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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

O racismo antissemita de Lula saiu do armário – para a vergonha do Brasil - J. R. Guzzo

VOZES - Gazeta do Povo

O presidente Lula decidiu sair do armário de uma vez. Depois de passar meses se escondendo por trás de razões segundo ele “humanitárias” para atacar Israel e fazer louvores aos terroristas do Hamas, assumiu perante o mundo o que realmente é – um antissemita cada vez mais raivoso. Por fora, ele critica o “Estado de Israel” e o “sionismo”, e declara que só quer um país para os “palestinos”. Por dentro, e agora também por fora, ele é um racista extremado, que age, pensa e se orienta com base no ódio aos judeus.

Está longe de ser o único dentro da grande e moderna renascença do antissemitismo no Brasil e o mundo – produzida, agora, por uma esquerda que usa a “causa palestina” para botar para fora todo o seu recalque de sempre em relação aos judeus. Mas Lula também é o presidente do Brasil e não tem o direito de expor o país e os brasileiros à vergonha perante o mundo democrático. 

Antissemita é ele, não o Brasil. Teria de guardar os seus rancores para si mesmo.

Lula achou que estava na hora de oficializar o seu antissemitismo perante mais uma plateia de ditaduras subdesenvolvidas da África.

Lula tem feito de tudo, desde o início da guerra de Gaza, para falsificar a verdade – e apresentar Israel o tempo todo como o agressor, num conflito em que foi claramente o agredido. Foi incapaz até agora de dizer que os israelenses sofreram um ataque terrorista selvagem por parte dos milicianos do Hamas, em outubro último; nem uma sílaba que fosse. Quando Israel reagiu ao assassinato em massa de 1.200 civis israelenses, extermínio de bebês de colo, estupros por atacado e sequestro de reféns, incluindo crianças, Lula e seu governo ficaram indignados.

Exigiam que Israel reagisse à agressão com uma proposta de cessar-fogo. Depois, passaram a gritar, de forma cada vez mais histérica, contra “a morte de civis” em Gaza. Logo estavam dizendo que era “genocídio”. 
No momento mais baixo de sua campanha antijudaica, se juntaram à África do Sul, um dos países mais violentos, corruptos e socialmente injustos do mundo, para apresentar uma denúncia contra Israel perante a Justiça internacional; foram escorraçados do tribunal, por apresentação de denúncia inepta.

Agora, em mais uma viagem no seu obsessivo programa de turismo diplomático com a mulher, Lula achou que estava na hora de oficializar o seu antissemitismo perante mais uma plateia de ditaduras subdesenvolvidas da África. Disse que os judeus estão agindo como nazistas: “só Hitler”, nas suas palavras textuais, fez o que Israel está fazendo em Gaza. Falou em “30.000” palestinos mortos, uma cifra que sai diretamente do departamento de propaganda do Hamas. Repetiu de novo a acusação explícita de que Israel está cometendo “genocídio”.

Não se trata, nisso tudo, de mais um caso de ignorância mal-intencionada, uma das maiores especialidades da ação política de Lula. 
É má fé, mesmo – como comparar um programa oficial e sistemático de extermínio de vidas humanas que fez 6 milhões de mortes, todos eles civis inocentes, como foi o caso de Hitler, com uma operação militar de defesa por parte de Israel? 
É uma tragédia, sem dúvida, que inocentes estejam morrendo na Faixa de Gaza, resultado inevitável de qualquer guerra – e no caso, uma guerra que foi provocada diretamente pelos terroristas. 
Mas Lula não está interessado em nada disso. Achou que estava na hora de exibir seu racismo antissemita porque imagina, agora, que pode tirar proveito disso – na crença imoral de que “brasileiro não gosta de judeu”. Está conseguindo ser irresponsável e oportunista ao mesmo tempo.
 
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos


J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quarta-feira, 8 de novembro de 2023

A bomba de Israel saiu do armário - Elio Gaspari

Numa breve entrevista a uma rádio israelense, o ministro Amichai Eliyahu, encarregado dos assuntos de Jerusalém, disse que jogar uma bomba atômica na Faixa de Gaza é “um caminho”.  
Foi logo suspenso pelo primeiro-ministro Netanyahu, e o líder da oposição, Yair Lapid, pediu sua demissão. 
Eliyahu explicou que falou na bomba “metaforicamente”. 
Tudo bem, mas falou. Jogar uma bomba atômica em Gaza seria maluquice, mas Eliyahu tirou do armário o poderio nuclear israelense.

Para sair da teoria e das metáforas, hoje, num cenário de envolvimento do Irã na guerra, o quadro seria outro, e todos os envolvidos no conflito sabem disso.

Desde as explosões de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, militares e civis já cogitaram o uso de artefatos nucleares em campos de batalha. 
Entre 1950 e 1968, três presidentes americanos (Harry Truman, Dwight Eisenhower e Lyndon Johnson) recusaram pelo menos uma dúzia de pedidos para lançar bombas na Coreia, na China e no Vietnã.

Nessa época, um jovem professor americano chamado Henry Kissinger despontava com um livro em que discutia o uso de artefatos nucleares com baixo teor explosivo, como armas táticas.

Pelo lado de Israel, construiu-se uma história de clarividência, tenacidade e astúcia diplomática
David Ben-Gurion começou a tratar da bomba em 1945, logo depois da explosão de Hiroshima. 
Ele era um líder sionista na Palestina, e o Estado de Israel era apenas uma ideia. 
Seu interlocutor era um jovem cientista que fazia explosivos para combatentes da Haganá.

Em abril de 1948, um mês antes da criação de Israel, Ben-Gurion começou a recrutar cientistas. Anos depois, aos 29 anos, Shimon Peres tornou-se diretor do Ministério da Defesa. Ele começaria as conversas com a França para a construção de um pequeno reator em Israel. Ben-Gurion seria claro: — Eu quero a opção nuclear.

Em 1957, Peres fechou o acordo para a construção do reator em Dimona, no Deserto do Negev. Os Estados Unidos desconfiaram desse reator desde a primeira hora. Em segredo, Israel construiu uma usina subterrânea para o reprocessamento do plutônio usado no reator. 
Sete inspeções de cientistas e diplomatas americanos não suspeitaram (ou não quiseram suspeitar) de sua existência.
 
Em 1967, Israel já tinha dois artefatos. Hoje teria entre 60 e 400.  
Seu uso foi chamado pelo primeiro-ministro Levi Eshkol de “opção de Sansão”, aquele que destruiu o templo dos filisteus. 
Ao contrário da Índia, do Paquistão e da Coreia do Norte, Israel nega que tenha as bombas. (Em 1969, o presidente Nixon perguntou a Golda Meir se ela tinha “coisas perigosas”, e ela respondeu que tinha. Quando Golda ia saindo do encontro, ele lhe disse: “Tome cuidado”.)

Por décadas, Israel produziu e estocou artefatos nucleares. Seus desmentidos preservam um segredo de polichinelo. Os inimigos de Israel cultivam uma ilusão, de que um país se deixará destruir sem usar todas as armas de que dispõe. Amichai Eliyahu pode ser um radical aloprado, mas sua “metáfora” reflete a realidade.

Tirando as bombas do armário, ele colocou a discussão da guerra no seu devido patamar. Uma coisa são as operações contra o Hamas em Gaza. Bem outra seria uma expansão da guerra, com uma possível entrada do Irã no conflito. Nesse caso, o risco é outro.

Elio Gaspari, colunista - O Globo


sexta-feira, 14 de julho de 2023

Congresso da UNE - Barroso insulta a inteligência do brasileiro e ataca metade do país - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

Gazeta do Povo - VOZES

Na quarta-feira, o ministro Luís Roberto Barroso foi de mangas arregaçadas, sem paletó, à abertura do 59.º Congresso da UNE, que é controlada pelo Partido Comunista do Brasil e seus afins.  
Estavam lá, também, o ministro da Justiça e a presidente do PT
Barroso fez um discurso que foi o assunto desta quinta em Brasília. 
Um discurso em que, ironicamente, ele disse que “só ditadura tem censura, tem presos políticos”. 
Pois na madrugada do mesmo dia foi encontrado desacordado, no chão da cela na Academia de Polícia, onde está preso, o coronel Naime, que era o comandante de Operações da PM em Brasília voltou quando soube dos acontecimentos de 8 de janeiro, assumiu o comando, foi ferido, atuou na proteção dos palácios, mas quando ele chegou já era tarde, e ele está preso há 50 dias sem saber o porquê; [em nossa opinião, ele  cometeu o crime de estar de folga, no dia 8 de janeiro.] há quem diga que foi por causa de uma denúncia da ex-mulher dele, dizendo que ele iria fugir, ou coisa parecida. Então, foi mantido preso.  
Naime foi levado para o hospital, havia um armário em cima dele. Mas o ministro Barroso diz que não temos presos políticos.
 
Também na quinta, na Comissão de Segurança Pública do Senado, ouviu-se o depoimento de Gabriela Ritter, filha de um preso político e presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro. Ela representa o pessoal que está preso e indiciado. 
Naquela sessão, o líder da oposição, senador Rogério Marinho, disse que estão todos indiciados e viraram réus sem individualização da acusação, e que ele está esperando que a OAB tome providências. O restante da fala do ministro Barroso, que vai ser presidente do Supremo ainda neste ano, também repercutiu por lá. Barroso disse o seguinte para os estudantes – repito, de manga arregaçada e sem paletó: “Nós derrotamos a censura. Nós derrotamos a tortura. Nós derrotamos o bolsonarismo, para permitir a democracia, a manifestação livre de todas as pessoas”.
 
Parece que ele está com problema de memória atual e memória do passado. Ele tinha 17 anos quando Ernesto Geisel acabou com a censura, em 1975. Eu lembro disso porque cobri o fato para o Jornal do Brasil, que era o principal jornal do país.  
Depois, em seguida, acabou o AI-5, em 1978; Barroso tinha 20 anos, devia lembrar que ainda estava no governo Geisel, mas talvez ele não lembre. E também não lembra dos dias de hoje, porque ele fala em permitir a “manifestação livre de todas as pessoas”
O líder da oposição no Senado, ao se referir a isso, disse que nós estamos vivendo, sim, um tempo de relativização da democracia, da inviolabilidade de mandatos, da Constituição, dos direitos humanos, da ordem jurídica e dos valores, porque cancelam as pessoas que ousam desafiar isso.

Mas talvez o mais importante de tudo seja a manifestação do presidente do Senado, que é o homem que pode pautar pedidos como o que a oposição está preparando agora, de impeachment do ministro Barroso. Rodrigo Pacheco, referindo-se à fala de Barroso no congresso da UNE, afirmou que ele deveria refletir um pouco sobre o que disse, porque foi “inadequado”, “inoportuno” e “infeliz”. Uau!  

O ministro Barroso, tentando corrigir o que havia dito, explicou que respeita os 58 milhões de eleitores de Bolsonaro e que, ao falar sobre “derrotar o bolsonarismo”, ele quis se referir ao “extremismo golpista”. Quer dizer, piorou a situação. Ele está afirmando – sem expressar, mas está afirmando – que bolsonarismo é sinônimo de extremismo golpista. Ficou pior a emenda que o soneto. Isso foi algo muito importante.

Governadores respondem a Lula e dizem que escolas cívico-militares continuam
Outro evento importante do dia nos deu uma alegria enorme. Foi a manifestação dos governadores, dizendo que em seus estados não vão acabar com as escolas cívico-militares de jeito nenhum. 
Vai entrar pessoal da PM, pessoal do Corpo de Bombeiros – que, aliás, já está nessas escolas; não precisa muito, dois ou três já bastam. Porque com a disciplina e com a ordem, acabou o traficante na porta da escola, a escola está limpinha, não está depredada, não tem violência e, o melhor de tudo, a disciplina, que é a base para qualquer atividade humana ter êxito, está aumentando a produtividade e o aproveitamento dos alunos em todas as matérias.

Talvez essa decisão do governo federal, de acabar com o programa das escolas cívico-militares, tenha estimulado e despertado ainda mais a importância da disciplina, da ordem, do ensino de valores, da formação de cidadania nas escolas, coisas que deveriam ter origem na família, mas que a escola deve complementar.

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Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quinta-feira, 8 de julho de 2021

Homossexualidade não é bandeira política - Gazeta do Povo

Sair do armário e se assumir gay, no Irã ou na Arábia Saudita ou qualquer país islâmico, sem dúvida é um ato de coragem, ou suicídio mesmo. No Irã os homossexuais ainda são mortos pelo regime dos aiatolás. Mas quem pode achar que, em pleno século 21, admitir a homossexualidade seja um ato de bravura? É a coisa mais natural do mundo...

Não quero dizer, com isso, que não existam casos isolados de homofobia. Existem, como existem de racismo, e todos devem ser condenados e punidos. O que é bem diferente de censurar quem, por questões morais ou religiosas, considera o comportamento homossexual pecaminoso. Isso é um direito do indivíduo numa sociedade livre também.  O grande problema é que os movimentos LGBT transformaram a inclinação ou opção sexual numa bandeira política, e já vimos até placas com dizeres bizarros como "meu fiofó (era outro termo) é revolucionário". Conheço vários gays que abominam os movimentos LGBT por conta disso, e também por promoverem a promiscuidade e a baixaria como se todo gay tivesse que agir dessa forma.

É por isso que usar a homossexualidade como bandeira política no Ocidente em pleno século 21 é confissão de falta de consistência das ideias. Quase ninguém liga para o que adultos fazem entre quatro paredes. Mas o povo liga para o autoritarismo "científico" dessa turma, que destrói empregos. Isso sim! Foi exatamente o ponto de Guilherme Fiuza ao comentar a "revelação" do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao assumir sua homossexualidade na entrevista com Pedro Bial: Governador do Rio Grande do Sul revela que é gay. Com quem ele dorme é problema dele. O que ele tem que revelar é onde está o laudo de eficácia do lockdown desvairado que impôs à população e como se salva vidas bloqueando gôndola de supermercado. Totalitarismo não tem sexo.

Luciano Huck e outros já saíram em apoio ao governador pela "coragem". Que coragem?! Repito: exige muito mais coragem alguém do meio artístico se assumir de direita! Isso sim, pode comprometer a carreira, atrair retaliação, transformar o conservador num pária social em certos círculos "inteligentinhos". Se o sujeito sair do armário com vontade e ainda confessar que votou em Bolsonaro, isso poderá ser seu fim!

Não é Leite que tem coragem, portanto, mas sim quem ainda tenta esconder que é gay hoje em dia, por covardia. E tem gente que faz isso mesmo com todos sabendo de sua homossexualidade. E, por falar em tucanos, o governador Doria disse que "faria exatamente o oposto do que o Bolsonaro fez" sobre condução da pandemia. Uai, mas o governador Agripino teve a autonomia garantida pelo Supremo para fazer tudo diferente, adotou fases coloridas de restrições e tudo, e o resultado foi péssimo...

O que o Brasil precisa é de um debate sério de ideias, principalmente sobre o que alguns vêm repetindo em nome da ciência, monopolizando seu uso de forma absurda e autoritária. Chamar de "negacionista" quem discorda de medidas como o lockdown, que não apresentou bons resultados em lugar algum, não vai encerrar o debate, mas sim expor a falta de consistência de quem se esconde atrás desse rótulo vazio.

É tão frágil quanto se esconder atrás da homossexualidade em pleno século 21,
em países ocidentais livres...

Rodrigo Constantino,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 4 de julho de 2021

Ditadores, saiam do armário - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza

O governador do Rio Grande do Sul foi um dos líderes dos trancamentos por suposta segurança sanitária. Saiu fechando tudo, assim como seu colega e correligionário de São Pauloambos se apresentando como presidenciáveis, ambos dizendo seguir a ciência contra um presidente negacionista, ou seja, ambos fazendo política.  
Se essa política servisse para cacifá-los à Presidência e também para proteger as pessoas da pandemia, ótimo. 
Infelizmente, não serviu para nenhuma das duas coisas. Não serviu para nada. Ou melhor (pior): serviu para piorar a vida das pessoas.

Com quase um ano e meio de pandemia, o governador do Rio Grande do Sul resolve dar uma entrevista confessional. Para falar de tudo. Qualquer um teria o direito de esperar que ele finalmente fosse explicar por que fez os gaúchos passarem a se sentir como se vivessem na Coreia do Norte. Mas ele não falou disso. Depois de quase um ano e meio de tirania, o governador revelou que é gay.

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Na condição em que está, com a quantidade de explicações que tem a dar, com a quantidade de contas que tem a prestar, o governadorzinho de estilo soviético autoriza você, a partir dessa revelação, a uma série de conjecturas. 
O que esse personagem quis dizer? 
Que a opção sexual dele lhe dá poderes supraconstitucionais
Que ser gay é credencial para subjugar a população por um ato de vontade?

"Não”, responde você. “Ele só quis contar que é homossexual”. Ok. Então vamos responder a ele com a mesa singeleza: companheiro, com quem você dorme é problema seu. Poderia até ser saudável o compartilhamento da sua experiência se você tivesse algum exemplo para dar no terreno da liberdade – mas você não tem nenhum. Você é um ditador que não saiu do armário – e quer posar de humano. Não cola. Saia do armário primeiro. Assuma o seu autoritarismo covarde, fantasiado de empatia. Depois disso pode ser até que valha a pena conversar com você – mas autoritário não é chegado a conversar. É chegado a prender.

Onde estão os laudos comprovando a eficácia das suas medidas extremas que prenderam a população e lhe roubaram direitos básicos de cidadania?  
Onde está a comprovação das suas ações brutais que chegaram ao nível fascista de lacrar gôndolas de supermercado com o pretexto de diminuir o contágio? 
Onde estão os estudos anteriores e posteriores a essa barbaridade atestando seu resultado no controle ou mitigação da pandemia? Companheiro: você tem OBRIGAÇÃO de demonstrar cientificamente isso, porque se a sociedade não desistiu para sempre do estado de direito, você vai ter que responder pelo que fez.
Uma dica sobre algo que você já sabe: você nunca vai demonstrar tecnicamente a eficácia do seu surto trancador. 
Porque não há no Rio Grande do Sul, nem na América do Sul, nem no Hemisfério Sul, nem no Hemisfério Norte, nem no mundo inteiro estudo algum comprovando que bloquear alas de supermercados – enquanto o transporte público, por exemplo, continuou levando as pessoas de lá para cá em ambientes fechados e frequentemente aglomerados tem alguma serventia para bloqueio ou redução de contágio.

Ao contrário. Há estudos e ensaios (ver John Ioannidis, Michael Levitt e outros pesquisadores laureados) mostrando que as áreas com lockdown mais severo não alcançaram vantagem sobre as que não restringiram tanto em termos de enfrentamento à pandemia. Não vale fazer como o seu correligionário de São Paulo, que botou o Instituto Butantã para soltar panfletos com número exato de vidas supostamente salvas por esse trancamento burro e grosseiro. O nome disso é fraude.

Governador, pode falar à vontade sobre a sua vida sexual aos que se interessarem por ela, que isso não o redimirá da sua fraude. Você não tem ciência nenhuma. Você tem um slogan. E ele não salvou ninguém. Mas os prejudicados pelo seu espetáculo prepotente, destrutivo e mórbido são seus credores. Não adianta se esconder em propaganda politicamente correta que não ajuda minoria alguma. A sua única chance é a liberdade, contra a qual você atentou, morrer de vez. Do contrário, você terá de pagar pelo que fez.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES



terça-feira, 13 de outubro de 2020

O partido da Covid saiu do armário

Guilherme Fiuza

Jane Fonda disse que a covid é "um presente de Deus". A estrela do cinema americano e mundial disse mais: essa dádiva divina-viral é, segundo a diva, um presente "para a esquerda". A declaração de Jane Fonda é muito oportuna para esclarecermos – esperamos que de uma vez por todas – um grande mal-entendido dos tempos atuais. É o seguinte: se você é um burguês cínico e egoísta, se dizer "de esquerda" não te dá um charme altruísta, ok? Você continuará sendo só um burguês cínico e egoísta – que, no caso, torce por uma doença para se fantasiar de empático. Estamos entendidos? Para sempre? Que bom! Então agora podemos continuar a conversa mais relaxados.

Jane Fonda falou por muita gente. Dir-se-ia que a mega atriz trouxe a chave do armário – de onde agora podem sair todos esses quarentenados da empatia cenográfica. Até que enfim. Seis meses desses patrulheiros tarados chamando todo mundo de assassino estava um pouco demais. E quando alguém dizia que eles torciam pelo vírus? Tinham que simular aquela indignação torrencial, o que dá um trabalho danado e cansa a pessoa – mesmo ela estando sem fazer nada.

Acabou o problema. A elegia patológica foi assumida por Jane perante os quatro ventos, libertando essa gente hipócrita e enrustida
Podem torcer sem medo! 
Podem continuar fingindo que o pior está por vir para manter as escolas fechadas para sempre! 
Quem é que precisa de estudo a essa altura, minha gente? 
Todo mundo no clube da empatia já é culto, remediado e com o boi na sombra. Que nem a Jane. Escola hoje em dia é coisa pra pé rapado – essa gente que se aglomera em ônibus sabe-se lá por que, nessas cenas horríveis que felizmente não são visíveis da quarentena vip.
O coronavírus é um presente divino pra todo mundo que está com a vida ganha e só precisa manter o seu poderzinho – de preferência com bons pretextos para controlar a vida alheia se fantasiando de ético. É ou não é uma dádiva, essa Covid? Foi molezinha fazer vista grossa para as estatísticas embaralhadas. 
Saiu baratíssimo jogar na conta da Covid todas as vítimas de outras doenças que pegaram coronavírus já condenadas. 
Contágio bom é contágio fácil, diria algum empático de Hollywood. 
E cada vez que alguma família denunciava atestado de óbito para Covid em parente vitimado por outras doenças, a patrulha da verdade suprema bradava: fake news! Negacionistas! Terraplanistas! 
Os terraparadistas tomam como ofensa pessoal qualquer desafio ao seu lockdown mental. Seita é seita.
Só não venham mais com esse papo de esquerda. Burguês egoísta é burguês egoísta – e já combinamos que agora vamos chamar as coisas pelos seus nomes. "A esquerda" como etiqueta de homem sensível, mulher consciente, intelectual empático e alma solidária está revogada pelo teorema covidal de Jane Fonda. 
E agora? Agora vamos fazer a conta dos prejuízos humanos que a ditadura viral de vocês causou.

Guilherme Fiuza, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes


quinta-feira, 8 de março de 2018

Bolsonaro tira a extrema-direita do armário




Ato de filiação ao PSL foi mistura de culto evangélico e programa policial – Tudo pelo Brasil

  Jair Bolsonaro | Aílton de Freitas

Uma mistura de culto evangélico e programa policial de TV. Assim foi o ato que selou ontem a filiação de Jair Bolsonaro ao PSL. O presidenciável defendeu a liberação das armas e prometeu combater “vagabundos” e “marginais”. Ele temperou o discurso com menções a Deus e à “família brasileira".

O deputado encarregou Magno Malta, dublê de senador e cantor gospel, de puxar uma corrente de oração. Em seguida, investiu no culto à própria personalidade. “Eu sou o Messias. Jair Messias Bolsonaro", disse, para delírio dos seguidores que lotavam um dos plenários da Câmara.

O capitão reformado incitou o sentimento nacionalista da plateia. “Vamos voltar a ter orgulho da nossa bandeira”, prometeu. “Mito! Mito! Mito!”, responderam os aliados, em coro. “Só tem uma maneira de esta bandeira ficar vermelha: com o meu sangue”, emendou Bolsonaro. “A violência se combate com energia, e se for necessário, com mais violência”, prosseguiu o pré-candidato. Ele prometeu pedir votos para os colegas da bancada da bala, que se acotovelavam a seu redor. “Quem sabe teremos aqui a bancada da metralhadora”, gracejou.

Dizendo-se defensor da família, o deputado disse que que a homossexualidade “não é normal". “Um pai prefere chegar em casa e ver o filho com o braço quebrado no futebol, e não brincando de boneca”, discursou. “Casamento é entre homem e mulher, e ponto final”, continuou, apesar de o STF já ter reconhecido a união estável de pessoas do mesmo sexo. [ao reconhecer o famigerado 'casamento gay'  apelidado de 'união estável entre pessoas do mesmo sexo', o STF afrontou a Constituição, já que a Suprema Corte legislou o que é proibido pela Constituição Federal.
Por  óbvio um ato nascido de uma afronta à Constituição  é inconstitucional.]

Em outra passagem, Bolsonaro prometeu varrer os partidos de esquerda do Congresso. “Quem reza dessa cartilha de esquerda não merece conviver com os bens da democracia e do capitalismo”, disse. “Nós temos que alijá-los”, acrescentou.  Deputado há 27 anos, o presidenciável se apresentou como promessa de renovação na política. Ele ainda citou Donald Trump como “exemplo para nós seguirmos” e atacou a imprensa, a quem acusou de “conivente com a corrupção".

Antes de ouvir o líder, Magno Malta se ofereceu para o cargo de vice em sua chapa. Ex-aliado de Lula e Dilma Rousseff, ele evitou lembrar o passado ao lado dos petistas. “Agora você é extrema-direita. Isso não ofende, não”, disse, olhando para Bolsonaro. “Extrema-direita é o que nós somos”, concluiu.

O Globo