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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Bope executou os sete, diz pai de morto na Cidade de Deus


Não podiam ter morrido desse jeito, diz parente de morto na Cidade de Deus

Os parentes dos sete moradores mortos na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, após a queda de um helicóptero da Polícia Militar no sábado, começaram a ser ouvidos na Delegacia de Homicídios na manhã desta segunda-feira (21).  Parte dos familiares também está no IML (Instituto Médico Legal) à espera da liberação dos corpos. Eles alegam que as vítimas foram executadas e sustentam que os corpos estavam enfileirados e de bruços, com as mãos na altura da cabeça, o que seria uma evidência das execuções.

Os mortos são Leonardo Camilo da Silva, 30 anos, Rogério Alberto de Carvalho Júnior, 34, Marlon César Jesus de Araújo, 22, Robert Souza dos Anjos, 24, Renan da Silva Monteiro, 20, Leonardo Martins da Silva Júnior, 22, e Enzo João Beija da Silva, 17.  "O Bope entrou pela mata e executou todos eles. Não interessa o que eles faziam, mas não podiam ter morrido desse jeito", afirmou o pastor Leonardo Martins da Silva, pai de Leonardo Júnior, morto com um tiro na barriga.  "A gente soube das mortes porque sempre alguém vê. Então a gente tinha certeza que os corpos estavam na mata", acrescentou o pastor, que admite que o filho tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

O filho de Rejane Rosa, 37, também está entre as vítimas encontradas em uma área pantanosa na Cidade de Deus. Ela afirma ter encontrado Marlon com dois tiros nas costas.
"Se eles estavam trocando tiro com a polícia, então cadê as armas? Isso é mentira. Eles foram executados", disse Rejane. [IMPORTANTE: os corpos foram localizados por parentes, moradores da favela, portanto, tiveram todo o cuidado de esconder as armas que os mortos usaram durante o tiroteio com a polícia e também de descrever a posição dos mortos condizendo com a usual em execuções.
Se quisessem uma apuração isenta teriam chamado a Polícia Civil. Nada disso. Seguindo instruções dos traficantes, ou apenas para comprometer a polícia, prepararam a descrição da cena do crime para parecer uma execução, até mesmo fotos foram tiradas dos mortos colocados em posição de executados.
Qual a credibilidade de uma cena de crime cujo acesso foi apenas dos moradores da favela - os maiores interessados em comprometer a polícia?
Com isso ficam bem com os traficantes e ainda mordem uma indenização do Estado.]

Os familiares também denunciam que as vítimas foram roubadas.  "O que aconteceu é que todos saíram correndo para o mato quando começaram os tiros. Depois pegaram eles e mataram. Meu marido tinha saído para jogar bola. E eu encontrei o corpo dele só de cueca e blusa", afirmou Viviane Gonçalves, 34, mulher de Rogério.  "Eles (policiais) levaram tudo: celular, relógio, anel, cordão, documentos, tênis, tudo", declarou Viviane.

Gisele Beija, 35, tia de Enzo, também acusou os policiais de quebrar os pertences nas casas dos moradores. Ela recebeu um telefonema enquanto dava entrevista. O contato foi da irmã dela para contar que acabara de ter a casa "destruída" pelos agentes.  "Eles não estão respeitando ninguém. Entram arrombando a porta, quebram nossos móveis, comem o que tem na geladeira. Mas fazer o quê? É a minha palavra contra a deles", disse.

Os familiares ainda não sabem onde os corpos serão enterrados. Eles aguardam a liberação no IML.  Procurada pelo UOL, a Polícia Militar enviou uma nota em que afirma que "essa ocorrência está com a Delegacia de Homicídios", sem mais esclarecimentos.  No domingo, o secretário de segurança do Rio, Roberto Sá, afirmou que ainda não tinham sido identificadas as circunstâncias dessas mortes mas que "nenhum excesso será tolerado".
"Ainda não sabemos as circunstâncias dessas mortes mas falei com o delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, e tenho certeza que eles não vão deixar sem resposta essas mortes. A perícia já está no local. Estamos aqui para preservar vidas e nenhum excesso será tolerado", afirmou o secretário.

Fonte: UOL

Cidade de Deus: especialista alerta para risco de a segurança pública sair do controle

Crises política e econômica podem ter contribuído para agravamento da violência 

[as crises nada tem a ver com o aumento da criminalidade; a criminalidade aumenta devido a leniência das autoridades e das leis com os criminosos.

É só apertar os bandidos, fazer uma faxina geral e a violência diminui - bandido morto não faz mal a ninguém.]

O presidente Michel Temer lamentou neste domingo a morte dos quatro policiais militares na queda do helicóptero que sobrevoava a região da Cidade de Deus. Em duas publicações em sua conta no Twitter, Temer se solidarizou com parentes e amigos e mostrou confiança no trabalho da polícia. Na primeira postagem, dizia: “Lamentável a morte dos quatro PMs que cumpriam o seu dever durante operação no Rio de Janeiro. A minha solidariedade aos familiares e amigos”. Logo após, escreveu: “Reitero minha confiança e apoio ao trabalho das forças policiais, sempre comprometidas no combate ao crime”. 
 A Anistia Internacional também divulgou nota, destacando a alta letalidade das operações policiais. A organização pediu que as autoridades do Rio repensem urgentemente a política de segurança pública que está sendo implementada no estado e adotem medidas urgentes para respeitar os direitos humanos e garantir a segurança de todas as pessoas durante as operações policiais. 
[essa Anistia Internacional só sabe defender bandidos; se morrem policiais em uma ação policial ela ignora; quando ocorre um confronto e a polícia mata bandido a tal 'anistia' critica a alta letalidade das operações policiais.
Essa ONG pró bandido deveria ser expulsa do Brasil.]
 
Para o diretor-executivo da entidade no Brasil, Átila Roque, os confrontos armados e os jovens encontrados mortos na Cidade de Deus indicam que há um risco de a situação de segurança pública sair do controle:  — O Rio não pode continuar convivendo com tanta dor. Não podemos continuar assistindo passivamente a perda de tantas vidas, na grande maioria jovens negros, moradores de favelas, como se elas não importassem e fossem descartáveis. E o mesmo deve ser dito em relação à vida dos jovens policiais que morrem nesses confrontos, nessa guerra irracional e totalmente ineficiente no combate ao crime e na garantia da segurança. A perda dessas vidas deveria importar para toda a sociedade e não apenas aos seus parentes. Estamos nos aproximando perigosamente de um estado de barbárie civil, que precisa ser revertido imediatamente.

O governador Luiz Fernando Pezão decretou luto oficial por três dias no estado e, por meio de nota, se solidarizou com os parentes e amigos das vítimas. “Reconhecemos e agradecemos a dedicação da Polícia Militar no combate ao crime e, em especial, dos policiais que perderam a vida no exercício de proteger e defender a sociedade. Expresso meus sentimentos aos parentes e amigos dos militares. Vamos seguir em frente em defesa dos cidadãos fluminenses”, afirmou o governador na nota, sem mencionar os sete corpos encontrados ontem na comunidade.

"MOMENTO SOMBRIO PARA O RIO"
Para a socióloga Silvia Ramos, a crise financeira e política do estado, com a prisão dos ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, contribuem para o agravamento do cenário de violência no estado: — Acho que é um momento muito sombrio para o Rio. A ausência de uma liderança forte na área de segurança pública e do governo do estado, é muito preocupante. Se algo não for feito imediatamente, acho que polícia pode ficar fora de controle. As mortes de quatro policiais e a reação, extremamente violenta, com o assassinato de sete supostos criminosos, são inaceitáveis em qualquer lugar do mundo.

Presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa diz que as cenas deste fim de semana são uma repetição da história do Rio. Ele atribui o clima de insegurança à situação política e econômica do estado: — A reposta da polícia aumenta a sensação de insegurança de forma brutal, uma vez que pode ser seguida de uma resposta do outro lado. Estamos numa situação difícil, na qual algoz e vítimas se confundem. Se não pensarmos de maneira dialética, seremos levados a cometer injustiças.  [pelo genial entendimento desse tal Antonio a resposta da policia à ação dos bandidos é que causa a violência.
Na ótica do ilustre 'especialista' a polícia não respondendo, aceitando ser alvo de bandido os bandidos não respondem e fica tudo bem.
Esse senhor deve entender que a polícia tem que reagir com força total, passar por cima dos bandidos, já que bandido morto não mata, não rouba, é tudo gente boa - frisando bem: depois de morto, todo bandido é gente boa.]

Veja mais clicando aqui:
 

Repórter fotográfico relata clima tenso em resgate de corpos na Cidade de Deus

 Corpos de jovens encontrados na Cidade de Deus - Pablo Jacob / Agência O Globo

Parentes tentaram evitar fotos, mas imprensa teve um minuto para registrar a cena

O FIM está próximo - Stephen Hawking define data limite para humanidade

Stephen Hawking, um físico renomado e que dispensa apresentação deu uma previsão um tanto quanto assustadora para a humanidade deixar de existir no planeta Terra: mil anos

Durante um evento na Oxford Union, antes de sugerir o fim, Hawking disse que “o fato de que nós, humanos, que somos partículas meramente fundamentais na natureza, pudemos chegar tão perto de compreender as leis que nos governam e o universo é certamente um triunfo”.

 Stephen Hawking - Foto: Getty Images


É o fim? Stephen Hawking define data limite para humanidade — e não é longe

O físico de 74 anos ainda disse que este é “um tempo glorioso para estar vivo e realizar pesquisas em física teórica (…) Talvez, um dia sejamos capazes de usar as ondas gravitacionais para olhar diretamente no coração do Big Bang”. “Mas nós precisamos continuar indo ao espaço para o futuro da humanidade. Eu não acho que sobreviveremos mais mil anos sem escapar e ir além de nosso frágil planeta”, definiu Hawking.

Segundo o professor, os próximos 100 anos serão os preocupantes, porque devem definir as nossas atitudes “espaciais” — e ele ainda não acredita que teremos colônias em Marte antes disso. Ainda, atualmente, Hawking acredita que devemos ter mais medo do capitalismo do que de robôs.


 

 

 

Moradores da Cidade de Deus encontram corpos desaparecidos - Como de hábito, moradores acusam a Polícia e dizem o de sempre: os jovens eram 'santos' e os policiais são homens maus

Moradores da Cidade de Deus encontram corpos desaparecidos - Eles foram colocados pelos pais em uma praça próxima ao condomínio Itamar Franco, na comunidade do Karatê

Moradores da Cidade de Deus retiraram da mata sete corpos de jovens da comunidade, na manhã deste domingo. Eles foram colocados pelos pais em uma praça próxima ao condomínio Itamar Franco, na localidade do Karatê. Familiares começaram a denunciar o sumiço das pessoas no sábado após ação da policia militar no local. Na ocasião, um helicóptero caiu, resultando na morte de quatro PMs: o major Rogério Melo Costa, o terceiro-sargento Rogério Félix Rainha; o capitão William de Freitas Schorcht e o subtenente Camilo Barbosa de Carvalho. 
 Não se sabe ainda se os crimes ocorreram antes ou depois de a aeronave despencar. O secretário de Segurança, Roberto Sá, garantiu que os homicídios já estão sendo investigados:  — Essas mortes não vão ficar sem resposta.

Após o acidente, o Bope iniciou uma operação na comunidade. Até o momento, foram detidas três pessoas e houve apreensão de armas e drogas. Em sua conta no Twitter, o presidente Michel Temer lamentou, a morte dos policiais.

"Lamentável a morte dos 4 PMs que cumpriam o seu dever durante operação no Rio de Janeiro. A minha solidariedade aos familiares e amigos. Reitero minha confiança e apoio ao trabalho das forças policiais, sempre comprometidas no combate ao crime", escreveu Temer, em seu perfil no Twitter.

Neste domingo, comboios militares cercaram a área, bloqueando acessos e revistando carros e os poucos moradores que se arriscaram a deixar a Cidade de Deus. Do lado de fora, eram raros os que passavam pela Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes, fechada nos dois sentidos. Já nos fundos da favela — junto ao valão que um dia foi o Rio Arroio Fundo — moradores brigavam com policiais pelo direito de entrar na mata do Karatê para procurar seus filhos. Só conseguiram por volta de 9h30m, quando repórteres chegaram ao local. Aos poucos, grupos foram voltando com os corpos dos sete homens jovens, com sinais de tiros e facadas, que foram enfileirados e cobertos por lençóis na principal praça do Karatê. — Foram cem pessoas lá pegar os corpos. Eles estavam deitados de costas. Meu filho tinha as mãos na cabeça. A maioria tinha tiros nas costas e na cabeça. Eles foram executados e a perícia vai mostrar — acusou o pastor Leonardo Martins da Silva, pai de Leonardo da Silva Junior, de 22 anos.

A mãe de Marlon César, de 23 anos, contou que muitos moradores foram surpreendidos com confrontos. — As pessoas foram pegas de surpresa. Foi um desespero. Eu não consegui ter contato com meu filho. Ele pode estar na mata, mas os policiais não nos deixam entrar para procurar. Isto é desumano.

Moradores também acompanharam o início da perícia a cargo da Divisão de Homicídios, que investigará as mortes. Alguns acusavam policiais que invadiram a favela após a queda da aeronave.Eles eram envolvidos (com o tráfico), mas se renderam. Isso é execução, não? — questionava um parente de Leonardo Camilo, de 29 anos, também encontrado morto. — Depois que o helicóptero caiu foi um terror. Eles entraram e deram muito tiro. Foi vingança.
Em entrevista à “Rádio CBN", Raíssa da Silva Monteiro, de 20 anos, também afirmou que seu irmão desapareceu na noite de sábado: — Ele ligou pra minha mãe às 18h35m e disse que não conseguia falar. Não consigo mais notícia, a gente quer entrar no mato, mas os policiais estão dando tiro para cima da gente.

O morador Thiago Oliveira acompanhou a busca pelos corpos. Ele é amigo de um dos pais das vítimas.  — Os corpos estão com ferimentos de facas, como se tivessem sido torturados. Parece que encapuzaram as vítimas e começaram a atirar. É ódio gerado por ódio, uma crueldade — afirma Thiago, que também diz que circula a informação na comunidade sobre a morte de uma criança de quatro anos, por bala perdida.

Antes dos corpos serem encontrados, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrava uma mãe, desesperada, tentando achar o filho. A polícia estava impedindo o acesso de pessoas à mata, onde as vítimas foram encontradas.  — Vou procurar meu filho agora! Meu filho está dentro do mato, morto! O sangue é meu! Eu sou mãe! — gritava.

Em nota, a Polícia Civil informou que um procedimento foi instaurado na Delegacia de Homicídios para apurar as mortes das sete pessoas. Segundo o comunicado, "segue em andamento um amplo trabalho de investigação visando apurar detalhadamente as circunstâncias do ocorrido".

Neste sábado, a queda de um helicóptero da Polícia Militar que participava de uma operação na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro, provocou a morte de quatro policiais e iniciou uma onda de pânico entre moradores. Logo após a tragédia, começaram a circular pela internet informações alarmantes - grande parte delas inverídicas - sobre novos ataques ou mortes.

O clima na Cidade de Deus segue tenso após os tiroteios e operações policiais que culminaram com a queda de um helicóptero da Polícia Militar, com quatro militares mortos.  A moradora Vivi Salles iria realizar um sarau comemorativo de cinco anos do Poesia de Esquina, movimento criado por ela para reunir poetas da Cidade de Cidade de Deus, ontem, mas teve que cancelar o evento, por causa dos confrontos entre criminosos e policiais na região. A poetiza, que tem 26 anos, disse que nunca havia presenciado tanto tiroteio durante o dia.  — Normalmente era só de madrugada, agora passou a ficar normal ouvir tiros durante as manhãs. Ontem, eu achava que a situação ia se estabilizar depois do meio-dia. Mas o tiroteio voltou com tudo à tarde e perdurou até as 22h. Outro evento cultural além do meu também teve que ser cancelado. Houve uma sequência de tiros muito grande na tentativa de abater o helicóptero — afirmou Vivi.

OPERAÇÃO POR TEMPO INDETERMINADO
Desde ontem, policiais de vários Batalhões realizam uma operação pente-fino na comunidade. Por determinação da cúpula da segurança, a operação que começou na manhã de sábado, após bandidos atirarem contra policiais da UPP, continuará por tempo indeterminado. O clima da comunidade é de apreensão. Pouco movimento nas ruas. O serviço de mototáxi foi suspenso por determinação policial. Todos os carros que entram ou deixam a Cidade de Deus passam por rigorosa revista. Participam das operações policiais do Choque, do Bope, de Operações com Cães, os batalhões de Jacarepaguá e da Barra, além de policiais de várias UPPs.

Fonte: O Globo

 


Favela Cidade de Deus tem terceiro dia consecutivo de operações - tem que fazer uma faxina geral em todas as favelas; bandido tem que aprender, ainda que a custo da própria vida, a respeitar policial

Escolas e unidades de saúde da região estão fechadas na manhã desta segunda-feira

O clima continua tenso na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, nesta segunda-feira. Pelo terceiro dia consecutivo, policiais militares fazem operação na comunidade, onde um helicóptero da corporação caiu, no último sábado. Equipes do Comando de Operações Especiais (COE), do batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque (BPChq) e de Ações com Cães (BAC), além do Grupamento Aeromarítimo (GAM) e homens do 2º Comando de Policiamento de Área permanecem no local. Até o momento, segundo a PM, houve sete prisões e apreensão de armas e drogas. 

Unidades escolares e de saúde permanecem fechadas na manhã desta segunda-feira na Rua Edgard Werneck. A unidade da Faetec, no número 1.615 da via, em frente à Praça Padre Júlio Groten, está fechada desde sexta-feira. Um cartaz na portaria informa: “Por questões de segurança, o expediente desta escola foi encerrado às 18h. Retornaremos na segunda-feira em horário normal”. Mas não foi o que aconteceu. A Escola Alphonsus de Guimarães, no número 1.625, é outra unidade de educação que não abriu as portas. O Centro municipal de Saúde Hamilton Land também está fechado. Em frente ao portão principal, um carro da Polícia Militar estava de prontidão nesta manhã.

A Secretaria municipal de Educação informou que, de acordo com a 7ª Coordenadoria Regional de Educação, 12 escolas, quatro creches e quatro Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) estão sem atendimento na Cidade de Deus. Segundo a secretaria, estas unidades escolares atendem a 5.296 alunos no turno da manhã. Na região da Gardênia e Anil, duas escolas, uma creche e dois Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) estão sem atendimento no turno da manhã. A prefeitura disse ainda que estas unidades escolares atendem a 1.762 alunos no turno da manhã.

Alguns comerciantes abriram as portas e estão trabalhando. Mas a maioria do comércio nas ruas no entorno da CDD está fechado. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da comunidade só começou a funcionar por volta das 10h.  Um veículo blindado do 15º BPM (Duque de Caxias) e carros de vários batalhões da corporação, como o do 20º BPM (Mesquita), estão concentrados na sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Cidade de Deus, na Avenida Miguel Salazar Mendes de Moraes, na esquina com a Rua Corinto. No local, policiais militares se preparam para uma nova incursão na favela, onde ainda podem ser vistas barricadas como, por exemplo, na Rua Jeremias, a cerca de 500 metros da UPP.

Nas redes sociais, moradores relatam tiroteios na madrugada desta segunda-feira. No domingo, a Secretaria municipal de Saúde informou que, desde as 8h de sábado, duas pessoas haviam chegado baleadas ao Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Uma delas foi transferida da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus e outra foi encaminhada para Hospital federal Cardoso Fontes.   Outras duas pessoas foram atendidas na UPA da Cidade de Deus, também no sábado, mas já deixaram a unidade, segundo informou a pasta.

SETE CORPOS NA CIDADE DE DEUS
Moradores da Cidade de Deus retiraram da mata sete corpos de jovens da comunidade, na manhã de domingo. Eles foram colocados pelos parentes em uma praça próxima ao condomínio Itamar Franco, na localidade do Karatê. As famílias começaram a denunciar o sumiço das pessoas no sábado, após ação da Polícia Militar no local. Não se sabe ainda se os crimes aconteceram antes ou depois de a aeronave despencar na comunidade. O secretário de Segurança, Roberto Sá, garantiu, na ocasião, que os homicídios já estão sendo investigados. [os homicídios devem ser investigados, mas a população especialmente das favelas, deve se convencer que tem que ficar do lado da Polícia, não pode jamais ficar do lado dos bandidos.]

Fonte: O Globo

Papa Francisco permite que padres perdoem aborto

Francisco destaca, porém, que o procedimento é um ‘pecado grave’ 

O Papa Francisco permitiu, nesta segunda-feira, que os padres católicos tenham o poder para perdoar abortos, uma concessão antes dada somente para bispos e confessores especiais. Francisco permitiu, no final do ano passado, que os sacerdotes pudessem conceder o perdão a mulheres que tenham abortado, porém com limite até o final do Jubileu da Misericórdia, encerrado neste final de semana. 

Papa Francisco participa de cerimônia de encerramento do Ano Santo da Misericórdia na Basílica de São Pedro - POOL / REUTERS

Em um documento tornado publico pelo Vaticano nesta segunda-feira, Francisco escreveu que “Não há pecado ao qual a misericórdia de Deus não possa chegar e limpar um coração arrependido”.  Porém, Francisco ressalta que o “aborto é um pecado grave, uma vez que põe um fim a uma vida inocente”.

Francisco, que tem feito da Igreja uma instituição religiosa mais inclusiva e compreensiva durante o seu mandato, fez o anúncio em um documento conhecido como “carta apostólica”.
"Para que nenhum obstáculo se interponha entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus, de agora em diante concedo a todos os sacerdotes, em razão de seu ministério, a faculdade de absolver a quem tenha procurado o pecado do aborto", determina o papa na carta.


O papa estendeu também a validade das absolvições concedidas pelos sacerdotes integristas da Irmandade Sacerdotal São Pio X, comunidade fundada por Marcel Lefebvre que rompeu com a Igreja em 1988.

ALVO DE CRÍTICAS
Por causa de posições progressistas, o Papa vem sendo criticado por setores mais conservadores da Igreja. Há duas semanas, quatro cardeais divulgaram carta criticando o Pontífice por semear confusão a respeito de temas morais sobre a família, como o acolhimento de divorciados e o próprio aborto.

Em entrevista na última sexta-feira, Francisco minimizou as críticas, dizendo que uma parte da Igreja continua com uma visão em "preto ou branco". [vale ter sempre presente que os valores de Deus, os valores da Santa Igreja Católica Apostólica São valores eternos e não se adaptam às mudanças temporais nem ao maldito 'politicamente correto'.]

Fonte: O Globo
 


domingo, 20 de novembro de 2016

“Ali Babá e os milhares de ladrões”

Lula, que já naquela época não sabia de nada, orçou a ladroagem congressual em 300 picaretas (e, ao ganhar poder, aliou-se a todos)


Ali Babá no Brasil não teria a menor chance. Nas Mil e Uma Noites derrotou 40 ladrões, mas como enfrentaria as fabulosas hordas de ladrões que conhecem a senha dos cofres públicos? Lula, que já naquela época não sabia de nada, orçou a ladroagem congressual em 300 picaretas (e, ao ganhar poder, aliou-se a todos). Errou feio ao subestimar o número. Mas, embora não seja chegado à leitura de filósofos e pensadores, compreendeu o pensamento de John Dalberg, o primeiro barão de Acton, “Todo poder corrompe”. Abriram-se as porteiras e cada um tratou de garantir o seu.

Um ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi preso, acusado de receber R$ 224 milhões em pixulecos. No custo das obras, somavam-se 7%, dos quais, diz a força-tarefa da Lava Jato, 5 eram para Cabral, 1 para o assessor Hudson Braga e 1 para dividir entre alguns conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Fala-se também de uma mesada paga a Sua Excelência por empreiteiras. No presídio, encontrou outro ex-governador, que já foi aliado e hoje é adversário, Anthony Garotinho cuja esposa é prefeita de Campos, cuja filha é deputada federal. Ambos foram, em épocas distintas, aliados e adversários do petismo. Os dois, aliás, não estão juntos no presídio, como talvez fosse educativo: adversários quando no poder, forçados ao mesmo destino. Uma decisão judicial superior autorizou Garotinho que fosse para um hospital particular e se trate lá.
Conto carioca
Em 2010, a Prefeitura do Rio investiu R$ 44 milhões em valores da época na Cidade do Rock, destinada ao Rock in Rio, com garantia de permanência. “Com o novo local”, disse o empresário Roberto Medina, proprietário do evento, “o Rock in Rio poderá acontecer a cada dois anos”.

Agora, decidiu-se erguer uma nova Cidade do Rock no lugar do Parque Olímpico. E os R$ 44 milhões (que hoje, corrigidos, dariam R$ 70 milhões)? E o que se gastou para erguer o Parque dos Atletas, que também deveria ser utilizado depois das Olimpíadas? OK, foi gasto da Prefeitura, não do Estado. Mas o prefeito Eduardo Paes faz parte do grupo político de Sérgio Cabral e do atual governador Pezão, do PMDB – no poder desde 2007. Talvez esse caso ajude a entender a crise financeira do Rio.
Cabral? Quem?
Dilma Rousseff não perde a oportunidade de perder uma oportunidade. E acaba de perder uma grande oportunidade de calar-se. Mas fez questão de se manifestar sobre a prisão de Sérgio Cabral: disse que ele jamais foi seu aliado. Mas foi, sim: há vídeos de ambos juntos em comícios, em 2010. fazendo campanha. E, quando o PMDB do Rio hesitou em apoiá-la, em 2014, foi Sérgio Cabral o primeiro a pedir votos para a candidata. Se é para mentir, e num caso em que sua opinião nem é tão solicitada, por que falar?
O de sempre
Parecia impossível, mas está acontecendo: os gastos sigilosos com cartões corporativos, no governo Temer, são 40% maiores que os do governo Dilma. Em seus primeiros cinco meses, Temer já gastou R$ 13 milhões, enquanto em seus cinco primeiros meses Dilma gastou R$ 9,4 milhões. Os números foram apurados pelo respeitado site Contas Abertas.
Carmen Lúcia…
A ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, argumenta com números: “Um preso no Brasil custa R$ 2,4 mil por mês, e um estudante de ensino médio custa R$ 2,2 mil por ano. Alguma coisa está errada na nossa Pátria Amada”. Vai mais longe: “Darcy Ribeiro fez em 1982 uma conferência dizendo que, se os governadores não construíssem escolas, em 20 anos faltaria dinheiro para construir presídios. O fato se cumpriu (…) Quando não se faz escolas, falta dinheiro para presídios”. [ministra, permita uma modesta mas eficiente sugestão: prisão perpétua e pena de morte - a prisão perpétua seria cumprida em uma adaptação de 'gulag', original da Sibéria, para a Floresta Amazônica;
- a pena de morte, custa barato e os restos mortais do executado seriam obrigatoriamente cremados com um custo irrisório.
Sobraria dinheiro que seria utilizada para construir escolas.]
…é isso aí
Carmen Lúcia apontou a solução a longo prazo, mas acha possível tomar providências imediatas. “A violência no país exige mudanças estruturantes e o esforço conjunto de governos e da União, para que possamos dar corpo a uma das necessidades do cidadão, que é ter o direito de viver sem medo. Sem medo do outro, sem medo de andar na rua, sem medo de saber o que vai acontecer com seu filho”. E lembrou que, a cada nove minutos, uma pessoa é morta violentamente no Brasil. “Nosso país registrou mais mortes em cinco anos do que a guerra na Síria”.
País tropical
A ministra só não disse o que leva tantos governantes a investir mais em cadeias do que em educação. É que muitos, depois de exercer o poder, não é para a escola que vão. João Bussab, decano da imprensa policial paulista, sugere que os políticos corruptos harmonizem seus interesses com os do país. Como quiseram construir um shopping exclusivo no Congresso, que façam um presídio exclusivo para políticos. Estarão cuidando do futuro.

Originalmente publicado na coluna de Carlos Brickmann


 

 

Calero deixa a Cultura atirando contra Geddel; acusação é grave, e governo está obrigado a dar uma resposta

Segundo o ministro que sai, aquele que fica o pressionou a ignorar um parecer técnico do Iphan tendo como principal argumento o interesse pessoal

As polêmicas todas que envolveram Marcelo Calero, já ex-ministro da Cultura, eram irrelevantes e tinham, na verdade, uma raiz ideológica. A pasta lida com artistas, grupo em que se encontram as pessoas mais, como posso dizer?, “mobilizadas” politicamente. A pena que a gente sente é que a ignorância específica da turma costuma ser proporcional às suas crenças genéricas. Calero, então, levou uma vaia aqui, outra ali; ouviu alguns gritinhos de “golpista” e tal. Ah, sim! Houve também a importantíssima questão da vaquejada… Seria ou não uma “manifestação da cultura nacional”?

Há assuntos a que a preguiça existencial me impede de chegar. Nem deu tempo de saber se Calero funcionaria ou não na pasta. Fez um bom trabalho no Rio quando secretário da área e é um homem inteligente e educado. Mas está fora. Por que razão?  Não havendo outro motivo conhecido, devemos levar a sério o que diz: o motivo principal foi um desentendimento com Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), que não é conhecido por ser muito tolerante com quem não faz o que ele quer. Também é notória a sua, digamos, “assertividade”, que mais de uma pessoa já definiu, e o ministro que sai também o faz, como truculência. O caso é grave, sim.

Segundo Calero, Geddel queria que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão subordinado à Cultura, aprovasse um projeto imobiliário chamado “La Vue Ladeira da Barra”, nos arredores de uma área tombada em Salvador, base política de Geddel. A abordagem, inicialmente, teria assumido a roupagem de interesse social e econômico. Mais adiante, Geddel teria revelado: havia comprado um apartamento do empreendimento. Assim, cuidava também do próprio interesse.

O Iphan da Bahia, controlado por Geddel, havia liberado o empreendimento, mas o Iphan nacional acabou vetando, ao menos na forma planejada pela empreiteira. A torre de 30 andares teria de ser reduzida para 13. Segundo Calero, o titular da Secretaria de Governo usou, então, um argumento de impressionante rigor técnico: “Já me disseram que o Iphan vai determinar a diminuição dos andares. E eu, que comprei um andar alto, como é que eu fico? E as famílias que compraram aqueles imóveis? Eu comprei com a maior dificuldade com a minha mulher”.

Pois é… A pressão de Geddel teria chegado até a presidente do Iphan, Kátia Bogéa. Relata Calero à Folha:
“Eu chamei a Kátia e falei o que estava acontecendo, mas disse que, ao contrário do que ele pediu, eu queria uma solução técnica. Uma preocupação que eu tive foi a seguinte: eu sou um cidadão de classe média, servidor público, diplomata de carreira. O único bem relevante que eu tenho na minha vida é a minha reputação, a minha honra. Fiquei extremamente preocupado de eu estar sendo gravado e, no final das contas, eu poder estar enrolado —imagina!— com interesse imobiliário de Geddel Vieira Lima na Bahia. Pelo amor de Deus! Fiquei preocupado de estar diante de uma prevaricação minha, podia estar diante de uma advocacia administrativa, para dizer o mínimo. Pensei em procurar o Ministério Público, a PF. Depois de conversar com Kátia, fui ao ministro Geddel, com quem eu tinha um despacho, e ele falou que o pleito dele era plausível e eu dizia: “Vamos ver” e que a decisão seria técnica. Depois disso, eu disse para a Kátia: “Tome a decisão que tiver de tomar. Se eu perder o meu cargo por isso, não há problema. Eu saio. Eu só não quero meu nome envolvido em lama, em suspeita, qualquer que seja, de que qualquer agente público possa ser supostamente beneficiado pelo fato de que ele exerce pressão sobre mim”.

Governo tem de se pronunciar
A acusação é grave, sim, e o governo tem de se pronunciar. Alguém poderá objetar que divergências sobre um projeto imobiliário na Bahia não têm tanta importância. Errado! O ministro que sai está acusando aquele que fica — tido como homem forte da área política — de exigir que se ignore um parecer técnico em nome de uma conveniência que nem chega a ser política: é apenas pessoal.

Não pode ficar assim.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

HELP! O Rio pede socorro - o acerto de contas


O acerto de contas com o Rio de Janeiro


Acusado de comandar o desvio de R$ 224 milhões, o ex-governador Sérgio Cabral é preso e vira símbolo da falência de um estado 

 No início de seu primeiro mandato como governador do Rio de Janeiro, em 2007, Sérgio Cabral, do PMDB, inovou. Cobrou propina adiantada por estar “no início de mandato, ainda sem projeto, sem obra”, em troca de acelerar o pagamento de dívidas do estado com a empreiteira Andrade Gutierrez. O então presidente da construtora, Rogério Nora de Sá, estranhou a prática, mas tocou o barco. Cabral queria receber uma mesada mensal de R$ 350 mil em troca da promessa de acelerar o pagamento de dívidas do estado com a empresa. As coisas corriam abertamente. Uma etapa da negociação com representantes da empreiteira se deu no Palácio Guanabara, a sede do governo fluminense, onde Cabral trabalhava e onde a princesa Isabel morou com a família há 150 anos. Cabral burlava não só as leis, como as regras do submundo da corrupção. Exagerava na ousadia.   

O episódio é acintoso até para os escrachados padrões brasileiros de corrupção. Por este e muitos outros, descobertos por duas investigações paralelas decorrentes da Operação Lava Jato, os juízes Sergio Moro, no Paraná, e Marcelo Bretas, no Rio de Janeiro, decretaram a prisão preventiva de Sérgio Cabral. Ele recebeu a muito esperada visita da Polícia Federal às 6 horas da manhã de quinta-feira, dia 17, em seu apartamento no bairro do Leblon, na Zona Sul. Caiu com quase todos que, de acordo com os investigadores, participavam do esquema. 

Dois de seus colaboradores próximos – os ex-secretários Wilson Carlos (de Governo) e Hudson Braga (de Obras) –, além de outras sete pessoas, também foram presos. A mulher de Cabral, a advogada Adriana Ancelmo, foi levada a depor coercitivamente. Cabral e sua turma são acusados pelo Ministério Público Federal do Rio e do Paraná de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele é apontado como chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 224 milhões dos cofres públicos do Rio entre 2007 e 2014, período de seus dois mandatos.

(Trecho da reportagem de capa da edição 962 da revista ÉPOCA)