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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Porteiro sob pressão para que recue - VEJA - Ricardo Noblat

A pesada mão do Estado


E assim cumpriu-se a vontade do presidente Jair Bolsonaro, que pressionou para isso o ministro Sérgio Moro, da Justiça, que por sua vez pressionou o Procurador-Geral da República Augusto Aras, que por fim acabou cedendo. Tão logo retorne das férias, a não ser que a pressa das autoridades seja tamanha que o obrigue a se apresentar logo, o porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, na Zona Sul do Rio, será ouvido pela Polícia Federal sobre o que fez no dia 14 de março de 2018.

Naquele dia, ao final do expediente, o porteiro anotou no livro de ocorrências do condomínio que um cidadão de nome Élcio pedira para ir à casa do mais famoso morador do lugar – o deputado Jair Bolsonaro. E que a entrada fora autorizada por “seu Jair”. Marielle Franco (PSOL-RJ) ainda estava viva àquela altura. Só seria morta à noite, segundo apurou a Polícia Civil, pelo policial aposentado Ronnie Lessa, morador do mesmo condomínio de Bolsonaro, e por Élcio Queiroz, o motorista do carro de Lessa.

Em dois depoimentos à polícia, o porteiro limitou-se a contar o que se passara na tarde daquele dia. Não acusou ninguém. Muito menos tentou envolver Bolsonaro no crime. [envolver não envolveu, mas, depôs atribuindo ao "seu jair", a responsabilidade por autorizar Élcio Queiroz a ingressar no condomínio; 

pacifico que um  porteiro ao se referir a um deputado, usará  o 'doutor fulano' ou o 'seu fulano' - com isso atribuiu que o então deputado federal Jair Bolsonaro  autorizou o ingresso de Élcio - óbvio que o porteiro deve ter sido convencido por alguém muito inteligente a contar tal absurdo, e quem o convenceu, não levou em conta que o atual presidente da República  teria dezenas de provas irrefutáveis que estava em Brasília.
Foi uma mentira e por esta deve responder e se tal conduta produziu outros crimes deve responder por todos.
O que lhe resta é entregar seu mentor.] Á época, Bolsonaro sequer era candidato a presidente da República. Mas em breve quando se vir frente a frente com agentes federais, o porteiro será informado que responderá a inquérito por crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e obstrução de Justiça. E que poderá até ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional. 

O artigo 26 da lei prevê de um a quatro anos de prisão para quem caluniar ou difamar autoridades imputando-lhes crimes ou ofendendo sua reputação. E porteiro, empregado no condomínio há 13 anos, que julgava ter cumprido apenas sua obrigação… Um motorista, testemunha-chave para abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor, nunca mais conseguiu emprego. O caseiro que testemunhou contra o ministro Antonio Palocci teve seu sigilo fiscal quebrado e quase deu-se mal.

Nem o motorista, nem o caseiro, recuaram do que disseram. Collor acabou cassado. Palocci perdeu o emprego de ministro da Fazenda, e, recentemente, foi preso por corrupção e virou delator. Não se exija do porteiro que siga o exemplo do motorista e do caseiro.
Quando quer, a mão do Estado é pesada.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA 


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O que é obstrução de Justiça, crime atribuído a Bolsonaro pela oposição - O Estado de S. Paulo

Bolsonaro nega obstrução: 'Não quero adulterar nada'

Previsto na lei 12.850/2013, que trata das organizações criminosas, delito leva a penas que variam de três a oito anos de prisão 

No sábado, o presidente disse ter obtido os áudios de conversas da portaria de seu condomínio, após ter o nome mencionado em investigações


O presidente Jair Bolsonaro declarou, na noite deste domingo 3, que “não quer adulterar nada” do que foi registrado na portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio, onde possui uma casa. O presidente também afirmou que é “má-fé ou falta de caráter” acusá-lo de manipular as investigações sobre o caso da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes.

[os que pretendem denunciar o Presidente da República, JAIR BOLSONARO, partidos e parlamentares são figurinhas carimbadas já conhecidas. Por lhes faltar competência para fazer uma oposição séria fazem denúncias infundadas e que nunca vão em frente. 
Para prosperar eles terão que provar que o presidente Bolsonaro tentou impedir ou embaraçar investigação de crime envolvendo organização criminosa.
Salvo fato superveniente nada indica que Bolsonaro tentou impedir ou embaraçar qualquer investigação - lembrando que até o presente NADA PROVA que o assassinato da vereadora e seu motorista envolva organização criminosa - suspeitas e provas são bem diferentes.
NADA PROVA que a ação preventiva do presidente contra tentação de adulteração das gravações tenha impedido ou embaraçado qualquer investigação policial.
- O deputado Molon, tem a seu favor - além da mania de denúncias sem provas - o fato de ter apresentado um projeto importantíssimo na Câmara Federal = propôs um voto de louvor pelos 90 anos da atriz Fernanda Montenegro;
- o senador Randolfe, campeão em denúncias não provadas, se destaca por apresentar projetos também não aprovados.
Mais detalhes sobre a tipificação dos 'crimes' pelos quais estão denunciando,injustamente,   o presidente da República  podem ser obtidos na Lei 12.850/2013 - constatarão que são denúncias sem fundamento.] 


Bolsonaro deu uma rápida entrevista na saída de uma partida entre Itália e Paraguai pela Copa do Mundo Sub-17 no Estádio Bezerrão, no Gama, região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 39 quilômetros do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.  No sábado, Bolsonaro disse ter obtido os áudios de ligações feitas entre a portaria e as casas do condomínio antes que elas tivessem sido “adulteradas”. “Nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de ano. A voz não é minha”, afirmou na ocasião.

A declaração provocou reação da oposição, que informou que iria acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro sob a alegação de que o presidente cometeu “obstrução de Justiça”, ao “ter se apropriado de provas relacionadas às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes”.
Questionado hoje se havia sido mal interpretado, Bolsonaro afirmou que as acusações são de “quem não tem o que fazer”.
“O que eu fiz foi filmar a secretária eletrônica com a respectiva voz de quem atendeu o telefone. Só isso, mais nada. Não peguei, não fiz backup, não fiz nada. E a memória da secretária eletrônica está com a Polícia Civil há muito tempo. Ninguém quer adulterar nada, não. O caso Marielle, eu quero resolver também. Mas querer botar no meu colo é, no mínimo, má-fé e falta de caráter”, disse o presidente.

Futebol
Bolsonaro falou a jornalistas após descer da tribuna de honra do estádio para a arquibancada. Ele decidiu cumprimentar um grupo de torcedores paraguaios que no intervalo haviam entoado o nome do presidente. Cercado de seguranças, ele partiu para o meio da torcida e posou para fotos. A partida contou com um público de 824 pessoas.

O presidente saiu do Palácio da Alvorada pouco antes das 19h para o estádio. A partida começou às 20h. Bolsonaro foi ao estádio acompanhado pelos ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e pelo secretário nacional de Esportes, Décio Brasil.


VEJA - Transcrito do Estadão Conteúdo

 

domingo, 3 de novembro de 2019

Vivandeiras - O Estado de S. Paulo

Editorial 


Ao invocar a possibilidade de edição de um “novo AI-5”, Eduardo Bolsonaro externou o que pensa o grupo que ora está no poder, a começar pelo seu pai, o presidente Jair Bolsonaro


O arroubo do deputado Eduardo Bolsonaro, que invocou a possibilidade de edição de um “novo AI-5” para enfrentar opositores, não foi um exagero retórico. Ele externou o que pensa o grupo que ora está no poder, a começar pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, que passou toda a sua vida como político a lamentar o fim da ditadura. [uma análise isenta leva à conclusão de que persistindo o  estado atual de insegurança no Brasil, a tendência é que sua evolução resulte em piora, configurando a situação cogitada na entrevista: 'sequestro de aeronaves, quando sequestravam-se e executavam-se autoridades, cônsules, embaixadores, com execuções de policiais e de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar de uma resposta'. 
Tendo o parlamentar citado várias medidas possíveis, entre elas medidas nos moldes das preconizadas no Ato Institucional nº 5 - clique, leia e conclua por si.
O grande problema está em que muitos = grande parte =  temem medidas nos moldes do AI-5 pelo grande risco de atrapalhar seus negócios e muitos inocentes danam a espancar o remédio legal - que pode servir de modelo para medidas que se tornem necessárias - sem sequer ler e conhecer inteiro teor.] 


O objetivo é claro: dar vida ao que deveria estar morto e enterrado. O bolsonarismo desde sempre pretende acostumar os ouvidos da sociedade a ideias autoritárias como solução para os problemas nacionais. O método é escorar-se na liberdade de expressão e na imunidade parlamentar, dois dos pilares da democracia liberal, para acalentar a possibilidade de instalação de um regime de exceção, em que essas mesmas liberdades, entre outras tantas, são sumariamente cassadas.

De certa forma, a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, mesmo depois de décadas defendendo reiterada e inequivocamente o regime militar, a tortura, o banimento (e até o fuzilamento) de opositores e o silenciamento da imprensa, é um preocupante indicativo de que parte da sociedade já se deixou seduzir pelo discurso antidemocrático.[o banimento, a pena de morte, foram medidas incluídas na Lei de Segurança Nacional, pela Junta Militar em 1969,e que puniam crimes graves e em situações excepcionais.

A pena de morte, nunca foi aplicada.
Foram raros os condenados, sendo um deles Teodomiro Romeiro dos Santos, que matou covardemente, pelas costas, um sargento.
Foi condenado a pena de morte, fuzilamento (quando o adequado para o seu crime covarde, vil e traiçoeiro, seria o enforcamento.) enrolaram na execução e terminou sendo trocado por inocentes sequestrados por terroristas, sofrendo a pena de benimento.
Com a anistia voltou para o Brasil,foi devidamente anistiado, indenizado e se tornou juiz do TRT de Pernambuco. 
Caso queira mais detalhes, cliqueEx-Terrorista que assassinou sargento pelas consta recebe indenização da caravana da anistia.]

Para a parcela mais radical dos eleitores de Bolsonaro, que o trata como “mito” e o segue fanaticamente, o pacto pela transição para a democracia foi imperdoável traição aos ideais da ditadura militar. Graças ao sucesso eleitoral de Bolsonaro, essas vivandeiras não se sentem mais constrangidas em demandar abertamente o fechamento do Congresso, sob o argumento de que se trata de um valhacouto de corruptos que tramam contra o Brasil; exigir a interdição do Supremo Tribunal Federal, visto como um antro de advogados que defendem petistas e minorias em geral; e torcer pela asfixia da imprensa livre, considerada veículo de esquerdismo e imoralidade. Em resumo, nutrem a esperança delirante de que o presidente Bolsonaro se aventure num golpe de Estado e consequentemente estabeleça uma ditadura.

Nesse sentido, a ordem do presidente Bolsonaro para que o filho pedisse desculpas por suas declarações não tem valor nenhum. É o presidente, afinal, quem desde sempre incita essa retórica autoritária, elogiando ditadores, fazendo apologia de torturadores e ameaçando sistematicamente a imprensa. Os filhos, entre eles Eduardo, só agem – e só existem politicamente – em nome do pai.  Não se trata de relativizar a responsabilidade do deputado Eduardo Bolsonaro por seu discurso antidemocrático – que ademais, enquanto repugna o País, serve também para desviar a atenção da ainda nebulosa menção ao nome do presidente no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Trata-se, sim, de perceber que o problema vai muito além do palavrório autoritário de um político medíocre.

Há hoje no País uma atmosfera cada vez mais pesada, fruto do extremismo, à esquerda e à direita, que tenta inviabilizar a política e, consequentemente, a democracia. É contra essa ameaça, cada vez mais concreta, que as forças democráticas devem se mobilizar. Laivos golpistas não podem ser tratados como manifestações anedóticas ou inconsequentes. Devem ser denunciados de forma resoluta por todos aqueles que prezam a liberdade. Por esse motivo, é alvissareiro que as lideranças institucionais do País tenham se manifestado tão prontamente para condenar, de forma cristalina e nos mais duros termos, a manifestação irresponsável do deputado Eduardo Bolsonaro, mostrando rejeição absoluta a qualquer possibilidade de retrocesso em nossa democracia.

Que a Câmara dos Deputados, ao lidar com o caso, não reaja com a pusilanimidade demonstrada em 1999, quando apenas advertiu o então deputado Jair Bolsonaro depois que este defendeu o fechamento do Congresso, disse que “o erro do regime militar foi torturar, e não matar” e lamentou que a ditadura não tivesse fuzilado vários políticos, a começar por Fernando Henrique Cardoso, então presidente da República.

Na ocasião, exatamente como agora, Jair Bolsonaro, ante a repercussão negativa, disse que havia “exagerado”. Mas a mensagem já estava dada – e, ante a complacência dos democratas, ajudou a manter vivo o ânimo reacionário que tantos votos rendeu e, lamentavelmente, continua a render aos liberticidas.



Editorial - O Estado de S.Paulo
 

CASO MARIELLE - Promotoria com Partido e - Bernardo Mello Franco

O Globo

A doutora Carmen Eliza Bastos de Carvalho já assinou um manifesto em defesa do movimento Escola sem Partido. Agora ela virou símbolo do Promotoria com Partido. Na quarta-feira, Carmen participou da entrevista sobre a confusa investigação do assassinato de Marielle Franco. Ela desqualificou o depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, que relatou uma ligação do principal suspeito para a casa de Jair Bolsonaro. [o depoimento do porteiro foi desqualificado por ser mentiroso, visto que entre várias mentiras, se destacam:
- identifica como sendo do presidente Bolsonaro a voz de quem autoriza a entrada de Élcio Queiroz no condomínio onde residia o presidente Bolsonaro - MENTIRA: atendendo consulta do MP a Câmara dos Deputados informou que no dia 14 de março Bolsonaro estava em Brasília, votando, assinando presença, sendo filmado pelas câmeras da Câmara;
- mesmo que estivesse falando a verdade - fosse do então deputado  Bolsonaro a voz autorizando o ingresso - o Élcio não foi para a casa do parlamentar e sim para a do Lessa.

Quem merece mais crédito: um porteiro fantasma (surgiu do nada, sem nome - ou uma declaração de uma das Casas do Congresso Nacional?

Quanto ao uso da camiseta pró Bolsonaro no dia das eleições, as promotoras não estando de plantão no MP, não estando a serviço da Justiça Eleitoral e não sendo do MP Eleitoral, são apenas e tão somente cidadão, com todos os direitos e deveres inerentes a tal condição - inclusive a de manifestar opção política, desde que na forma facultada pela legislação eleitoral a qualquer cidadão.]


A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho em campanha por Bolsonaro

Na manhã seguinte, o jornalista Leandro Demori revelou a militância virtual da promotora. Durante a corrida ao Planalto, ela usou as redes sociais para fazer campanha aberta pelo dono da casa 58. Numa das postagens, Carmen posou de camiseta com a foto do capitão e a inscrição “Bolsonaro presidente”. Em outra, festejou sua vitória com mensagens como “Libertos do cativeiro esquerdopata” e “#vaificarpresobabaca”.

Em janeiro, ela voltou ao Instagram para celebrar a posse do presidente. Apontou o celular para a TV e publicou o clique com uma legenda festiva. “Há anos que não me sinto tão emocionada. Essa posse entra naquela lista de conquistas”, desmanchou-se.  Além de pedir votos para seu candidato, a promotora postou foto ao lado do deputado Rodrigo Amorim, do PSL. O bolsonarista despontou do anonimato ao quebrar uma placa em homenagem à vereadora morta. [placa colocada ilegalmente,  sem respeitar a legislação que regulamenta a denominação de logradouro públicos.]

A revelação deveria ter levado Carmen a se afastar imediatamente do caso Marielle. No entanto, ela bateu o pé e se recusou a deixar a investigação. Em reunião com a cúpula do Ministério Público do Rio, alegou que só havia exercido seu direito à liberdade de expressão na internet. Ficaria nisso, não fosse a pressão dos colegas que conhecem os limites do cargo. Afastada na sexta-feira, a promotora se disse vítima de uma “ofensiva de inspiração subalterna e flagrantemente ideológica”. O discurso só deve convencer quem acreditou no arrependimento de Eduardo Bolsonaro após defender a reedição do AI-5. [Eduardo não tem do que se arrepender, apenas elencou várias medidas que podem ser adotadas para conter sequestros, assaltos com motivação política e outros crimes, incluindo, sem limitar, medida nos moldes do AI-5, que na época de sua edição tornou possível muitas coisas impossíveis e hoje é considerado politicamente incorreto.]

A Constituição impede que juízes e promotores exerçam “atividade político-partidária”. [nada prova que a promotora  nas ocasiões que vestiu camiseta do nosso presidente Bolsonaro ou postou nas redes sociais tenha feito menção a sua condição de membro do MP ou mesmo estivesse exercendo atividade político-partidária, prática que é bem diferente do exercício dos direitos de cidadão comum.]  A proibição tem uma finalidade óbvia: preservar a imagem das instituições e a confiança no sistema de Justiça.  Na era das redes sociais, a regra tem virado letra morta. Os conselhos nacionais da Justiça e do MP já editaram manuais de conduta, mas não conseguiram frear a militância virtual. Talvez seja a hora de trocar as recomendações por punições.

Bernardo Mello Franco, colunista político - O Globo



sábado, 2 de novembro de 2019

Bolsonaro diz ter prova importante do caso Marielle

Bolsonaro admite que pegou gravação da portaria do condomínio onde tem casa no Rio: 'antes que tentassem adulterar'

Jair Bolsonaro admitiu, neste sábado (02), que pegou a gravação das ligações da portaria do condomínio, onde possui uma residência no Rio de Janeiro, para que não fossem adulteradas. O presidente contou aos jornalistas durante uma visita a concessionária em Brasília, onde comprou uma motocicleta avaliada em R$ 33 mil reais.

 A manchete do título consta de matéria publicada no Yahoo! Notícias.

Acessando a manchete se chega a: Bolsonaro admite que pegou gravação da portaria do condomínio onde tem casa no Rio: 'antes que tentassem adulterar'

"Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha", disse o presidente, reiterando que não está ligada ao assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em abril do ano passado.

Na última terça-feira (29), a TV Globo veiculou uma reportagem que dizia que um porteiro do condomínio contou à polícia que, horas antes do assassinato dos dois, o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de participação no crime, esteve no local e pediu para ir a casa que pertence ao presidente.

Apesar do que teria comunicado na portaria, Queiroz seguiu para a casa de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato, no mesmo condomínio. Naquele horário, o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília e participou de votações na Câmara no mesmo dia, conforme mostram registros de presença da casa.

Na quarta-feira (30), o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que obteve um áudio da investigação que contrariava a versão do porteiro, mostrando que foi Ronnie Lessa quem liberou a entrada de Élcio Queiroz e não alguém dentro da casa que pertence ao presidente. Queiroz e Lessa estão presos desde março deste ano por suposto envolvimento no caso. [A VERDADE: ainda que o Ministério Público do Rio, estivesse forjando provas para envolver o presidente -  o que, certamente, não ocorreu, não está ocorrendo -  Bolsonaro não está envolvido no caso.
MOTIVO DO NÃO ENVOLVIMENTO DO PRESIDENTE BOLSONARO:  se trata de um depoimento atribuindo ao presidente um ato que só poderia ter ocorrido se o presidente Bolsonaro, no dia do assassinato da vereadora Marielle, e na hora da suposta visita de Élcio Queiroz, estivesse no Rio de Janeiro.
E, COMPROVADAMENTE, ele não estava:  a prova mais fiel de que ele não estava no Rio, naquela ocasião, é provas irrefutáveis de que estava em Brasília, por volta da 17h e 20h, no plenário da Câmara dos Deputados, votando. ]

Blog Prontidão Total



sexta-feira, 1 de novembro de 2019

E nada da Globo se desculpar - José Nêumanne

Que vexame da Globo

Não há mais dúvida de que o porteiro do condomínio, onde moravam em 14 de março de 2018, o presidente Bolsonaro e o suposto assassino de Marielle Franco e Anderson Gomes, mentiu à polícia ao afirmar que o ex-PM acusado na investigação de ter levado o atirador ao local do crime teve autorização para entrar, dada por alguém que ele identificou como “seu Jair”, mas foi para a casa do atirador, Ronnie Lessa. Quando a Globo deu ao funcionário status de sua fonte, o MP já sabia que ela mentia, conforme constava dos autos por iniciativa do próprio Élcio Queiroz. 

Que vexame da Globo



E a emissora continua misturando tudo de forma a dar ao telespectador ilusão de que ela não errou. Errou. Errou feio. E, além de se desculpar, o que não fez, teria de informar detalhes sobre a vida e as intenções da origem de sua notícia falsa envolvendo Bolsonaro no hediondo crime da execução da vereadora do PSOL e de seu motorista. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.

José Nêumanne - Direto ao assunto

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Quem colocou o porteiro na tuba? eis o mistério - UOL



Blog do Josias

[as provas de que o então deputado federal estava em Brasília são indiscutíveis, baseadas em documentos oficiais da Câmara dos Deputados e também em meios eletrônicos da mesma origem.

O 'destempero' do presidente Bolsonaro é fácil de explicar. Afinal, não é todo dia que alguém, sabidamente inocente, é acusado de assassinato.

Uma acusação que teve por objetivo tentar afastar do presidiário de Curitiba a acusação do assassinato de Celso Daniel, feita ao mesmo por Marcos Valério - a tentativa fracassou.] 

Está entendido que a voz do "seu Jair" não pode ter soado no interfone da casa 58 do condomínio Vivendas da Barra, no Rio, no dia 14 de março de 2018. Proprietário do imóvel, o então deputado Jair Bolsonaro dava expediente na Câmara, em Brasília. Não teria como autorizar a entrada de Élcio Queiroz, hoje preso sob a acusação de matar Marielle Franco. A voz que soa no sistema de áudio da portaria, atesta a perícia, é a do morador da casa 65, Ronnie Lessa, outro suspeito preso pelo mesmo crime. Falta esclarecer o seguinte: Quem colocou na tuba do inquérito um porteiro capaz de inventar em dois depoimentos à polícia que falou com "seu Jair”?

Afora os depoimentos, o áudio da portaria e os rastros de Bolsonaro em Brasília há sobre a mesa a planilha com os lançamentos feitos pelo porteiro naquele fatídico 14 de março do ano passado, dia da execução de Marielle Franco. Nesse documento, está anotado o nome de Élcio Queiroz e o número da casa 58 de Bolsonaro, não do imóvel 65 de Ronnie Lessa. Supondo-se que o porteiro não fosse um vidente capaz de antecipar a futura conversão de Bolsonaro de deputado em presidente da República, cabe perguntar: por que meteu o capitão na encrenca?

Há outro mistério no lance da irritação do presidente da República com a reportagem em que o Jornal Nacional levou os depoimentos do porteiro ao ventilador, sem sonegar à plateia a informação de que seu relato não ornava com os registros de presença do "seu Jair" na Câmara. Numa live improvisada na madrugada da Arábia Saudita, o capitão perdeu a linha: "Patifaria", "porra", "canalhas", "imprensa porca", "jornalismo podre"…

Entende-se que uma resposta era necessária. Mas isso poderia ter sido feito organizadamente, sem a teatralização bizarra que apequenou o ofendido. O próprio Bolsonaro declarou que o governador fluminense Wilson Witzel lhe informara 20 dias antes sobre as menções que o porteiro fizera ao seu nome. O caso subiu para o Supremo, disse o governador ao presidente. Por que Bolsonaro esperou a encrenca chegar à vitrine do Jornal Nacional para tomar providências? Para que todo o mistério seja esclarecido, é essencial que os investigadores e a lógica comecem a caminhar na mesma direção.

Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista - UOL


 
 

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Celso Daniel e Marielle Franco x O NOVO 7 x 1 BRASILEIRO

Celso Daniel e Marielle Franco

A versão de Bia Kicis sobre o caso de Marielle Franco é a seguinte:
“Com a denúncia de que Lula mandou matar Celso Daniel, a Orcrim sacou essa falsa acusação contra Jair Bolsonaro.
O fato de Lula, além de mega corrupto, alcoólatra, psicopata e ladrão, ser também um assassino frio e calculista, pode dificultar a sua soltura pelo STF.”

Nada pode dificultar a soltura de Lula pelo STF.


O NOVO 7 x 1 BRASILEIRO

O combate à corrupção pode não ser o único derrotado com decisão do STF. Os avanços econômicos serão ameaçados


Caro leitor,
Será um novo 7 x 1.
O placar parcial de 4 x 3 já indica que o Supremo Tribunal Federal deverá impedir as prisões de condenados em segunda instância.
Reportagem de Caio Junqueira, na Crusoé, explica por que a decisão do Supremo, a se confirmar, vai ser o novo 7 x 1 nacional.
O título: “É UM ESCÁRNIO!”




A apuração explica do que se trata:
…já é possível concluir que um dos mais importantes instrumentos de combate à corrupção do país será derrubado pela corte. Foi com a prisão imediata após o veredicto em segunda instância autorizada pelo mesmo STF em 2016 que a Operação Lava Jato pôde se tornar um dos maiores exemplos de combate à corrupção do mundo. Corruptos e corruptores poderosos passaram a ir para a cadeia. Outros, por temer a possibilidade, concordaram em fazer delações premiadas sem as quais talvez jamais o país conheceria as profundezas de esquemas bilionários montados para saquear dinheiro público. Muitos desses esquemas estavam blindados graças, exatamente, à cultura de impunidade patrocinada pelo Judiciário. Com dinheiro em mãos, os envolvidos podiam contratar os criminalistas mais caros do país que, com acesso direto às cortes superiores, conseguiam adiar condenações indefinidamente. Com o novo entendimento do Supremo (…), o velho status muito provavelmente será retomado…
Se a mudança de jurisprudência se confirmar no STF, 38 condenados pela Lava Jato que cumprem pena em regime aberto, fechado ou usam tornozeleira eletrônica ganharão liberdade, sem nenhum constrangimento.
Irão para a rua: Eduardo Cunha, José Dirceu e, e claro, Lula.
Lula, Lula, Lula…
O Brasil parece fadado a voltar ao passado.
Mais um 7x 1.
E o derrotado pode não ser apenas o combate à corrupção.
O passado do Brasil ameaça ainda os avanços econômicos recentes — e os que estão em construção pelo atual governo.
Isso pode incluir reforma da Previdência, privatizações, responsabilidade fiscal, redução do estado etc.
Veja o que o repórter Caio Junqueira apurou sobre os movimentos de bastidores do condenado por corrupção e lavagem de dinheiro que deverá ganhar as ruas e palanques novamente:
Ciente de que está prestes a deixar a prisão, o ex-presidente já traça as diretrizes para liderar a oposição a partir de sua saída. Em recente conversa com correligionários, disse que pretende comandar o campo político adversário do presidente Jair Bolsonaro tendo por foco o desemprego e a política econômica liberal que, segundo ele, ameaça “a soberania nacional”…
É o mesmo discurso carcomido e atrasado, mas que, infelizmente, ainda deve encontrar eco em parte da sociedade.
A reportagem é leitura obrigatória.
Lula na rua já é bem mais do que uma hipótese remota agora.
É quase uma certeza.
É o passado rondando um país para arrastá-lo… para o passado novamente, claro.

Em O Antagonista, você tem mais informações