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domingo, 29 de dezembro de 2019

Não existe terrorismo light - Elio Gaspari


Folha de S. Paulo - O Globo

Ataque contra o Porta dos Fundos tem a mesma marca dos que agiam em 1968 [uma análise da história mostra que no ano de 68, os grupos de esquerda agiam com extremo vigor e crueldade.

A ousadia era tamanha que nem o QG do IIº Exército em S. Paulo foi poupado - realizaram um ataque com explosivos (terroristas de grupos ligados a ex-presidente Dilma) matando um dos soldados que estavam de sentinela - soldado Mário Kozel Filho, que prestava o Serviço Militar Obrigatório.

Não surpreende que a esquerda nos dias atuais, sem comando, em processo de implosão, seu principal líder solto está prejudicando os interesses comunistas mais que quando estava preso, procure realizar ataques em uma tentativa de responsabiizar pessoas  da direita, bolsonaristas e que querem apenas o BEM do Brasil e dos brasileiros.]

Os molotovs atirados contra o prédio do Porta do Fundos e as sedes do PT têm a marca do terrorismo light dos grupos de direita que agiam em 1968

Na madrugada do dia 24 quatro pessoas atiraram dois coquetéis molotov contra o prédio onde funciona a produtora de vídeos do grupo Porta dos Fundos. Nos últimos anos pelo menos três sedes do PT foram atacadas e até hoje ninguém foi preso. [os últimos anos incluem, no mínimo, os governos Temer e Dilma.]  Em março do ano passado a vereadora Marielle Franco e seu motorista foram executados numa rua do Rio. O ex-sargento da PM Ronnie Lessa está preso, acusado de ser dono do braço tatuado que disparou os tiros, mas guarda obsequioso silêncio. [evento que antecede até mesmo a candidatura do presidente Bolsonaro.

A prisão do suspeito Lessa decorre de indícios sobre sua possível participação nos assassinatos da vereadora e de seu motorista - estando preso devido participação em tráfico de armas.]

O atentado que matou Marielle segue o padrão de execuções das milícias. Já os molotovs atirados contra o prédio do Porta do Fundos e as sedes do PT têm a marca do terrorismo light dos grupos de direita que agiam em 1968. Esse foi um terrorismo interessado em estimular a radicalização, preocupado em não fazer vítimas. Em 1968 havia uma esquerda assaltando bancos e praticando atos terroristas, inclusive matando gente. Hoje, esquerda terrorista não há. A direita armada daquele tempo agiu sobretudo em São Paulo e no Rio. Em São Paulo, era coordenada por um maluco que dizia ter conexões com o Palácio do Planalto. 

Comprovadamente, ele tinha ligação com um general da reserva e liderava 14 policiais militares. No Rio, o negócio era outro. Desde 1962, quando um oficial do Exército fez a bomba que explodiu à noite numa exposição industrial da União Soviética, todos os atentados tiveram a participação de militares. (Em 1968, o mesmo oficial jogou uma bomba no jardim da embaixada russa.). Esses militares eram avulsos, mas a partir da criação do Centro de Informações do Exército, alguns deles aninharam-se por lá. 

(....)

Na Folha de S. Paulo e em O Globo, MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista


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