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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

ONU do B a serviço de Lula

The New York Times, BBC, ONU e os militantes de esquerda que compõem o tal "comitê", não assumiram compromisso de lealdade com Estado de Direito no Brasil

[desde quando esquerdistas e seus asseclas são leais a alguém a alguma coisa?

a corja esquerdista não era leal nem aos seus companheiros de guerrilha (nos tempos em que maus brasileiros tentaram transformar o Brasil em uma 'cubona') que volta e meia eram assassinados friamente pelos próprios comparsas = os famosos 'justiçamentos'.]



José Nêumanne (publicado no Blog do Nêumanne)

Em abril, antes de ser preso em São Bernardo do Campo por ordem do Tribunal Federal Regional da 4.ª Região (TRF-4), de Porto Alegre, Lula lamentou que, por conta de um importantíssimo “compromisso”, perderia a chance de discorrer sobre como acabou com a fome no Brasil. Há na lamúria uma mentira e uma meia-verdade. A mentira foi desmascarada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que flagrou no Brasil pós-PT e PMDB de Lula, Dilma e Temer a existência de 26 milhões de patrícios desempregados e desiludidos, que nem procuram mais emprego.

Ele, de fato, fora convidado a participar não de um evento na programação oficial do órgão que trata da fome na Organização das Nações Unidas (ONU), a FAO, como foi divulgado no Brasil. Mas de uma reunião da cúpula da União Africana, cujos membros lideram regimes que não primam pela fidelidade aos princípios democráticos. A máquina de marketing político montada nos desgovernos Lula e Dilma fez um tremendo escarcéu a esse respeito. Pois a prisão, tratada pela cúpula petista e pela defesa do condenado em segunda instância como “perseguição para impedir sua candidatura”, teria impedido que gozasse os louros do reconhecimento daqueles tiranos da adoção no maior país da América do Sul de programas como o Bolsa Família.

Mesmo com seu líder cumprindo pena numa dita sala de “estado-maior”, como definiu o juiz Sergio Moro, que o encarcerou, a máquina de propaganda dos tentáculos do petismo espalhados em organizações internacionais não cessou de funcionar. Em 14 de agosto, o jornal The New York Times (NYT) publicou um artigo, de suposta lavra da pena (no sentido figurado) do ex, no qual exaltou programas de seu governo e chamou de “golpe” o impeachment do poste que elegeu presidente, Dilma Rousseff. Ou seja, o órgão de imprensa de convicções liberais que trava, ao lado de concorrentes, uma guerra contra o presidente Donald Trump, que os considera “inimigos do povo”, reproduziu as diatribes a que recorrem os advogados do apenado e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT), por cuja legenda requereu registro de sua candidatura à Presidência.

A máquina de propaganda petista, sem contar mais  com os colunistas de aluguel nem com emissoras ditas públicas de rádio e televisão, cabides de emprego de militantes e simpatizantes, divulgou com estardalhaço o texto de seu profeta. Como se, por terem sido impressas sob o timbre do jornalão nova-iorquino, representassem uma adesão deste às teses absurdas de defesa de um criminoso e acusação contra a Justiça brasileira. Pois, como escreveu Fernando Gabeira em artigo no Globo desta segunda-feira 20 de agosto, Meditando com Daciolo, “para salvar Lula, é necessário condenar a Justiça”.

Mas, na verdade, por mais que possa parecer estranho à patota esquerdista, numa democracia os jornais, especialmente os liberais, como o NYT, publicam rotineiramente opiniões estranhas e até opostas às deles. Este foi o caso do artigo em questão. Embora isso não impeça que, do lado de cá, em defesa da democracia que escolhemos para nos reger, não tenhamos comentários desairosos sobre esses registros de pulp fiction. José Roberto Guzzo lembrou na Veja: “O que a imprensa mundial diz ao público é que Lula está preso porque lidera ‘todas as pesquisas’; se estivesse solto, seria candidato a presidente e ganharia a eleição, e ‘não querem’ que isso aconteça, porque ele voltaria a ajudar os pobres. Quem ‘não querem’? E o que alguém ganharia ficando contra ‘os pobres’? Não há essas informações. Também não há nenhuma palavra sobre o fato de que a presidência de Lula foi o período de maior corrupção já registrado na história mundial ­— realidade comprovada por delações, confissões e devolução de bilhões em dinheiro roubado. Mas e daí? Ninguém está ligando para o Brasil como ele é. O Brasil do Zé Carioca é muito mais interessante”.

O apoio que a cambada lulista acha ter encontrado na mídia burguesa, porém, não basta. Em pleno mês do desgosto, a fábrica de fake news, hoje por conta de robôs nas redes sociais, encontrou mais um tema para nutrir nos desinformados a ilusão de que o condenado e, portanto, inelegível pela Lei da Ficha Limpa conta com adesão internacional para defender sua candidatura inviável à Presidência da República. Fê-lo com a notícia de que certo “comitê” de direitos humanos da ONU, sempre a ONU, tinha intimado o Brasil, ou o governo brasileiro, ou seja lá o que for, a permitir que o condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro dispute as eleições, ao arrepio da lei.


O que houve de verdade? O comunicado a que recorreu a fábrica petista de fake news em exigência para permitir candidatura do condenado é um documento emanado de um “comitê” formado por 18 “especialistas” independentes ─ acadêmicos em geral ─ sem nenhum poder decisório ou mandatório. Ou seja, está sendo repetido o estratagema do convite da FAO, já denunciado por Carlos Brickmann no site Chumbo Gordo: não havia ─ e não havia mesmo ─ nenhum registro no calendário de eventos oficiais daquele órgão da ONU do tal compromisso oficial. Agora também não há. A notícia foi dada (ou seja, vazada) pela BBC, não pelas Nações Unidas. [essa fofoca do tal 'comitê' tem íntimo parentesco com com aquela FAKE NEWS, supostamente vinculara pela CIA, que denunciava ter o presidente ERNESTO GEISEL ordenado a morte de terroristas brasileiros durante o Governo Militar.
Quando começou o questionamento sobre provas e sobre o que seria uma falta de senso que jamais o presidente Ernesto Geisel praticaria  - conversar sobre assuntos de Estado, de grande importância, na presença de terceiros - a notícia sumiu.]

E tanto nunca foi oficial que a própria ONU divulgou nota na qual informou que a função do tal “comitê” é “supervisionar e monitorar” o cumprimento dos acordos internacionais de defesa dos direitos humanos. E fazer recomendações, sempre em entendimento e consultas com os países envolvidos. O texto dessa nota de informações não deixa dúvidas quanto ao uso impróprio da entidade na divulgação: “É importante notar que esta informação, embora seja emitida pelo Escritório das Nações Unidas para Direitos Humanos, é uma decisão do Comitê de Direitos Humanos, formado por especialistas independentes. (Logo) esta informação deve ser atribuída ao Comitê de Direitos Humanos”.

Ontem o título da coluna de Jânio de Freitas na Folha de S.PauloBrasil ignora tratados internacionais no caso de Lula, vai na contramão dessas conclusões falsas e apressadas. Já na quinta-feira 16 de agosto o comentarista de economia Carlos Alberto Sardenberg registrou em seu artigo semanal na página de opinião de O GloboFake ONU, o seguinte: “Vai daí que são fake todas as notícias do tipo: ONU manda, determina, exige que Lula participe da eleição; Conselho da ONU decide a favor de Lula (forçando uma confusão do Comitê com o Conselho, por ignorância ou má-fé); decisão do Comitê é obrigatória”.

Aliás, ainda na semana passada, em pleno espocar dos foguetões dos lulistas devotos, o colega José Fucs esclareceu no site BR18 do Portal do Estadão: “O comunicado revela, de qualquer forma, o grau de interferência política que predomina nas iniciativas do órgão e o seu aparelhamento pelos PTs do mundo e por países cujos interesses têm pouco ou nada a ver com a defesa da liberdade e dos direitos humanos. Não por acaso, em junho deste ano, os Estados Unidos decidiram se retirar da entidade, que inclui ‘exemplos’ de democracia, como Angola, China, Cuba e Venezuela, em protesto contra suas críticas frequentes a Israel”. Os fanáticos do padim Lula poderão argumentar que o presidente norte-americano, Donald Trump, não é flor que se cheire em matéria de verdade, além de se declarar publicamente inimigo número um da imprensa livre de seu país. No entanto, ninguém de boa-fé ou de boa vontade pode considerar os ditadores comunistas dos países citados por Fucs como militantes da defesa da liberdade de dissentir de seus dissidentes internos.

The New York Times, a BBC, a ONU e os tais militantes, que não são diplomatas das “nações unidas”, mas “especialistas em direitos humanos”, normalmente de esquerda e que compõem o tal “comitê”, não assumiram nenhum compromisso de lealdade com as instituições do Estado de Direito vigente no Brasil por livre e soberana vontade majoritária do povo brasileiro. Os robôs a serviço da pregação ideológica da farsa da “perseguição de Lula para evitar que ele se candidate” não têm vontade própria nem discernimento. Mas, pelo menos em teoria, o PT e o PCdoB, que apoiam as pretensões presidenciais de Lula, e principalmente ele próprio deveriam respeitar e proteger nossas instituições democráticas, se é que pretendem mesmo disputar o voto do cidadão sob a égide delas.

 Blog do Nêumanne
 

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Juiz do DF proíbe Lula de sair do Brasil; PF já foi informada - Etiópia, país para onde Lula pretendia ir, não tem acordo de extradição com o Brasil

Em decisão acertada Justiça Federal no DF, 10ª Vara, proíbe Lula de sair do Brasil


O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, proibiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de sair do país e ordenou a apreensão de seu passaporte.  A decisão é ligada a um processo que não trata da condenação de Lula, na quarta (24), pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), a 12 anos e um mês de prisão. O juiz do DF atendeu a um pedido do Ministério Público Federal no DF relativo a uma ação penal que trata de supostos crimes na aquisição, pelo governo federal, de aviões caças da Suécia. Essa é uma das quatro ações penais em que Lula é réu na 10ª Vara Federal. 

Com a medida, Lula cancelou uma viagem que faria para a Etiópia na madrugada desta sexta (26). A ordem para apreender o passaporte foi passada no início da noite desta quinta (25) ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que comunicou o ministro da Justiça, Torquato Jardim. O ministro orientou que o diretor da PF informasse Lula sobre a decisão em sua casa. Lula participaria no fim de semana de um debate na cidade de Adis Abeba, sobre ações de combate à fome da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), durante cúpula da União Africana. 

O compromisso havia sido anunciado antes da condenação pelo TRF-4 e confirmado na quinta pela manhã pela assessoria de Lula. O tesoureiro do PT, Emídio de Souza, já havia manifestado o receio de que o passaporte de Lula fosse apreendido por decisão judicial. A fim de evitar um constrangimento do ex-presidente no momento do embarque —Lula poderia ser barrado no setor de imigração do aeroporto— a PF procurou avisar aos advogados o mais rápido possível para que a viagem fosse cancelada. 

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, informou que o passaporte do petista será entregue na manhã desta sexta (26) à PF. Em nota, ele disse ter recebimento a decisão da Justiça com "grande estarrecimento". "O juiz fundamentou a decisão em processo que não está sob sua jurisdição - a apelação relativa ao chamado caso do tríplex", disse.
"O ex-presidente Lula tem assegurado pela Constituição Federal o direito de ir e vir (CF, art. 5º, XV), o qual somente pode ser restringido na hipótese de decisão condenatória transitada em julgado, da qual não caiba qualquer recurso", afirmou. [mais uma vez a defesa do Lula, na falta de condições de defender um criminoso condenado em um processo e com outras condenações em andamento, procura confundir as coisas.
O juiz Ricardo Leite não invocou na ordem de recolher o passaporte do Lula - bom lembrar que Lula tem passaporte emitido no Brasil e também na Itália, haja vista que o condenado possui cidadania italiana - nada do que ocorreu no TRF-4.
Se baseou em  pedido do Ministério Público no DF, tendo em conta que Lula é réu em quatro ações penais em curso na 10ª Vara Federal.
Foi extremamente generoso o MP em face que a atual condição de Lula torna aplicável até a decretação de sua prisão preventiva, conforme previsto no Código de Processo Penal:
"...Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. '

Deve ser considerado  que Lula  oferece perigo a garantia da ordem pública, com seus discursos, entrevistas e manifestações em que acusa e ameaça o Poder Judiciário, tentando atirar seus sequazes contra os poderes constituídos;
é notório que Lula viaja para um país que não mantém tratado de extradição com o Brasil e que há  - deixando de lado o processo no qual Lula foi condenado em segunda instância -  quatro ações penais na Décima Vara Federal em Brasília, nas quais Lula é réu, com prova da existência de crimes e indício suficiente de autoria, o que torna válida a decretação de sua prisão preventiva.
Generosamente, o MP pediu apenas o recolhimento do passaporte e a proibição de viagem do tetra réu.]

O juiz que determinou a apreensão do documento de Lula, Ricardo Leite, já havia tomado decisões contrárias ao ex-presidente. Ele chegou a determinar a suspensão das atividades do Instituto Lula, medida que depois foi revista pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região. 

PETIÇÃO
No início da tarde desta quinta, um advogado também entrou com um pedido no TRF-4 para que Lula seja proibido de deixar o país. A petição do advogado Rafael Costa Monteiro foi protocolada às 13h02 e juntada ao processo julgado nesta quarta. De acordo com a assessoria de imprensa do TRF-4, não há previsão para que o presidente da turma, o juiz federal Leandro Paulsen, analise o pedido. 

Folha de S. Paulo

PF alerta unidades em aeroportos, portos e fronteiras sobre proibição de Lula viajar



Justiça Federal determinou que o passaporte do ex-presidente seja recolhido 

A Polícia Federal alertou as unidades nos aeroportos, portos e fronteiras sobre a decisão da Justiça Federal em Brasília de proibir o ex-presidente Lula deixar o país. O petista estava com viagem marcada para a Etiópia, na África, onde participaria de evento ligado à FAO, braço das Nações Unidas para o combate à fome. Ele embarcaria na madrugada desta sexta-feira (26).

Defesa entrega passaporte de Lula à PF em São Paulo

Ex-presidente viajaria para a Etiópia, mas juiz de Brasília o proibiu de deixar o país

O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin, chegou por volta das 10h30m desta sexta-feira sede da Polícia Federal em São Paulo para entregar o passaporte do petista. Ontem, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, proibiu Lula de deixar o país e ordenou que ele entregue o documento à Polícia Federal.
 
O ex-presidente tinha uma viagem programada para esta sexta-feira à Etiópia, para onde foi convidado a participar de um evento da União Africana. Já ontem, a defesa do ex-presidente avisou que iria cumprir a ordem.  A decisão foi tomada em outro processo contra o ex-presidente, distinto do caso do tríplex, em que foi condenado na última quarta-feira. Nesta ação, derivada da Operação Zelotes, Lula é investigado por um suposto tráfico de influência na compra de 36 caças da empresa sueca Saab para a Força Aérea Brasileira. Lula e o filho Luiz Cláudio teriam recebido mais de R$ 2,5 milhões para beneficiar a empresa.
  
Época/O Globo
 

domingo, 12 de novembro de 2017

Assédio diplomático

O assédio do embaixador

Diplomata que representa o Brasil na FAO, em Roma, é acusado de assediar sexualmente as funcionárias. Afastado do cargo, ele pode ser punido com a aposentadoria compulsória

As vésperas do lançamento de uma cartilha que ensina como combater a prática de assédio moral ou sexual contra servidores do Ministério das Relações Exteriores, um novo caso, que era tratado em segredo pelo Itamaraty, veio a público e pode arranhar a imagem da diplomacia brasileira na Itália. Desta vez, o principal suspeito de cometer assédio sexual é o embaixador João Carlos Souza-Gomes, que, até o mês passado, chefiava a Delegação Permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com sede em Roma. Segundo fontes ouvidas por ISTOÉ, ele deixou o cargo após ter seu nome denunciado por servidoras do órgão multilateral. As vítimas são diplomatas subordinadas a ele na sede da FAO na capital italiana.

Depois das instâncias burocráticas, a denúncia chegou ao gabinete do ministro Aloysio Nunes. Tão logo tomou conhecimento, Nunes determinou o retorno imediato de João Carlos ao Brasil. Além disso, mandou que fosse instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a conduta do embaixador. A legislação prevê punição que pode ser de um simples afastamento das funções, que duraria até a conclusão do PAD, até a expulsão dele dos quadros do Ministério das Relações Exteriores. Sabe-se, porém, que a tradição do Itamaraty nesse tipo de situação envolvendo seus diplomatas é a de aplicar a aposentadoria compulsória aos funcionários que praticam delitos.

Por enquanto, João Carlos não sofreu nenhuma punição, além do afastamento. Ele aguarda a apuração do suposto crime que teria cometido pela Corregedoria do Itamaraty. No último dia 26, o corregedor Márcio Araújo Lage designou uma comissão para investigar a conduta do embaixador com as servidoras a ele subordinadas. As identidades das vítimas que se queixaram do suposto assédio estão sendo mantidas em segredo. Cada uma relatou seu exemplo em um minucioso relatório. O documento está na Corregedoria e é considerado importante para embasar as diligências do grupo responsável pela checagem dos fatos. A decisão sobre o futuro do embaixador será tomada nos próximos dias.

A representação do Brasil na FAO é integrada pelo embaixador, que já não está mais lá, o vice-representante, que é o ministro conselheiro Antonio Otávio Sá Ricarte, além de quatro secretárias da carreira diplomática. São elas: Roberta Lima Ferreira, Gianina Lima Pozzebon, Larissa Maria Lima Costa e Fernanda Mansur Tansini. Também pertencem à missão brasileira da FAO o conselheiro Saulo Arantes Ceolin, os oficiais de chancelaria Maria Helena L. Zeredo e Sergio P. Abramovici. O quadro de servidores lotados em Roma conta ainda com sete funcionários administrativos, incluindo três secretárias.

(...) 

Diplomata sob suspeita
— João Carlos Souza Gomes está afastado do cargo de representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, na Itália, desde o mês passado por suposto crime de assédio sexual
— Servidoras subordinadas João Carlos afirmaram à Corregedoria do Ministério das Relações Exteriores que foram assediadas por ele
— João Carlos retornou ao Brasil para se defender das acusações que serão investigadas por uma comissão. Somente após a conclusão do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) é que o destino dele será decidido
— Se comprovada a denúncia, ele pode ser até expulso, o que seria uma medida inédita no Itamaraty, já que a uma tradição do órgão não punir com pena máxima os diplomatas envolvidos em delitos. Geralmente, aplica-se a aposentadoria compulsória.

MATÉRIA COMPLETA em ISTOÉ

 

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

China comunista, Brasil vermelho

“Os chineses compraram a África e estão tentando comprar o Brasil” – disse, em 2010, Antonio Delfim Neto, raposa velha que já foi e já fez de tudo por essas bandas (inclusive assessorar Lula, o Chacal). 

Hoje, passados quase oito anos da denúncia premonitória do ex-titular de algumas pastas ministeriais (entre elas, as da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento), a China – sempre fazendo “negócios da China” – não só comprou e ocupou boa parte do território nacional, como fincou suas garras nos mais diversos setores da nossa economia, a destacar, além de hidrelétrica e refinaria, empresas automotivas e de transportes pesados, de mineração, siderurgia, gás, petróleo, construção civil e até bancos afinados com o mais refinado capitalismo de Estado, mil vezes mais deletério do que o moribundo capitalismo selvagem.
(Antigamente se falava do “imperialismo ianque”, mas reina silêncio absoluto em torno da nociva invasão chinesa que, agora, para inocular a peçonha comunista, usa a retórica do globalismo).

A coisa chegou a tal ponto que o próprio diretor-geral da FAO,  agência da famigerada ONU para Alimentação e Agricultura, chamou a atenção do mundo para o avanço do neocolonialismo chinês no território africano – neocolonialismo tido pelos nativos como “predatório, odioso e animalesco”.  Os africanos protestam contra o que chamam de “mercantilismo de palitinhos”, caracterizado como pura e simples pilhagem dos seus recursos e commodities, em geral lastreada por contratos obscuros modelados pelos chineses.

Só para exemplificar o modus operandi dos asiáticos na África: tornou-se célebre o caso de uma mina de carvão na Zâmbia em que, devido a manifestação de protesto contra  baixas condições de segurança e de salários, dezenas de trabalhadores foram dispersos a bala pelos gerentes chineses – o que gerou comoção nacional e o repúdio da população.
Por sua vez, numa outra vertente, a militarista, autoridades do Quênia, esbulhados pelos asiáticos na construção de uma ponte, asseguram que o governo chinês negocia com qualquer regime, inclusive os repressivos, fornecendo jatos, veículos militares e armas para países belicistas como Zimbabwe, Sudão e outros que tais. “Em alguns casos, a China opera” – dizem os líderes africanos – “sem escrúpulos morais ou limites éticos”. No ramo do agronegócio, para plantar soja, milho e outras cositas, os chineses já compraram, desde o alerta do Delfim, terras em profusão no oeste baiano e num extenso conjunto de áreas do cerrado do Maranhão, do Piauí e do Tocantins conhecido pela sigla “Mapito”.

Recentemente, o próprio Michel Temer viajou à Pequim (cidade mais poluída do mundo) para oferecer a Eletrobrás e outras empresas, provavelmente a preço de banana, tal como fez FHC com a Vale do Rio Doce. Qual é o problema? – questionarão esquerdistas e progressistas de toda ordem. Precisamos sair da crise e dinheiro novo é sempre bem vindo, sobretudo neste quadro de insolvência em que o País se desmancha. Concordo, pois sou a favor da redução do Estado e, quando à frente da pasta da Cultura no escorraçado governo Collor, lutei dia e noite para fechar a corrupta Embrafilme e dezenas de fundações parasitárias a serviço da subversão na área cultural.

Mas o problema é que, por trás dos homens de negócios chineses, com seus “investimentos estratégicos”, se escamoteia a fúria expansionista de um regime comunista de linha marxista-leninista, consagrada pela recente elevação de Xi Jinping ao trono do império chinês, em tudo semelhante à exercida pelo ditador (pedófilo) Mao Tse Tung, o “Grande Timoneiro”, que atingiu a apoteose na era da sangrenta Revolução Cultural (quando expurgou e mandou fuzilar  cerca de um milhão de professores, estudantes, intelectuais e artistas considerados dissidentes).

Embora apontado como secretário-geral por 2.300 delegados presentes no XIX Congresso do PCC, em outubro, Xi Jinping, seguindo o dogma do “centralismo democrático” soviético, já comanda a cúpula do Politburo chinês (composto por 18 vassalos) com mão de ferro, apelando para o total controle da sociedade pela prática da espionagem, da censura, da brutalidade do Estado policial e, no plano externo, da inevitável escalada armamentista para implantação de uma “nova ordem mundial”.
Na agenda de Xi, como é notório, gays, lésbicas, muçulmanos, ecologistas, religiosos, internautas e suas redes sociais continuarão sendo caçados com porretes, prisões e penas de morte. Dissidentes e ativistas, por sua vez, continuarão sendo empurrados, aos milhares, para campos de trabalhos forçados e de reeducação política e ideológica, exatamente como fizeram Lenin e Stalin.

O mais curioso em tudo isso é que, no Brasil, o pessoal dos “direitos humanos”, legiões de gays, lésbicas, ambientalistas, movimentos sociais e a mídia amestrada permaneçam de bico calado, deixando pra lá o drama de um bilhão e trezentos milhões de chineses – 600 milhões dos quais sobrevivendo, esquecidos e abandonados, na sombria miséria do meio rural.

Quanto a mim, penso que poucos políticos brasileiros possam se antepor ao neocolonialismo chinês em marcha e estimular, na alma da sociedade, a criação de uma agenda de resistência comprometida com desenvolvimento sem coação e sem medo de assegurar as liberdades fundamentais que dão substância ao indivíduo.
Aponto Bolsonaro como um deles.
Até.

Ipojuca Pontes, cineasta, jornalista, e autor de livros como ‘A Era Lula‘, ‘Cultura e Desenvolvimento‘ e ‘Politicamente Corretíssimos’, é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi secretário Nacional da Cultura.


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

‘Calvito barbudo’

Eleição peruana de 2011 teve intervenção de Lula e Chávez e dinheiro de empresas brasileiras. O modelo foi repetido na Argentina, Paraguai, Equador e Bolívia

A capa é couro marrom, lembra pele de crocodilo. É uma agenda de 2010, com 196 páginas. Numa delas, a mulher do candidato à Presidência do Peru escreveu: “1º de julio, 2010. Calvito barbudo, 10 millones de dólares.” 

Em outras páginas há registros similares: “Marcelo, 21 de mayo. + 30 mil dólares”; “Marcelo, 24 de julio. + 30 mil dólares”; “Marcelo, 10 de enero de 2011. + 70 mil dólares”...
A agenda é de Nadine Heredia, 39 anos, mulher de Ollanta Humala, que presidiu o Peru de 2011 até julho do ano passado. 

Ainda não se descobriu quem seria o “Calvito barbudo”, mas é certo que ele e “Marcelo” são brasileiros — este último foi identificado pelo Congresso, que obteve algumas das agendas da ex-primeira dama. Marcelo é o Odebrecht, preso em Curitiba, acionista do grupo que acumulou US$ 12,5 bilhões em contratos e concessões no Peru entre 2004 e 2015. 

Em Lima, há certeza de que Odebrecht pagou a campanha de Humala em 2011, com o venezuelano Hugo Chávez. Também doaram Camargo Corrêa, OAS, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, donas de US$ 4,2 bilhões em contratos. As evidências coletadas no eixo Curitiba-Brasília-Lima indicam que a eleição peruana de 2011 teve intervenção de Lula e Chávez e dinheiro de empresas brasileiras. O modelo foi repetido na Argentina, Paraguai, Equador e Bolívia.

Chávez pagava as contas do casal desde a fracassada campanha de Humala em 2006. O dinheiro venezuelano era lavado no caixa de ONGs, entre elas a Prodin, coordenadas por Nadine. Ela participou ativamente das decisões mais relevantes do governo do marido. 

O governo Lula uniu os Humala aos grupos brasileiros, que contribuíram até com pacotes de dinheiro amarrados ao corpo dos emissários. O PT enviou dirigentes e indicou publicitários para a campanha.

As relações fluíram. Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS já mantinham negócios — agora sob investigação — com os governos de Alan García (2006-2011) e de Alejandro Toledo (2001-2006), derrotado por Humala em 2011. 

Planilha apreendida na Camargo, com o título “Previsão de Capilés”, detalha pagamentos peruanos. Parte foi para a conta nº 0308478009 do Citibank em Londres (swift CITIGB2L), do israelense Yosef Maiman, que exibia credenciais de embaixador do Turcomenistão. 

O operador da Camargo era Marcos de Moura Vanderley, também conhecido pelo relacionamento com Rocío Calderón, amiga da ex-primeira-dama. No governo, Nadine deu a Rocío a diretoria do Conselho das Contratações do Estado. Rocío emprestava-lhe seus cartões de crédito para compras. O Congresso produziu 300 páginas das contas privadas de Nadine. 

Em fevereiro, ainda no governo, ela pediu socorro a José Graziano da Silva, ex-ministro de Lula e diretor-geral da FAO, que lhe deu uma chefia em Genebra. Para garantir imunidade diplomática à amiga , Graziano removeu do cargo Xiangjun Yao, designada pela China, e atropelou normas sobre chefias na ONU — entre elas, a exigência de diploma universitário. Nadine e o marido vivem sob vigilância. A Justiça obrigou-a informar com antecedência suas viagens, sob compromisso de retornar a cada 30 dias. Em Lima, continua a caça a “Calvito barbudo”, o brasileiro que presenteou o casal com US$ 10 milhões.

Fonte: José Casado - O Globo


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Fome afeta 795 milhões de pessoas no mundo, mostra relatório da ONU



Apesar de melhora no cenário geral, na África Subsaariana, 23,2% dos habitantes passam fome e 24 países africanos enfrentam atualmente crises alimentares - o dobro do que em 1990
A crise econômica prejudicou o combate à fome, que afeta 795 milhões de pessoas, segundo um relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado hoje (27), e que registrou queda nos números globais.  De acordo com a última edição do relatório da ONU O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015, estima-se que caiu para 795 milhões o número de pessoas com fome no mundo, 10 milhões a menos do que o registrado no ano passado e 167 milhões a menos do que na década passada.

A situação melhorou nas regiões em desenvolvimento, onde a taxa de desnutrição – que mede a proporção de pessoas incapazes de consumir alimentos suficientes para uma vida ativa e saudável - diminuiu para 12,9% da população, contra 23,3% há 25 anos. Ainda assim, na África Subsaariana, 23,2% dos habitantes passam fome e 24 países africanos enfrentam atualmente crises alimentares – o dobro do que em 1990, indica o relatório, publicado hoje pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, mostrou-se otimista pelo fato de a maioria – 72 entre 129 dos países monitorados – terem atingido a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir para a metade a prevalência de desnutrição em 2015, enquanto as regiões em desenvolvimento falharam por uma margem reduzida.

Outros 29 países terão cumprido a meta definida na Cúpula Mundial da Alimentação em 1996, quando os governos se comprometeram a reduzir pela metade o número absoluto de pessoas subnutridas até 2015. "O quase cumprimento das metas mostra que podemos realmente eliminar o flagelo da fome durante esta geração. Nós devemos ser a geração Fome Zero. Esse objetivo deve ser integrado em todas as intervenções políticas e no coração da nova agenda de desenvolvimento sustentável a ser criada este ano", defendeu.

Segundo o documento, a crise econômica dos últimos anos prejudicou os progressos no combate à fome, juntando-se a outras causas como desastres naturais, fenômenos meteorológicos graves, instabilidade política e conflitos civis.  O relatório indica que, ao longo dos últimos 30 anos, as crises têm evoluído de eventos catastróficos, curtos, agudos e de grande visibilidade até situações prolongadas, devido a uma combinação de fatores, especialmente os desastres naturais e conflitos, com as mudanças climáticas, crises de preços e financeiras frequentemente entre os fatores agravantes.

Fonte: Agência Brasil