Além do sortudo que levou R$ 5,8 milhões no ano passado, em outras três edições, havia vencedores de Brasília
“Me vê um jogo da Mega-Sena?” Para ouvir essa frase,
basta ir a qualquer casa lotérica do Distrito Federal. Hoje, às 20h, a
Mega-Sena da Virada sorteará R$ 300 milhões e ainda dá tempo de fazer
uma fezinha. Os brasilienses que sonham em ser milionários formaram
filas nas loterias da capital — que seguem abertas até as 17h —
para apostar e realizar o sonho de começar o ano de 2020 com a carteira
recheada. Propriedades, viagens, carros e ajudar os familiares estão
entre os desejos daqueles que investiram nas apostas.
Engana-se quem pensa que os brasilienses são pés-frios. Um dos ganhadores da Mega da Virada de 2018 comprou o jogo na Lotérica do Zico, na Quadra 24 do Gama. Com um jogo simples, o sortudo ganhou R$ 5,8 milhões. Ao todo, de acordo com a Caixa Econômica Federal, 52 apostas venceram a edição do concurso. Os demais milionários estavam espalhados por 14 estados do Brasil.
Além
do vencedor do ano passado, em outras três edições, o sortudo era de
Brasília. Em 2009, a lotérica Fila de Sorte, na Asa Sul, teve uma aposta
vencedora. Em 2011, o ganhador comprou o jogo na lotérica da Rodoviária
do Plano Piloto e, em 2014, o sorteado apostou na loteria União, em
Brazlândia. Apenas no ano passado, a Mega da Virada teve 253 milhões de
apostas em todo o Brasil, entre lotéricas e portal on-line.
Outro
caso emblemático de vencedores de concurso no Distrito Federal
aconteceu em setembro deste ano. Funcionários do Partido dos
Trabalhadores (PT) no Congresso Nacional levaram o prêmio de cerca de R$
120 milhões na Mega. Ao todo, havia 49 cotas, cada uma no valor de
aproximadamente R$ 2,4 milhões. O prêmio foi o sexto maior da história
dos concursos regulares, que não inclui a Mega da Virada, por exemplo.
Na
fila de uma lotérica na Esplanada dos Ministérios, ontem, o soldado do
Exército Gabriel Nakatami, 19 anos, contou, empolgado, que sempre
apostava com a avó, mas, agora, decidiu fazer sua própria fezinha, a
convite da amiga Luana Gomes: “Pensei: talvez seja um sinal, vou lá”.
Entre as dezenas escolhidas, o número da sorte e datas de aniversários.
“Sempre bom ganhar um dinheirinho a mais”, diz, esperançoso.
Luana,
19, por sua vez, afirmou ter feito sua segunda aposta em toda a vida.
“Não acredito muito em sorte, mas quis apostar. Vai que sai. Estou com
muita expectativa, embora eu saiba que é um em um milhão, não sou muito
sortuda, mas acho que esse ano vai”, conta a estudante de direito que
pretende investir em ações e ajudar pessoas necessitadas caso ganhe o
grande prêmio.
O servidor público Sérgio
Barreto, 39, joga a cada dois meses. “Minha expectativa é a
possibilidade de ganhar, porque não acumula. E com certeza a Quina e
Quadra dão um valor bom também”, pondera. Sérgio, que afirma ser o maior
apostador da família, projeta investir o valor do prêmio. “Primeiro,
faria investimentos e depois pensaria no pós. Com certeza faria algumas
viagens.” Há 20 anos, o corretor Jeferson de
Souza, 49, ganhou a quina da Mega-Sena e faturou R$ 25 mil. Desde então,
sempre costuma jogar. Morador do Lago Sul, ele ressalta que, caso ganhe
o concurso deste fim de ano, ajudará os familiares. “Dá para deixar
muita gente bem, fazer investimentos e viver a vida”, afirma.
De
acordo com Jeferson, única preocupação de quem faturar os R$ 300
milhões vai ser a de gastar o dinheiro. “O necessário é investir com
sabedoria”, brinca. O corretor conta que há 4 anos joga o mesmo número e
vai usá-lo novamente para a aposta da Mega da Virada. “Às vezes
participo de bolões, mas costumo fazer o meu jogo”, comenta.
Morador
de Ceilândia Norte, o motofretista Alcides Francisco de Amôrim, 51,
compareceu a uma lotérica no Setor Comercial Sul para fazer o bolão da
empresa em que trabalha. Ao todo, ele arrecadou R$ 1.040 e investiu todo
o montante na aposta. “A vida ia mudar completamente. A primeira coisa
que faria era comprar uma fazenda para ser o meu lugar de descanso”,
destaca.
Alcides também garante que usaria o
dinheiro para ajudar instituições carentes. “O ideal é investir em
creches e abrigos que precisam. Com todo esse valor, é possível fazer
muitas coisas”, diz. Casado e pai de três filhos, o motofretista
complementa que se ganhar o sorteio também ajudará os familiares.
Correio Braziliense - Notícia - Cidades
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