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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ministros do STF constataram que não existe jantar de graça com a Presidente Dilma Rousseff?

Chega de gatunagem no Brasil! Deve se tornar viral em todo o País a imitação do miado de gatos, feita por moradores da cidade paranaense de Jacarezinho, em protesto contra vereadores que tentaram menosprezar uma campanha cívica para forçar o corte de salário dos políticos locais. Foi mais uma comprovação de que o maior medo dos políticos é a bronca direta, raivosa e radical, dos eleitores. Nada mais simbólico e encorajador para a grande manifestação de domingo, 16 de agosto.

A pressão popular forçou os parlamentares a cortarem em 30% os salários da próxima legislatura. Quem for eleito em 2016 em vez de R$ 6.200 vai receber R$ 4.340 - o que já é muito dinheiro. Os miados prometem insistir nos protestos para que o valor seja reduzido a um salário mínimo (hoje R$ 788). Enquanto o provento não baixa mais ainda, foi cancelada a decisão que aumentava de nove para 13 o número de vagas na Câmara Municipal de Jacarezinho. Miados idênticos ao de Jacarezinho precisam chegar, urgentemente, a Brasília.     

Tudo bem que ontem foi o famoso "Dia do Pendura" (o 11 de agosto que celebra o Dia do Advogado, e existe uma "tradição" histórica, nem sempre cumprida amigavelmente, de causídicos e estudantes de Direito não pagarem as contas da festa nos restaurantes que aceitam a brincadeira).
Mas um jantar com a Dilma Rousseff, em um momento indigesto para o governo, definitivamente não tem preço. Por isso, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal preferiram nem comer de graça e, muito menos, pagar para ver tal evento.

Novamente, os marketeiros de Dilma erraram na receita.
Foi ingênua e irresponsável a tentativa de aproximar Dilma do órgão máximo do Judiciário, em um momento de gravíssimo impasse político-institucional. Ainda bem que alguns esclarecidos ministros ligaram seu "desconfiômetro" e recusaram o temerário convite para um convescote, em hora inoportuna, no Palácio da Alvorada. Não foram os ministros Celso de Mello, Teori Zavascki (relator dos inquéritos da turma com absurdo foro privilegiado da Lava Jato) e Marco Aurélio de Mello, que detonou"De início, eu sou contrário ao comparecimento do colegiado como um grande todo a certos eventos, e esse evento é um deles. A leitura que o cidadão faz não é boa e acaba desgastando indiretamente a instituição. Nós não ficamos submissos por aceitarmos o convite da presidente da República, mas aquele a quem nós devemos contas, que são os cidadãos, eles veem de outra forma, como se fosse algo em termos de cooptação. E isso não é bom, principalmente nessa época".

 
No jantar, ao qual compareceram apenas cinco dos 11 ministros, Dilma pregou o óbvio: a harmonia entre os poderes...
Ricardo Lewandowski foi quem falou o que a Presidenta mais queria ouvir: "compromisso com a estabilidade institucional e com a preservação da legitimidade dos mandatos". Dilma teria ouvido tudo, aceitando com a cabeça. O vice Michel Temer, meio afastado dela, também. Do STF, jantaram Rosa Weber, Dias Toffoli, Luiz Roberto Barroso e o recém-nomeado Luiz Edson Fachin.


Conclusão: embora apavorada, a turma do desgoverno continua não enxergando que os efeitos psicossociais do processo do Mensalão (que ficou impune) e da Lava Jato (que está punindo empresários graúdos, com chances de chegar aos políticos corruptos). É por isto que o atual regime nazicomunopetralha vai cair de podre, na hora certa...

Fonte: Blog Alerta Total – Jorge Serrão

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