Mais de 100 ONGs assinam petição contra grupo de
Bolsonaro para a comissão de Direitos Humanos
Bancada
da bala e evangélica se unem para escolha de um representante para a
presidência
Um
abaixo-assinado endossado por mais de 100 Organizações Não-Governamentais foi entregue aos parlamentares da Câmara dos Deputados contra a
nomeação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ou
de aliados da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como “bancada da bala”, para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa.
O documento pede para que a escolha seja feita de acordo com a “afirmação dos direitos humanos”.
A Conectas Direitos Humanos, entidade que ajudou a reunir as assinaturas, teme que o cenário que favoreceu a eleição de Marco Feliciano (PSC-SP) para o comando da comissão, em 2013, se repita este ano. — Estamos pensando em princípios mínimos. Quais são as características para a atuação na comissão? Tem que ser uma pessoa que preze pela tolerância, que não defenda a pena de morte. Essa pessoa tem que manter a comissão como um fórum que dê acesso a quem é perseguido. As vozes precisam ser ouvidas. — diz Juana Kweitel, diretora da Conectas. — O indicado tem que ser uma pessoa que seja aberta ao diálogo. [gostaria de ver essa Juana defender diálogo com bandidos, com vermes que não merecem sequer a classificação de humanos, se ela ou algum parente próximo tivesse sido vítima de um crime hediondo, um sequestro relâmpago.]
A Conectas Direitos Humanos, entidade que ajudou a reunir as assinaturas, teme que o cenário que favoreceu a eleição de Marco Feliciano (PSC-SP) para o comando da comissão, em 2013, se repita este ano. — Estamos pensando em princípios mínimos. Quais são as características para a atuação na comissão? Tem que ser uma pessoa que preze pela tolerância, que não defenda a pena de morte. Essa pessoa tem que manter a comissão como um fórum que dê acesso a quem é perseguido. As vozes precisam ser ouvidas. — diz Juana Kweitel, diretora da Conectas. — O indicado tem que ser uma pessoa que seja aberta ao diálogo. [gostaria de ver essa Juana defender diálogo com bandidos, com vermes que não merecem sequer a classificação de humanos, se ela ou algum parente próximo tivesse sido vítima de um crime hediondo, um sequestro relâmpago.]
Em 2014, Bolsonaro disputou de forma independente a presidência da
comissão e perdeu por apenas dois votos para Assis do Couto (PT-PR). O deputado do PP promete apoiar a
discussão de temas como extinção da maioridade penal e
restrição dos benefícios dos presos, além da facilitação
ao porte de arma.
De acordo
com o deputado, que foi o mais votado no
Rio de Janeiro, as bancadas
evangélicas e da bala se uniram para indicar um único nome. Ele será oficializado
nesta terça-feira, já que os parlamentares se reúnem com o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, às 14h30, para a definição das presidências das
comissões permanentes. — Nós (das bancadas da bala e
evangélica) já nos reunimos e precisamos
ter no mínimo 11 votos. Se tivermos onze votos, vamos nos entender e eleger
quem quisermos. Não precisa ser eu, não. Temos o Delegado Valdir (PSDB-GO), que
é um ótimo nome. Mas acontece o seguinte: amanhã (terça-feira), se tivermos só
10 votos acertados, aí o candidato certamente sou eu. O critério de desempate é
o tempo de mandato, e aí eu levaria, pois sou eu que estou há mais tempo —
diz ele.
A eleição das comissões depende
de acordo dos líderes de bancadas. As negociações ainda estão abertas e devem ser
finalizadas apenas nesta terça-feira. Perguntado sobre
o abaixo-assinado e a pressão das entidades contra a frente da qual faz parte, Bolsonaro disse se sentir elogiado. — Eu fico muito feliz, porque eu estou me promovendo. Ninguém gosta de
ONG. Esse pessoal aí não gosta de família. E digo mais: se nós ganharmos a
comissão, vamos começar com a primeira audiência discutindo a pena de morte.
Temos que revogar o estatuto do desarmamento. Temos muitas coisas para
discutir.
A petição
defende a “proteção integral de direitos
civis, políticos, sociais, econômicos, culturais, ambientais, sexuais e
reprodutivos, além da redução das desigualdades e discriminações, do racismo e
do sexismo”.
Fonte: O Globo
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