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sábado, 25 de novembro de 2017

Quem manda no meu corpo sou eu

Deputados criam manobra em projeto de emenda constitucional para retirar o direito da mulher de interromper a gravidez em casos de risco à vida, estupro e anencefalia, garantido desde 1940. Polêmica retoma discussão sobre legalização do aborto no País

[muito justo que a mulher mande no próprio corpo, inclusive para causar danos ao mesmo. 

Caso a mulher queira cortar um dedo, o clitóris, uma orelha,  um pé, tem todo o direito (inclusive no Brasil o suicídio, ou a tentativa, não são criminalizados - a indução é, mas, o ato não) faz parte do corpo que é dela.

Inadmissível, criminoso, repugnante, covarde é que ela utilize tal argumento para assassinar covardemente um ser humano inocente e indefeso e que está em sua barriga - local onde se espera total proteção da DONA da barriga.

Percebam que a mulher é DONA da barriga, mas, não é dona da vida que esteja na barriga - o feto, ser humano desde o instante da concepção.]  

Em meio ao trauma de ter sido estuprada pelo próprio namorado, a estudante Renata*, 21 anos, sofreu mais um baque. Descobriu estar grávida. Entrou em desespero ao imaginar que manteria um laço para toda a vida com o agressor. “Fiquei com medo de ter a criança e descontar tudo nela, tratá-la mal pelo que aconteceu comigo”, disse à ISTOÉ um dia antes de realizar o aborto  [cometer um assassinato.]. “Não quero ter um filho nessas circunstâncias.” Em um hospital de São Paulo equipado para realização do procedimento, ela conversou com uma assistente social, uma psicóloga e um médico. É um trabalho minucioso para ver se a história é verdadeira, se as datas batem. Se não existisse o amparo legal, diz, estaria desesperada: “Correria o risco de fazer nesses ‘açougues’ clandestinos ou de tomar remédio sozinha.” [essa assassina, essa aborteira,  tem que considerar:
- quem a estuprou foi o namorado, não foi o fruto da relação que ela chama de estupro (será que houve mesmo o estupro?). Assim, é o namorado que merece ser punido com todo rigor, de forma cruel mesmo.
Os nossos dois leitores conhecem a posição deste Blog Prontidão Total totalmente contrária ao aborto e favorável a punição severa, que começa com uma temporada na cadeia e castração química do estuprador;
- ter um filho não implica em manter laço com o pai da criança - no caso o estuprador; assim, é uma desculpa ridícula e que não justifica o assassinato;
- o argumento de descontar tudo o que sofreu na criança não justifica assassinar a criança; consideremos, em hipótese, que uma mãe cria raiva de um filho e resolve espancar o mesmo, tratar com crueldade, submetê-lo a privações e outras maldades. Justifica que ela assassine o filho para não poder maltratá-lo.
É só substituir o filho já nascido pelo feto e ver que o argumento da mãe aborteira, não se sustenta.
Quanto a participação nos preparativos para o assassinato da assistente social, da psicóloga e do médico, não os isenta do crime covarde, hediondo, repugnante e vil. E os mesmos não estão obrigados a participar dos preparativos/execução do assassinato.]
 
A decisão de interromper a gravidez foi amparada pela legislação brasileira, que permite a prática em caso de estupro, risco de vida à gestante ou anencefalia. O decreto que estabelece o direito é de 1940, mas, apesar de antigo, é ameaçado até hoje. [o assassinato da criança anencéfala não encontra amparo na legislação brasileira;
tal crime é permitido por decisão 'legislativa' dos ministros do Supremo.] Tramita na Câmara dos Deputados uma manobra para que o País recue quase oito décadas e proíba o aborto sob qualquer circunstância. A justificativa é de se estar agindo “pela vida”. “De quem? Da mulher é que não é”, questiona Thomaz Gollop, professor de Genética Médica da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Grupo de Estudos sobre o Aborto (GEA). [a luta pela defesa da vida - um direito SAGRADO e Constitucional justifica qualquer manobra regimental.
A luta é pela defesa da vida do ser humano inocente e indefeso, não pela vida de uma mãe assassina e que sobrevivendo a um aborto, muito provavelmente realizará outros.] 

IstoÉ -  Camila Brandalise

 

sábado, 2 de setembro de 2017

Diego merece, no mínimo, a castração química - se seguida de uma noite convivendo com alguns presos em uma cela superlotada, melhor ainda

Mas, desnecessário mesmo, é o pronunciamento de algumas 'famosas' - mundialmente conhecidas - na esperança de se tornarem conhecidas

 'Amamentar é constrangedor; ejacular, não': mulheres protestam nas redes sociais

Famosas como Thais Fersoza e Rafa Brites levantam debate após homem que ejaculou em mulher dentro de ônibus ser solto 

 

O caso de um homem que ficou apenas um dia preso após ter ejaculado em uma mulher dentro de um ônibus em São Paulo levantou o debate em torno da amamentação em público. Segundo o juiz que concedeu liberdade ao estuprador, o homem não teria causado nenhum constrangimento à vítima. Pelas redes sociais, artistas e famosas têm questionado: amamentar, então, é que seria constrangedor? Entre elas, a atriz Thaís Fersoza e as apresentadoras Rafa Brites e Fernanda Rodrigues.
 
A campanha que circula nas redes sociais traz a seguinte frase: "Nosso país trata como tabu amamentar em público, mas quando ejaculam em uma mulher no ônibus, o juiz considera que 'não houve constrangimento'".
 
Na decisão, o juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto alegou que "não houve constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco de ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado".
 
O caso aconteceu nesta terça-feira: um homem, identificado como Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, ejaculou no pescoço de uma mulher em um ônibus que trafegava pela Avenida Paulista, região central de São Paulo. Passageiros do veículo acionaram a Polícia Militar (PM), e o agressor foi preso em flagrante por estupro. Apesar do ocorrido e de um histórico de outras acusações semelhantes, o homem teve sua liberdade concedida pela Justiça. Ele ficou apenas um dia preso. [o maníaco foi preso novamente - ver POST abaixo.]

Fonte: O Globo



Diego - que dizem ter problemas psiquiátricos, merece uma colher de chá: castração química


Homem que ejaculou em mulher dentro de ônibus repete crime e é preso

Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, voltou a cometer um ato obsceno contra uma mulher em um ônibus de São Paulo, na manhã deste sábado

O homem que ejaculou no pescoço de uma mulher dentro de um ônibus em São Paulo na última terça-feira (29/8) voltou a ser preso na manhã deste sábado (2/9) por praticar a o mesmo ato, segundo a Polícia Civil do Estado.

Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, foi detido pela polícia na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, região central da capital paulista. Segundo informações da 78ª Delegacia, nos Jardins, Diego cometeu, novamente, um ato obsceno contra outra mulher também no transporte público. Novais está na 78ª Delegacia e aguarda as providências da Justiça. 

Na última quarta-feira 30, ele foi liberado após ter praticado o mesmo ato. Por meio de audiência de custódia, o juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto entendeu que não poderia enquadrá-lo pelo crime de estupro, pois não houve ameaça, nem violência. "Entendo que não houve o constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco do ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação", alegou o juiz na sentença.

A decisão causou polêmica e revolta na internet
. Diego tem 15 passagens pela polícia por condutas similares. O primeiro assédio foi registrado em 2009, na delegacia da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. Só neste ano, foram três casos na 78ª Delegacia de Polícia, nos Jardins. Novais chegou a ser preso por flagrante de estupro em 2013 e 2016, mas era solto depois e o crime, enquadrado como ato obsceno. [mesmo sendo doente, Diego tem que ser compelido a cessar suas ações criminosas e para ele a castração química, reversível só após longo prazo, é suficiente;
mas, para os estupradores não doentes, a castração tem que ser a física, sem anestesia, feita lentamente, o estuprador vendo tudo;
outra alternativa é a castração física por esmagamento.]
 
Fonte: Correio Braziliense
 



terça-feira, 4 de julho de 2017

Rollemberg ao vetar projeto que busca desestimular o aborto, mostra que é contra a VIDAmais uma vez contra a

Governador veta PL que prevê mostrar imagens de fetos a mulheres estupradas

Em sua conta no twitter, Rollemberg declarou que a aprovação seria uma barbárie. "Algo macabro para qualquer mulher que já foi vítima de um crime"

[tudo bem; o estuprador deve ser severamente punido e já na primeira reincidência ser submetido a castração química e na próxima a castração física, mas, é inaceitável que devido sua atitude criminosa um ser humano inocente e indefeso seja assassinado pela própria mãe.

A exibição das imagens levaria a mãe a pensar melhor no crime que estaria cometente - crime cruel, já que a extração do feto além de ser um assassinato é um procedimento extremamente cruel.] 

O projeto de lei que prevê mostrar imagens de feto a mulheres que sofreram estupro e querem abortar será vetado pelo governador Rodrigo Rollemberg. Em junho, PL 1465/2013 foi aprovado em primeiro e segundo turnos na Câmara Legislativa do DF. Em sua conta no twitter, Rollemberg declarou que a aprovação seria uma barbárie. “Algo macabro para qualquer mulher que já foi vítima de um crime.” [as PESSOAS DE BEM do DF confiam em que a Câmara Legislativa do DF adote o mesmo procedimento que adotou com a lei que favorecia os gays - derrube o veto do Rollemberg e a lei passe a valer, desestimulando muitas mães, a optarem pelo assassinato de seu filho, ainda em sua barriga, um local onde o feto deveria sempre estar em total segurança.]
Disse ainda: “Respeito os direitos das mulheres, sou solidário às suas lutas e ao combate a qualquer tipo de violência, inclusive aquela que vem em forma da lei. Vetarei integralmente o projeto de Lei que obrigaria profissionais da saúde a mostrar imagens do feto às gestantes vítimas de estupro.” [governador, apesar de sua notória incompetência esperamos que não seja muito difícil para o senhor entender que o maior  direito do SER HUMANO é o DIREITO A VIDA e ao vetar o projeto o senhor violou este direito, retirando-o de SER HUMANO INOCENTE e INDEFESO.]
Em nota, o Buriti informou ainda que o governador já tomou a decisão vetar o texto integralmente: "O projeto da deputada distrital é uma barbárie, algo macabro para uma mulher que já foi vítima de um crime. Vetarei integralmente porque respeito os direitos das mulheres e sou solidário às suas lutas e ao combate a qualquer tipo de violência, inclusive aquela que vem em forma de proposta de lei." 
A reportagem tentou contato com a assessoria da deputada Celina Leão (PPS), mas até o momento desta publicação, não teve retorno. De autoria da deputada Celina Leão, o PL 1465/2013 foi aprovado em primeiro e segundo turnos na Câmara Legislativa do DF. Na quinta-feira (22/6), a proposta foi publicada no Diário Oficial do DF. O objetivo do projeto, segundo a deputada, é apenas orientar essas mulheres sobre "os riscos e as consequências físicas e psíquicas" da interrupção de uma gestação.
O texto determina, ainda, que unidades de saúde públicas e privadas do DF, quando autorizadas a realizarem o aborto em virtude de estupro, devem apresentar às gestantes e aos representantes um "programa de orientações" sobre o processo, que inclui as ilustrações do embrião, mês a mês, assim como sua extração
exames clínicos e laboratoriais
orientação sobre os efeitos do procedimento e apresentação da possibilidade de adoção pós parto e uma multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento da norma. 
Como justificativa, Celina Leão afirmou que as estatísticas mostram que a maioria das mulheres que sofreram complicações pós-aborto informaram não terem sido orientadas quanto aos riscos e complicações que poderiam advir da prática, ou seja, "não fizeram uma escolha consciente".  
'Tortura para a mulher'
Para a professora do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) especialista em História da Mulher Ana Vitória Sampaio, esse projeto é "uma tortura psicológica" à mulher. "Além de ter sofrido com a violência sexual, ela ainda precisa ver as imagens do desenvolvimento embrionário. Esse projeto de lei é contra os Direitos Humanos em todas as suas disposições", afirma. [essa professora, apesar do título, parece não saber que feto é um SER HUMANO, assim, assassinar um FETO é violar um dos maiores direitos de um SER HUMANO = O DIREITO À VIDA.]
Descriminalização do aborto
Uma ação do Psol e do Instituto Anis que busca descriminalizar o aborto até a 12ª semana (três meses) de gestação, em qualquer situação, aguarda para ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Rosa Weber foi a sorteada para ser relatora do processo, que ainda não entrou na agenda de votação da Corte. 
Essa não é a primeira vez que uma ação sobre aborto chega ao STF. Em 2012, o plenário decidiu que a interrupção da gestação não era crime em caso de anencefalia do feto, caracterizada por malformação ou ausência do cérebro durante a gravidez. [curioso é que certos  partidos políticos e institutos não tem o menor escrúpulo em apresentar projetos de lei ou ações buscando obter permissão para assassinar SERES HUMANOS INOCENTES e INDEFESOS.
E os SUPREMOS MINISTROS se arvoram em legisladores, em DONOS DE VIDAS e autorizam os assassinatos.
Mas, quando o projeto ou a ação é para estabelecer a PENA DE MORTE ninguém se interessa. Os bandidos podem executar suas vítimas, mães assassinas podem matar fetos, mas não é legal, não é politicamente correto, que tais assassino sejam executados.
Nenhum parlamentar ou ministro tem interesse em propor um plebiscito para decidir pela adoção da PENA DE MORTE no Brasil para determinados crimes - cujo total alcançaria no máximo uns dez tipos penais.]

Fonte: Correio Braziliense

 

terça-feira, 13 de junho de 2017

E se fosse o Bolsonaro?

O deputado Jair Bolsonaro fez um discurso em evento da direita em que se disse cansado do diálogo, e conclamou os presentes a uma intervenção militar para impor de vez a moralidade no País. Foi ovacionado, e todos saíram gritando “se manda, comunista, o Brasil será fascista”. Em seguida, foi a vez de Ronaldo Caiado pedir sangue para a redenção da nação, com base em ensinamentos bíblicos.

Calma, leitor. Nada disso é verdade. Quer dizer: a coisa até aconteceu, mas não com esses personagens, não com essas mensagens. Na verdade, o evento era da esquerda, e os palestrantes eram Roberto Requião e Benedita da Silva. Requião disse: “Não faltaram palavras. Não faltou uma vírgula sequer nos discursos, em nossos artigos, em nossos debates. Dissemos tudo, uma, duas, mil vezes. O que, então, estamos esperando para cruzar o rio, para jogar a cartada decisiva de nossas vidas? Senhores e senhoras, universitários aqui presentes: convençam-se. Não há mais espaço para a conversa e os bons modos”.
 
Foi muito aplaudido, e a plateia gritava, ensandecida: “Se muda, se muda, imperialista! A América Latina será toda socialista!”. Já Benedita citou a Bíblia para incitar a violência: “Quem sabe faz a hora e faz a luta. A gente sabe disso. E na minha Bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não haverá redenção. Com a luta e vamos à luta, com qualquer que sejam as nossas armas!”


Só há um deputado sendo punido por “incitar a violência”: Bolsonaro. E isso porque ele disse que a deputada não merecia ser estuprada. Bolsonaro defende punições bem mais severas para estupradores, até castração química, enquanto a extrema-esquerda e a própria deputada pregam o abrandamento da pena para marginais perigosos. O caso de Bolsonaro foi tema de inúmeros artigos e reportagens nos principais jornais. A evidente incitação à violência “revolucionária” de Requião e da petista não mereceu destaque na mídia. O ator global Bruno Gagliasso deu chilique e se recusou a permanecer sentado ao lado de Bolsonaro num evento de luta, mas o preconceituoso e intolerante, claro, é o próprio deputado.

No filme “Tempo de matar”, de 1996, o advogado Jake, personagem de Matthew McConaughey, persuadiu o júri quando conta a triste história de uma menininha estuprada. No final, ele pede: “agora imaginem que ela é branca”. O que ele quer é lembrar dos olhos vendados da Justiça, da igualdade de todos perante as leis. Devemos julgar os atos em si, não quem os cometeu, se estão do “nosso” lado ou não. 

E por falar nisso: imaginem se fosse Bolsonaro, e não o ministro Barroso, alinhado à esquerda, a se referir a Joaquim Barbosa como “negro de primeira linha”. Qual seria a reação da imprensa? Pois é…

Fonte: Rodrigo Constantino, economista e escritor - Revista IstoÉ

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Mobilização nacional e ampla contra o estupro

O país precisa enfrentar o desafio de mudar paradigmas que, à sombra de uma misoginia apenas aparentemente disfarçada, são complacentes com agressões à mulher

[sugestão:
- 1º estupro: castração química por um período entre dez a vinte anos - comparecimento mensal compulsório a um hospital credenciado para  aplicar injeção que broxe mesmo;
- reincidência: castração física por esmagamento dos testículos. Mesma punição seria aplicada aos condenados à castração química que tentassem se furtar à execução da pena cominada.]
 
O aberrante episódio do estupro coletivo de uma adolescente, numa favela do Rio, parece ter despertado a opinião pública para uma questão que, a despeito de configurar crime gravíssimo, não tem sido tratada pelas estruturas públicas (polícia, sistemas de atendimento médico e psicológico, Justiça etc.) a ela afeitas, e mesmo pela imprensa, com a atenção à altura da dimensão do problema. Contribui para isso uma série de injunções, que vão da vergonha que a vítima tem de registrar queixas nas delegacias a uma cultura, apenas aparentemente disfarçada, da misoginia que aceita como “natural” e até as estimula — violências de todo tipo, inclusive sexual, contra a mulher.

Por isso mesmo, as agressões sexuais praticadas contra a jovem não só devem ser tratadas pelos seus aspectos próprios, na forma da lei, o que é óbvio, mas também servir como um divisor de águas no país. A partir dos desdobramentos do caso, sociedade e poder público precisam se mobilizar para conter o que parece ser a escalada, em curso, da banalização desse tipo de crime.

A própria maneira como a polícia fluminense começou a tratar o caso evidenciou que métodos empregados na apuração desses crimes precisam ser revistos. As investigações iniciais derivaram para a discussão do secundário (se a violência sexual praticada pelo grupo decorreu ou não de sexo consentido, a vida pregressa da vítima etc.). Algo como, por antecipação, dirigir o inquérito para desqualificar o aspecto principal do episódio — a evidência, agora confirmada pela polícia, até por imagens de um vídeo feito pelos agressores, de que seja o que tenha acontecido antes do crime em si, o que ocorreu na favela foi um estupro. Uma ação abominável, pela qual os envolvidos têm de responder na Justiça.

A questão adjacente ao crime que ora choca a opinião pública do país, com repercussão no exterior, é mais ampla, vai além da resposta que polícia e Justiça do Rio darão ao caso. Os números mostram com preocupante clareza que o estupro tornou-se um crime vulgarizado. Em 2014, registraram-se no Brasil 47,6 mil episódios de violência sexual contra mulheres; no Estado do Rio, foram 4,7 mil. Além de subnotificado, esse é um crime impune: no Rio, por exemplo, dados do Ministério Público mostram que apenas 6% dos casos chegam à Justiça. Em nível nacional, só 36% das agressões sexuais são registradas na polícia. 

Na misógina Índia, por exemplo, um caso semelhante, mas com o trágico desfecho da morte da vítima, levou a população às ruas para exigir, numa onda de violência, mudanças na legislação de proteção às mulheres. No Brasil, ainda são tímidas as iniciativas para alterar paradigmas. Pior, armam-se no Congresso ações que desmontam os já frágeis mecanismos de apoio a vítimas, no âmbito do sistema público de saúde e mesmo da legislação criminal. Um condenável retrocesso.

Mudar de atitude e combater anacronismos culturais são um desafio para o país. Imenso, mas a sociedade tem a obrigação de enfrentá-lo.

Fonte: Editorial - O Globo

sexta-feira, 27 de maio de 2016

IMPUNIDADE - No RJ, só 6% dos acusados por estupro vão a julgamento

Adolescente estuprada por mais de 30 homens temia julgamento moral. Essa é a principal causa da subnotificação desse tipo de crime 

[para bandidos deste tipo só uma pena resolve: CASTRAÇÃO QUÍMICA IRREVERSÍVEL. 
E caso algum após vinte anos de broxura total, algum voltasse a ter potência, então a castração física.
Mesmo assim seria uma pena leve para o crime que cometeram.]  
 
Em um texto emocionado no Facebook, a jovem de 16 anos estuprada por mais de 30 homens, entre os dias 21 e 22 de maio, desabafou. Disse que temia ser “julgada mal” pelo estupro coletivo que sofreu em uma favela da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Vítima de uma barbaridade, expressou receio de sofrer nova agressão, desta vez psicológica. A jovem não é a única vítima com esse temor. O medo do julgamento moral é a principal causa de subnotificação desse tipo de crime, de acordo com promotoras especializadas entrevistadas por ÉPOCA. Muitas vezes, esse temor também impede que as vítimas tenham condições psicológicas de identificar à polícia os autores desses crimes. Não à toa, as estatísticas mostram que o estupro, em quase 90% dos casos, é um crime sem punição


No Rio de Janeiro, a impunidade é dramática – só 6% dos casos de estupro registrados em 2015 foram a julgamento, ou seja, tiveram os criminosos identificados e acusados criminalmente, se comparados à quantidade de ações penais oferecidas pelo Ministério Público até dezembro do ano passado. Houve 4.887 casos de estupro no Estado do Rio só em 2015. Enquanto isso, no mesmo ano, foram oferecidas 291 ações penais contra estupradores, de acordo com dados obtidos com exclusividade por ÉPOCA. No resto, não houve investigação suficiente para identificar os estupradores e formular acusações. Ainda assim, aumentou a proporção de casos em que os estupradores são identificados e responsabilizados. Em 2014, só em 5% dos casos os autores foram identificados e acusados criminalmente, em comparação a 4,6% dos casos em 2013.

“Para a mulher, sempre é difícil denunciar. Ela tem vergonha. Tem medo do que venha a acontecer se levar aquilo adiante. Tem medo de como vai ser recebida. É um receio real. Por isso se estima que esses casos sejam subnotificados”, afirma a promotora Lúcia Iloizio, coordenadora das promotorias de Justiça de Violência Doméstica contra a Mulher do Ministério Público do Rio de Janeiro.


Em São Paulo, a realidade não é tão diferente. Em 2014, só 10,9% dos casos de estupro foram a julgamento dos 2.292 casos registrados no estado. Ou seja, só 249 tiveram investigação suficiente para apresentação de denúncia, a acusação formal feita pelo Ministério Público, e o início de um julgamento. Também houve avanço se comparada à realidade de 2013, em que foram identificados e acusados criminalmente 6,1% dos responsáveis por estupros registrados em delegacias.


“Na violência sexual, a subnotificação é tão grande que chego a pensar que não houve avanço, porque a violência sexual continua sendo praticada e tolerada pela nossa sociedade. A prova disso são esses comentários em redes sociais que ridicularizam ou culpam a vítima. A cultura de discriminação é muito arraigada. De maneira geral, no que diz respeito à sexualidade da mulher, quase nenhum avanço nós tivemos”, avalia a promotora Silvia Chakian, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) do Ministério Público de São Paulo.

A dificuldade de identificar o estuprador começa já na delegacia. Ainda nos interrogatórios das vítimas. “A cultura de discriminação contra a mulher não valoriza nem a palavra da vítima. Muitas vezes mulheres são ouvidas nas delegacias partindo do princípio de que estão mentindo ou omitindo”, diz a promotora Silvia Chakian.

“O episódio do estupro coletivo no Rio de Janeiro é muito emblemático, porque 30 homens não fizeram nada para impedir a violência contra essa menina. Milhares de pessoas compartilharam esse vídeo e fizeram piadas sobre lesões. Isso revela uma cultura de violência contra a mulher. Essa é a reflexão que nós temos de fazer”, diz.

 >> Liliane Oliveira, integrante da Marcha das Mulheres: "Ninguém me apoiou a denunciar o meu estuprador"

>> São Paulo registra um estupro em ambiente doméstico por dia

Fonte: Época