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terça-feira, 1 de novembro de 2022

AVULSAS

DITADURA DE XANDÃO LEMBRA A DITADURA CHINESA

* * *


PRONTUÁRIO ROBUSTO

EM POSIÇÃO DE SENTIDO

pic.twitter.com/Gqbfb5buNb

— Angelo Silva - (@Eissoaieissoai2) November 1, 2022

Lula, na posse do Alexandre de Moraes, no TSE, com Gilmar Mendes e em clima amistoso com o ministro do TSE Benedito Gonçalves

EM SANTA CATARINA E NO RESTO DO BRASIL

 

COMPENSA MESMO

O cientista político Paulo Kramer fez uma análise simples e direta sobre o resultado da eleição presidencial de domingo em tom de desabafo.

“Metade do eleitorado reafirmou que o crime compensa”, lamentou.

* * *

Está certíssimo o nobre cientista político Paulo Kramer.

Os números divulgados no último domingo mostram uma verdade irrefutável:

O crime compensa neste nosso país surrealista.

E como compensa!

Luladrão é a prova maior deste fato.

ATÉ O COMEDOR DE TRANS

RESPONDAM


ELEITORES COMEMORANDO A VITÓRIA ONTEM

Urgente 

 Traficantes do Cpx da Maré comemorando a Vitória do Lula,
O Crime no Brasil compensa! pic.twitter.com/XYT8eJ9rsl

— Direita Bolsonarista (@Bolsonaro22Bra) October 30, 2022

Começou no Rio….
“Não acabou vai acabar eu quero fim da polícia militar”
pic.twitter.com/VrVD2s39qp

(@ErikaMo09331313) October 31, 2022 

 

 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A tentação reacionária de banir o Telegram - Guilherme Fiuza

É assim a nova utopia reacionária: você pode usar uma premissa de depuração para escolher quais verdades você deixará circular

 O Tribunal Superior Eleitoral iniciou uma manifestação de hostilidade à rede social Telegram. Segundo o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, trata-se de um ambiente que tem sido utilizado para a propagação de informações falsas e teorias da conspiração. O TSE diz ter “parcerias” com as principais plataformas de internet para o controle de conteúdo indesejável e não quer que haja exceções. O TSE e seu presidente devem estar achando que estão numa colônia da ditadura chinesa.

A tentação de banir o Telegram do país só pode vicejar em mentes que tenham perdido por completo os referenciais de democracia. Estão confiando demais na retórica indigente do suposto combate a “fake news”, “onda de ódio”, etc. para embargar e suprimir o que der na telha, fazendo política a céu aberto com esse disfarce mal-ajambrado.

Vamos contribuir com essa utopia reacionária: por que não banir também o WhatsApp? Ali circula de tudo – até informação falsa extraída do perfil do próprio TSE, alegando que o projeto da instituição do voto auditável significaria o retorno a cédulas de papel. 
É ou não é terrível um ambiente suscetível a desinformações desse tipo?
 
Proíbam o Telegram e o WhatsApp. Mas não só eles. Há uma praça, numa grande cidade brasileira, onde pessoas se reúnem para dizer que o assalto à Petrobras não existiu e todos os bilhões de reais devolvidos foram apenas uma caridade dos ladrões
Por essa praça, passam milhares e milhares de pessoas todos os dias – um contingente expressivo de cidadãos permanentemente expostos a disparates desse tipo. A patrulha da verdade não vai interditar essa praça?

Mas o problema não termina aí. Algum tempo atrás, falou-se muito de um cidadão que trazia ideias estranhas – e nesses casos todo cuidado é pouco. Seu nome era Graham Bell. Como não foi detido a tempo, ele deixou por aí um aparelho perigoso – que tornava a comunicação muito mais rápida que as cartas levadas de navio ou em lombo de burro. Resultado: passou a ser possível a uma única pessoa passar trotes rapidamente para diversas outras afirmando, por exemplo, e jurando de pés juntos, que o sistema das urnas eletrônicas no Brasil é invulnerável. Como transigir com um risco de desinformação desta monta?

As “parcerias” que o TSE diz ter firmado com as principais plataformas de internet todos sabem de que tipo são e elas se estendem a toda uma rede de zeladores da verdade celestial. Com o auxílio das milícias checadoras – o braço armado do gabinete do amor – operam o banimento, por exemplo, de uma mãe que perdeu o filho jovem com um AVC pós-vacina de covid.  
Essa mãe contratou uma investigação clínica que atestou a causalidade, reconhecida pela autoridade de saúde do seu estado. 
Passou a usar as redes para tentar ampliar o conhecimento sobre efeitos adversos e foi banida.

É assim a nova utopia reacionária: você pode usar uma premissa de depuração para escolher quais verdades você deixará circular. O Telegram tem um mundo de informações e dados de todos os tipos ciência, filosofia, arte, política com toda a escala de precisão/imprecisão, confiabilidade/suspeição, boa-fé/má-fé que caracteriza qualquer ambiente livre. Para os delitos, existem as leis. Para os reacionários, não existe remédio.

Guilherme Fiuza, colunista - Metrópoles 

Este texto representa as opiniões e ideias do autor.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

“A mídia brasileira não tem interesse em falar a verdade sobre a China” - Paula Leal

Revista Oeste

O jornalista Rafael Fontana morou quatro anos no país e escreveu um livro para relatar sua experiência nas entranhas do governo comunista

Quando foi professor universitário na China, o jornalista Rafael Fontana recomendou aos alunos a leitura do livro 1984, de George Orwell. Fontana se surpreendeu, no entanto, ao descobrir que eles nunca tinham ouvido falar na obra, nem mesmo conseguiram comprá-la on-line — o título foi banido há décadas pela ditadura chinesa. Por essa indicação desavisada, ele poderia ter sido deportado do país. Esse e outros relatos estão registrados no livro Chinobyl, lançado em setembro deste ano. 

O jornalista chegou à China em 2015 para ministrar aulas de português em uma universidade. Depois, assumiu o cargo de editor na Rádio Internacional da China, mídia estatal criada em 1950 e veiculada em 65 idiomas. “O país começou muito cedo o processo de espalhar a propaganda chinesa pelo mundo”, disse em entrevista a Oeste. Durante quatro anos, Fontana testemunhou de perto os programas para expandir a influência do Partido Comunista Chinês (PCC) na política de outros países, por meio de financiamentos, propaganda e tecnologias de espionagem — de uma população de 1,4 bilhão de pessoas, cerca de 90 milhões são membros do PCC.  

De volta ao Brasil, recebeu um convite para ser diretor de Comunicação da Huawei, empresa privada chinesa de tecnologia, mas “controlada pela ditadura”. Para o jornalista, há motivos para se preocupar com a presença do gigante chinês no mercado brasileiro. “Eles usam a tecnologia que circula dentro das redes de transmissão para copiar, roubar ou desviar informações que passam pelos equipamentos de forma ilegal e sem que ninguém descubra.” De Brasília e por videochamada, o jornalista com mais de 25 anos de carreira conversou com a reportagem de Oeste sobre sua experiência de imersão na cultura oriental, a rotina na mídia estatal, e contou como funcionam os créditos sociais — um sistema de pontuação atribuído à população por bom comportamento. Chinobyl está em sua segunda edição e o título é uma alusão ao desastre russo de Chernobyl a iminência de uma bomba capaz de abalar o regime comunista chinês, assim como a explosão da usina nuclear, acelerou a desintegração da União Soviética. 

Confira os principais trechos da entrevista.

Quando chegou à China, qual foi o maior choque cultural que você observou?
Todo dia é uma coisa nova. Morar na China não é mudar para um novo país, é mudar para um novo mundo. A forma como eles enxergam o mundo é diferente. A questão da higiene foi um choque. O hábito de cuspir no chão o tempo todo incomoda. É um festival de cusparada. Parece bobo, mas depois de um tempo começa a dar desespero. Existem placas em piscinas sinalizando ‘não cuspa na piscina’. Poxa, precisa de placa? Aí você observa as pessoas na piscina colocando a cabeça para fora para cuspir na borda. Dentro de ônibus, em restaurante, em campo de futebol. O tempo todo tem cuspe no chão.

Você se mudou para a China em 2015 e atuou como professor em uma universidade. Como surgiu seu interesse pelo Partido Comunista Chinês?
Foi um conjunto de fatores. Quando mudei para lá, um amigo que participava de um grupo sem fins partidários que reunia informações sobre a China me pediu para observar as ações do Partido Comunista e como eles se organizavam para expandir a influência do Partido para fora das fronteiras chinesas. Na época, até brinquei: ‘Você está vendo muito filme de ficção científica, isso é teoria da conspiração’. Então já cheguei no país com uma missão. Como professor universitário, comecei a prestar atenção no comportamento dos alunos, professores e na direção. Rapidamente descobri que a vida na China era diferente do que as pessoas pensavam.

Por exemplo?
Quando fui professor na Universidade de Hebei, em Xiao An She, recomendei aos alunos a leitura do livro 1984, de George Orwell. Eles começaram a procurar na internet a versão on-line ou impressa da obra para comprar, mas não encontraram. Nem sequer acharam citações a Orwell na web.
(.......)
Praticamente todos os chineses são vigiados pelos aparelhos celulares

Como foi sua experiência como jornalista na rádio estatal chinesa? Quais diferenças você destaca na rotina profissional em comparação com o Brasil?
No Brasil, estamos acostumados a trabalhar 12 horas, é uma correria. Lá, o expediente era muito tranquilo. Trabalhávamos cinco, seis horas por dia, e tudo era totalmente controlado pela ditadura chinesa. Eu era editor, mas tinha pouca margem para editar. Podia mexer no estilo, mas não tinha como alterar o conteúdo, até porque não tinha acesso aos repórteres chineses. A matéria já chegava traduzida em português, só tinha de lapidar e tornar o conteúdo mais palatável ao público estrangeiro, até porque os chineses não são muito criativos. O conteúdo que eles produzem na China é muito ruim. No departamento de português, onde eu trabalhava, havia uma média de 20 pessoas. No Brasil, esse mesmo trabalho poderia ser feito por oito, dez pessoas no máximo, e com maior qualidade. Os chineses gastam muito e não são eficientes na gestão do dinheiro. É uma estrutura socialista, inchada, eles precisam gerar emprego em todos os setores, inclusive na comunicação, para manter as pessoas ocupadas. Imagine que na rádio havia um departamento de esperanto, com cerca de 20 pessoas trabalhando lá. Ninguém mais fala esperanto no mundo. O departamento ficava em frente ao nosso, e a gente via que a maioria das pessoas que trabalhavam lá era de mulheres de membros do Partido Comunista. Conheci duas jornalistas do departamento de esperanto que tinham começado a estudar a língua naquele ano. Ou seja, mal tinham noção do idioma.

(..............)

Como você ficou sabendo da existência dos créditos sociais do Partido Comunista da China e como funciona isso na prática?
Os chineses não podem comentar com estrangeiros a respeito, mas eles têm consciência, só não sabem o tamanho do perigo. O crédito social foi idealizado por volta de 2009. O presidente Xi Jinping decidiu implementar o sistema a partir do ano 2016, que começou com um projeto piloto para voluntários. Milhões de pessoas do Partido Comunista entraram, até mesmo para fazer uma média com seus superiores. Desde 2020, coincidiu com a pandemia, o sistema passou a ser compulsório. Todos os chineses têm uma pontuação e praticamente todos são vigiados por aparelhos celulares, câmeras, pelos vizinhos. A pessoa começa com uma pontuação alta e, quando ela tem problemas, perde pontos. Por exemplo, imagine que você perdeu pontos por beber demais ou bater o carro. A partir desse momento, você começa a ser evitado dentro de um círculo social de pessoas que têm pontos mais altos. As pessoas começam a te evitar porque uma das formas de ganhar ou perder pontos é o seu círculo de amizade. Para recuperar a pontuação, você pode dar um presente, uma festa. Só que você está sem dinheiro. Então faz um empréstimo no banco e não paga. Em vez de ganhar, perde ainda mais pontos, e isso vira uma bola de neve. A pessoa com baixa pontuação pode receber punições como não embarcar em trens de alta velocidade, não poder escolher os melhores vagões, fazer viagens, pedir empréstimos no banco. Ou seja, a vida vai ficando mais difícil. É algo irreal e que vai levar ao colapso. Quando falei a respeito disso para um grupo de brasileiros em uma palestra, eles mencionaram o episódio da série Black Mirror [trata-se do primeiro episódio da terceira temporada, chamado Queda Livre]. Nem conhecia, pois estava morando na China e não tinha visto a série. Mas nesse caso não é ficção, está acontecendo de verdade.

Você foi diretor de comunicação da Huawei no Brasil, empresa chinesa fabricante de celulares, além de fornecedora de tecnologia e de equipamentos de infraestrutura para outras companhias. Recentemente, houve o leilão do 5G no Brasil. Há motivos para o país se preocupar com o gigante chinês?
Sem dúvida. Como o leilão do 5G no Brasil foi destinado a operadoras de telefonia, a Huawei não participou. Mas a empresa pode vender equipamentos e participar da construção da infraestrutura do 5G no país. Existem praticamente três empresas que dominam o mercado de 5G no mundo: a Ericsson, a Nokia e a Huawei. A Huawei é processada em vários países por casos de espionagem, lobbies fraudulentos e informações privilegiadas. Eles usam a tecnologia que circula dentro das redes de transmissão para copiar, roubar ou desviar informações que passam pelos equipamentos de forma ilegal e sem que ninguém descubra. E não é só espionagem militar, estatal, mas também industrial. A Huawei é uma empresa privada, mas controlada pela ditadura. Os principais cargos, desde o CEO aos diretores, são ocupados por membros do Partido Comunista Chinês. O Tiktok [aplicativo chinês popular entre jovens usado para gravar vídeos curtos], uma vez instalado, circula pelo aparelho. É um perigo e está no termo de adesão, que as informações, se requisitadas, podem ser transmitidas ao regime chinês. As pessoas que usam plataformas chinesas estão sendo espionadas.
 
(...................) Continue lendo

Leia também “Cíntia Chagas: ‘Estamos vivendo uma ditadura da linguagem’”

Revista Oeste - Paula Leal


quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A legalização da ditadura - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza

A imprensa que está brincando de atiçar a prepotência do STF talvez um dia se arrependa disso. 
Transformar o direito num campo de várzea onde da sobrancelha para baixo é tudo canela pode parecer excitante no princípio
você posa de herói da resistência, arrebanha uns trouxas, dá uma vitaminada nas suas oportunidades imediatas e vislumbra um final feliz na bolha. O chato é a tendência que insiste em rondar toda bolha: um dia estoura.
E quando essa aí estourar, toda a malandragem que hoje lhe parece inexpugnável ficará ao relento – exposta à dura realidade que você não quer ver: ao ar livre, essa vitamina que hoje te faz invencível não será suficiente para a sobrevida de 24 horas de um rato. 
Sabe aquela história de virar abóbora? Pois é. Quando a bolha estourar, virar abóbora pode até vir a ser uma boa opção para você, diante das outras.

Prende e arrebenta! Esse é o coro inconfessável – mas audível – de boa parte dos que passaram a vida se dizendo democratas e murmurando contra ameaças autoritárias. Dane-se a lei. Surgiu uma oportunidade legal, dentro da bolha estão todos catequizados para o mesmo fingimento: os enviados de Belzebu tomaram o país e vale tudo para eliminá-los. A liberdade econômica e cívica que venha deles a gente mata no peito, baixa na terra e põe para os cachorros comerem. Aqui na bolha não entra esse tipo de coisa.

O negacionismo chique produz uma sensação bastante confortável para os seus adeptos. Se o país inteiro sair às ruas por liberdade e eleições limpas, fique em casa de olho na TV. Você terá a confortante certeza de que nada aconteceu. Talvez até você chegue à conclusão de que o povo nem existe. Por via das dúvidas, entre no zoom e pergunte aos seus amigos empáticos da quarentena vip que também não viram violação alguma do sistema eleitoral: o povo existe?

À luz da ciência, eles vão te responder: não há provas concretas. E aí vocês todos, que são iluministas e não terraplanistas, farão o dever de casa: percorrerão a grande mídia para checar o boato de que haveria povo na rua de norte a sul do país. A checagem terminará com mais uma gloriosa certeza científica: não tinha povo nenhum. As manchetes estavam limpinhas, falando de coisas muito mais cultas e evoluídas. Fake news.

Quem reclamar da vulnerabilidade das urnas depois da prova de que o sistema eleitoral foi invadido em 2018 ganha um alerta: por enquanto vai ser só chamado de terraplanista
Se insistir na blasfêmia vira alvo de inquérito. 
Depois que os heróis do STF contra o fascismo imaginário exterminaram até conta em rede social fora do Brasil alegando ameaça de subversão à ordem – imagina o que eles têm para oferecer a quem duvidar do imaculado sistema inauditável do TSE? Melhor confiar.

O Senado Federal, que está numa fase exuberanteengavetando com bravura todas as denúncias contra os abusos do STF e fazendo tudo o que os vassalos da moderna ditadura chinesa mandam está tirando do forno uma legislação quentinha para calar a boca de quem falar coisas erradas. Fingindo sepultar a Lei de Segurança Nacional (o fingimento humanitário é a alma do negócio, como você já reparou) os senadores vêm com uma mordaça linda, onde você pode botar o escudo do seu time ou outra mensagem que os aderecistas de focinheira hoje em dia fazem com o pé nas costas.

O melhor da festa é que os supremos xerifes não precisarão mais da imprensa amiga para retocar os seus atropelos e avalizar docemente a sua brutalidade. Com a criminalização da “comunicação enganosa” tudo que eles quiserem que seja fake news e atentado à democracia, será. É a legalização da ditadura em nome da democracia.

Não gostou? Acha que a República da Bolha foi longe demais? Ué, então faz alguma coisa. O que? Sei lá. Começa com um peteleco. Bolha é bolha.

Guilherme Fiuza, jornalista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 21 de maio de 2021

Vassalos da China - Rodrigo Constantino

VOZES - Gazeta do Povo

Meu vizinho vende insumos básicos para mim, e eu vendo alimentos que produzo de forma competitiva para ele. Mas ele é um brutamontes criminoso, com ampla passagem pela polícia. Finjo não saber disso, pois afinal somos vizinhos e temos interesses comerciais. Não preciso ser a polícia do mundo. Tampouco preciso falar bem dele pela vizinhança. Ocorre que o marginal resolveu fazer chantagem: se eu fizer uma só crítica pública a ele, meus insumos serão suspensos.

Diante dessa abjeta ameaça, típica de um cafajeste da pior espécie, quem deveria ser o alvo das mais duras críticas, ainda mais por quem tem algum senso de justiça e apreço pelas liberdades? Mas muita gente preferiu me condenar por ter questionado a origem da sujeira na calçada. Ficaram revoltados... comigo! Acham que devo pagar o resgate desse sequestro sem qualquer tipo de reclamação, ignorando que nosso comércio é via de mão-dupla, já que ele compra os alimentos de sua família de mim.

A Folha deu a seguinte manchete nesta sexta: “Produção de vacina está totalmente parada e ritmo da imunização pode diminuir, diz governo de SP”. O subtítulo dizia: “Insumos para Coronavac estão parados na China em meio a crise diplomática após frases de Bolsonaro”. Causa espanto ver tanto jornalista e “liberal” usando a ocasião para desferir novos ataques contra o presidente, poupa
vidas humanasndo a ditadura chinesa.

Um regime opressor faz chantagem aberta com vacinas, ou seja, com vidas humanas, mas essa gente resolve demonizar nosso presidente e aliviar a barra do regime ditatorial? Essa turma precisa rever imediatamente seus valores.  
Mas sabemos que a China tem muitos assessores de imprensa e lobistas no Brasil. 
São os mesmos que se recusam a admitir que o maior culpado pela pandemia é justamente o regime que perseguiu médicos e jornalistas quando a coisa começou em Wuhan.
Algum grau de pragmatismo diplomático é essencial, sem dúvida. Não dá para querer fazer justiça contra todos os bandidos do mundo de uma vez. Mas seria aconselhável que nossos jornalistas e “liberais” ao menos tivessem a coragem de apontar para condutas inaceitáveis de uma ditadura. O embaixador chinês no Brasil já tentou intimidar deputado federal, e o então presidente da Câmara tomou o partido da ditadura. Ele já enviou cartas aos nossos deputados “recomendando” não reconhecer as eleições em Taiwan, e ficou por isso mesmo. [o problema desse pessoal, os inimigos do Brasil é que para eles o que importa é DERRUBAR o presidente Bolsonaro - o compromisso que assumiram com o diabo e contra os brasileiros é se livrar do capitão, o custo de vidas humanas é apenas um detalhe.
Eles esquecem que se o Brasil precisa dos insumos chineses, eles precisam do que o agronegócio produz - O Brasil ficar livre da dependência dos insumos é questão de tempo, já eles se livrarem da necessidade de alimentos...
Um pouco a contragosto, temos que reconhecer que o nosso presidente as vezes complica por não escolher o momento dos seus comentários  - as vezes os profere no momento mais inadequado.]
Se dependesse desses jornalistas e “liberais”, o Brasil virava logo uma província chinesa, e o jornalismo desapareceria de vez, como as liberdades. Pragmatismo sim, subserviência e vassalagem não! 
Por fim, vale notar que apesar de toda a narrativa e ameaças, o Brasil bateu recordes de exportação para a China este ano
Foram quase US$ 30 bilhões até agora, o maior volume na década. Menos histeria e covardia, portanto...   

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Doria apostou tudo no cavalo errado e deveria renunciar - Rodrigo Constantino

Vozes - Gazeta do Povo

Humanos podem sempre errar. Somos falíveis. Pessoas bem intencionadas erram o tempo todo, e buscam aprender lições, consertar os rumos, melhorar. Não é o caso do governador João Doria nessa lamentável divulgação do Butantã, de que a eficácia da coronavac é de apenas 50,38%, no limite da aprovação pela Anvisa e OMS.

Doria vem monopolizando a fala em nome da ciência desde o começo, politizando a pandemia de olho em 2022. Apostou todas as fichas na vacina chinesa, desqualificou quem desconfiava da origem (uma empresa acusada de corrupção numa ditadura sem transparência) e chegou a marcar data do começo da vacinação, ignorando os passos necessários para sua aprovação.

Em suma, Doria virou um garoto-propaganda da vacina, chegando a colocar outdoor em Mato Grosso do Sul. A Anvisa tinha apenas uma forma de demonstrar sua imparcialidade técnica: aprovar a vacina. A mídia doriana logo começou a enaltecer o governador de SP enquanto demonizava o presidente Bolsonaro, seu jogo sujo desde o primeiro dia da crise.

Pois bem: de 100% de eficácia a coisa caiu para menos de 80%, depois para 60%, e agora se chegou a esse patamar mínimo, que passa raspando pelo critério técnico. Os tucanos que festejaram, sem qualquer apreço pelo verdadeiro método científico e pelo necessário ceticismo, estão hoje em silêncio, desejando apagar da nossa memória mensagens antigas. Mas estamos aqui para refrescar a memória de todos:

 ...............

Os apressadinhos falam tanto em nome da ciência, ciência, ciência, mas esquecem que a ciência se faz com desconfiança, paciência e prudência, não com confiança cega em autoridades ou na mídia. Quem confia cegamente numa ditadura chinesa, aliás, é o típico gado, que se oferece para ser cobaia e ainda chama de "negacionista" aquele mais racional. Mas a "assessoria de imprensa" do Doria segue tentando vender o peixe podre:

Ora, isso é ciência, por acaso, ou fé cega? Agora imaginem só se essa "confusão" (empulhação?) toda fosse no governo federal, e não com o governador queridinho da mídia. Qual seria a reação da imprensa? Se continuar assim, a "vachina" será apenas um placebo arriscado em breve! Aliás, um pesquisador usou os dados oficiais e chegou à seguinte conclusão:  4653 voluntários foram vacinados; 85 dos vacinados foram infectados; 4599 voluntários no placebo; 167 do grupo placebo foram infectados; usando esses dados, a eficácia global seria de 49,7%, inferior ao limiar de 50% da Anvisa e OMS.

VAR JÁ! O mínimo que se espera de quem preza pela saúde da população é cobrar uma nova rodada de pesquisas antes de liberar uma vacina nessas condições suspeitas. 
Os tucanos da mídia estão afirmando que "bolsonaristas" comemoram a notícia ruim e torcem pelo vírus. É inversão leninista, as usual. Atacam os outros diante de um espelho, esses pandeminions. O fato é que Doria apostou tudo no cavalo errado, e tentou impor sua vachina sem qualquer comprovação.

Sobre os casos graves, há um "detalhe" espantoso: foram sete pessoas testadas apenas. SETE PESSOAS! Lembram da turma dizendo que os vários estudos com cloroquina, em milhares de pessoas, eram "inconclusivos"? Não é difícil entender por que agora dizem que não devemos ser tão científicos assim. E isso foi dito pelo secretário de Saúde do governo Doria!

O que a gestão Doria fez com a credibilidade do Butantã é algo criminoso. Diante do ocorrido, só há uma coisa sensata a fazer: levantar a hashtag #ForaDoria e exigir a saída do governador imediatamente do seu cargo. Doria deveria renunciar já!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - Vozes

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

 

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Mandetta e Moro: o duplo cego - Gazeta do Povo

Por Rodrigo Constantino
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, resolveu ironizar, usando um trocadilho da ciência, a decisão do governo de incluir no protocolo do SUS a liberdade de escolha da hidroxicloroquina. Ele brincou que se trata de um "duplo cego", pois dois leigos autorizaram algo que deveria ser feito por especialista: Mandetta, o ortopedista e político do DEM, fazendo troça com o "duplo cego" de leigos indicando cloroquina é a piada pronta mesmo. O sujeito condenou o remédio com base num "estudo" que foi parar na polícia de tão bizarro! Pessoas morreram em Manaus após dosagem absurda, e o Ministério Público está com o caso nas mãos.

Enquanto isso, o outro "estudo", publicado na Lancet e com quase 100 mil pessoas, mostrou-se igualmente fraudulento, após se descobrir que a empresa pequena usada para coleta de dados tinha como representantes um escritor de ficção científica e um ator pornô. A OMS, que tinha suspendido testes com o remédio, voltou atrás depois que a informação veio à tona. A OMS é a grande inspiração "científica" do Mandetta, e não passa de um puxadinho político da ditadura chinesa. [o diretor-geral da OMS é um ex-guerrilheiro etíope - por essas e outras mancadas é que sempre consideramos o Mandetta um oportunista que usava as 'entrevistas' como palanque político.]

Mas após seus discursos infindáveis, que voltavam até à sua infância, e antes de sair cantando e abraçando funcionários sem máscara na despedida, o Rolando Lero repetia: "ciência, ciência, ciência!" A mesma "ciência" que o prefeito tucano de SP usa para definir como 61% a taxa de ocupação de leito para liberar abertura, sem ninguém compreender qual modelo aponta esse número, em vez de, digamos, 67% ou 75%. Foi a ciência que fez com que Covas adotasse rodízio mais rigoroso de carros, empurrando milhares para a aglomeração no transporte público?

Mas a saída do "científico" Mandetta do governo foi um dos exemplos que Sergio Moro usou para apontar, em sua estreia como blogueiro do Globo, o "populismo autoritário" de Bolsonaro. O ex-ministro da Justiça apresentou as supostas evidências do que acusou no texto, que era para atacar o populismo da esquerda e da direita, mas só atacou Bolsonaro:
Os exemplos se multiplicam. Radares devem ser retirados das rodovias federais, ainda que isso leve ao incremento dos acidentes e das mortes; agentes de fiscalização ambiental devem ser exonerados se atuarem efetivamente contra o desmatamento ou queimadas; médicos devem ser afastados do Ministério da Saúde pois a pandemia do coronavírus atrapalha a economia, e agentes policiais federais não podem cumprir “ordens absurdas” quando dirigidas contra aliados político-partidários. 
Ou seja, retirar radares que todos sabem que são caças-níquéis, fazer a limpa no esquema ambientalista que mama nas tetas públicas e afastar o Rolando Lero, eis as provas do autoritarismo do presidente segundo Moro!

O ex-juiz já não "descarta" mais uma candidatura: “Ainda estou, por conta da turbulência da saída, discutindo mais a turbulência do que qualquer outra coisa, vejo também que estamos no meio de uma pandemia, então não tenho sequer cabeça para pensar em perspectivas eleitorais. O que eu quero é continuar participando do debate público. Acho que tenho condições de contribuir ao debate público, ainda que como um espectador, um comentarista.”

Legítimo, claro. Moro tem um passado louvável como juiz da Lava Jato, e também como ministro de Bolsonaro. Já em seu novo figurino de candidato, que não consegue mais esconder de ninguém, a coisa complica um pouco. Como disse Guilherme Fiuza, melhor Moro trocar de marqueteiro, pois esse aí está dando muita bandeira. Todos já perceberam que Moro vem como uma espécie de "tucano da Globo", talvez pelo Podemos, talvez com Luciano Huck.

Mas esse papo de "alternativa aos extremos" pode pegar mal quando cada vez mais gente notar que a tal alternativa tem inclinação à esquerda. 
Quando Moro tiver de apresentar suas ideias políticas, o que veremos?
 A defesa do desarmamento? 
O globalismo de Ilana Szabó? Um discurso politicamente correto que agrada ao establishment? Boa sorte, pois vai precisar!

O risco de Moro é ser demandado demais pela esquerda oportunista, que odeia Bolsonaro, mas acabar ignorado pelo povo, como aconteceu com Joaquim Barbosa. Mandetta dificilmente é eleito para síndico de prédio, imagina para a Presidência da República (mas o sonho é livre). Se Moro seguir na mesma linha de discursinho pasteurizado, dando entrevistas ao Fantástico atacando o governo, vai fazer o maior sucesso nas festinhas do Beautiful People, mas vai afundar nas urnas em 2022.

Talvez o caso de "duplo cego" seja mesmo o dos dois ex-ministros, que não se deram conta das mudanças no país, do cansaço do povo com as falas mansas de quem, na prática, endossa as mesmas receitas fracassadas dos "progressistas".

Rodrigo Constantino, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo