VOZES - Gazeta do Povo
Na quarta-feira o Conselho de Política Monetária do Banco Central
baixou os juros. O BC é a instituição destinada a proteger a moeda e
administrar o crédito para evitar que a moeda se desvalorize, evitar a inflação,
que tira o dinheiro principalmente dos mais pobres, para remunerar o
dinheiro dos mais ricos que estão investindo.
A taxa básica de juros é
aquela que serve para as transações interbancárias, e ao mesmo tempo um
sinal do tamanho dos juros. A Selic estava em 12,75% e foi reduzida para 12,25%, ou seja, meio ponto porcentual de redução. [o fato é que QUEDA DE JUROS em uma ponta, significa ELEVAÇÃO DA INFLAÇÃO na outra - além de ser o que ocorre no Brasil real, as grandes potências econômicas estão se valendo da elevação dos juros para conter a elevação da inflação.
A política de juros altos pode ser ruim para os mais pobres, mas bem pior é a inflação sem controle = processo que se inicia sempre que os juros começam a cair.]
O ritmo de queda está lento porque o governo está gastando mais e arrecadando menos, e com isso o déficit público
aumenta.
Para manter tudo funcionando, o governo joga papel no mercado.
Tem de pagar a dívida, rolar a dívida e pagar o juro da dívida.
E, para
vender papel, o governo tem de oferecer bons juros.
Então, o governo é
um fator de juro alto, que acaba sendo cobrado de todo mundo, porque vai
para o mercado, todos pagam juro alto.
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Governo demoniza quem tem armas, mas quer R$ 1 bilhão em impostos deles
Por falar em arrecadação caindo, vejam que paradoxo, ou que ironia.
Em três anos, o governo quer cobrar R$ 1,1 bilhão dos atiradores, colecionadores e caçadores, segmento que a esquerda sempre criticou. Está aumentando o imposto sobre armas e munição, que era de 29,25% e passa para 55%, por um decreto do presidente da República, que tem poderes para mudar a alíquota de imposto. [foi devido a tal poder, de uso descontrolado, que o ''maligno' em 2007 compensou a queda da maldita CPMF aumentando o IOF e a 'engarrafadora de vento', aumentou de novo a CPMF, quando da suposta queda de juros inventada pelo 'amanteigado', - se você usar o limite do cheque especial por um dia que seja - mesmo nos bancos que alardeiam você para 0,38% logo na entrada mais, 0,0082% por cada dia, inclusive sobre o primeiro.]
O interessante e o que está implícito nisso: que o governo só vai ganhar se as pessoas comprarem armas e munição.
Em outras palavras, na superfície o governo combate as armas, mas no fundo, no fundo, quer que as pessoas comprem armas para que ele receba R$ 1,1 bilhão em impostos...
Reforma tributária vai mal, e PT e Pacheco batem boca
Enquanto isso, vem a notícia de que vai mal, no Congresso, a tal reforma tributária, que para o governo – pelo menos é o que diz a ministra do Planejamento, Simone Tebet – seria a solução de tudo.
A reforma vai mal, está muito enrolada, cheia de coisas que não estão sendo aceitas pelos representantes dos pagadores de impostos brasileiros. Ao mesmo tempo, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, têm uma altercação, um bate-boca, um acusando o outro. Isso terá reflexos nas votações no Senado.
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Aliás, na Câmara o governo foi derrotado na votação do projeto de lei que aumenta a pena para roubo, furto, latrocínio e receptação. [só um exemplo: LATROCÍNIO é quando o bandido mata para roubar ou o roubo resulta em morte = o governo queria aliviar para os bandidos, felizmente, PERDEU...]
O governo votou contra, não quer, mas perdeu, mesmo com os votos do PT, do PSol e do PDT.
O interessante é que o PSol tem até projeto de lei para descriminalizar os pequenos furtos, por insignificância ou por necessidade.
Quer seguir a Califórnia, onde há saques, as pessoas entram em supermercados, farmácias, e vão levando, porque fizeram uma lei que limita o que é realmente furto.
Ao contrário, o projeto de lei aprovado está aumentando as penas para restringir o crime.
Temos 500 mil furtos registrados na delegacia por ano, mas eu acho que o número real é cinco vezes maior, porque as pessoas não se dão ao trabalho de registrar os pequenos furtos.
Além de tudo, já existe no Brasil o “furto famélico”, em que a pessoa tem fome e rouba um pão; claro que o furto de uma garrafa de cachaça já é outra coisa, não é para matar a fome.
A tolerância zero de
Nova York fez despencar o crime.
Tolerar o crime, ao contrário, aumenta o
crime.
Aliás, vejo aqui que estão botando Exército, Marinha e
Aeronáutica em dois aeroportos, Galeão (RJ) e Guarulhos (SP), e em dois
portos, Santos (SP) e Itaguaí (RJ), para evitar a entrada de armas. [lembrando que os aeroportos já estão sob o controle da Força Aérea e os-sob controle da Marinha de Guerra.] portos o Exército,
Mas,
até onde eu ouço falar de amigos da Polícia Federal, as armas entram de
caminhão, pela fronteira.
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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