É
o pior momento econômico para um impasse entre Congresso e Planalto
O impasse entre Congresso e Planalto sobre as
medidas de ajuste fiscal chega no pior momento para a economia, cuja
situação fica mais difícil e incerta. A inflação está acima do teto da meta,
a atividade econômica caminha para uma recessão, os juros estão subindo e
o quadro fiscal
é muito ruim, com um altíssimo déficit nominal de 6,7% do PIB. É nesse cenário que política e economia estão
em conflito.
A equipe
econômica está tomando medidas de corte de gastos e aumento de receitas na
intenção de melhorar esses números. Algumas são melhores que outras, mas todas
elas estão na direção certa. Para que as medidas tenham o efeito imaginado,
contudo, é preciso que sejam aprovadas pelo Congresso, que nesse momento está
conflagrado. Base e governo não se entendem sobre as
medidas de ajuste deixando a situação da
economia mais difícil, incerta. [lembrem-se
que a situação de conflagração é consequência da imensa incomPTencia da
presidente – tanto gerencial quanto política. Dilma nos privilegiando com sua
ausência = problemas resolvidos.]
Melhorar
o quadro fiscal deve evitar que o Brasil perca o grau de investimento, como aconteceu com a Petrobras.
Se o país perder o selo de bom pagador, as consequências serão piores, afetarão
a todos. O grau garante acesso a um mercado que gira em torno de US$ 15 trilhões enquanto que os títulos sem o selo atraem apenas US$ 2 tri. É por isso que a
equipe econômica se reúne nesta semana com duas das três maiores agências
classificadoras.
A missão
da equipe é mostrar que, com as medidas que ela tem tomado, a economia vai
melhorar. Mas as agências não desprezam o cenário
político e vão avaliar se a política vai permitir que o ajuste se torne
realidade. As trajetórias da dívida e do déficit público dependem da
aprovação dessas medidas. No momento, o Brasil vive uma tensão enorme na
economia e também na política.
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