Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador imunizantes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador imunizantes. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Médicos questionam Anvisa sobre aprovação de vacinas em crianças

Profissionais pedem providências das autoridades em relação a supostas falhas no registro de aprovação de imunizantes contra covid-19

Na quinta-feira 13, um grupo formado por 45 profissionais da saúde, entre infectologistas, cardiologistas e imunologistas, enviou um pedido de informações endereçado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e a diversas autoridades, como a Controladoria-Geral da União, a Procuradoria-Geral do Ministério Público, o Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Medicina, pedindo providências em relação a supostas falhas no registro de aprovação da vacina contra a covid-19 para crianças a partir de 5 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Assim que a Anvisa autorizou a vacinação infantil, em 16 de dezembro, o mesmo grupo de médicos já havia encaminhado um documento à Anvisa intitulado “Questionamentos sobre vacinação de crianças brasileiras — 45 médicos”. Em resposta, a agência reguladora emitiu uma nota técnica, e prestou esclarecimentos aos profissionais.

Para os médicos, no entanto, o “documento elaborado pela Anvisa causou indignação em face da quantidade de inverdades declaradas”. Por isso, o grupo elaborou um novo pedido com mais de 300 páginas reunindo estudos, pesquisas e referências bibliográficas, para que as autoridades apurem possíveis irregularidades e para que a Anvisa forneça mais explicações. O documento pode ser lido na íntegra aqui.

Autorização das vacinas pela Anvisa
Na avaliação dos médicos, as vacinas contra covid-19 em aplicação no Brasil ainda estão em “caráter experimental”, uma vez que os estudos não foram totalmente concluídos.

O documento explica que são quatro as fases de pesquisa clínica para desenvolvimento de uma vacina. No Brasil, segundo a papelada, todas as vacinas contra covid aprovadas pela Anvisa se encontram na fase 3, que ainda deve ser complementada pela fase 4, cujo objetivo mais importante é “detectar e definir efeitos colaterais previamente desconhecidos ou incompletamente qualificados, assim como os fatores de risco relacionados. Essa fase é conhecida como Farmacovigilância”.

Assim, pelo fato de não terem completado integralmente a terceira fase dos estudos, nem mesmo as vacinas que conseguiram obter o registro definitivo na Anvisa, como a da Pfizer e a da AstraZeneca, “deixaram de ser medicamentos experimentais apenas em decorrência do registro, uma vez que ainda estão sendo submetidas à Fase III dos respectivos estudos científicos,” defendem os médicos.

No entanto, em nota técnica publicada em dezembro, a Anvisa informou que “as vacinas contra covid-19 autorizadas no Brasil não são experimentais, tendo todas cumprido com as etapas de desenvolvimento clínico completo”. Os profissionais rebatem a afirmação da Anvisa:Como pode a Anvisa afirmar, portanto, que o produto não é experimental e que a segurança e eficácia já estão comprovadas, se o registro sanitário ‘definitivo’ foi concedido sob a condição de que a empresa teria até janeiro de 2024 para concluir os estudos e provar a segurança e eficácia da Cominarty/Pfizer?

No caso da vacina pediátrica da Pfizer, o documento questiona ainda o fato de que a Anvisa autorizou o pedido da farmacêutica sem que “fosse efetuado um novo registro de fármaco para contemplar a faixa etária de 5 a 11 anos, já que até mesmo as fórmulas dos produtos eram totalmente diferentes”. Os médicos também contestam o VigiMed — o sistema utilizado hoje pela Anvisa para reportar casos de reações adversas a medicamentos, inclusive vacinas contra a covid-19. Segundo o documento, os dados do Vigimed apresentam diversas inconsistências, além da dificuldade para submeter informações no sistema. 

Requerimentos
Por fim, o grupo pede investigação dos fatos apontados no documento e a instauração de procedimento para que:
A Anvisa seja compelida a anular imediatamente o ato administrativo que autorizou o registro “definitivo” da Cominarty/Pfizer para as faixas etárias de 5 a 11 anos e de 12 a 15 anos;
Apure-se criminal e administrativamente os eventuais erros cometidos na vacinação de crianças e adolescentes até o momento;
Determine-se para que haja notificação compulsória dos eventos adversos relacionados à vacinação de crianças, adolescentes e de gestantes;
Realize-se perícias nas vacinas da Pfizer de rótulos laranja, cinza e roxo, para que se investigue a composição integral dos produtos após as quinze alterações de bulas autorizadas pela Anvisa;
As autoridades competentes determinem que no mínimo três amostras de cada uma das atuais vacinas contra covid-19, de lotes diferentes, sejam auditadas por laboratórios independentes.

[um comentário leigo, porém, sensato: A Anvisa sempre realizou seu trabalho de agência reguladora de forma competente e exemplar. Porém, com o surgimento da covid-19, os inimigos do Brasil, abriram espaço para um protagonismo inusitado para aquela Agência. 
Tudo indica que uma mosca azul contaminou o senso de limites da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que passou a ver,  antecedendo seu nome,  o adjetivo "suprema".
Tão nefasto a qualquer instituição quanto o exercício de forma autoritária e abusiva do poder que possui, é tentar exercer da mesma forma um poder que apenas pensa possuir.
Para agravar mais ainda o quadro a 'mosca azul', tudo indica, não picou apenas a instituição Anvisa, alcançou também alguns dirigentes.]
 
 
Revista Oeste 
 

domingo, 25 de julho de 2021

O festival “covid” da indústria de imunizantes - Sérgio Alves de Oliveira

Acredito que a partir dos chineses, que não só deram origem à “peste chinesa”, mas que também direta ou indiretamente estão na “ponta” dessa indústria altamente lucrativa de produção de insumos e de vacinas de combate ao Covid-19, transformando, desse modo, a humanidade em cobaia dos experimentos alegadamente imunizantes do novo coronavírus, a doença que já matou e continua matando milhões de pessoas, repete-se agora, numa dimensão infinitamente maior, os experimentos “nazistas” antes praticados com seres humanos, principalmente judeus, durante o “holocausto” nazista.

Todos sabem o que os médicos nazistas chegavam a fazer com os seus “cobaias” judeus. Trocas de membros e órgãos humanos de pessoas sadias entre “pacientes” previamente selecionados era um dos experimentos “médicos” preferidos.

Além das mortes no mundo pelo “Covid-19” já estar praticamente no “encalço” das 6 milhões de pessoas judias mortas pelos nazistas de 1941 a 1945, porque esses hoje já somam cerca de 4,4 milhões de vítimas fatais, o genocídio ”Covid-19”, do Século XXI, contra a humanidade, deve ser considerado muito mais grave que o “anterior”, o do Século XX, o holocausto nazista, simplesmente pelo fato de possuir predominantemente um objetivo ECONÔMICO por trás, o que não acontecera no holocausto nazista, que foi motivado principalmente em razão da mente doentia sádica e assassina de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial, dentro do programa sistemático de extermínio étnico patrocinado pelo partido e pelo Estado Nazista, em todo o Terceiro Reich, e nos territórios ocupados pelas tropas alemãs.

Dos 9 milhões de judeus que habitavam a Europa, 6 milhões deles foram
assassinados, ao lado de ciganos, poloneses, comunistas, homossexuais, prisioneiros russos, Testemunhas de “Jeová”, e deficientes físicos e mentais. Pressionados pelas mortes e pela rápida e ampla contaminação dos povos de todo o mundo,os governos de todos os lugares tiveram que abrir os seus cofres “ilimitadamente” para adquirir imunizantes da referida doença, que ao que tudo indica já estava produzido e armazenado nas prateleiras dos grandes laboratórios mundiais, MESMO ANTES DO SURGIMENTO DOS PRIMEIROS SINAIS DA REFERIDA DOENÇA.

Praticamente não houve concorrência para comprar os imunizantes. Os governos tiveram que comprar a “qualquer preço” as vacinas disponíveis no mercado para “salvarem” os seus povos.
É evidente que esses preços já muito “salgados” dariam margem a “superfaturamentos”, com muita propina distribuída pelos vendedores das vacinas às pessoas desonestas com poder de decisão dentro dos seus governos. Quando surgiu a tal vacina, uma só aplicação já seria o suficiente para imunizar a pessoa contra a doença. Logo após, os efeitos imunizantes das vacinas só se dariam após a aplicação da segunda dose, em espaços variados, conforme a “marca”. Não demorou muito e já estão falando na necessidade da terceira vacinação. E também há os que defendem a necessidade de vacinações “anuais”.

Qual o “holocausto” mais grave? O do Século XX, o holocausto nazista,ou o do Século XXI, o holocausto “chinês” ?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


sexta-feira, 16 de julho de 2021

Recesso? - Alon Feuerwerker

Análise Política
E a Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado da Covid-19 entrou num teórico recesso, acompanhando a parada parlamentar decorrente da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Mas é possível, ou provável, que continue abastecendo o noticiário com achados a partir de documentos das já aprovadas quebras de sigilo. Que até agora parece não ter rendido muita coisa, mas sem as oitivas (interrogatórios) para ocupar o tempo abre-se a oportunidade de avançar nesse outro caminho.

A sessão de hoje recolheu mais detalhes sobre a suposta negociação, afinal abortada, para a aquisição por meio de atravessadores de centenas de milhões de doses da vacina AstraZeneca. E da Janssen. É uma teia com a participação fulgurante de diversos militares da reserva, que naquele momento estavam em escalões inferiores (do segundo para baixo) da Saúde. Afinal, acabou acontecendo o previsível, e que foi previsto: quem sai na chuva (militares da reserva em cargos civis) corre o risco de de molhar.

[caso a CPI Covidão arranje alguma noção - condição difícil de ser alcançada, com os dirigentes que possui - vai constatar que tem milhões de bytes registrando narrativas fantasiosas e nenhum fiapo de provas. 
Para ferrar de vez com a turma do Aziz, Calheiros, Rodrigues, 'drácula' e Barbalho, os fatos relevantes que ocorreram envolvendo integrantes da CPI foram:
a - indiciamento pela Polícia Federal do relator Calheiros; e,
b - a doença do presidente Bolsonaro e a viagem do vice-presidente Mourão, que trouxeram  à tona, a possibilidade de Arthur Lira não ter condições de assumir a presidência da República. Entendimento do Supremo proíbe que réus em ações penais no STF, possam assumir, ainda que temporariamente, a presidência da República. Imagine quem presidia o Senado, se tornou réu em ação penal, e foi impedido pelo STF de assumir a presidência da República?  o relator Calheiros.
Os fatos apontados em 'a' e 'b' diminuem mais ainda a credibilidade, que é praticamente nenhuma,   da Covidão.]
Há várias lacunas nesta história das vacinas e dos atravessadores, mas uma é mais intrigante.  
Se autoridades tomaram conhecimento de centenas de milhões de doses de vacinas disponíveis para comercialização, num cenário global de escassez de imunizantes, por que não ocorreu a ninguém ligar, ou mandar uma mensagem, ou um ofício, aos fabricantes? 
Para perguntar se, afinal, as vacinas existiam mesmo. Porque se existissem seria então o caso de comprar direto da fábrica.
Sem contar que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é parceira da AstraZeneca, vacina hoje presente, em ordem de grandeza, nos braços de metade dos vacinados no Brasil. Imagina-se que não haveria dificuldade de a Fiocruz negociar diretamente com a AstraZeneca. 
Ou seja, a presença da plêiade de personagens que hoje desfilam pela CPI era absolutamente dispensável no palco político-sanitário montado em torno do tema Covid-19 e vacinas.

Para o governo, a boa notícia é que a CPI, apesar do esforço, quando a pauta é corrupção, ainda sequer resvalou no primeiro escalão ministerial ou na presidência da República. Prorrogada, ela tem agora mais três meses para tentar aproximar-se do verdadeiro objetivo.

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


sábado, 6 de fevereiro de 2021

Anvisa reage à pressão do Congresso para aprovar vacinas contra covid

Correio Braziliense

Agência não aceita trechos do texto, aprovado pelo Congresso, que pretendem acelerar a liberação de imunizantes sem estudo clínico de fase 3 no país e que também reduz poderes reguladores da autarquia. Caso não sejam vetados por Bolsonaro, Barra Torres pode recorrer ao STF 

Abrir mão de exigir que somente vacinas com o estudo clínico em fase 3 no Brasil possam entrar com pedido de uso emergencial não foi suficiente para diminuir as pressões sobre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, ao aprovar o projeto originário da Medida Provisória 1003/20 cujo ponto central é autorizar a adesão do Brasil ao consórcio multilateral Covax Facility —, o Congresso não reavaliou emendas que flexibilizam, ainda mais, compras e uso de medicamentos e imunizantes contra a covid-19. Alegando que tais medidas invalidam o papel regulador da agência e comprometem a segurança da população, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, espera vetos do Executivo ao texto e ameaça acionar a Justiça “se for necessário”.

[apesar da nossa notória falta de saber jurídico, ops... saber medicamentoso, pedimos permissão para dar um PALPITE  sobre a batalha que estão querendo armar entre a Anvisa e o Congresso - podendo envolver o presidente da República, caso ele não vete parte do Projeto de Lei de Conversão da MP 1003/20.
O que tem sido noticiado por parte da mídia -  incluindo a TV em noticiário veiculado em  horário nobre - cuida de uma 'rebelião' da Anvisa contra decisão do Congresso Nacional. 
Temos convicção de que nesse imbróglio existe muita precipitação ou má fé. 
A Anvisa sob comando de um contra-almirante - oficial-general, duas estrelas - jamais iria se rebelar contra uma Medida Provisória convertida em lei e sancionada pelo presidente da República. 
O mais correto, natural é que por seu presidente a Anvisa apresente ao presidente da República ponderações sobre pontos da MP convertida que possam trazer prejuízos ao trabalho institucional daquela Agência.
Não senso as ponderações acatadas, cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária obedecer a LEI - DEVER de todo brasileiro, seja pessoa natural ou jurídica e assunto encerrado.
Excepcionalmente, caso a nova legislação resultante  do PLV acarrete riscos à SAÚDE da população ou danos de igual relevância, pode a Anvisa denunciar o fato de forma oficial e tentar levar o tema para apreciação do Poder Judiciário.
Sendo a alteração de pequena monta - o que parece ser o caso =   a Anvisa resiste em aprovar, em apenas cinco dias, o uso no Brasil de vacina =  aprovação concedida com apoio no fato do imunizante ter sido aprovado por agência reguladora de país  que conste da lei resultante do PLV em comento =  cabe àquele órgão regulador apenas cumprir a LEI.] 

Em entrevista ao Correio, Barra Torres informou ter enviado à Casa Civil um documento cujo objetivo é tentar reverter pontos do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 43/2020, que contém o texto-base da MP, por meio de vetos do presidente Jair Bolsonaro. E negou que já haja um acerto com o chefe do Executivo para que o pedido seja acatado. “Não tem nada acordado com ninguém. Entendemos que essa medida provisória implicará em risco à saúde da população, se for aprovada integralmente, e vamos até as últimas consequências para provar isso”, garantiu Barra Torres, caso o texto seja mantido.

As principais ponderações da agência estão concentradas no artigo 5º do PLV, que determina o prazo de até cinco dias para que a Anvisa conceda “autorização temporária de uso emergencial para a importação, a distribuição e o uso de qualquer vacina contra a covid-19” aprovada, em caráter temporário ou definitivo, por agências da Rússia, Coreia do Sul, Canadá, Argentina, Estados Unidos, União Europeia, Japão, China e Reino Unido. Na alteração feita pela agência, na última quarta-feira, a avaliação para fármacos sem estudo clínico no Brasil poderia levar 30 dias.  “Este prazo (de cinco dias) não sabemos de onde vem. Qual a fonte? Está previsto em algum organismo internacional? Foi acordado entre os países? É da convicção de alguma agência regulatória do porte da Anvisa? A resposta para tudo isso é não”, argumentou o presidente da agência, ao defender a ampliação do tempo de análise.

Cerceamento
Outro ponto questionado no texto é o caráter meramente concessivo da aprovação do fármaco, e não de análise para, aí sim, proceder a liberação. “Se a agência só pode conceder autorização, não é a agência reguladora, é uma agência de atividade cartorial”, salientou Barra Torres, afirmando que a redação no PLV cercearia o trabalho dos servidores e feriria um preceito constitucional.

Mesmo assinalando não saber se Bolsonaro vetará integralmente ou parcialmente o PLV, na live da última quinta-feira, que contou com a participação do presidente da Anvisa, o chefe do Executivo comentou a aprovação do texto pelo Congresso e indicou a abertura para possíveis mudanças. E disse que a decisão final ficará nas mãos dos parlamentares. “Vai passar por uma possível sanção minha. Posso vetar também. Como a Anvisa vai interpretar isso daí, se esses prazos forem diminuídos demais?”, questionou Bolsonaro.

Fabricante reconhece ineficácia
A farmacêutica Merck, responsável pela fabricação da ivermectina, emitiu um comunicado na última quinta-feira afirmando que não existem dados que apontem para a eficácia do medicamento contra a covid-19. A empresa ressaltou que não existe base científica para dizer que o medicamento tenha efeito contra a doença, tampouco evidências significativas de eficácia clínica em pacientes infectados com o novo coronavírus. Como um terceiro ponto, a Merck ressaltou que existe uma “preocupante falta de dados de segurança na maior parte dos estudos” relativos ao uso do remédio contra a doença. “Nós não acreditamos que os dados disponíveis respaldem a segurança e a eficácia da ivermectina além das doses e população indicada nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora”, salientou.

A ivermectina é usada no tratamento de infecções causadas por parasitas, como piolhos. Um levantamento recente feito pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) mostrou que as vendas do medicamento cresceram 557,26% de 2019 para 2020 no Brasil. Isso porque, durante a pandemia, o governo federal tem propagandeado que o remédio deve ser usado contra a covid-19, como um “tratamento precoce”, em associação com a cloroquina.

Em janeiro deste ano, por exemplo, na semana em que o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso por falta de cilindros de oxigênio nas unidades hospitalares, e pessoas estavam morrendo asfixiadas nos leitos que deveriam salvá-las, o Ministério da Saúde lançou na capital do Amazonas o aplicativo TrateCOV, no qual a ivermectina era recomendada para quem apresentasse os sintomas da covid-19. Já retirada do ar, a plataforma permitia que qualquer um cadastrasse indícios e comorbidades e, em seguida, o site sugeria a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.

Diante das informações replicadas pelo governo sobre o uso do medicamento contra a covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu, em julho do ano passado, um comunicado dizendo que o remédio não dá o resultado que, agora, a Merck reconhece. (BL, MEC e ST)

Fármaco da Fiocruz só chega em março
Apesar de tentar conseguir agora outra vacinas para não depender exclusivamente da CoronaVac, o governo federal deverá contar, ainda por algum tempo, apenas com o imunizante desenvolvido pela Sinovac e replicado pelo Instituto Butantan –– centro de pesquisa ligado ao governo de São Paulo. Ontem, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que, mesmo com a chegada, hoje, do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), vindo da China, para começar a reproduzir a vacina de Oxford/AstraZeneca, a instituição só conseguirá entregar 15 milhões de doses ao Ministério da Saúde a partir de meados de março. Depois disso, só em abril o laboratório Bio-Manguinhos conseguirá fornecer vacina em grande escala ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

No cronograma apresentado pela primeira vez, ontem, pela Fiocruz, a instituição esclareceu que, com o IFA que deve começar a desembarcar logo mais, no Rio de Janeiro, produzirá 15 milhões de doses ainda este mês. Mas as entregará ao ministério somente em março, sendo que a previsão do primeiro lote é de apenas 1 milhão de doses, entre os dias 15 e 19.  Em abril, a Fiocruz planeja entre 27 milhões de doses, outras 28 milhões em maio e a mesma quantidade em junho, somando 100 milhões. A partir de julho, a fundação pretende entregar mais 112,4 milhões totalmente produzidas no Brasil, sem IFA importado da China.

No último sábado, o Ministério da Saúde anunciou que havia recebido uma carta do consórcio Covax Facility –– iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir vacina ao mundo de forma equitativa ––, prometendo entre 10 milhões e 14 milhões de imunizantes Oxford/Astrazeneca “a partir de meados de fevereiro”. Mas, na última quarta-feira, o consórcio divulgou que o Brasil receberia 10,7 milhões de doses e não deu data para isso.

Sputnik: 10 milhões
Com apenas 2 milhões de doses da vacina de Oxford no Brasil e mais de 9,8 milhões da CoronaVac circulando, a pressão para a liberação da Sputnik V aumentou e o Senado aprovou, na noite da última quinta-feira, medida provisória que facilitava a compra da vacina russa. A decisão foi tomada um dia depois de a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) excluir a necessidade de realização do estudo fase 3 no Brasil, medida que beneficia diretamente o imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, de Moscou.

Ontem, o Ministério da Saúde reuniu-se com representantes da União Química, responsável pela produção no Brasil da Sputnik V, e “manifestou interesse” em comprar 10 milhões de doses, desde que o preço seja plausível e haja autorização da Anvisa. Entretanto, a farmacêutica se comprometeu a entregar ao governo brasileiro apenas 400 mil doses uma semana depois do fechamento do contrato, caso seja firmado neste mês. Daí, mais 2 milhões de unidades virão a partir de março e o restante ao longo do segundo e do terceiro mês, fechando 10 milhões de doses prontas.

Além da Sputnik V, a Saúde busca contrato com a Precisa Medicamentos, representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a vacina Covexin. Ontem, o ministério afirmou que, no encontro conduzido pelo secretário-executivo Elcio Franco, a pasta recebeu a garantia de que o Brasil receberá 20 milhões de doses em um cronograma de entregas que começará com 4 milhões de unidades 20 dias após a assinatura do contrato. E, segundo a Saúde, quantidades iguais serão enviadas 30, 45, 60 e 70 dias depois da primeira entrega. (BL, MEC e ST)

Brasil - Correio Braziliense


sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Planalto impõe sigilo de até 100 anos a cartão de vacinação de Bolsonaro

Presidência afirma, segundo revista, que dados dizem respeito à vida privada do presidente. Em diversas ocasiões, o chefe do Executivo, que já teve covid-19, disse que não tomará vacina contra a doença e colocou em dúvida eficácia dos imunizantes 

 O Palácio do Planalto decretou sigilo de até 100 anos ao cartão de vacinação do presidente Jair Bolsonaro e a informações sobre as doses de vacinas já recebidas pelo chefe do Executivo. A informação é da coluna do jornalista Jorge Amado, da revista Época.
 Segundo a publicação, em resposta a um pedido da coluna por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), a Presidência afirmou que os dados "dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem" do presidente, e impôs sigilo sobre as informações.Em várias ocasiões o mandatário afirmou que não tomará a vacina contra a covid-19. Ele alega que já foi infectado pelo vírus e que, por isso, teria anticorpos para combater a doença, sendo uma vacina desnecessária para ele.

Bolsonaro chegou a alertar para possíveis efeitos colaterais dos imunizantes e até fez piadas. “Na Pfizer (farmacêutica norte-americana que está produzindo uma das vacinas) está bem claro no contrato: nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um chimpanz... se você virar um jacaré, é problema de você. Não vou falar outro bicho aqui para não falar besteira. Se você virar o Super Homem, se nascer barba em alguma mulher aí ou um homem começar a falar fino, eles não têm nada a ver com isso. Ou o que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas. Como você pode obrigar alguém a tomar uma vacina que não se completou a terceira fase ainda? Que está na experimental?”, questionou.

Em outra ocasião, o presidente reforçou que “não tomará a vacina e ponto final”. "Eu, Jair Bolsonaro, não sou contra a vacina. Mas sou plenamente favorável a esse tratamento que nós temos no Brasil. Eu não posso falar como cidadão uma coisa e como presidente outra. Mas, como sempre, eu nunca fugi da verdade, eu te digo: eu não vou tomar vacina. E ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. E ponto final", concluiu.

 Correio Braziliense