Apesar de críticas à China no passado, presidente se curva à importância do país para o Brasil
Essa vitalidade o Brasil não conseguirá reproduzir com os demais integrantes do Brics. Juntos, Rússia, Índia e África do Sul somam 3% do comércio brasileiro. O cenário sugere chances para políticas comerciais, com abordagem pragmática.
Por isso, é louvável a relativa mudança de comportamento do presidente, que insistia em pautar sua visão das relações do Brasil com o mundo a partir exclusivamente de um alinhamento automático aos princípios unilateralistas do governo Donald Trump, impulsionado pela pregação obscurantista, às vezes terraplanista, dos atuais responsáveis pela política externa.
Essa metamorfose foi notada, por exemplo, pelo líder chinês Xi Jinping. Sentindo-se confortável, ele anunciou a decisão de “aumentar e melhorar o comércio e investimentos”. Animou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a mencionar negociações para uma “área de livre comércio”. É empreitada complexa, dependente de harmonização com o acordo Mercosul-União Europeia e, principalmente, de enquadramento na moldura da China para relações multilaterais, a “Belt and Road Initiative” (BRI), mais conhecida como nova Rota da Seda.
Recusaram, porque atendia aos interesses da Casa Branca na região. Retrucaram, abstraindo a América do Sul e destacando questões incômodas ao governo Trump no Sudão e na Coreia do Norte. Nesse aspecto, o Brasil ficou isolado.
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