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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Caesb: novo presidente terá como missão ampliar serviços em Sol Nascente, Pôr do Sol e Água Quente

O governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu mudar o comando da Caesb porque queria alguém com um perfil mais voltado a obras. Na presidência, sai o delegado aposentado Pedro Cardoso. Entra o arquiteto e urbanista Luiz Antônio Reis

Segundo integrantes do governo, Reis chega para ampliar o serviço de água e esgotos para novos bairros e cidades criadas a partir de invasões (Sol Nascente, Por do Sol, Água Quente). 
Ex-diretor-geral da Polícia Civil, Pedro Cardoso fica na Caesb na diretoria jurídica. Reis foi diretor técnico da Terracap, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) no DF. Também exerceu cargo de administrador regional de Brasília e secretário-adjunto de Desenvolvimento Urbano e Habitação. “Um novo desafio”, afirma Reis, sobre o convite de Ibaneis. Na iniciativa privada, atuou no próprio escritório e na JC Gontijo. [PRIVATIZAR é a solução para a Caesb; a CEB privatizada como NeoEnergia) melhorou muito e vai continuar melhorando) era quase tão ineficiente quanto a Caesb (que continua campeã e continuará,  até ser privatizada e pior, pagando salários nababescos para altos funcionários INcompetentes);
- quem precisa ir para casa urgentemente é o diretor-geral do DER-DF = conseguiu piorar o impiorável, colocando o DER-DF na liderança da INcompetência, tomando uma posição que era ocupada pelo DETRAN-DF há mais de 30 anos. 
Naturalmente que a INcompetência dos administradores do Ibaneis, só perde para a do mesmo = aliás o Enganês, vai ser líder também no FUROR ARRECADATÓRIO =  criou uma taxa para quem abriu uma IMEI e não deu conta de iniciar nem as atividades.
Todo mundo que é, ou foi, dono de uma IMEI está recebendo um carnê que cobra uma extorsiva TAXA DE FUNCIONAMENTO.]  
 
CB - Poder - Correio Braziliense

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Quem é o criminoso que 'dribla' as polícias Civil, Militar e Federal em fuga que já dura seis dias entre DF e Goiás

Suspeito de matar casal e filhos em Ceilândia atirou em quatro pessoas e ateou fogo em casa durante nova escapada; polícia conta com duzentos homens, helicópteros, cães farejadores e drones 
 
Já duram seis dias a busca pelo criminoso Lázaro Barbosa Souza, de 33 anos, suspeito de matar uma família, na última quarta-feira, 9 de junho,  em uma chácara no Incra 9, em Ceilândia, região nos arredores do Distrito Federal. Após arrombar a porta e entrar na casa, ele matou a tiros e facadas o empresário Cláudio Vidal, de 48 anos, e seus dois filhos, Gustavo Marques Vidal, de 21, e Carlos Marques Vidal, de 15. Esse foi o primeiro de uma longa série de crimes que pôs moradores do DF em alerta e iniciou uma perseguição policial que conta com helicópteros, cães farejadores, drones e mais de 200 homens. Lázaro Barbosa já teria ateado fogo em uma casa, roubado carros e despistado os policias.
 
[Bolsonaro diz:  Eu sou impedrejável; nós dizemos: é impensável, inaceitável,  que a polícia capture vivo esse bandido - ele vai resistir à prisão e será necessário o seu abate  durante a captura.] 
  
A polícia acredita que ele está munido de um revólver calibre .32 e possivelmente de outras armas e munição roubada das residências que invadiu ao longo da última semana. Cerca de 17 fazendas da região estariam ocupadas por policiais. A Secretaria de Segurança Pública de Goiás  e a Secretaria de Segurança Pública do DF montaram uma força tarefa para capturar o suspeito, com base na cidade de Cocalzinho. O grupo conta com policiais  da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Lázaro Barbosa Sousa é suspeito de cometer um quádruplo latrocínio em Ceilândia, no DF, e um quinto em GO. No último sábado, em Cocalzinho de Goiás, ainda baleou mais três pessoas, dois dos quais em estado grave. De acordo com as informações da Secretaria de Segurança Pública, o quinto homicídio em GO teria ocorrido antes da quarta-feira, quando o suspeito assassinou a família de Claudio Vidal em sua chácara.

Lázaro Barbosa de Souza é condenado por homicídio na Bahia, além de já ser procurado por crimes de roubo, porte ilegal de armas de fogo e estupro no Distrito Federal e no estado de Goiás. Segundo a polícia, ele foi preso em 8 de março de 2018 pelo Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Linda. No entanto, ele fugiu do presídio no dia 23 de julho, apenas quatro meses depois. Desde então, é um foragido. Lázaro Barbosa teria cometido crimes já em abril do ano passado. Entre os dias 8 e 9 daquele mês, na cidade de Santo Antônio do Descoberto, ele teria invadido uma chácara onde moravam quatro idosos. Além de roubar pertences do grupo, o suspeito teria agredido os idosos e usado um machado para atacar um deles na cabeça.

Em abril deste ano, no dia 26, ele teria invadido uma casa no Sol Nascente, também na região administrativa de Ceilândia. Após invadir a propriedade, ele teria trancado pai e filho dentro de um quarto e levado a mulher para o mato, onde a teria estuprado.

Na manhã de hoje, o secretário de Segurança Pública de Goiás Rodney Miranda (DEM) esteve acompanhando as buscas pelo suspeito. Ele se referiu ao possível criminoso como um psicopata. — Temos informações que dizem que ele está por aqui, por essa região, e temos informações que ele está em Água Lindas e até mesmo que ele teria voltado para o DF. Vamos trabalhar em todas essas vertentes até resolver — disse Miranda a jornalistas:— Ele é o que a gente chama de mateiro. Ele está acostumado com a região, acostumado a se emburacar em diversos pontos.

Segundo o secretário, eles esperam capturar Lázaro ainda hoje.

Os crimes de Lázaro
Quarta-Feira, dia 9 de junho: Lazáro invade a chácara de Cláudio Vidal e mata ele e seus filhos, em uma ação que dura cerca de 10 minutos. No momento da fuga, faz Cleonice Marques, de 43 anos, mulher de Cláudio, refém e a sequestra. Logo após a entrada do bandido na casa, ela teria feito uma ligação para seu irmão pedindo por socorro. Sua família chega momentos depois, mas encontra apenas os corpos de Cláudio e seus filhos.

Quinta-feira, dia 10 de junho: Na parte da manhã, Lazáro Barbosa teria invadido outra residência apenas três quilometros de distância da chácara da família de Cláudio e Cleonice. Ele teria mantido a dona da casa, Sílvia Campos, de 40 anos, e o caseiro, Anderson, de 18, sob a mira de sua arma durante três horas e os obrigado a fumar maconha. Ele teria roubado cerca de R$ 200 e celulares antes de deixar a residência. Cleonice continua desaparecida.

Sexta-feira, dia 11 de junho: Lazáro é suspeito de roubar um carro e fazer mais um refém. Ele teria deixado Ceilândia e ido para Cocalzinho, em Goiás. Lá, incendeia o veículo. A polícia acredita que ele pode ter contado com a ajuda de um comparsa nesse momento. As buscas por Cleonice continuam.[atualizando: o corpo de Cleonice já foi encontrado, nua e jogada em um córrego.]

Sábado, dia 12 de junho: Enquanto isso, Lázaro teria invadido uma residência nos arredores de Lagoa Samuel, onde teria ingerido bebidas alcóolicas, feito o caseiro refém e destruído o seu carro. Horas depois, ele teria invadido outra chácara, atirado em três homens e roubado armas de fogo. À noite, teria incendiado uma casa em Cocalzinho. Alguns relatos afirmam que ele teria trocado tiros com a polícia, informação que não foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás.

Domingo, dia 13 de junho: Lazáro invade uma casa por volta das 15h. A residência estaria vazia naquele momento. O criminoso teria roubado um carro Corsa vermelho. Aproximadamente às 18h30, o veículo teria sido abandonado em uma rodovia, a 30 quilômetros da residência invadida mais cedo. Acredita-se que Lázaro tenha avistado um bloqueio policial e decidido fugir para o mato. Dentro do carro, a polícia encontrou um carregador de munição. De acordo com a Polícia Militar de Goiás, o suspeito teria chegado a trocar tiros com a polícia antes de fugir para um matagal.

Na tentativa de localizá-lo no escuro, a polícia passou a utilizar drones com sensores infravermelhos. O secretário de Segurança Pública do estado de Goiás, Rodney Miranda, destacou que a força-tarefa está empenhada na captura, a qual, segundo ele, deve ocorrer nas próximas horas. "Estamos trabalhando em cima das informações de inteligência e das denúncias que estão chegando. Hoje temos uma linha um pouquinho mais forte para esse lado (Edilandia)", explica. Agora, até a cavalaria reforça as buscas.

Correio Braziliense e Brasil - O Globo

 

domingo, 11 de agosto de 2019

Avó de Michelle Bolsonaro fica três dias em corredor do HRC [Hospital Regional da Ceilândia - Brasília - DF]

Ela sofreu uma queda e quebrou a perna direita. Neste sábado, foi transferida ao Hospital de Base e passa por exames

Após ficar três dias nos corredores do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), a avó da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi transferida para o Hospital de Base neste sábado (10/8). Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78 anos, sofreu uma fratura na perna depois de cair dentro de casa, no Sol Nascente. 
Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78 anos, sofreu uma fratura na perna depois de cair dentro de casa (foto: Reprodução/TV Brasília)
 
[a SAÚDE PÚBLICA no DF está um caso perdido, desesperador e precisa urgente de uma intervenção federal ou de um recall, alguma coisa que afaste o Ibaneis.
O Atual governo recebeu Brasília um CAOS na Saúde Pública, Educação, Transportes, Segurança e agora, por incompetência, está transformando o CAOS em CAOS CAÓTICO;
A única medida que o governado sabe adotar é pintar meio-fio e demitir diretor de órgão que não funciona - não funcionamento causado por falta de profissionais e material.
A semana que passou ele demitiu a comandante da PMDF e o chefe do Gabinete Militar, devido o Hospital da PMDF estar atendendo - POR FALTA DE PROFISSIONAIS - com apenas 40% de sua capacidade.
Se o descaso, o desprezo, o maltratar os doentes, ocorrer com a AVÓ da PRIMEIRA-DAMA, imagine o que ocorre com os que não tem parentes importantes.]
Ela deu entrada no HRC na quinta-feira (7/8) e, após ser realocada, passou por exames para avaliar se será ou não necessário submetê-la a um procedimento cirúrgico. Maria Aparecida sofre de osteoporose e precisa de muletas para se locomover. Há cinco anos ela aguarda uma cirurgia na perna direita, a mesma lesionada durante a recente queda. 
 
De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), Maria Aparecida estava sendo atendida e medicada pela equipe de ortopedistas do HRC, composta por 31 profissionais. [se você for hoje,  hospital em hospital, não vai encontrar em todos os  hospitais do DF 31 ortopedistas.]
 
Sem contato com a neta, Maria Aparecida acompanha de longe a vida de Michelle Bolsonaro. Com carinho, ela guarda fotos do casamento de Michelle e Bolsonaro, em 2013, no Rio, enviadas por meio eletrônico e impressas em uma folha de sulfite. "Fiquei muito feliz. Ela nem pensa como eu fiquei feliz por ela, de eu saber que ela era quem ela era, tadinha, e hoje ela é daquele jeito porque ela teve atitude, procurou, correu atrás. Toda a vida ela trabalhou", contou Maria em entrevista exclusiva, realizada em novembro do ano passado. A avó não esteve presente no casamento. 
 
 
 

 

terça-feira, 17 de julho de 2018

Sol Nascente, Brasília - DF, a favela que caminha para se tornar a maior do Brasil

A 35 quilômetros da Praça dos Três Poderes, em Brasília, área da comunidade é maior que 1.000 campos de futebol. Estimativa é que cem mil pessoas habitem hoje a região invadida 

No início dos anos 2000, Maria Iraneide Jacaúna pegou R$ 3 mil e comprou um lote de 300 metros quadrados numa área recém-batizada de Sol Nascente. Era uma invasão que se formava no meio do mato nos confins de Ceilândia, a maior cidade-satélite de Brasília, com altos índices de violência. No local, só havia luz de vela, a água tinha de ser buscada na casa de parentes ou conhecidos, o transporte público não chegava. As empresas de ônibus se recusavam a abrir uma nova linha e alegavam que lá só havia meia dúzia de pessoas. O argumento indignava Jacaúna. “Onde já se viu dizer que tinha pouca gente para atender?”, lembra a cearense de Crateús, que esteve à frente da reivindicação por ônibus.

Naquela época, classificar a população do Sol Nascente como grande ou pequena dependia dos interesses de cada lado — moradores versus companhias de transporte. Hoje, menos de 20 anos depois, a comunidade se impõe como candidata a maior favela do Brasil. O posto de segunda colocada no ranking foi alcançado em 2010, quando o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o Sol Nascente, com 56.483 moradores, só perdia em número de habitantes para a Rocinha, no Rio de Janeiro, que abrigava 69.161 pessoas.

Enquanto o morro carioca se mantém sem surtos de expansão territorial nos últimos anos, a favela horizontal em solo plano, a apenas 35 quilômetros do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, não para de crescer. Apesar da fiscalização do governo do Distrito Federal, que já fez derrubadas de casas e barracos no local, o Sol Nascente vai se espalhando para além do tamanho oficial, delimitado ainda em 2009, de 934,4 hectares — tamanho de quase 1.000 campos de futebol. A estimativa é que hoje 100 mil pessoas habitem a área invadida. É gente que, apesar da proximidade com o poder, em geral só circula nos palácios, prédios tombados e quadras planejadas de Brasília prestando serviços de baixa qualificação, como domésticas, pedreiros, copeiras e ambulantes.

O Sol Nascente está organizado em três trechos. O de número 3 é o maior, mais populoso e com menos infraestrutura. Foi lá que Jacaúna, a mulher que liderava a briga pelo transporte público, comprou seu lote parcelado a um valor correspondente a cerca de 16 salários mínimos da época. Ela queria, como todos os demais aventureiros que rumavam com as famílias para um lugar sem qualquer estrutura, fugir do aluguel. “Quando a gente tem uma oportunidade de ter nosso teto, de ter a casa própria, a gente agarra. Por mais difícil que seja no início”, diz a moradora de 60 anos, que aos 32 deixou Crateús e o primeiro marido, que a maltratava, em busca de oportunidades melhores na capital do país. A cearense conta que, por alguns anos, faziam “gambiarra” para ter água e luz. Até que, entre 2006 e 2007, depois de muita pressão, conseguiram o serviço oficial. “Todo mundo queria ter sua conta, legalmente. Nós compramos os hidrômetros, corremos atrás da estrutura.”

Jacaúna tem cabelos tingidos em tom avermelhado com a raiz branca aparente, pálpebras que pesam sobre os olhos e uma risada sonora. É vista como uma líder comunitária. Enxerga-se apenas como mais uma entre a “mulherada potente” que batalhou melhorias na região. Vivendo de fazer marmitas e vender alho amassado, hoje ela gasta boa parte da energia coordenando a construção, dentro de seu terreno, de quitinetes para as quatro filhas, os cinco netos e o primeiro bisneto — ainda na barriga de Poliana, de 16 anos.

De um azul-claro que faz doer a vista, o céu contrasta com a poeira que sobe das avenidas esburacadas do Sol Nascente. O trecho 3 praticamente não tem asfalto. No setor 2, são cerca de 50% de vias cobertas. E, no setor 1, 100%. Nas vias pavimentadas se concentra o comércio da região. O movimento de moradores é intenso. Botecos, muitos com mesas de sinuca, dividem espaço com salões de beleza, armarinhos, lanchonetes e mercadinhos. Há alguns restaurantes modestos e mercados maiores.

A concentração de igrejas é, porém, o que mais chama a atenção. Na única avenida pavimentada do trecho 3, de 900 metros, há 16 templos. Alguns estão divididos por um mesmo muro. As opções são muitas: Igreja Internacional Sementes da Fé, Igreja Plenitude da Graça, Igreja Batista Gênesis. Em geral, ocupam espaços minúsculos com fachadas malconservadas. A exceção é um galpão amplo, ainda em construção, atribuído à Universal do Reino de Deus.

Da porta do Salão Beleza Natural, uma das sócias do negócio, Girlene Ferreira Santana, pragueja contra as montanhas de lixo largado por moradores no canteiro central da avenida. No Sol Nascente, apenas 25% da população tem coleta na porta de casa. O restante joga os resíduos em estruturas semienterradas colocadas pelo governo para o recolhimento pela companhia de limpeza ou, simplesmente, larga-os em qualquer local, fazendo de várias esquinas e áreas vazias pequenos lixões dentro da favela. “Já colocaram contêiner aqui, mas roubaram”, reclama Santana, que aproveita para criticar o comportamento de parte da população: “Aqui tem gente boa, mas tem gente que não presta”. Moradora do Sol Nascente desde 2004, a maranhense de 37 anos, que largou o serviço como diarista para ser manicure e depois ter o próprio negócio, está o tempo todo dando tchauzinho a quem passa na avenida — de ônibus, de carro, a pé.

...
 
Ações de criminosos que frequentemente entravam nos comércios, pegavam o que queriam, consumiam o que bem entendiam e saíam sem pagar não ocorrem há algum tempo na favela. A violência, porém, continua uma marca da região. Ceilândia, onde o Sol Nascente está inserido, ocupa a 10ª posição entre 31 cidades do Distrito Federal na taxa dos crimes violentos letais intencionais (homicídio, latrocínio e lesão seguida de morte), com 16,4 ocorrências por 100 mil habitantes, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF. De janeiro a abril, houve registro de nove assassinatos somente na área do Sol Nascente, em comparação a seis no mesmo período do ano passado. No mesmo período, os estupros passaram de oito para nove, e os roubos caíram de 265 para 165, um número ainda bastante elevado.

Nos muros da favela, embriões de facções parecem disputar espaço e status. Não é raro, ao circular pelas ruas mais afastadas, ver pichações sobrepostas do CSN (Comando do Sol Nascente), Os Cão do Inferno (OCI) e Os Moleque Doido (OMD). Por mais infantis que pareçam as denominações, as pequenas gangues já mostraram potencial de aterrorizar moradores e comerciantes, com assaltos e homicídios tendo como pano de fundo o comércio de drogas e, de alguns anos para cá, a grilagem.
“São criminosos que perceberam que a grilagem de terras, além de mais rentável, prevê uma pena bem menor que o tráfico”, afirma o delegado Fernando Fernandes, da 19ª Delegacia de Polícia, responsável por uma parte da Ceilândia que engloba o Sol Nascente. Ao andar pelas ruas da comunidade, de cabelos espetados modelados com gel, o policial é parado por crianças e senhorinhas para um abraço ou aperto de mão.

Matéria Completa, em Época
 

terça-feira, 12 de junho de 2018

Rollemberg se apressa para inaugurar obras antes das eleições

Lei eleitoral proíbe participação de candidatos nesses eventos três meses antes do pleito.  

[atualizando, destacando que tudo  postado hoje cedo continua valendo; 

mas, surgiu mais uma pendenga no governo Rollemberg:  

- o Instituto de identificação parou de emitir carteiras de identidade; o motivo é o recorrente no atual governo, ou seja, o contrato venceu e o processo licitatório está emperrado.

Enquanto isso quem precisar de carteira de identidade - aguarde;

governador o senhor aproveita esta onda "inauguratória" e descerra uma                   - placa comemorativa dos  nove meses que o telefone 154 do Detran-DF não funciona; 

- descerra outra placa comemorando os três meses que a estação Guará, do metrô, só tem uma catraca funcionando.   

Curioso governador é que os três atrasos (paralisações,  talvez seja mais adequado) tem o mesmo motivo: existia um contrato, o mesmo tinha data de inicio, prazo de vigência e,  consequentemente, data de encerramento.
Também previa eventuais prorrogações em situações de emergência.

Tudo isso de forma clara, que até petista consegue ler.
O estranho é que mesmo a administração do órgão atendido pelo contrato tendo todas essas informações não providenciou uma nova licitação em tempo hábil para não ocorrer solução de continuidade na prestação dos serviços.

Parece que todos do seu governo, retificando, quase todos do seu 'eficiente' governo esquecem coisas importantes - esquecimento que normalmente resulta em contratação emergencial a preços mais caros (prejuízo para os cofres públicos) e serviços piores.
Mesmo com a contratação emergencial, chega um momento em que para tudo.

Faz lembrar aquele velho ditado: criar dificuldades para vender facilidades.

Óbvio que existe vários outros contratos na mesma situação - três estão sendo citados por ser mais atual.]
 

Até 7 de julho, o governador Rodrigo Rollemberg pretende entregar à população o Bloco 2 do Hospital da Criança, a sede do parque tecnológico e dois centros culturais

Enquanto a oposição enfrenta dificuldades para se unir em torno de um nome ao Palácio do Buriti e iniciar a pré-campanha, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) corre para cumprir uma maratona de inaugurações. Pelas regras eleitorais, a participação de candidatos nesses eventos é proibida nos três meses que antecedem as eleições, ou seja, ele tem até 7 de julho. A restrição vale, ainda, para outros atos, como nomeações e realização de publicidade institucional.  Com a indefinição do cenário político, as entregas às vésperas do pleito tendem a dar destaque ao nome do socialista, vantagem importante numa campanha curta, com 45 dias em vez de 90.

Uma das inaugurações prioritárias ocorreu ontem. O governo entregou as obras de infraestrutura do Trecho 1 do Sol Nascente, em Ceilândia, uma das áreas mais carentes do Distrito Federal. Entre as ações para a implantação de redes de drenagem, pavimentação e meio-fio, foram investidos cerca de R$ 58, 8 milhões. Há, também, intervenções nos trechos 2 e 3. O primeiro deve ser finalizado parcialmente em junho, e o segundo, no fim de 2018. As conclusões são critérios necessários para a regularização das regiões.

[Governador:  FINALIZADO e PARCIALMENTE não combinam.

FINALIZADO: aprontado, completo, acabado, completado, concluso, consumado, fechado, feito, finalizado, findo, inteiro, ...

PARCIALMENTE:  De maneira parcial; de modo injusto ou imperfeito; limitadamente. ... 

Os destaques em vermelho nas entregas abaixo é que está dificil de acreditar;  cheira a enrolação de político em véspera de eleição.
Veja o Sol Nascente: consta como obra a ser inaugurada este ano e são citados meses que levam a deduzir que são de 2018.
Qual o motivo de uma obra a ser concluída em agosto constar O STATUS DA EXECUÇÃO como INDEFINIDO???]

(...)

Entregas previstas

O GDF listou 12 obras prioritárias com chance de inauguração neste ano. Confira:
Antes de 7 de julho

Obra: Trechos 1, 2 e 3 do Sol Nascente

Valor: R$ 220 milhões
Status: Trecho 1 (100%); Trecho 2 (indefinido); Trecho 3 (indefinido)
Data de conclusão: Trecho 1 (ontem); Trecho 2 (parcialmente em junho e o restante em agosto); Trecho 3 (dezembro de 2018)

Obra: Bloco 2 do 
Hospital da Criança
Valores: R$ 100,3 milhões do GDF e US$ 10,5 milhões da WFO
Status: 95% concluída
Data de conclusão: julho de 2018

Obra: Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul
Valor: R$ 6,2 milhões
Status: em fase de acabamento dos teatros e das galerias no térreo
Data de conclusão: 30 de junho (teatros e galerias) e agosto (demais espaços)

Obra: drenagem e pavimentação do Condomínio Porto Rico
Valor: R$ 29 milhões
Status: 90% concluída
Data de conclusão: primeiro semestre (de qual ano???)

Obra: sede do Biotic

Valor: R$ 50 milhões, contando com o mobiliário
Status: concluída
Data de inauguração: junho de 2018 (???)

Obra: Casa de Cultura de Planaltina

Valor: R$ 3.788.728,78
Status: obras concluídas, aguardando vistoria para aprovação do Corpo de Bombeiros e liberação do habite-se. Em andamento o processo para aquisição de equipamentos cênicos e mobiliários
Data de inauguração: primeiro semestre

Obra: Complexo Cultural de Samambaia

Valor: R$ 5 milhões
Status: Em andamento o processo para aquisição de equipamentos cênicos e mobiliários
Data de inauguração: primeiro semestre (de qual ano???)

Depois de 7 de julho
Obra: Corumbá IV
Valor: R$ 272 milhões
Status: 75% concluída
Data de conclusão: dezembro (de qual ano???)

Obra: Estação Estrada Parque
Valor: R$ 2,4 milhões
Status: em andamento ???
Data de conclusão: setembro de 2018

Obra: Estação 106 Sul do metrô
Valor: R$ 18,7 milhões
Status: em andamento
Data de conclusão: novembro de 2018
Obra: Estação 110 Sul
do metrô

Valor: R$ 18,4 milhões
Status: em andamento ???
Data de conclusão: outubro de 2018

Obra: Trevo de Triagem Norte
Valor: R$ 85.300.172,30
Status: 54% concluída
Data de conclusão: dezembro  de 2018 (sistema viário, mais pontes laterais). 
A recuperação da Ponte  do Bragueto fica para agosto de 2019 
MATÉRIA COMPLETA, Correio Braziliense

domingo, 22 de abril de 2018

Bandidos do MTST agem no DF - Polícia neles

Cerca de 200 integrantes do MTST ocupam área no Sol Nascente (segunda maior favela do Brasil) em Ceilândia - Brasília - DF

As famílias chegaram na madrugada de sábado (21/4) e montaram barracos de lona e bambu. O grupo reivindica o direito à moradia e a PM faz o monitoramento da área [esse grupo de bandidos não tem direito a reivindicar nada; corrigindo: podem reivindicar, e merecem, lotes individuais de 2,00m x 1,00m, profundidade 7 palmos.]

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam, na madrugada de sábado (21/4), uma área pública no Setor Habitacional Sol Nascente, em Ceilândia. De acordo com informações da organização do militantes, cerca de 800 famílias estão no local, porém, a Polícia Militar estima 200. As pessoas montaram barracas com lonas e pedaços de bambu. 

De acordo com o tenente Carvalho Santana, do 10º Batalhão de Polícia Militar, o movimento está pacífico. "Desde que as famílias chegaram, não tivemos nenhum conflito e, como não recebemos nenhuma determinação para tirá-los daqui, o que estamos fazendo é monitorar para que seja garantida a ordem pública", esclarece. 


Ainda segundo o militar, os próprios manifestantes pediram auxílio para manter a segurança da família. "As próprias pessoas que estão lá nos pediram apoio caso chegassem pessoas querendo bagunçar o movimento", disse o tenente Santana. 

O objetivo da ocupação é a garantia do direito por moradia. Por meio de nota, o MTST informou-se que as "famílias sem teto que vivem em situação de vulnerabilidade extrema (...) ocuparam um terreno ocioso do governo, que não estava cumprindo seu papel social e tinha a previsão de abrigar equipamentos públicos para a comunidade".   [o terreno não está ocioso, é Área de Proteção Ambiental, e de covardia em covardia do governo do DF, a área ocupada e em processo de legalização já é a segunda maior favela do Brasil - também é uma área com o maior índice de crimes do DF.
Se deixar aumentar, além do prejuízo ao meio ambiente a Segurança Pública do DF que praticamente inexiste, acabará de vez. ]

Correio Braziliense


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Bandidos da Capital Federal já tem seu próprio comando - Mãe e filha morrem baleadas no Sol Nascente - maior favela do Brasil - em Ceilândia



Organização criminosa espalhava o terror no Setor Habitacional Sol Nascente
Seis pessoas foram presas suspeitas de crimes como tráfico de drogas, homicídio e parcelamento irregular de terra
As seis pessoas presas pela Polícia Civil do Distrito Federal na manhã desta segunda-feira (25/5) são suspeitas de integrar um grupo responsável por espalhar o medo no Setor Habitacional Sol Nascente. Eles estão envolvidos em uma série de delitos, como homicídio, tráfico de drogas e parcelamento irregular de terras. Uma mulher, de 31 anos, integra o grupo, que se intitulava “Comando do Sol Nascente”.  A organização criminosa se inspirava no modo de agir do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil.

A operação batizada como “O Comando é Nosso” cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária. Durante dois meses, os investigadores da 19ª Delegacia de Polícia (P. Norte)  constataram que o grupo trabalhava com grilagem de terras na região. Além de invadir os terrenos e vendê-los entre R$ 30 mil a R$100 mil, eles ameaçavam os compradores e tomavam as propriedades de volta, independentemente do pagamento.

Eles também roubavam comércio e, para encobrir as ações, quebraram várias câmeras de vigilância da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF). A organização também está envolvida em assassinatos. Entre os mais recentes estão o de uma mãe e uma filha de 3 anos.  Os cheques apreendidos pela polícia no valor de R$ 2 milhões eram de pessoas que eles coagiam. Normalmente, eles pediam valores altos, mas, nem sempre, as pessoas tinham a quantia. Por isso, o cheque era devolvido. As funções dos participantes no esquema eram definidas. Tinha aquele que era responsável por ameaçar os moradores, o que repassava armas e o que invadia as terras, por exemplo.

Coletiva
Mais cedo, a Polícia Civil apresentou quatro dos envolvidos durante coletiva de imprensa. São eles: Sheridan de Souza Carvalho, 31 anos; Greidson Henrique Dias, 26 anos; Wagner Bruno de Souza, 20 anos; e Bruno Domingos Martins, sem idade divulgada. 
Um quinto envolvido, Rodrigo Ferreira da Silva, 20 anos, responsável pela morte da mãe e da filha, estava com os policiais em diligência. Ele os levou até uma residência, onde foi encontrada uma espingarda. Raimundo Nonato de Oliveira, 34 anos estava no imóvel e também foi detido suspeito de integrar o mesmo grupo.

Dois homens estão foragidos, entre eles, Sérgio Rolim de Oliveira, 31 anos, apontado com chefe da organização criminosa. Os envolvidos serão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, parcelamento irregular de terras, tráfico de drogas, dano qualificado e porte ilegal de arma. Somada as penas podem chegar a 30 anos de reclusão. 
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, testemunhas informaram que uma pessoa teria passando pela rua e atirado contra a mulher que estava com a filha no colo

 Mãe e filha morreram na madrugada desta sexta-feira (1º/5) após serem baleadas em uma rua da Chácara 128 do Sol Nascente, em Ceilândia.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, testemunhas informaram que uma pessoa teria passado pelo local e atirado contra a mulher que estava com a filha no colo. Quando os policiais chegaram, a mãe já estava morta e o Corpo de Bombeiros transportou a criança em estado grave para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Horas após o crime, a menina não resistiu aos ferimentos e morreu.

A identidade das vítimas não foi divulgada e nenhum suspeito foi localizado até a publicação desta matéria. Ainda não há informações sobre a motivação do crime. A ocorrência foi registrada na 19ª Delegacia de Polícia (Setor P Norte), responsável por investigar o caso.

Fonte: Correio Braziliense

sábado, 11 de abril de 2015

O crepúsculo do lulismo

Os escândalos de corrupção envolvendo o PT e a inoperância do governo Dilma abalam a força política do ex-presidente e colocam em risco o projeto eleitoral de Lula para 2018

Forjado no carisma pessoal e no amplo apoio popular ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o lulismo vive o seu crepúsculo. Se, num passado recente, Lula encarnava a figura política em quem nada de ruim colava, hoje o petista absorve o descrédito do governo e os sucessivos escândalos de corrupção protagonizados pelo PT. Para a população que ocupa as principais avenidas do País para protestar contra o governo, Lula é o parceiro fundamental do fracasso político-administrativo do projeto de poder que levou Dilma Rousseff à Presidência. É a face mais visível e seu principal fiador. Em 2005, no auge do escândalo do mensalão, o então presidente se livrou de um processo de impeachment porque a oposição temia enfrentar as massas em prováveis protestos em defesa do seu mandato. Hoje, a capacidade de mobilização de Lula encontra-se em xeque. 


 Lula, o traste

Desde o final de 2014, quando fora proclamada a vitória da presidente Dilma Rousseff, depois de uma eleição vencida por uma margem apertadíssima, o “nós contra eles” não funciona como em outrora. Antes considerados imbatíveis, Lula e o PT perderam a primazia das manifestações e o “eles” abafou o “nós” na retórica e nas ruas. O que aconteceu na última semana é emblemático. Convocado por Lula com o intuito de se contrapor a mais uma manifestação contra o governo programada para o dia 12 de abril, o protesto organizado pelas centrais sindicais e movimentos sociais em defesa de Dilma produziu um fiasco. Em São Paulo, reuniu pouco mais de 200 pessoas. No Nordeste, onde Lula já registrou seus maiores índices de popularidade, houve Estados, como a Bahia, que não conseguiu mobilizar nem uma centena de militantes. Na desesperada tentativa de engrossar o coro dos esvaziados movimentos em favor do PT, a CUT numa manobra vergonhosa para seu histórico chegou ao despautério de alugar militantes. Para fazer número na manifestação de terça 7 em Brasília, a central pagou cachê de R$ 45, além de oferecer lanche, boné e camiseta para a pessoas pobres da periferia do DF. Na região do Sol Nascente, a maior favela do DF, foram recrutadas 30 pessoas. [o que complicou a CUT, PT e toda a gang petralha é que na manifestação anterior eles prometeram que o lanche seria pão com mortadela e forneceram pão com margarina.]

(...) 

A decepção do eleitor com o lulopetismo fica ainda mais clara na sondagem da CNI/Ibope divulgada no dia 1º registrou que a maioria dos eleitores de Dilma mostra-se arrependida. Em dezembro, 20% dos eleitores da presidente afirmaram que escolheram a petista, mas tinham ressalvas sobre sua maneira de governar. Três meses depois o índice de eleitores arrependidos de terem votado na sucessora de Lula subiu para 66%. Outra pesquisa, desta vez do Instituto Paraná, mostra que o risco de uma derrota eleitoral do PT e de Lula em 2018 é real. Projeção de um segundo turno entre o ex-presidente e Aécio dá ao tucano uma vitória de 51,5% contra 27,2% de Lula – cenário impensável até dois anos atrás. 


Numa última tentativa de preservar o seu legado e, com isso, não arder na mesma fogueira de Dilma até 2018, Lula aproxima-se da esquerda petista, dos sindicatos e movimentos sociais. Ou seja, ao mesmo tempo em que recomenda a presidente a partilha do poder com o PMDB, nas bases partidárias Lula joga em outra direção, revelando o caráter personalista do seu projeto. Líderes de movimentos sociais até então esquecidos ou que tiveram quadros burocráticos cooptados pela estrutura do governo estão sendo, um a um, chamados para conversas e reuniões com o líder petista. O ex-presidente também retomou o Governança Metropolitana, nome de um projeto do Instituto Lula destinado a debater as cidades brasileiras. Deste modo, Lula pretende ouvir reclamações, antecipar o pleito das ruas. 

O ex-presidente ainda articula o resgate da boa convivência do Movimento dos Sem Teto. Na terça-feira 7, um dia após o líder do MTST, o filósofo Guilherme Boulos, afirmar em entrevista que “o lulismo não funciona mais”, o ex-presidente recebeu em seu Instituto representantes dos movimentos nacionais de moradia. Os militantes estavam indóceis com o cancelamento da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida.

Muitos anos de omissão do PT com a juventude petista também estão no radar de preocupações do ex-presidente. Aos 69 anos, Lula ainda fala melhor com os jovens correligionários do que os dirigentes do partido responsável pela interlocução. Em pesquisas internas, o PT identificou a perda de força entre esses militantes. No caderno de teses que o partido apresentará no congresso da legenda, em junho, está registrado o reconhecimento da rejeição dos jovens à sigla. “É preciso organizar a atuação e a influência de massas do petismo entre os jovens que supere seu profundo processo de dispersão e desorganização em um dos momentos em que o PT é mais desafiado a dialogar com as novas gerações”, afirma o documento. Pesquisa da CNI/Ibope vai na mesma direção ao mostrar que o maior percentual da queda de popularidade do governo concentrou-se entre os mais jovens. Entre os entrevistados de 25 a 34 anos, 92% reprovam a administração petista. Na faixa de 16 a 24 anos, a rejeição é de 86%. A falta de oxigenação do PT expõe uma falha da estratégia lulista. Ao cooptar a União Nacional dos Estudantes (UNE) e se aproximar institucionalmente dos líderes da entidade, o PT imaginou que ganharia o apoio dos jovens. O método não funcionou. O mesmo ocorreu com as centrais sindicais. Os burocratas das organizações trabalhistas ganharam assento no governo, mas os trabalhadores não se sentem mais representados pelos sindicatos.

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Josie Jeronimo (josie@istoe.com.br)

Colaborou Alan Rodrigues

 
Fotos: Gel Lima/Frame/Ag. o Globo; Marcos Alves/Ag. o Globo, Beto Barata e Eduardo Knapp/Folhapress; Pedro Ladeira/Folhapress; Ricardo Stuckert/Instituto Lula