepcionado por multidões de apoiadores, ainda fortemente mobilizados pelo carisma político do ex-presidente, quase como se o tempo não tivesse passado.
No Aeroporto de Brasília, em suas vias de acesso e na frente da sede do PL, ressoam insistente o tradicional coro de “mito, mito” bem como a declamação ritmada do lema da última campanha: “Deus, pátria, família e liberdade”.E o que não faltam são políticos e parlamentares bolsonaristas oferecendo lealdade e disposição para a briga.
Portanto, não parece haver dúvida de que Bolsonaro conserva um considerável capital político.
Caso consiga resistir à pesada artilharia do conluio institucional antibolsonarista, o ex-presidente pode surpreender e ter uma sobrevida política, sobretudo na ausência de novos quadros no arco do anticomunismo.
Mas, obviamente, toda essa aparência de continuidade pode induzir à rigidez de comportamento, sugerindo a ideia de que, para enfrentar as batalhas políticas vindouras, se devem manter as mesmas estratégicas, táticas, armas e ferramentas do período anterior. E aí, justamente, residiria o maior erro do “novo” bolsonarismo.
Pois a verdade é que, entre as gigantescas manifestações populares da celebração da Independência e o momento atual, intercorreu o fatídico 8 de janeiro, com todos os seus conhecidos desdobramentos.
Não, não navegamos mais nos ventos favoráveis de 2018.
E já não nos movemos no contexto favorável de ascensão entusiasmada da assim chamada direita brasileira.
Não estamos mais no bojo da esperança restauradora de 7 de setembro de 2021, logo frustrada por um acordo manco, costurado desde cima. Nem, tampouco, no frenesi aguerrido de 7 de setembro de 2022, que muitos na direita viram como a batalha decisiva pela sobrevivência de um projeto de país soberano.
Vivemos, em vez disso, o período pós-derrota. Para a direita, uma derrota que não foi apenas eleitoral, mas sobretudo política e cultural. O contexto atual é o de um novo regime, controlado com mãos de ferro por socialistas, que, depois de décadas de aparelhamento estatal (e, em especial, do Judiciário), se mostram dispostos a lançar mão de toda a expertise em reprimir politicamente a oposição.
Já em seus primeiros dias, esse regime tratou de comandar milhares de prisões políticas, que tiveram como alvos aqueles apoiadores que, em vão, depositaram esperanças exageradas em Bolsonaro e nas Forças Armadas.
No seio da direita brasileira contemporânea, muitos parecem ter concluído que, se Bolsonaro foi um bom administrador do país, também foi, por outro lado, um mau combatente, tendo fracassado na desmontagem das estruturas de poder do inimigo. Sem entrar no mérito da justeza ou não dessa conclusão, resta evidente que, se as estratégias outrora adotadas — que revelaram uma desproporção entre os furiosos rosnados na direção do inimigo e as débeis mordidas que se lhes seguiam — já eram inadequadas à época, hoje o são, a fortiori, ainda mais. Para a direita, o momento é de flexibilidade, adaptabilidade e reformulação nos métodos.
É, sobretudo, um momento de autocrítica. No passado recente, a direita entregou-se muito rápido a um estado de triunfalismo ingênuo, cuja imagem simbólica talvez seja a de Bolsonaro chutando para longe um boneco do Pixuleco, uma cena catártica, que sugeria o fim definitivo da ameaça comunopetista ao Brasil. Hoje, que essa ameaça se concretizou de maneira avassaladora, a direita saltou diretamente do triunfalismo para um estado de desencanto paralisante. Em sendo urgente livrar-se desse último, já não se pode fazê-lo, contudo, retomando o primeiro. Afinal, a presente situação é a de uma guerra travada no terreno inimigo e em franca desvantagem bélica. E, num tal contexto, afigura-se como tragicômica toda e qualquer bravataria, mesmo aquela que, num passado recente, talvez fosse dotada de algum sex appeal.
A hora é de discrição, não de espalhafato.
É de aproximações sucessivas, não de pé na porta.
É do silencioso Miyamoto Musashi, não de anacrônicos cavaleiros andantes munidos de memes e “tic tacs”, e menos ainda do Cavaleiro Negro do Monty Phyton, aquele que, reduzido pela espada do inimigo a pouco mais que um cotoco humano, continuava bravateando a sua iminente vitória…