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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Querem proibir a África de combater o homossexualismo; querer impedir o combate aos homossexuais é pretender que menos de 5% se imponham sobre mais de 95%



A homossexualidade é o novo apartheid de África, denunciam cientistas
Relatório da Academia de Ciências da África do Sul faz pedagogia para os políticos do continente, onde esta forma de sexualidade é proibida em 37 países.

África e o Médio Oriente são as regiões do mundo mais hostis à homossexualidade, onde a atração sexual pelo mesmo sexo pode ser punida pela morte. Mas no continente africano, sobretudo, tem-se verificado uma tendência crescente para a criminalização dos homossexuais, com uma argumentação que se baseia na condenação de comportamentos “não naturais", que fazem lembrar os que, noutro contexto, foram usados para justificar a separação das raças do apartheid, escrevem os autores de um relatório da Academia de Ciências da África do Sul.
(...)
Os seus destinatários são os políticos de países como o Uganda, a Nigéria, ou a Gâmbia, que foram protagonistas da tendência crescente verificada nos últimos seis a sete anos em vários países africanos para aprovar novas leis que criminalizem a homossexualidade, ou para o reforço da aplicação da legislação já existente. Criando fronteiras e linhas vermelhas como outrora se criaram leis contra casamentos entre pessoas de cores diferentes, considerando que o sexo entre “raças” diferentes não é natural e seria um perigo para a saúde pública – e, logo, um crime contra natura, explicam os autores do relatório.

Por exemplo, que a homossexualidade “é socialmente contagiosa”. É através desta “recruta” que a homossexualidade se reproduz, uma vez que não tem bases inatas ou biológicas. Uma das formas mais eficazes de recrutar novos homossexuais é captar crianças e adolescentes – por isso são precisas leis severas para salvaguardar as crianças e proteger as famílias. E como a homossexualidade não é “natural”, não tem uma base biológica, os atos sexuais com pessoas do mesmo sexo representam perigos para a sua saúde, tanto para aqueles que participam nesses atos como para a comunidade em geral. Portanto, novas proibições vão melhorar a saúde pública.




terça-feira, 28 de abril de 2015

Brasileiro e mais sete traficantes condenados à morte são executados na Indonésia. Restam 130 no corredor da morte, o que garante novas e didáticas execuções



Indonésia executa brasileiro condenado por tráfico de drogas, diz jornal
Encontro de familiares precedeu fuzilamento de oito pessoas; filipina foi poupada
O brasileiro Rodrigo Gularte foi executado na tarde desta terça-feira (madrugada na Indonésia), segundo o jornal Jakarta Post. Além dele, outros sete condenados por tráfico de drogas presos no país foram fuzilados. Gularte é o segundo cidadão brasileiro a ser executado no país este ano. Também foi fuzilado Marco Archer, em janeiro, condenado igualmente por tráfico de drogas. 

Dos nove que seriam mortos nesta terça-feira, apenas a filipina Mary Jane Fiesta Veloso foi poupada depois que uma suposta traficante se entregou à polícia e disse que havia recrutado a condenada para transportar a droga. [a filipina aceitou o recrutamento porque quis; o correto seria manter a sentença e executar a filipina e levar a julgamento a suposta traficante, merecedora da mesma pena. Joko Widodo pisou na bola.]

Presa em 2006, a filipina é mãe de dois filhos. A única mulher do grupo afirmou em defesa que foi enganada por uma agência de recrutamento, após chegar à Indonésia para trabalhar como empregada doméstica. Segundo Mary Jane, de 30 anos, um amigo que integrava uma associação criminosa foi quem colocou os 2,6kg de heroína achados no forro de sua bolsa. Segundo o protocolo de execução, é dado aos prisioneiros a opção de ficar de pé, ajoelhar-se ou sentar-se diante do pelotão de fuzilamento. Nas execuções realizadas no país, as mãos e pés dos condenados são amarrados e doze atiradores miram no coração de cada prisioneiro, mas apenas três das armas têm munição de verdade. As autoridades dizem que isso é para que o carrasco não seja identificado.

A prisão de segurança máxima da ilha, situada ao largo da costa de Java, teve reforço na proteção nesta terça-feira. Mais cedo, conselheiros religiosos, médicos e o pelotão de fuzilamento foram alertados para iniciar os preparativos finais para a execução, e uma dúzia de ambulâncias, algumas carregando caixões cobertos de cetim branco, chegaram ao local. Conselheiro espiritual de Rodrigo Gularte, o pastor Romu Carolus foi ao presídio para tentar confortar o brasileiro. 

Nove condenados por tráficos de drogas na Indonésia, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte e a filipina, que teve sua execução suspensa, tiveram encontros de despedida emocionados com suas famílias em uma prisão nesta terça-feira, depois que o governo indonésio já havia rejeitado todos os apelos de clemência de várias partes do mundo.
Pela manhã, a prima de Rodrigo Gularte,  Angelita Muxfeldt disse à TV Globo que ele não sabia que poderia ser executado a qualquer momento. Parentes foram autorizados a falar com os condenados horas antes do fuzilamento. Perguntada sobre como Rodrigo estava, ela respondeu: — Ele está calmo. Está bem tranquilo — disse ela ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, indicando não havia comentado nada sobre a proximidade da execução com Rodrigo: — Não, não (falei sobre o que aconteceria) — repetiu, abalada.

Emocionada também estava a mãe de um australiano que ficou diante de um pelotão de fuzilamento, num grupo do qual fazem também outro australiano e prisioneiros da Nigéria, Filipinas e Indonésia. — Eu não vou vê-lo novamente — disse Raji Sukumaran. — Eles vão levá-lo à meia-noite e matá-lo. Estou pedindo ao governo que não o mate. Por favor, não o mate hoje — disse ela a jornalistas, chorando enquanto falava.

Centenas de pessoas começaram a se reunir em cidades em toda a Austrália para vigílias por Myuran Sukumaran e Andrew Chan, segurando cartazes e pedindo que a Austrália dê uma forte resposta ao país vizinho se a Indonésia levasse adiante as execuções. As penas de morte foram condenadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e abalaram os laços da Indonésia com o Brasil e a Austrália. Em meio a cenas caóticas fora da cadeia, um membro de uma das famílias australianas desmaiou e foi levado pela multidão.  — Eu hoje vivi algo pelo qual nenhuma outra família deveria ter que passar. Nove famílias dentro de uma prisão dizendo adeus a seus entes queridos — disse o irmão de Chan, Michael. — É uma tortura.

Fonte: O Globo

domingo, 8 de março de 2015

Líder do Boko Haram jura lealdade ao califado do Estado Islâmico - DECAPITAÇÃO EM MASSA

O áudio, cuja voz pode ser do próprio Shekau, foi divulgado no Twitter do Boko Haram

O líder do grupo islâmico nigeriano Boko Haram, Abubakar Shekau, jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), revela uma mensagem de áudio divulgada neste sábado. "Anunciamos nossa lealdade ao califa dos muçulmanos, Ibrahim", diz uma voz na mensagem, em referência ao líder do EI, Abu Bakr al Bagdadi.

Rebeldes do grupo islamita Boko Haram mataram 68 pessoas, incluindo crianças, em um massacre na aldeia nigeriana de Njaba (nordeste), informaram nesta quinta-feira testemunhas e membros de grupos de autodefesa.

"Participei na contagem de corpos. Sessenta e oito pessoas morreram", declarou Muminu Haruna, de 42 anos, que disse ter escapado de outro ataque do Boko Haram na terça-feira. 

 
VÍDEO: DECAPITAÇÃO - CENAS FORTES

 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Traficante brasileiro condenado à morte na Indonésia será transferido para o local de execução

Brasileiro e outros 7 condenados serão transferidos para execução na Indonésia

Autoridades indonésias informaram que oito condenados à morte por tráfico de drogas, dentre eles o brasileiros Rodrigo Gularte, serão transferidos para uma prisão numa ilha, onde serão executados, apesar dos apelos internacionais. 

Dentre os condenados estão também os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, além de homens da Indonésia, França, Gana e Nigéria e de uma mulher filipina. Segundo o governo indonésio, todos já esgotaram as opções legais e serão levados de suas celas na ilha de Bali para a prisão insular de Nusa Kambangan, ainda nesta semana. A data das execuções não foi anunciada. Os condenados serão executados por pelotões de fuzilamento e serão alvejados em pares. 

Especialistas em direitos humanos expressaram suas preocupações em relatórios que indicam que o julgamento de alguns dos réus não atendeu padrões internacionais de imparcialidade. [esse pessoal dos direitos humanos seguem a mesma tática da petralhada: quando não podem refutar as acusações, partem para críticas ao processo de julgamento.
Tanto é que no MENSALÃO - PT, alguns idiotas pró mensaleiros chegaram a contestar o julgamento por haver instância superior ao STF - que condenou aqueles criminosos - para julgar recursos dos mensaleiros.
No caso do traficante brasileiro, a exemplos dos demais, ocorreu flagrante do crime de 'tráfico de drogas' - flagrante incontestável. Constatado o flagrante daquele crime e a pena para o mesmo, até o julgamento se tornou desnecessário. Mas, mesmo assim, os criminosos foram julgados e devidamente condenados.]
 

 Fonte: Associated Press
 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

É preciso evitar a intolerância religiosa no Brasil

País da convivência íntima entre casa-grande e senzala tem registrado episódios de perseguições que não condizem com tradição 

O radicalismo religioso está na raiz de boa parte das más notícias que, infelizmente, abriram 2015. O mundo se chocou no primeiro mês do ano com o atentado ao “Charlie Hebdo”, em Paris; a execução de reféns do Estado Islâmico; e a destruição da cidade de Baga, na Nigéria — mais uma ação do Boko Haram, na qual teriam morrido duas mil pessoas. São casos de extrema violência que brasileiros repudiam da mesma forma que americanos e europeus. [apesar do nosso repúdio ao terrorismo - inclusive nos orgulhamos de ter combatido tal praga no Brasil, na década de 70 - não entendemos justo comparar os mortos pelo Estado Islâmico e Boko Haram aos do Charlie Hebdo. Mesmo não considerando correto o assassinato de jornalistas do semanário francês, ressaltamos que estes fizeram a escolha ao exercitar humor desrespeitoso a uma religião que tem entre seus seguidores fanáticos.
Já as vítimas do Boko Haram e Estado Islâmico são inocentes  que não escolheram praticar atos que poderiam causar reações violentas. Optaram por desrespeitar a fé dos outros, mesmo sabedores que tal comportamento poderia despertar reações violentas.]

No caso brasileiro, no entanto, a reação vem junto com a percepção de que é pequena a possibilidade de que conflitos de fundo religioso venham a causar estragos da mesma dimensão. E, de fato, no Brasil, as inaceitáveis manifestações de intolerância não resultaram em tragédias comparáveis ao que acontece pelo mundo. Mas convém não confiar no histórico nacional de acomodação de diferenças, do qual o sincretismo religioso é exemplo. O país da convivência íntima entre casa-grande e senzala tem registrado episódios de perseguições a segmentos religiosos que não condizem com a tradição de manter os conflitos dentro do limite administrável. 

A intolerância já tentou censurar até manifestações culturais que são forte elemento da identidade nacional. Recentemente, um grupo de músicos da Estação Primeira de Mangueira, em atitude aplaudida nas redes sociais, recusou-se a atender ao pedido de uma emissora de TV para omitir a palavra orixás ao cantar o samba-enredo. [não podemos confundir religião com manifestação cultural, especialmente para divulgar seitas como se fossem cultura.] Ora, como dissociar as religiões afro-brasileiras do ritmo que é marca da brasilidade? Era uma mãe de santo, a lendária Tia Ciata, que abrigava as reuniões de sambistas em sua casa na Praça Onze no início do século passado, quando eles eram perseguidos pela polícia. Na origem, componentes de bateria tocavam atabaques em terreiros de candomblé. Não há como, de uma hora para outra, simplesmente ignorar herança tão forte.

A sociedade se mobiliza para evitar o pior. Representantes de diversas crenças organizam juntos passeatas na orla exigindo respeito a todas as religiões e dando o exemplo de que, diferenças à parte, é possível agir em conjunto. Reunidos na ABI para tratar do assunto, na semana passada, líderes espirituais cobraram do governo a criação de um Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Representantes da comunidade muçulmana participam do movimento com especial interesse. Depois do atentado ao “Charlie Hebdo”, eles estão preocupados com a associação de sua crença à violência e a possibilidade de as fiéis sofrerem hostilidades nas ruas por serem facilmente identificadas por causa do véu.

Estão certos em cobrar providências enquanto a intolerância não alimenta tragédias. Se na questão da água tivesse havido ação preventiva do governo e da sociedade, o drama da seca não teria chegado a tal ponto. Vale a lição.

Fonte: Editorial - O Globo
 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Deixem Sua Santidade, Papa Francisco, fora disso. Como representante de Cristo ele pode perdoar pecador sinceramente arrependido. Mas não pode, nem deve, interferir na legislação penal


Itamaraty pede ao Papa que interceda a favor de brasileiro condenado à morte
Assessor da presidência Marco Aurélio TOP TOP Garcia disse que só um 'milagre' pode reverter execução de condenado por tráfico na Indonésia
A presidente Dilma Rousseff conversou pelo telefone, na manhã desta sexta-feira, com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, mas não conseguiu clemência para os brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt, condenados à morte por tráfico de drogas. O assessor especial da presidência, Marco Aurélio TOP TOP Garcia, afirmou que só um “milagre” pode reverter a decisão e disse que ficará uma “sombra” na relação entre os dois países. O Itamaraty, por sua vez, afirmou pediria ao Vaticano que o papa Francisco faça também algum apelo a Indonésia contra a execução do brasileiro.

No entanto, o assessor especial disse que já entregou à representação da Santa Sé no Brasil um dossiê sobre o caso, mas afirmou ser “improvável” que a condenação à morte seja revertida: — Me foi assegurado que seria enviado (o dossiê) para a secretaria de Estado do Vaticano, para que Sua Santidade pudesse interceder por uma atitude de clemência por parte do governo indonésio, o que me parece, sinceramente, absolutamente improvável.
— Vamos esperar que um milagre possa reverter essa situação — disse Marco Aurélio, em entrevista coletiva.

Papa Francisco, durante missa na Basílica de São Pedro - ANDREAS SOLARO / AFP

Segundo nota divulgada pela Presidência da República, Dilma ressaltou, na conversa com o presidente da Indonésia, ter consciência da gravidade dos crimes, disse respeitar a soberania daquele país e do seu sistema judiciário, mas fez um apelo humanitário, como “chefe de Estado e como mãe”. “A presidente recordou que o ordenamento jurídico brasileiro não comporta a pena de morte e que seu enfático apelo pessoal expressava o sentimento da sociedade brasileira”, diz trecho da nota.
Marco Aurélio afirmou que seria precipitado detalhar, neste momento, retaliações à Indonésia porque o governo brasileiro vai tentar, segundo ele, “até o último minuto”, reverter a pena de morte. — A presidenta lamentou profundamente essa posição do governo indonésio e chamou atenção para o fato de que cria uma sombra na relação dos dois países — disse o assessor especial da presidência.
Marco Aurélio atribuiu em parte a resistência do presidente da Indonésia em conceder clemência ao fato de sua campanha ter enfatizado justamente a necessidade de aplicação da pena de morte para crimes vinculados ao tráfico de drogas. Segundo o assessor presidencial, Joko Widodo afirmou que não tinha alternativa, já que os brasileiros foram submetidos a processos legais.
O Itamaraty informou que foi realizado recentemente um pedido de extradição de Marco Archer. O pedido ainda não foi julgado pelo poder Judiciário da Indonésia, mas é de conhecimento das autoridades brasileiras que a lei daquele país proíbe a extradição de pessoas condenadas por tráfico de drogas, caso de Acher. Nesta sexta-feira a presidente Dilma Rousseff conversou por telefone Joko Widodo, presidente indonésia. Ela fez um novo pedido de clemência, que mais uma vez foi negado.
As execuções agendadas para o domingo, na Indonésia, serão as primeiras realizadas no governo de Joko Widodo, eleito em outubro do ano passado. O presidente é conhecido por manter uma postura rígida contra o tráfico de drogas. Segundo agências internacionais, além do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, outros quatro estrangeiros serão executados no domingo: um da Nigéria, um do Malaui, um do Vietnã e outro da Holanda. Há ainda um indonésio no corredor da morte.
Após assumir o cargo, o presidente indonésio prometeu que não teria piedade com crimes de narcotráfico. Widodo também é tem adotado postura contundente contra corrupção e defesa dos direitos marítimos. O presidente chegou a ordenar que embarcações ilegais de pesca fossem explodidas pela marinha.
Marco Archer, de 53 anos, está preso na Indonésia desde 2004. Ele pode ser executado no próximo domingo. Em nota, o Itamaraty disse ontem que o governo brasileiro está mobilizado.
"O governo brasileiro continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas. De modo a preservar sua capacidade de atuação, o governo brasileiro manterá reserva sobre as decisões tomadas", informou.
Fonte: AFP

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Uma dúzia morre no Charlie Hebdo Paris para e o mundo protesta; milhares são massacrados na Nigéria e o mundo ignora



Imagens de satélite revelam massacre do Boko Haram na Nigéria
De acordo com a Anistia Internacional, fotos mostram mais de 3.700 estruturas destruídas pelo fogo em aldeias onde centenas, talvez milhares, foram mortos
Imagens de satélite das cidades nigerianas atacadas pelo Boko Haram desnudam as mais recentes atrocidades cometidas pelo grupo terrorista e sugerem um elevado número de mortos. As fotos, publicadas pela Anistia Internacional (AI) e pela Human Rights Watch (HRW) nesta quinta-feira, mostram cerca de 3.700 estruturas destruídas pelo fogo ou danificadas em Baga e Doron Baga, no Nordeste da Nigéria, em ataques no dia 3 de janeiro. O secretário de Estado americano, John Kerry, classificou o massacre "de pessoas inocentes como um crime contra a Humanidade".

A Anistia Internacional, que chamou atenção para a situação de catastrófica, citou testemunhas dizendo que os militantes mataram de forma indiscriminada. O governo nigeriano apontou 150 mortos, mas, segundo a organização, as imagens e as histórias de sobreviventes sugerem que o número final de mortos pode ser muito maior — estimativas inicias apontavam dois mil óbitos.

As imagens mostram a sequência dos ataques, contrastante fotos tiradas no dia 2 de janeiro com outras obtidas em 7 de janeiro. As fotografias de Doron Baga, que fica a 1,5 km de Baga, revelam a crueldade do ataque. Muitos dos barcos de pesca de madeira vistos na costa em 2 de janeiro não são mais visíveis, cinco dias depois, após várias pessoas fugirem da cidade de barco pelo lago Chade.

Em Baga, uma cidade densamente povoada, cerca de 620 estruturas foram danificadas ou totalmente destruídas pelo fogo.

O MAIS MORTÍFERO DOS ATAQUES
Daniel Eyre, investigador da Anistia Internacional na Nigéria, descreveu o ataque do Boko Haram como “o maior e mais destrutivo” já analisado pela organização. Enquanto os moradores ainda não tinham sido capazes de contar ou enterrar os seus mortos, segundo Eyre, as imagens de satélite servem para narrar os efeitos do que foi, provavelmente, o “mais mortífero ataque do Boko Haram”. — Representa um ataque deliberado contra civis, cujas casas, clínicas e escolas estão agora em ruínas — denunciou. — Até agora, o isolamento de Baga, combinado com o fato de que Boko Haram permanece no controle da área, faz com que seja muito difícil verificar o que aconteceu lá.

O ataque parecia ter como alvo milícias civis de autodefesa que ajudam o Exército contra o Boko Haram. Um homem que conseguiu escapar da chacina de Baga, após permanecer escondido por três dias, contou ter “andado sobre os cadáveres” por cinco quilômetros em sua fuga.

Durante o ataque, o grupo terrorista matou uma mulher que estava em trabalho de parto, de acordo com a Anistia Internacional.  A Nigéria tem enfrentado uma onda de violência provocada pelo Boko Haram. Na semana passada, foram registrados vários ataques protagonizados por supostas crianças terroristas suicidas.

Fonte: O Globo