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terça-feira, 1 de maio de 2018

“Armaram para o tráfico voltar”

O fracasso da 1ª intervenção em favela 

Na noite de 11 de outubro de 1993, o coronel Carlos Frederico Cinelli, atual porta-voz do Comando Militar do Leste, era o oficial de dia no 24º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) quando mais de 50 traficantes começaram a trocar tiros perto do campo de futebol da favela Roquete Pinto, na Zona Norte do Rio de Janeiro. “Era antes do piscinão de Ramos, onde tinha uma rua que fazia a divisão entre os territórios de cada facção”, disse o cabo Joel Carlos Santana, que integrava a segunda companhia na “guarda leste” no momento do tiroteio. Aos 45 anos, atualmente trabalha como eletricista. Uma bala acabou acertando a perna do soldado André Barbosa Pegado, que aguardava sentado a sua vez de assumir o posto de sentinela no 24º BIB. Esse fato mudou o destino da favela Roquete Pinto.

O comandante militar do Leste à época, general Rubens Bayma Denys, mandou abrir um Inquérito Policial Militar para investigar a ocorrência. O documento serviu de álibi para o coronel Marco Antonio Auvray Guedes, aos 47 anos, iniciar e manter por 11 meses — a primeira incursão do Exército contra o tráfico de drogas numa favela do Rio de Janeiro: a chamada Operação Fênix.  Em vez de usar armas, infiltrou três espiões na favela: um se passava por vendedor de bonecos de pelúcia com câmeras no lugar dos olhos, o segundo ajudava a descarregar botijões de gás de um caminhão; o terceiro consertava as tubulações de esgoto, disfarçado com o uniforme da prefeitura. “Em três dias eu tinha 47 nomes na minha mão”, afirmou o coronel.

“Juntei cinco homens da Polícia Civil, cinco da PM, cinco da PF, cinco do Batalhão de Forças Especiais do Exército e cinco meus”, contou. “Dei o nome de Centro de Operações Táticas, o COT.” Além disso, cerca de 40 homens da PM e dos Bombeiros, além de médicos, agentes da Defesa Civil e veterinários, foram cedidos pelo governador Leonel Brizola e pelo prefeito Cesar Maia, a pedido do coronel.  A operação foi marcada para 1h45 da madrugada. Houve quem achasse melhor por volta das 6 horas, mas o coronel tinha justificativa: o horário que escolheu era o “pico do movimento da droga”, disse. “Era quando o cara estava começando a receber o dinheiro, a fazer a contabilidade e a vender para os clientes remanescentes de um tráfico que havia começado às sete horas da noite.”

No horário combinado, as equipes foram divididas para capturar os alvos espalhados pela favela. “Só coloquei uma imposição”, lembrou Guedes. “Não quero nenhum morto.” Caso houvesse a necessidade de usar as armas, a ordem do coronel era sucinta: “Joelho e perna”, dizia aos soldados. “Se quiser dar continuidade a um trabalho desse, você não consegue começar em cima de um banho de sangue”, disse. No fim, não houve mortos, mas 17 feridos foram levados para o Hospital Getulio Vargas, na Penha. Segundo o militar, todos eram ligados ao tráfico.   Guedes acompanhou o tratamento de cada um. Na visão do coronel, os traficantes eram também “filhos, amigos, irmãos, cônjuges ou empregadores da comunidade” — a desgraça deles significaria comprar briga com a população da Roquete Pinto, o que Guedes queria evitar. “Você nunca vai dominar uma comunidade sem o apoio total da população.” O método do coronel incluía convencer os delegados a indiciar os presos por formação de quadrilha, tráfico e associação para o tráfico. “Para não serem soltos logo em seguida.”

O problema é que a quadrilha era também composta por 62 crianças, que atuavam como vapores, aviões e soldados. Com exceção de Pedrinho — que tinha quatro assassinatos no currículo e foi mandado para uma casa de correção — todas as outras foram obrigadas pelo coronel a participar de um grupo escoteiro.  Como as famílias das crianças viviam com a renda do narcotráfico, Guedes decidiu negociar, com uma vereadora, vagas em cursos profissionalizantes, além de mapear oportunidades no comércio local. “Não abria uma vaga profissionalizante se não tivesse o emprego garantido”, contou. Conseguia atender uma média de 30 adolescentes por curso. Com a favela livre dos principais gerentes e chefes do crime — quem não foi preso fugiu para a favela da Varginha, ali perto —, Guedes teve passe livre para entrar na comunidade. Descobriu que a cocaína era distribuída em quentinhas, todas as sexta-feiras. Encontrou lixo espalhado pelos becos e organizou grupos de limpeza. O esgoto corria a céu aberto. Doenças de pele, viroses e tuberculose eram comuns. Buscou mutirões e atendimento médico comunitário.

Até agosto de 1994, os militares passaram a entrar todos os dias na comunidade, dia e noite, de surpresa, incluindo os feriados. Quando notavam uma multidão reunida em bares ou praças, convidavam os moradores a posar para uma “fotografia para a posteridade”, nas palavras do coronel Guedes — tática para mais tarde localizar criminosos remanescentes.
O lixão do batalhão se transformou em horta comunitária. O lixo da comunidade foi resolvido com dois latões por beco, recolhidos pela Comlurb, a pedido de Guedes, todas as manhãs. Quarenta toneladas deixaram a favela no primeiro dia. Guedes mandou analisar o lixo para descobrir mais sobre o estilo de vida dos moradores da comunidade.

Em 11 meses, a vida na favela mudou. Os jornais anunciavam o sucesso da empreitada de um homem solitário. “O coronel Guedes mudou o batalhão”, lembrou o cabo Joel. “E mudou a cara da Roquete Pinto da água para o vinho sem disparar um tiro.”  Numa tarde de julho de 1994, por volta das 15 horas, o coronel Guedes recebeu um telefonema em seu gabinete. Do outro lado da linha, uma voz masculina se apresentou como advogado do chefe do tráfico na região, alguém a quem chamou de John Wayne, e que estaria preso no presídio Ary Franco, em Água Santa. “Ele estava se referindo ao capo daquelas favelas”, disse Guedes. Segundo conta, eram 19 as bocas de fumo na Roquete Pinto e em Ramos naquela época. “Ele disse: ‘Coronel, meu cliente disse para oferecer ao senhor uma quantidade de dinheiro para o senhor dar um mole para o tráfico voltar. Estamos com prejuízo de milhões de reais com a venda de droga nessa área aí’”, contou Guedes, acrescentando: “Foi muito dinheiro, mais de um milhão”. Mas o coronel recusou. Na sequência, ouviu: “Até agosto, o senhor está fora do comando”.

Com as mãos sobre o tampo de vidro, o coronel Guedes fez uma pausa, respirou e admitiu: “O que ele disse aconteceu. Em agosto, saí do comando”.  A remoção do coronel do comando do 24º BIB veio por ordem do ministro do Exército, o general Zenildo de Lucena. Não houve despedida nem passagem de comando. “Fiquei surpreso. Foi de repente.” A justificativa veio por meio do comandante da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, general José Gualter Pinto, desafeto de Guedes: “A desculpa que me deram foi a seguinte: ‘Você está sendo exonerado para te preservar’”, disse o coronel. “Naquele primeiro momento, achei que era porque queriam me matar. Mas me lembrei do telefonema na mesma hora”, continuou. “Sei que armaram. Sei que foi feita uma grande armação para o tráfico voltar.”

Os trabalhos na comunidade foram imediatamente interrompidos. O Exército proibiu operações dentro das vielas. “Começaram a desmontar lá dentro tudo o que eu tinha feito”, declarou Guedes. “Soube pelos jornais que tudo foi destruído.” Depois que foi removido do posto, seis moradores que eram próximos ao coronel foram assassinados.  Guedes foi transferido para o comando da 2ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Niterói. Seis meses depois, recebeu a visita do ministro Lucena. “Ele pediu desculpas”, declarou. “Disse que cometeu um grande erro e que foi enganado, mas não disse quem o enganou.” O coronel foi então levado ao 24º BIB, uma despedida oficial foi organizada em sua homenagem, e ele recebeu a Medalha do Mérito Militar, a mais alta do Exército. Lucena morreu em março de 2017. Atualmente, a favela Roquete Pinto é dominada por milicianos.

Revista Época 

 

sexta-feira, 16 de março de 2018

O policial tem o DIREITO e o DEVER de chegar vivo em casa

Batalhão alvo de denúncias de Marielle Franco é o que mais mata

O 41.º Batalhão da Polícia Militar (Irajá) havia se tornado um dos principais alvos de denúncias apresentadas por Marielle Franco (PSOL), cujo mandato era focado no combate ao racismo e à violência de gênero e na defesa de minorias, como o público LGBT.

No sábado, divulgando denúncias de lideranças da favela de Acari, da zona norte, ela publicou nas redes sociais: “O que está acontecendo agora em Acari é um absurdo! O 41.° batalhão da PM é conhecido como Batalhão da Morte. CHEGA de matarem nossos jovens”. Pouco mais tarde, ela publicou sobre a suposta morte de dois jovens por PMs do batalhão – que não é confirmada pela corporação.

O batalhão é acusado por moradores de truculência. De 2013 a 2016 (último dado disponível), o total de autos de resistênciaquando o policial mata supostamente em legítima defesa – passou de 51 para 117. Em 2016, o 41.º foi recordista no Estado de ocorrências do tipo. [o suspeito reage à ação policial e com isso obriga o policial ao uso da força necessária para contê-lo e, felizmente, na  maior parte das vezes o policial leva vantagem - o policial tem o DIREITO e o DEVER de chegar são e salvo em sua casa.
No momento em que o suspeito opta pela reação, pelo confronto, o policial é autorizado por lei a usar a força necessária.
É necessário que as ONGs pró direitos humanos de bandidos e certa imprensa mude a mentalidade de começar a reportagem já tentando responsabilizar a polícia.
Denúncias feitas pela vereadora ou qualquer pessoa ou instituição tem que ser provada -  se basear em 'suspeita' e 'supostamente' tornam qualquer denúncia sem valor.]

PMs do 41.º são acusados de envolvimento na chacina de Costa Barros, há dois anos. Na ocasião, cinco jovens de 16 a 25 anos foram mortos dentro de um carro. O veículo foi atingido 111 vezes. Outro episódio violento que envolveu agentes do batalhão foi o homicídio de Maria Eduarda, de 13 anos, morta no ano passado, no pátio da escola onde estudava, em Acari, em operação do 41.º BPM[o caso de Maria Eduarda, lamentável como toda morte, especialmente quando a vítima além de inocente é uma criança, foi uma fatalidade.
Em uma operação policial há grandes possibilidade da ocorrência lamentável de vítimas inocentes.]


Denúncias.  
Marielle divulgava denúncias feitas pelas lideranças comunitárias de Acari que já haviam sido apresentadas ao Observatório da Intervenção. O grupo, criado por iniciativa da Universidade Candido Mendes, é formado por entidades da sociedade civil para acompanhar a ação federal. A vereadora fazia parte do grupo. Na última terça, Marielle voltou às redes para denunciar, desta vez na comunidade do Jacarezinho, também na zona norte: “Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”. [a guerra só acaba quando a sociedade se conscientizar - do favelado ao boa vida do asfalto - que a bandidagem tem que ser vencida.
E um passo importante é o combate ao usuário de drogas - que sustenta o tráfico;  aliás, o ministro Jungmann começou bem, falando em combate cerrado ao usuário, mas desistiu.
Outro aspecto é que denúncias feitas por lideranças comunitárias (nos dias atuais qualquer um lidera a comunidade) precisam, a exemplo de qualquer denúncia, ser provada.
As 'lideranças' podem até mesmo ser coagidas por traficantes a apresentar denúncias contra policiais que estão incomodando o tráfico.]
 
Procurada pelo Estado para comentar as denúncias, a PM não respondeu.Para lembrar: juíza foi morta com 21 tiros. Em 2011, a juíza Patrícia Acioli foi morta a tiros em Niterói, na Grande Rio. Onze policiais foram condenados. Patrícia, de 47 anos, foi atingida por 21 disparos em uma emboscada, quando chegava em casa de carro. Considerada destemida e linha-dura, atuava na 4.ª Vara Criminal de São Gonçalo e foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a grupos de milícia e de extermínio. Estava jurada de morte à época do crime.  Ela recebia ameaças regulares e chegou a ter proteção policial, que foi reduzida aos poucos, sob alegação de não haver risco iminente. Os envolvidos no crime foram condenados a penas de até 36 anos de prisão.

IstoÉ

 


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Presença das Forças Armadas no Rio completa um mês; balanço é positivo

O reforço da Forças Armadas na segurança do Rio de Janeiro completa um mês hoje (19), com a presença de 10 mil agentes federais no estado.  

 O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, fez um balanço positivo desse primeiro mês, mas disse que ainda é cedo para se fazer uma análise mais detalhada dos resultados.  A operação tem vigência até o final do ano, podendo ser prorrogada até dezembro de 2018, conforme divulgado pelo presidente Michel Temer. “É um prazo ainda curto para se fazer uma análise mais detalhada dos resultados das operações. Principalmente porque o plano tem uma previsão de duração até o fim do ano que vem. Além disso, é um plano nacional, que envolve atividades em áreas de fronteiras, em outros estados, um plano de grande complexidade, que não é possível avaliar ainda”, disse.

Iniciada em 28 de julho, a Operação Rio quer Segurança e Paz conta com 8,5 mil militares das Forças Armadas, que já atuaram em quatro oportunidades neste primeiro mês.  Após a primeira fase do plano, que foi de reconhecimento para ambientar os militares com a área de atuação, foram feitas três grandes operações.  A primeira, a Operação Onerat, no Complexo do Lins, foi feita no dia 5 de agosto e durou cinco dias, com início logo após a assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que autorizou a atuação das tropas na segurança pública do estado. A  segunda, a Operação Dose Dupla, ocorreu em Niterói, no dia 16 deste mês, seguida de ações em sete comunidades da zona norte da cidade, no último dia 21, que terminaram com 16 presos.

O porta-voz do Comando Militar do Leste disse que as organizações criminosas têm mudado a forma de agir, pulverizando a distribuição de armas pelos bairros, o que dificulta o trabalho. Ele garantiu, no entanto, que não existe no Rio de Janeiro área na qual o Estado e o Poder Público não possam entrar.

Roubos de carga
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, desde o início da Operação Égide, que já dura 45 dias, o número de roubos de carga diminuiu 44,51% nas rodovias federais de acesso ao Rio. Para o diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, a presença dos agentes federais contribuiu para a diminuição no roubo de cargas, mas o impacto poderia ter sido bem maior nesse primeiro mês.
“Devemos chegar na casa dos 650 roubos neste mês de agosto. Em agosto do ano passado, foram 759 roubos. Vemos uma queda aproximada de 15%. Esperávamos uma queda maior, pois com o efetivo de mais 10 mil homens no território a expectativa é que inibiria mais a ação dos ladrões. Mas a queda, mesmo que seja pequena, é uma vitória para nós”.

Desde o início do ano, foram registrados quase 7 mil roubos de carga, enquanto em todo o ano passado foram computados 9.950 roubos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública. A média de roubo atualmente é de 20 por dia.  O representante do sindicato disse que após o reforço das Forças Armadas na região metropolitana, os bandidos migraram para outras regiões, como Baixada Fluminense, Magé e Itaboraí.

Fonte: Agência Brasil - *Colaborou Lígia Souto, repórter do Radiojornalismo

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Polícia e Forças Armadas fazem nova operação em comunidades do Rio de Janeiro

Megaoperação em Niterói tem nove presos e um militar ferido

As Forças Armadas, apoiadas pelo Exército brasileiro, realizaram uma grande operação contra o crime organizado em comunidades de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira, em uma nova demonstração de força para tentar combater a onda de violência que atinge o estado.
A operação em Niterói começou às 5h00.
“O Exército tem a missão de controlar o acesso de certas favelas e os soldados foram colocados em pontos estratégicos. Algumas ruas estão bloqueadas e o espaço aéreo é controlado”, informaram os serviços de segurança do Rio em um comunicado.

O governo brasileiro mobilizou 10 mil soldados para fortalecer a segurança do Rio, especialmente diante da multiplicação do roubo de caminhões de carga. Segundo a Globo News, a operação conta com 2.600 militares e seu objetivo é cumprir o mandato de prisão de 26 suspeitos e realizar a condução coercitiva de outras 34 pessoas.  Segundo a fonte, um soldado foi ferido com arma de fogo, mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.

O Exército já realizou uma operação parecida este mês, utilizando 5.000 efetivos na zona norte do Rio, na tentativa de desarticular um bando que roubava caminhões com mercadoria. Na ação, morreram duas pessoas.  O Rio registra o maior nível de violência desde 2009, com 3.457 homicídios, 15% a mais que no mesmo período de 2016, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).  Um ano depois de receber os Jogos Olímpicos, a “Cidade Maravilhosa” está em um período decadente, entre insegurança, escândalos de corrupção e uma grave crise financeira que impede as autoridades locais de pagar funcionários, incluindo a polícia.

Fonte: AFP 

 

 


segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Homem invade igreja no Rio e quebra imagem centenária de Nossa Senhora

O homem quebrou imagens centenárias da igreja de São João Batista, em Niterói. Em depoimento, ele admitiu ser intolerante religioso e simpatizante do grupo radical Estado Islâmico 

Um homem foi preso após entrar em uma igreja católica e quebrar imagens sacras, no município de Niterói, Rio de Janeiro. Yames José Correia, de 37 anos, que é formado em Tecnologia da Informação, entrou na catedral São João Batista, forçou duas portas de acesso restrito e, em seguida, quebrou uma imagem de Nossa Senhora e outra do Senhor dos Passos. A imagem da santa tinha 350 anos.

Segundo funcionários da catedral, o homem admitiu que danificou as imagens por ser intolerante a religiões. Na delegacia, ele ainda disse ser adepto das ideologias do grupo Estado Islâmico e não se mostrou arrependido do ato. “Ele parece ser uma pessoa inteligente, mas tem um desequilibrado mental”, disse  um dos administradores do templo ao Correio

Ele foi autuado por vilipêndio a objeto religioso e lesão corporal, mas foi liberado e responderá em liberdade. A secretária da igreja informou que as obras serão avaliadas por especialistas para depois serem reconstruídas. No entanto, funcionários acreditam que a imagem de Nossa Senhora, a que foi mais danificada, não tem chances de restauração. 

De acordo com a administração da igreja, o valor histórico e sentimental das imagens é inestimável, e o prejuízo material chega aos R$ 30 mil. O pároco responsável pelo templo avalia se medidas de segurança mais rígidas serão tomadas. 

Intolerância religiosa

Este é o segundo caso do tipo em uma semana. Na semana passada, uma pastora de uma igreja evangélica de Botucatu, no interior de São Paulo, foi filmada quebrando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. No vídeo, a mulher aparece martelando a imagem católica enquanto um grupo de pessoas faz orações ao seu redor.

Com a repercussão negativa, a pastora se desculpou após a divulgação de uma nota oficial do Conselho Municipal de Pastores repudiando a atitude. “Peço desculpa pelo vídeo porque eu sou seguidora da palavra. Em nenhum momento eu pensei em ofender o Brasil, mas você sabe como é a internet. Vocês sabem como é o povo", disse a pastora em entrevista à Rádio Municipalista de Botucatu.
[são vermes do tipo da pastora e do Yames, que levam os católicos a lamentarem a falta de disposição para reagirem quando SÍMBOLOS do Catolicismo são vilipendiados;
por isso, muitas vezes, cabe lamentar não serem os Católicos adeptos da reação adotada por muitos dos seguidores do Islamismo e que não aceitam, sem revide,   desrespeito aos SÍMBOLOS muçulmanos.]
 
 Fonte: Correio Braziliense

 

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Carga milionária de remédio para câncer some a caminho de SP

Medicamento saiu do Instituto Vital Brazil, em Niterói. PF investiga o caso

Uma carga milionária de um medicamento usado no tratamento de leucemia crônica e no combate a tumores de estroma gastrointestinal desapareceu misteriosamente quando era levado de caminhão do Instituto Vital Brazil (IVB), em Niterói, para a Secretaria estadual de Saúde de São Paulo. Avaliado em cerca de R$ 5 milhões, o material estava sendo transportado pela empresa Airway Ltda. A Polícia Federal investiga o caso.

O oncologista Alfredo Garischi, membro da diretoria do Conselho Federal de Medicina, destacou que o remédio, chamado de Imatinibe, é muito caro, mas apresenta ótimos resultados em tratamentos contra o câncer:  Esse medicamento foi desenvolvido pelo laboratório Novartis. Serve para o combate à leucemia mieloide crônica e para o tratamento de GIST, tumor muscular do aparelho digestivo. Em caso de leucemia mieloide crônica, tem que ser tomado a vida inteira. Pacientes com GIST devem utilizá-lo por pelo menos dois anos. O custo de seu uso em uma clínica privada chega a R$ 10 mil por mês.

ROUBOS NA ZONA SUL
O médico lembrou que, recentemente, medicamentos caros foram roubados de clínicas no Jardim Botânico e em Botafogo.  — Os pacientes têm o direito de saber a origem dos remédios que estão tomando. Profissionais de saúde, clínicas ou hospitais que usam medicamentos roubados, sem procedência comprovada, cometem crime de receptação — alertou Guarischi.

O desaparecimento da carga teria ocorrido em 16 de novembro, mas a empresa responsável pelo transporte só comunicou o problema a autoridades cinco dias depois. Em nota ao GLOBO, o IVB informou que tomou conhecimento do extravio de 86.450 comprimidos de 400mg do medicamento oncológico. “O Instituto Vital Brazil esclarece ainda que já questionou oficialmente a transportadora e informou o extravio à Polícia Federal. A carga sumida tem seguro, o que significa que o instituto não sofrerá prejuízo financeiro”, diz um trecho do comunicado.

Já o Ministério de Saúde informou que, para evitar a falta do medicamento no Estado de São Paulo, trabalhou para liberar, o mais rapidamente possível, 57 mil comprimidos de um estoque estratégico.  Desde 2013, o Instituto Vital Brazil produz o medicamento nas versões 100mg e 400mg para serem distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em julho, havia relatos de pacientes sobre falta do medicamento Imatinibe em unidades públicas que oferecem tratamentos oncológicos.

Fonte: O Globo 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Desembargador considera ilegal prisão de soldado que agrediu juíza


Justiça manda soltar policial reconhecido por agredir juíza

Soldado é acusado também de alterar cena da morte de jovem na Palmeirinha
O soldado Allan de Lima Monteiro, um dos PMs acusados de agredir a juíza da Vara de Execuções Penais (VEP) Daniela Assumpção de Souza, na última quinta-feira, foi solto nesta terça-feira por determinação da Justiça. A magistrada foi atacada durante uma fiscalização no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, em Benfica. Ela teve a blusa rasgada e perdeu os óculos, além dos sapatos, e foi obrigada a deixar o local. Daniela, no entanto, retornou em seguida com seguranças do Tribunal de Justiça e homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope). 

Allan Monteiro estava preso desde julho por fraude processual, após ser acusado de matar um adolescente durante patrulhamento na Favela da Palmeirinha, em Honório Gurgel, em fevereiro, e alterar a cena do crime. O policial estava no veículo da PM de onde partiram os tiros que mataram Alan de Sousa Lima, de 15 anos. No momento em que foi atingido, o adolescente brincava com um amigo. O sargento Ricardo Vagner Gomes, que estava no banco do carona, foi flagrado por imagens do circuito interno de câmeras do carro fazendo uma série de disparos.

PARA DESEMBARGADOR, PRISÃO ILEGAL
Em depoimento na 30ª DP (Marechal Hermes), um mês após o crime, apenas o sargento Ricardo admitiu ter atirado. O soldado Allan negou, assim como o sargento Carlos Eduardo Alves, que dirigia o veículo. Assim como outros três policiais, Allan de Lima Monteiro foi transferido para o presídio de segurança máxima Bangu I, como punição disciplinar, após ter sido reconhecido pela juíza Daniela Assumpção como sendo um dos autores das agressões.

O habeas corpus em favor do soldado foi concedido pelo desembargador Luiz Noronha Dantas, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Ele argumentou que a prisão do policial por fraude processual era ilegal, já que o artigo 313 do Código de Processo Penal estabelece que “só será cabível a decretação da custódia cautelar quando se estiver diante de imputação referente a crime cuja pena máxima cominada seja superior a quatro anos” — o que não ocorre no caso em questão. O pedido de habeas corpus foi feito pela advogada Juliana Almeida da Silva, e a decisão é do último dia 3.

Nesta terça-feira, o juiz Eduardo Oberg, titular da VEP, informou que não se pronunciaria sobre o caso. Na última quinta-feira, após as agressões à magistrada, Oberg classificou o caso como “absurdo”. Ele afirmou na ocasião que o BEP demonstrara não ter “qualquer segurança para guardar presos”. No mesmo dia, determinou a interdição do BEP e a transferência dos 221 detentos da unidade para a Penitenciária Vieira Ferreira Neto, em Niterói.

Eduardo Oberg confirmou nesta terça-feira que vai nesta quarta ao presídio em Niterói.  — É uma verificação das instalações. Quero ver de perto como os presos estão instalados — disse o magistrado. O juiz deve se encontrar com o secretário estadual de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro da Costa, que também marcou para esta quarta-feira uma visita à unidade de Niterói.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Os juízes precisam ter certas prerrogativas, mas, intervenções pontuais podem ser necessárias. Um juiz arbitrário, prepotente, adepto de atitudes espetaculosas, pode não ser justo

Juiz determina a interdição do Batalhão Especial Prisional

Presidente do Tribunal de Justiça, no entanto, disse que transferência deve ser reavaliada

O juiz titular da Vara de Execuções Penais, Eduardo Oberg, determinou a interdição do Batalhão Especial Prisional. Segundo ele, o episódio em que seguranças e a juíza Daniela Barbosa da Vara de Execuções Penais (VEP) foram agredidos, demonstrou que não há segurança para a manutenção de presos naquela unidade. Mais cedo, o TJ informou que os presos seriam transferidos, já nesta sexta-feira, para o Complexo de Gericinó. No entanto, à noite, o presidente da instituição, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho disse que a forma como será feito o processo vai ser reavaliada.
- Foi inadmissível o que aconteceu. A unidade não tem qualquer segurança para funcionar - comentou Eduardo Oberg.

A Secretaria de Administração Penitenciária informou que vai transferir os presos, caso seja mantida a decisão. A agressão aconteceu na tarde desta quinta-feira, durante uma inspeção especial da Vara de Execuções Penais (VEP). Os presos tentavam impedir a entrada da juiza Daniela Barbosa, que também foi agredida e teve a blusa rasgada. Os policiais detidos na unidade usaram paus para bater na escolta da magistrada. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram chamados ao local pela própria juíza, que decidiu continuar a inspeção.

Segundo o juiz Eduardo Oberg, Daniela identificou pelo menos quatro presos como os agressores. A magistrada saiu da unidade, acompanhada pelos seguranças.  A advogada Fabíola, que não quis revelar o sobrenome e disse representar os policiais presos no BEP, reconheceu que um grupo cercou a juíza por não concordar com os métodos usados por ela durante as revistas.

Em nota oficial, o Tribunal de Justiça do Rio alega que repudia com total veemência as agressões físicas cometidas contra a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza e que classifica como inadmissível que o trabalho de uma juíza seja interrompido pela violência cometida por presos.  Ainda de acordo com o TJ, foi Daniela que determinou a retirada de geladeiras, camas de casal, televisores e aparelhos domésticos que foram vistos em uma vistoria de rotina na unidade, em agosto. Também foram apreendidos R$ 3 mil em espécie, um celular, engradados de refrigerante e carnes que estavam sendo preparadas para um churrasco entre os presos. Por causa das irregularidades, ela chegou a suspender, temporariamente, as visitas íntimas e de familiares. Na ocasião, sete policiais militares foram encaminhados à corregedoria para explicarem a situação. Ela também determinou prazo de 30 dias para a realização de reformas nas instalações.

Questionado sobre o episódio, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que é antigo o pedido para que o batalhão prisional seja retirado de Benfica.  - Não chegou a ser uma rebelião, foi uma discussão entre uma juíza, seus seguranças e milicianos que estavam por ali. E o Batalhão de Choque foi acionado imediatamente para evitar que maiores consequências acontecessem. E esse é um dos motivos que a gente, há tempos, pede a retirada do Batalhão Prisional dali (Benfica). A inauguração de uma galeria específica dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó. Agora vamos ver se conseguimos transferir para um presídio que a Secretaria de Administração Penitenciária nos proporcionou em Niterói - concluiu.

O BEP é uma prisão para policiais militares, entre oficiais e praças. Lá estão detidos, por exemplo, os policiais acusados de envolvimento no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo. Em abril deste ano, a Secretaria de Administração Penitenciária e o comando da PM chegaram a discutir o fechamento da unidade e transferência de presos para Niterói, mas as más condições da ex-Penitenciária Vieira Ferreira Neto acabaram adiando a mudança.

Fonte: O Globo

 

terça-feira, 14 de abril de 2015

Crime hediondo também é roubar da Educação, Saúde, Segurança e Transporte. Mais grave ainda das crianças

Deram para roubar até o dinheiro da merenda de crianças matriculadas em creches 

Deveria existir ética para tudo, até mesmo para o roubo.  Na cadeia não existe uma ética particular quando ali os presos se recusam a conviver com estupradores? A mesma coisa não se passa também em áreas pobres das grandes cidades dominadas pelo tráfico de drogas? Estuprador não tem vez.

E então? É condenável, mas quase não choca ninguém, a prática do pagamento contra a lei de altos salários no serviço público. Em Niterói, por exemplo, descobriu-se que cinco funcionários da prefeitura, somente em novembro último, receberam R$ 307.04,00.
Revoltante? É. Mas no país onde um presidente já se elegeu combatendo os salários escandalosos dos marajás, acaba saindo na urina.

Esse presidente – você sabe de quem falo – depois foi deposto acusado de corrupção. O que dá vontade de pegar em armas é quando vem à luz episódios como o que acaba de acontecer em São Gonçalo, interior do Rio. Foi desarticulada uma quadrilha suspeita de desviar recursos públicos destinados à alimentação de crianças matriculadas em oito creches conveniadas com a prefeitura.

Cerca de R$ 5,2 milhões foram desviados do município e mais de 700 crianças saíram prejudicadas.  Quer dizer: estão roubando até merenda escolar. E não de escolas, mas de creches.  Ouso imaginar que nem traficante do Morro do Alemão seria capaz de fazer uma coisa dessas.

Roubalheira existe por toda parte. Mas se o mau exemplo vem de cima e a impunidade quase sempre vence, ela se alastra e se enraíza fortemente.  Pelo que se anda vendo nos protestos de ruas, os brasileiros, afinal, parecem ter despertado para isso. 

Por: Ricardo Noblat - Blog do Noblat

 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Continua perseguição aos policiais. Enquanto Beltrame permanecer no comando da Segurança do Rio, a bandidagem vai continuar mandando



Comandante do Batalhão de Choque é exonerado após supostas mensagens de cunho nazista
Decisão do secretário de Segurança foi tomada após divulgação de conversas do oficial em um aplicativo

[com Beltrame no comando o lema é:
Todos – incluindo os bandidos e excluindo policiais – são inocentes até prova em contrário;
- todos os policiais são bandidos até prova em contrário.]

Fábio Almeida de Souza. Comandante do Batalhão de Choque [é acusado] defendeu violência contra manifestantes
O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse na manhã desta segunda-feira que exonerou do cargo o comandante do Batalhão de Choque (BPChoq), o coronel Fabio de Souza. A decisão foi tomada após a publicação de uma reportagem da revista Veja, no fim de semana, que mostrou conversas de um grupo de WhatsApp em que o coronel aparece como o interlocutor de mensagens de cunho nazista. Segundo o secretário, não havia nenhum inquérito contra o comandante do Batalhão de Choque até o momento e que decidiu afastar o oficial do cargo após ter acesso às peças do inquérito. Beltrame determinou ainda abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar a conduta do oficial.  - Me certifiquei sobre o conteúdo das mensagens que fazem parte do inquérito. Fiquei horrorizado - disse Beltrame. - Se outra pessoa tivesse sabido disso deveria ter tomado providências, como o procedimento disciplinar que será aberto agora. [quando um bandido declara que se quisessem matavam um militar por dia na favela da Maré, o senhor Beltrame e demais autoridades simplesmente  silenciam. Clique aqui e veja a matéria com a declaração dos bandidos da Maré.]

No lugar do coronel Fábio de Souza assume o coronel Wilman Rene Gonçalves Alonso, que vai acumular a função temporariamente com o Comando de Operações Especiais (COE).  O coronel Fábio Souza é acusado de incitar policiais a usarem de violência contra manifestantes durante os protestos ocorridos em 2013, quando estava à frente do Batalhão de Operações Especiais, o Bope. [percebam que o coronel Fábio é ACUSADO de atos que supostamente praticou em 2013 e até agora continua na condição de acusado, situação que demonstra o desinteresse na conclusão do inquérito. Por que o desinteresse? Será que as investigações preliminares mostraram que o coronel seria inocentado das acusações?] Além das mensagens enviadas pelo coronel Fábio Souza a um grupo fechado do WhatsApp, a polícia investiga também um ataque à casa do ex-comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Márcio Rocha. 

A casa do militar teve sua fachada atingida com 14 tiros em janeiro de 2014. Há informações de que o grupo do aplicativo de mensagens instantâneas por celular estaria por trás do ataque porque estariam fazendo críticas ao oficial. No domingo, a PM informou através de nota de sua assessoria que o Inquérito Policial Militar (IPM) está em andamento, na fase de cumprimento de exigências feitas pelo Ministério Público. De acordo com a nota o encarregado do IPM é o coronel Gílson Chagas, comandante do 12º BPM (Niterói). A nota informa, ainda, que todos os oficiais citados nos fatos já depuseram na qualidade de testemunhas.

Fonte: O Globo