Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Durante o
governo Bolsonaro, sempre que surgia a necessidade de conter as
despesas dentro dos limites da responsabilidade fiscal, a solução vinha
do corte de verbas orçamentárias.
Amigo leitor,
dê uma pesquisada no Google e verá o modo como isso era tratado pelos
meios de comunicação, pelos setores atingidos e pela militância
estudantil (quando a tesoura passava perto dos sensores nervosos da
moçada).
Ali estava servido o prato cheio para o trabalho de intriga e
maledicência a que esse tipo de agente político se dedica de modo
implacável.
Pois eis que o
governo Lula cortou verbas orçamentárias do MEC! Foram R$ 332 milhões
atingindo a totalidade dos recursos para o desenvolvimento da
Alfabetização, segundo levantamento da Associação Contas Abertas com
dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop). A tesoura
também pegou a compra de veículos para transporte escolar e bolsas de
pesquisa no ensino superior. Silêncio!
Pelo mesmo
motivo – ajustar as despesas às disponibilidades do Tesouro – o governo
cortou R$ 262 milhões do Auxílio Gás.
Você provavelmente não sabe o que
significa esse auxílio no orçamento das famílias mais pobres, às quais
Lula da campanha eleitoral acenou com três refeições diárias, picanha e
cervejinha.
Como serão preparadas essas refeições sem gás? E mesmo
assim, silêncio.
Por outro
lado, em tempos de corte na educação, na pesquisa, no transporte
escolar, no gás de cozinha, o dinheiro para emendas parlamentares, em
cifras bilionárias, tem tratamento privilegiado.
O Brasil
tornou-se o país do silêncio medroso e do silêncio cúmplice.O primeiro
imposto a cadeia, multa e tornozeleira, e o segundo comprado mediante
favorecimentos incompatíveis com a propalada responsabilidade fiscal.
Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org,
colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A
Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia
Rio-Grandense de Letras.
O chefe do PT nem esperou o dia da posse para confirmar a opção pelo passado
Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de entrega do relatório
final da transição de governo e anúncio de novos ministros | Foto:
Marcelo Camargo/Agência Brasil
“É a primeira vez que um presidente da República começa a governar antes da posse”, vangloriou-se Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 22 de dezembro, ao receber o “Relatório Final do Gabinete de Transição”, um monumento ao besteirol erguido por quase mil devotos da seita que tem como único deus um delinquentedescondenado pelo Supremo Tribunal Federal.
Incumbida de recensear os mais graves problemas do país, e sugerir soluções para todos, a legião de gênios da raça concluiu que o Lula modelo 2023 terá de reprisar o milagre que operou há 20 anos: mesmo emparedado pelo desastroso legado do sucessor, o enviado da Divina Providência saberá salvar a pátria em perigo.
Tal façanha vai garantir-lhe uma nota 10 com louvor no Juízo Final, além da admiração que merece o único estadista do mundo que não aprendeu a escrever nem leu sequer uma orelha de livro por achar que isso é pior que exercício em esteira.
A senha para a conversa fiada foi recitada por Geraldo Alckmin, o vice-presidente eleito. Nascido e criado no ninho do PSDB, essa intrigante espécie de tucano demorou meio século para ver a luz. Era carola juramentado desde os 20 e poucos anos quando, perto dos 70, virou socialista, conseguiu tornar-se reserva do maior inimigo e gostou tanto do parceiro que o acompanhou de cócoras no caminho de volta à cena do crime. Entre um “Viva Lula” berrado no palanque e um “Lula é um gênio” sussurrado no almoço da família, Alckmin reza até em latim para que não haja inversões de posição na fila baseada em critérios biológicos.
Era alguns anos mais novo que Mário Covas quando a morte do titular transformou o insosso vice em governador de São Paulo. É sete anos menos idoso que Lula. Enquanto espera, aprende a letra de hinos esquerdistas e bajula o dono do cargo que cobiça.
No palavrório que precedeu o sermão do chefe, Alckmin jurou que Lula vai lidar com uma “herança perversa” — ainda mais assustadora que a outra. Menos de um ano em péssima companhia bastou-lhe para aprender a mentir sem ficar ruborizado(e sem temer estágios no purgatório).
Ele sabe que a “herança maldita” atribuída a Fernando Henrique Cardoso nunca existiu: em janeiro de 2003, caiu no colo de Lula um país com a inflação sob controle, modernizado pelo início da privatização de mamutes estatais e vigiado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Alckmin também sabe que o Brasil deste fim de dezembro é infinitamente melhor que a terra em decomposição e assolada pelo desgoverno de Dilma Rousseff.
Mas foi com voz de quem acabou de comungar que acionou o sinal verde para que Lula responsabilizasse Jair Bolsonaro por todos os males da nação, passados, presentes e futuros.
“O resultado é uma fotografia contundente da situação dos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública Federal”, falseia o documento fabricado por doutores em arrogância.“Ela mostra a herança socialmente perversa e politicamente antidemocrática deixada pelo governo Bolsonaro, principalmente para os mais pobres. A desconstrução institucional, o desmonte do Estado e a desorganização das políticas públicas são fenômenos profundos e generalizados, com impactos em áreas essenciais para a vida das pessoas e os rumos do país.” Fica combinado, portanto, que Lula tomou posse mais cedo para trazer de volta à vida (e esbanjando saúde) um Brasil sepultado em cova rasa.
Não para aprovar ainda neste ano, com o aval dos presidentes da Câmara, do Senado e do TSE, a PEC da Gastança, o estupro do teto de gastos, a chicana que fingiu acabar com o Orçamento secreto que segue em vigor e o loteamento do ministério, fora o resto. Eleito pela coligação que juntou o PT, os demais partidos esquerdistas, democratas de galinheiro, superjuízes do STF e iluminados do TSE, o criminoso sem remédio age com a tranquilidade dos condenados à perpétua impunidade. Cadeia é coisa para os outros.
E 500 dias de gaiola não melhoram ninguém, atesta o comportamento de um Lula mais Lula do que nunca. É ele quem tudo decide, da nomeação de ministros ao tratamento reservado a convertidos e aliados de ocasião. [o presidente eleito exige dos que recebem suas benesses, a servileza e a falta de dignidade como principais requisitos = servir em um eventual governo do apedeuta eleito é aceitar a postura de joelhos ou de quatro como as mais adequadas e habituais.] Como os Bourbon, não esquece nada e nada aprende.Continuam sangrando na memória feridas abertas por constatações feitas por quem vê as coisas como as coisas são. Na mesma quinta-feira em que Alckmin voltou a louvá-lo, por exemplo, Lula castigou o vice com o rebaixamento a ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Teria sido um acúmulo de funções se o vice tivesse alguma função além de torcer, acampado no Palácio Jaburu, para que o pior aconteça — ao outro.
Se ocupasse o mesmo cargo na Argentina ou nos Estados Unidos,países em que o vice-presidente comanda o Senado, Alckmin estaria agora mais poderoso. Aqui, o número 2 é indemissível, mas qualquer ministro pode ser despejado do gabinete pelo chefe de governo. É o que ocorrerá caso Alckmin infrinja o Manual do Companheiro.
O espetáculo da sabujice não cancela as acusações do aliado recentíssimo ao comandante do maior esquema corrupto da história.
Se tivesse aprendido a assimilar tais agravos, Lula seria mais gentil com Simone Tebet e Marina Silva, que fizeram o L no segundo turno.
Simone sonhou com o ministério que cuida do Bolsa Família até saber que aquilo não está disponível.
Marina ainda caprichava na pose de ministra do Meio Ambiente até que alguém fez a advertência: tanta demora no convite é mau sinal.
As duas enfim se deram conta de que é pecado capital admitir que Lula mereceu a temporada na gaiola.
O relatório da turma da transição avisa que o PT segue algemado a fórmulas grisalhas — e insiste em percorrer caminhos que apressam a chegada ao penhasco.
Cinco páginas do documento tentam justificar o estupro do teto de gastos. Outras seis são consumidas no esforço para demonstrar que tudo vai melhorar se os 23 ministérios virarem 37.
Um latifúndio de 46 páginas detalha a “herança perversa” debitada na conta de Bolsonaro.
Em seguida, aparece uma amostra do que os participantes do levantamento batizaram de “revogaço”. Os redatores incluem entre os condenados à morte “oito Decretos e uma Portaria Interministerial que incentivam a multiplicação descontrolada das armas no Brasil, sem fiscalização rigorosa e adequada”. Também é recomendada “a revisão da lista de empresas que se encontram em etapas preparatórias e ainda não concluídas de processos de desestatização, como os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC)”.
É compreensível que a promoção de Aloizio Mercadante a presidente do banco tenha excitado fregueses castigados por quatro anos de abstinência
Um redator conciso resumiria em uma frase o palavroso conteúdo do relatório: o programa do governo Lula é revogar as medidas aprovadas por Jair Bolsonaro, ressuscitar as que foram sepultadas e dizer ou fazer o contrário do que ele disse ou fez.
Os preparativos para a ofensiva do atraso vêm revelando os alvos preferenciais.
A vanguarda do primitivismo quer o fim da autonomia do Banco Central, a interrupção das privatizações, a ressurreição do imposto sindical, a engorda do funcionalismo público com o preenchimento das 25 mil vagas que a revolução digital tornou desnecessárias, o desarmamento da população atormentada pela ampliação do arsenal da bandidagem, a redução dos juros e outras velharias há tempos banidas por governantes modernos.
O revogaço se amplia a cada indicação para o ministério. Nomeado ministro da Justiça, o senador Flávio Dino mostrou que, embora se tenha filiado ao PSB, o coração permanece no Partido Comunista do Brasil. “Pedir S.O.S. Forças Armadas é crime”, rosnou, indignado com os incontáveis brasileiros que continuam a manifestar-se diante de instalações militares.
Dino nem sabe direito o tamanho da fatia que o Orçamento lhe reserva, mas já comunicou que vai contemplar com mais dinheiro Estados governados por gente disposta a desarmar a população e instalar câmeras nos uniformes da PM.
Incansável caçador de cargos públicos, Márcio França foi premiado com o Ministério de Portos e Aeroportos. Talvez por ter sido prefeito de São Vicente, ali perto, o candidato do PSB derrotado na disputa da vaga de senador por São Paulo reivindicou como brinde o controle do Porto de Santos. Durante o governo Bolsonaro, o velho porto deixou de ser um ancoradouro de corruptos e narcotraficantes para transformar-se num exemplo de sucesso administrativo e político.
Já a caminho da concessão, corre agora o risco de cair nas mãos de França.
Dirigentes do PT e das siglas que orbitam ao redor do partido mais poderoso acham que em time que está ganhando é que se deve mexer.
Outros indicados nem precisam de entrevistas para que se preveja o que vem por aí. Todo brasileiro com mais de dez neurônios sabe que esses farão o que fizeram no verão passado — e também na primavera, no outono e no inverno.
O chanceler Mauro Vieira, de volta ao Ministério das Relações Exteriores que chefiou no governo Dilma Rousseff, retomará a política externa da canalhice aperfeiçoada por Celso Amorim.
Enquanto essa obscenidade vigorou, o Brasil invariavelmente escolheu o lado errado. Ditadores assassinos, populistas gatunos, escroques repulsivos — tudo o que há de pior na escória internacional — foram favorecidos pela polidez da cúpula do Itamaraty e pela prodigalidade criminosa dos figurões do BNDES.
É compreensível que a promoção de Aloizio Mercadante a presidente do banco tenha excitado fregueses castigados por quatro anos de abstinência. O argentino Alberto Fernández já informou que conta com generosidade do BNDES para a retomada de obras financiadas com dinheiro brasileiro, a juros de pai para filho.
E a hondurenha Xiomara Castro avisou que pegará dinheiro emprestado no dia da posse de Lula.
Para acomodar Aloizio Mercadante no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Lula tenta alterar a Lei das Estatais. A ideia é, entre outros equívocos, reduzir de três anos para 30 dias a quarentena de quem atuou em campanha eleitoral para assumir cargo de administrador ou conselheiro de empresa pública ou sociedade econômica mista.
Criada depois dos escândalos descobertos na Operação Lava Jato, a Lei das Estatais tinha como objetivo interromper o loteamento político dessas empresas. Assim, além da quarentena, foram estipulados requisitos mínimos de experiência e de competência para o preenchimento desses cargos. Sem a Lei, o PT está com o acesso livre aos cofres dessas empresas e a centenas de cargos públicos. Uma reportagem do Estadão de 16 de dezembro deste ano mostrou que o afrouxamento dessa lei criaria uma brecha para 587 indicações, com salários que vão de R$ 214 mil anuais (Companhia Docas do Rio Grande do Norte) a R$ 3 milhões anuais (Petrobras).
Lula também herdará pela primeira vez empresas públicas altamente lucrativas.No ano passado, por exemplo, o resultado líquido dessas companhias fechou próximo de R$ 190 bilhões, 40 vezes mais que os R$ 5 bilhões de 2016 — e cerca de R$ 230 bilhões a mais que o prejuízo de R$ 32 bilhões registrado em 2015.
Outro exemplo de sucesso que corre o risco de ser revogado por Lula é o Novo Marco Legal do Saneamento, aprovado em julho de 2020. Na época, 35 milhões de brasileiros não tinham acesso à água potável e 46% da população não dispunham dos serviços de coleta de esgoto — sendo que dois terços de seres humanos no país não sabiam o que era ter esgoto tratado em casa.
O principal objetivo do Novo Marco é promover a universalização dos serviços, garantindo que 99% da população tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto até dezembro de 2033. Pelas regras sugeridas, não apenas as empresas públicas, mas também as privadas podem participar dos processos licitatórios para oferecer seus serviços a Estados e municípios.
Um dos leilões de maior sucesso foi realizado em Alagoas, então governada por Renan Filho, primogênito de Renan Calheiros. Eleito senador, Renan Filho vai compor a base aliada de Lula.
Só o leilão de Alagoas rendeu ao governo R$ 1,6 bilhão. A expectativa de investimento total é de mais R$ 2,9 bilhões ao longo dos 35 anos de contrato para levar água potável e tratamento de esgoto a regiões do semiárido alagoano.
“O êxito no leilão de hoje, que levantou R$ 4,5 bilhões (somando investimentos e outorga), é o resultado de uma agenda que vai transformar Alagoas em uma terra melhor, primeiramente, para quem vive lá e para quem nos visita”,afirmou na época Renan Filho. “O valor acrescentado ao leilão é muito significativo se considerarmos, especialmente, um PIB anual entre R$ 55 bilhões e R$ 60 bilhões.” Procurado pela reportagem para comentar o retrocesso, sua assessoria de imprensa não respondeu às mensagens. [comentário: os primeiros nomes do futuro governo do presidente eleito são tão fantásticos na comprovada eficiência em destruir qualquer governo, que até os membros de Prontidão Total - todos com o compromisso inalienável de fazer tudo que a legalidade permitir para levar ao fracasso um eventual futuro governo do presidente eleito, abreviando sua duração seja pela renúncia do 'demiurgo de Garanhuns' ou pelo seu impeachment e prisão - não seriam tão eficientes na escolha da equipe que vai abater o apedeuta eleito.]
Com todas essas decisões e ameaças, o Brasil avança em alta velocidade rumo ao atraso. O governo Lula acredita que é possível ganhar uma guerra com sucessivas retiradas.
Se a intenção de Fernando Haddad era aplacar a resistência da Faria Lima a seu nome no campo da economia, o almoço desta sexta-feira na Febraban não
funcionou. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa,ampliou sua queda
após as falas do petista, recuando de quase 112 mil pontos para perto
de 109 mil.
O mercado reage ao que banqueiros classificam de discurso vago,que não
contribuiu para reduzir as desconfianças dos
investidores com relação a Haddad. Com o pregão mais curto em Nova York
um dia após o feriado de Ação de Graças, na quinta-feira, atribui-se ao
almoço de Haddad a principal influência[negativa.] no mercado brasileiro hoje.
— Ele não tocou em aspectos importantes, como a responsabilidade
fiscal. O que existe hoje é uma proposta que traz um gasto de R$ 200
bilhões e que não diz de onde virão esses recursos. Era necessário ser
bastante claro sobre isso. Por isso que o mercado esticou a queda —
afirmou um ex-diretor do Banco Central.
Já o CEO de um banco chamou atenção para a ausência de menção a controle fiscal:— Ele está sendo relativamente neutro. Não está falando em redução de
gastos e, sim, em qualidade do gasto. É coerente com o que ele tem dito,
o que não é bom.
Um dos principais sócios de um banco da Faria Lima que esteve no almoço
classificou as declarações de Haddad de “superficiais”. — O Haddad é uma boa pessoa e é bem intencionado, ninguém discorda
disso. Só que o que ele disse foi muito superficial. Se ele atrair o
cirurgião-chefe certo e uma equipe médica de primeira, o paciente sai
bem e vai se recuperar. Se ficar com ele e com a equipe do PT, o
paciente vai ficar refém de uma quimioterapia cada vez maior. Estou
falando de taxa de juros, um remédio que derruba, mas que é vital —
Já o presidente de uma gestora internacional no Brasil resumiu: — Foi uma fala “xuxu”. Não trouxe nada de concreto em termos de
propostas. Alguns gostaram da questão da reforma tributária como
prioridade, mas é preciso entender melhor o que significa maior
eficiência nas despesas.
Petista relativiza responsabilidade fiscal, critica a distribuição de dividendos pela Petrobras e privatizações e reforça a prioridade em gastos sociais[já estão se borrando? pensem bem e aceitem que vai piorar - por enquanto ele é apenas o eleito, imagine quando empossado;
O presidente eleito Lula, em visita ao CCBB, sede da transição de governo // YouTube/Reprodução
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fez um longo, duro e confuso discurso na manhã desta quinta-feira, 10, em Brasília, ao chegar ao CCBB, sede da transição de governo, no qual disparou mensagens em tom de conciliação enquanto atacava o mercado financeiro e coisas caras ao setor, como o teto de gastos e as privatizações. Também acenou aos mais pobres prometendo prioridade na retomada de políticas sociais.
Na esteira de um discurso maniqueísta, no qual colocou o tempo todo como excludentes as preocupações sociais e a responsabilidade fiscal, o discurso teve impacto negativo nos indicadores do mercado, como o Ibovespa, que caiu durante o pronunciamento, e o dólar, que subiu.
Lula criticou a distribuição de dividendos pela Petrobras aos acionistas, lembrando que a estatal já distribuiu mais de 150 bilhões de dólares durante o atual governo. “E nesta semana inventaram a distribuição de mais de 50 bilhões de dólares de um possível lucro futuro. Sabe qual é a ideia? É esvaziar o caixa da Petrobras para que nós não possamos fazer investimentos”, disse.
Também atacou quem defende o teto de gastos e o que chamou de“regra de ouro” que o mercado quer impor ao governo. Segundo ele, a “regra de ouro” de sua gestão será garantir comida aos mais pobres, em especial às crianças. “Essa é a nossa regra de ouro”, disse. E voltou a atacar o mercado. “A coisa mais barata no Brasil é cuidar dos pobres. A coisa mais cara é garantir ao sistema financeiro receber o que o estado lhe deve’, disse. E acrescentou que “muitas coisas que são consideradas gastos nesse país nós vamos passar a considerar investimentos”, voltando a falar dos programas sociais.
Lula também criticou o agronegócio que se colocou contra a sua candidatura (“Eu quero saber qual é a bronca”, disse), as Forças Armadas(por terem feito um relatório “equivocado” sobre o processo de votação) e a Operação Lava Jato, voltando a lembrar que a investigação foi instrumentalizada para tirá-lo do processo eleitoral em 2018.
Por outro lado, Lula também fez vários acenos à conciliação política, dizendo que irá conversar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com os parlamentares do Centrão, que hoje apoiam Bolsonaro. “Vamos conversar com o Congresso Nacional, porque o Congresso Nacional tem todos os defeitos que cada um de nós quer que ele tenha, mas esse país já foi muito pior quando a gente não tinha o Congresso Nacional, quando ele tinha sido fechado”, disse. “É melhor um debate caliente, um debate nervoso das divergências do que o silêncio profundo do medo das baionetas que esse país já experimentou”, completou.
E criticou quem estava nas ruas pedindo a volta da ditadura militar em razão da sua vitória. “Voltem para casa, não sejam violentos com crianças, não sejam violentos com quem pensa diferente de vocês, vamos respeitar quem não pensa como a gente”, disse. “Eu só peço às pessoas que respeitem o resultado eleitoral, porque vencemos as eleições e vamos precisar recuperar esse país”, afirmou.[mais uma vez o descondenado eleito mente - quando diz que as pessoas nas ruas estão pedindo à volta da ditadura militar.]
No final, defendeu que a população, em razão da Copa do Mundo, volte a usar o verde-amarelo, as cores nacionais que foram cooptadas pelo bolsonarismo nos últimos anos. “Vamos resgatar o verde-amarelo, que não é de um partido. Vocês vão me ver com a camisa verde-amarela. Só que a minha vai ter o número 13”, disse.
“A preocupação de Bolsonaro era acabar com os boatos de
que Paulo Guedes estaria desembarcando da equipe, em razão das
divergências com os militares”
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),jogou um
balde de água fria nas articulações para dar inícioa um processo de
impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o que depende dele. Uma de
suas atribuições é aceitar ou arquivar, monocraticamente, os pedidos de
impeachment. “Processos de impeachment e possibilidade de CPIs precisam
ser pensadas e refletidas com muito cuidado. Acredito que o papel da
Câmara dos Deputados neste momento, nos próximos dias, é que a gente
volte a debater, de forma específica, a questão do enfrentamento ao
coronavírus”, afirmou, em entrevista coletiva na Câmara. Nesta semana,
acaba o seu prazo de 10 dias para informar ao ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Celso de Mello sobre os pedidos que já chegaram à
Câmara, que acusam Bolsonaro de crime de responsabilidade, tanto na
demissão de Moro como na postura diante da epidemia de coronavírus. A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar as
denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre tentativas de
interferências indevidas de Bolsonaro na Polícia Federal (PF) está no
telhado. Segundo o ex-ministro, Bolsonaro queria informações sobre
inquéritos policiais e relatórios de inteligência, o que não foi aceito
pelo ex-juiz da Lava-Jato, que se demitiu da pasta fazendo muito
barulho. Nos bastidores da Câmara, a coleta de assinaturas para a
instalação da CPMI já foi iniciada, mas há resistências de parte do
Centrão e dos deputados bolsonaristas. Maia mantém distância
regulamentar da mobilização, não quer tomar partido. Bolsonaro, ontem, também tratou de esvaziar a crise. Continua
decidido a nomear o delegado Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência
Brasileira de Informações (Abin), para a diretoria-geral da Polícia
Federal, no lugar de Maurício Valeixo, que foi exonerado à revelia de
Moro. Entretanto, a indicação do ministro Jorge Oliveira,
secretário-geral da Presidência, para o cargo de ministro da Justiça
também estava no telhado. A mobilização contra as duas indicações,
devido a ligações pessoais de ambos com os filhos do presidente da
República, parece ter levado Bolsonaro a avaliar melhor a situação.
Oliveira também estaria reticente sobre mudar de posto. Não será
surpresa se Bolsonaro indicar outro nome para a pasta, com maior
trânsito junto aos tribunais superiores, no caso o ministro André
Mendonça, da Advocacia-geral da União (AGU) A preocupação de Bolsonaro era acabar com os boatos de que o ministro
da Economia, Paulo Guedes, estaria desembarcando da equipe, em razão
das divergências com os militares do Palácio do Planalto, que
apresentaram um plano de retomada da economia que não passou por seu
crivo. Em entrevista coletiva, Bolsonaro garantiu que Guedes continua
dando a linha da política econômica para todo o governo. “Acabei mais
uma reunião, aqui, tratando de economia. E o homem que decide a economia
no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá
recomendações e o que nós realmente devemos seguir”, disse. Centrão
Ao lado de Bolsonaro, Guedes afirmou que o governo segue firme em sua
política econômica de responsabilidade fiscal e garantiu que os gastos
públicos extraordinários feitos em decorrência da crise do coronavírus
são uma “exceção” na condução da política econômica. “Queremos reafirmar
a todos que acreditam na política econômica que ela segue, é a mesma
política econômica”, ressaltou Guedes. Estavam na entrevista o ministro
da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, um dos autores do Plano
Pró-Brasil; o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que
muitos veem como alternativa para a Economia, e a ministra da
Agricultura, Tereza Cristina, que sofre um ataque especulativo da ala
ideológica do governo e dos ruralistas ligados ao Centrão, que a acusam
de ser aliada da China. As negociações para articular uma base mais robusta para Bolsonaro, a
cargo do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, vão de
vento em popa. Roberto Jefferson (PTB), Valdemar da Costa Neto (PR),
Ciro Nogueira (PP) e Gilberto Kassab (PSD), os caciques do Centrão,
querem garantir a presidência da Câmara, na sucessão de Rodrigo Maia
(DEM-RJ), para o deputado Arthur Lira (PP-AL), com apoio do Palácio do
Planalto. O Banco do Nordeste, a Funasa, o DNOS, o FNDE e o Porto de
Santos estão no balaio do “é dando que se recebe”, mas Kassab pleiteia
também o Ministério da Agricultura. Em troca, Bolsonaro estaria blindado
contra qualquer tentativa de impeachment. Ou seja, a operação política do Palácio do Planalto avançou no
Congresso, amainando a crise política. A postura cautelosa de Rodrigo
Maia e o silêncio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que
estão jogando juntos, refletem isso. Em contraste com a calmaria
política, porém, a epidemia de coronavírus avança, com o ministro da
Saúde, Nelson Teich, ainda “estudando os dados” de sua propagação,
enquanto o novo secretário executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, critica a imprensa(que não levaria em conta a diversidade do país) e
fala em “planejamento centralizado” num sistema tripartite — União,
estados e municípios —, onde qualquer planejamento bem-sucedido precisa
ser situacional e participativo.Já são 4.543 mortes,338 mortes a mais
do que no domingo, com 66.501 casos confirmados, ou seja, 4.613 casos a
mais. Foram mais 1.802 mortes em apenas uma semana, e o general reclama
da imprensa porque noticia o avanço da epidemia. Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo,jornalista - Correio Braziliense
A versão de Bia Kicis sobre o caso de Marielle Franco é a seguinte: “Com a denúncia de que Lula mandou matar Celso Daniel, a Orcrim sacou essa
falsa acusação contra Jair Bolsonaro. O fato de Lula, além de mega corrupto, alcoólatra, psicopata e ladrão, ser
também um assassino frio e calculista, pode dificultar a sua soltura pelo STF.”
Nada pode dificultar a soltura de Lula pelo STF.
O NOVO 7 x 1
BRASILEIRO
O combate à
corrupção pode não ser o único derrotado com decisão do STF. Os avanços
econômicos serão ameaçados
Caro leitor,
Será um novo 7 x 1.
O placar parcial de 4 x 3 já indica que o Supremo
Tribunal Federal deverá impedir as prisões de condenados em segunda instância.
Reportagem de Caio Junqueira, na Crusoé,
explica por que a decisão do Supremo, a se confirmar, vai ser o novo 7 x 1
nacional.
O título: “É UM ESCÁRNIO!”
A apuração explica do que se trata:
…já é possível concluir que um dos mais
importantes instrumentos de combate à corrupção do país será derrubado pela
corte. Foi com a prisão imediata após o veredicto em segunda instância
autorizada pelo mesmo STF em 2016 que a Operação Lava Jato pôde se tornar um
dos maiores exemplos de combate à corrupção do mundo. Corruptos e corruptores
poderosos passaram a ir para a cadeia. Outros, por temer a possibilidade,
concordaram em fazer delações premiadas sem as quais talvez jamais o país
conheceria as profundezas de esquemas bilionários montados para saquear
dinheiro público. Muitos desses esquemas estavam blindados graças, exatamente, à
cultura de impunidade patrocinada pelo Judiciário. Com dinheiro em mãos, os
envolvidos podiam contratar os criminalistas mais caros do país que, com acesso
direto às cortes superiores, conseguiam adiar condenações indefinidamente. Com
o novo entendimento do Supremo (…), o velho status muito provavelmente será
retomado…
Se a mudança de jurisprudência se confirmar no
STF, 38 condenados pela Lava Jato que cumprem pena em regime aberto, fechado ou
usam tornozeleira eletrônica ganharão liberdade, sem nenhum constrangimento.
Irão para a rua: Eduardo Cunha, José Dirceu e, e
claro, Lula.
Lula, Lula, Lula…
O Brasil parece fadado a voltar ao
passado.
Mais um 7x 1.
E o derrotado pode não ser apenas o combate à
corrupção.
O passado do Brasil ameaça ainda os
avanços econômicos recentes — e os que estão em construção pelo atual governo.
Isso pode incluir reforma da Previdência,
privatizações, responsabilidade fiscal, redução do estado etc.
Veja o que o repórter Caio Junqueira
apurou sobre os movimentos de bastidores do condenado por corrupção e lavagem
de dinheiro que deverá ganhar as ruas e palanques novamente:
Ciente de que está prestes a deixar a prisão, o
ex-presidente já traça as diretrizes para liderar a oposição a partir de sua
saída. Em recente conversa com correligionários, disse que pretende comandar o
campo político adversário do presidente Jair Bolsonaro tendo por foco o
desemprego e a política econômica liberal que, segundo ele, ameaça “a soberania
nacional”…
É o mesmo discurso carcomido e atrasado, mas
que, infelizmente, ainda deve encontrar eco em parte da sociedade.
A reportagem é leitura obrigatória.
Lula na rua já é bem mais do que uma hipótese
remota agora.
É quase uma certeza.
É o passado rondando um país para
arrastá-lo… para o passado novamente, claro.
A atmosfera eleitoral já havia produzido uma fenda nas relações do
presidente da Câmara Rodrigo Maia com Michel Temer. Desde quarta-feira
passada, quando Maia liderou a aprovação de um artigo que zerou a
alíquota do PIS e da Cofins sobre o diesel, a fenda tornou-se um abismo.
Para Temer e seus auxiliares, Maia patrocinou uma gambiarra canhestra,
pois desconsiderou que a novidade abre um buraco de R$ 12,5 bilhõesnas
contas públicas. Pelo menos um operador do presidente disse que Maia
conspira para derrubar Temer. O raciocínio foi ecoado pelo presidente do
Senado Eunício Oliveira num diálogo privado. Nessa versão, Maia
tramaria contra Temer porque quando um presidente sem vice afunda, o
comandante da Câmara ascende por gravidade.
Em conversa com oblog, Maia fez um desabafo. “O
problema deles não sou eu, mas a impopularidade do presidente. O
problema do governo são os 86% de brasileiros que avaliam o Michel de
formal terminal. Essa é que a verdade”, declarou Maia.[um conselho para o ex-quase futuro presidente - lembrando que se conselho fosse bom seria consultoria, devidamente cobrado: deputado, Vossa Excelência deveria parar de se preocupar com a popularidade ou impopularidade do presidente Temer - seu desejo de ser presidente interino por alguns meses até que é compreensível, mas, inexequível. O nosso conselho é que Vossa Excelência se preocupe com a sua popularidade (ou falta de) e cuide de melhorar sua votação para ser reeleito deputado pelo Rio (na última eleição o senhor obteve pouco mais de 50.000 votos.]Ele se referia ao
percentual de eleitores que disseram ao Datafolha, em pesquisa
divulgada no mês passado, que não votariam num presidenciável indicado
por Temer. Candidato ao Planalto pelo DEM, Maia avalia que o Planalto
não tem razões para cobrar-lhe lealdade. Recorda que teve a oportunidade
de prejudicar Temer durante a tramitação na Câmara das duas denúncias
da Procuradoria contra o presidente. Portou-se com “isenção”. Recusa-se a
responder às provocações de Marun, ex-general das tropas de Eduardo
Cunha. “Presido a Câmara, um Poder independente”, limita-se a dizer.
A
isenção do PIS e da Cofins cobrados sobre o diesel é uma das principais
reivindicações dos caminhoneiros que atravancam as rodovias em todo
país há seis dias. A Câmara enfiou o refresco dentro da proposta de
reoneração da folha salarial das empresas. Alegou-se que o dinheiro que o
governo coletará com a volta da tributação da folha praticamente
compensaria a cifra que deixará de ser arrecadada no diesel. Enviado à
Câmara no dia da votação, Marun alertou que o prejuízo seria de R$ 12,5
bilhões, não de R$ 3 bilhões, como estimara a assessoria da Câmara. Os
deputados deram de ombros. Maia reconheceria no dia seguinte que o
cálculo da Câmara estava errado. O deputado ainda não adotou o número
trombeteado por Marun. Mas admite que a frustração na arrecadação será
pelo menos três vezes maior do que o valor que a Câmara havia estimado.
Coisa de R$ 9 bilhões. Ainda assim, Maia continua defendendo o fim da
cobrança do PIS e da Cofins sobre o diesel como melhor alternativa para
recolocar os caminhões em movimento. Aprovada na Câmara, a proposta
seguiu para o Senado. Ali, Eunício Oliveira passou a ecoar as
ponderações do Planalto. Ele fala em “responsabilidade fiscal” e critica
o “protagonismo” de Maia.
Eunício alega ter sido surpreendido por
Maia. Sustenta que havia combinado com o presidente da Câmara que a
reoneração da folha das empresas seria usada pelo governo para zerar a
Cide, abreviatura de outro tributo que incide sobre o diesel. O diabo é
que, zerando-se apenas a Cide, o desconto no preço do diesel seria de
irrisórios R$ 0,05. Repetindo: cinco centavos. Algo que os caminhoneiros
sublevados acharam risível. Daí a decisão dos deputados de incluir na
proposta de reoneração da folha salarial a isenção do PIS e da Cofins
sobre o diesel. “Isso gerou uma despesa extra, não prevista no
Orçamento, de R$ 17 bilhões”, contabilizou o presidente da Câmara. “Mas
ninguém atacou o Eunício. Eles preferem me acusar de ter criado R$ 6
bilhões de despesa adicional (na conta de Maia, o prejuízo com a isenção
do PIS-Cofins, estimado por ele em R$ 9 bilhões, seria parcialmente
compensado pelos R$ 3 bilhões que devem ser coletados com a volta da
tributação sobre a falha salarial as empresas.).” De resto, Maia diz que
o expurgo dos tributos que incidem sobre o diesel atenderia à principal
demanda dos caminhoneiros.
O governo ofereceu no acordo que
negociou com os caminhoneiros uma proposta alternativa. Prevê o
congelamento do preço do diesel por 30 dias e a oferta de um subsídio de
R$ 5 bilhões para suavizar os reajustes do combustível até o final do
ano. Nessa fórmula, o Tesouro Nacional faria o ressarcimento à Petrobras
da diferença entre o reajuste real do diesel e o valor camarada cobrado
da clientela. Maia não enxerga senão desvantagens nessa solução.
Sustenta que, além da ''intromissão'' do governo na Petrobras, não há
garantias de que o subsídio custará R$ 5 bilhões, pois o governo não tem
controle sobre a cotação internacional do petróleo nem sobre a variação
do dólar. “Pode custar R$ 15 bilhões em vez de R$ 5 bilhões.” Rodrigo
Maia prossegue: “É preciso levar em conta que PIS e Cofins são tributos
regulatórios. Quando o preço do petróleo sobe, o governo tem que
reduzir esses impostos. Eles dobraram a alíquota do PIS-Cofins no ano
passado, elevando a arrecadação para R$ 20 bilhões. Foram para cima do
povão. Não prejudicou apenas os caminhoneiros, que utilizam diesel.
Foram prejudicados todos os trabalhadores que utilizam veículos movidos a
gasolina e álcool.”
O deputado presidente da Câmara avalia que o
governo não terá dificuldades para providenciar recursos capazes de
compensar o alívio tributário do diesel. Estima que a União deve
arrecadar “até R$ 14 bilhões de bônus e participação especial”, como é
chamada a compensação financeira devida pelas concessionárias de
exploração de petróleo e gás natural. Para Maia, a cifra deve ser
“devolvida à sociedade.” Ele arremata: “O governo ainda não entendeu que
o Brasil saiu da recessão, mas os brasileiros não.”