Criada em 1866, organização que prega
ódio racial ganhou força em 1915 e até conseguiu eleger representantes. Na Era Kennedy, investigação do FBI em meio a assassinatos
A chuva forte
que desabou sobre Washington não impediu que 40 mil pessoas fossem, em 8 de agosto de 1925, participar da abertura do primeiro
congresso nacional da Ku Klux Klan. Realizado para tirar a seita racista da
clandestinidade, mesmo com tanto quórum, o congresso foi um fiasco. Criada em
1866, a organização foi fundada por soldados
confederados que queriam afogar a mágoa da derrota para o Norte. No
entanto, para que pegassem em armas, foi um pulo. Em seguida, passaram a agir
contra os negros. A reação do governo foi suprimir o "habeas corpus".
Ódio. Um membro da Ku Klux Klan (à esquerda) observa a multidão com
simpatizantes da seita durante protesto contra imigrantes em
Russellville, no Alabama Divulgação / 06/05/2006
Em 1915, depois de anos à sombra, a KKK ganhou
fôlego ao ser
liderada pelo professor de história William Simmons. Na noite de Ação de Graças, na Geórgia, Simmons, chamado de "bruxo
imperial" (dirigente supremo)
e 16 seguidores encapuçados, os "cavaleiros invisíveis", participaram de rituais em torno de uma cruz em chamas e
prometeram retomar a cruzada pela supremacia branca. Na KKK só eram aceitos americanos brancos que
não tivessem sangue judeu ou orientação católica.
Na década
de 20, depois do ingresso de Clark
Tyler, que trabalhava para levantar fundos, a KKK recrutou cem mil seguidores.
Em seguida, os homens passaram a se interessar por política e ingressaram no
Partido Democrata. Em 1923, na eleição presidencial,
a KKK apoiou o democrata John W. Davis,
que perdeu para o republicano Calvin Coolidge.
Mesmo
depois do fracasso, em 1925, a KKK
conseguiu ter êxito em algumas eleições regionais. E
acabou na mira do FBI na Era Kennedy, em meio aos seus métodos brutais e
criminosos, incluindo espancamentos e assassinatos cometidos por seus
integrantes. Recentemente, membros da
KKK no Sul dos Estados Unidos, embora enfraquecidos, sem contar mais com o apoio de dezenas de milhares de adeptos,
atacaram decisões da Justiça e a entrada
de imigrantes no país. Um dos alvos foi a permissão do casamento homossexual no
Alabama.
Nenhum comentário:
Postar um comentário