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sábado, 25 de abril de 2015

O comportamento do condenado Rodrigo já era esperado - é uma tentativa inútil para simular loucura. Poderia ter algum resultado se tivesse sido tentada durante o julgamento

Brasileiro reagiu com "surpresa e delírio" a anúncio de execução, diz diplomata

O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte reagiu com "surpresa" e um discurso "delirante" ao ser informado de sua execução por tráfico de drogas na Indonésia, disse um diplomata brasileiro que acompanhou o anúncio.  Gularte, de 42 anos e condenado à morte em 2005 ao tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína em pranchas de surfe, foi diagnosticado com esquizofrenia. A família tenta convencer autoridades a rever sua pena e transferi-lo para um hospital.

Ele foi notificado neste sábado da execução, que é por fuzilamento. O anúncio foi feito na prisão de Nusakambangan, a 400 km de Jacarta, e foi acompanhado pelo encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro. Autoridades não divulgaram uma data, mas as penas poderão ser cumpridas a partir da tarde de terça-feira (horário local), após as 72 horas de aviso exigidas pela lei indonésia.   "Ele reagiu com muita surpresa e pensou que toda a movimentação ao redor dele não estava relacionada ao seu caso", disse Monteiro à BBC Brasil por telefone.  "Ele fez uma série de declarações desconexas, estava totalmente disperso, com um discurso aproximando-se do delirante. Ficou evidente o grau de desconexão dele com a realidade".  "Ele foi gentil com todos, cavalheiro, e num momento admitiu que o seu erro tinha sido gravíssimo, mas que tinha sido uma única vez e achava injusto receber esta pena".

As sentenças deverão ser cumpridas na prisão de Nusakambangan, onde Gularte está preso. Ele foi transferido para uma unidade onde presos aguardam pela execução. "Ele está confiante que a família vai resolver tudo rapidamente e ele vai voltar para a rotina dele anterior", disse Monteiro. [certamente pensa que está no Brasil onde tudo termina em pizza; Na Indonésia vai terminar em sua execução sumária e merecida.]

A mãe de Gularte, Clarisse, está no Brasil e não deverá viajar à Indonésia, disse o diplomata. Angelita Muxfeldt, prima de Gularte que está na Indonésia acompanhando o caso, deverá visitá-lo nos próximos dias.  Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.

"Vozes de satélite"

Familiares e conhecidos relataram à BBC Brasil que Gularte passa seus dias conversando com paredes e ouvindo vozes de satélites. [uma tentativa tosca de passar a idéia que o sentenciado tem problemas mentais.
Mesmo que os tivesse, a legislação da Indonésia impede que doentes mentais sejam condenados à pena de morte.
Quando o traficante Rodrigo foi julgado e condenado à pena de morte não foi constatada, sequer alegada, suposta doença mental.]

A prima citou conversas frequentes sobre "vidas passadas no Egito e histórias surreais", e que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, que alega ser sua proteção.

Uma equipe médica reavaliou o brasileiro na prisão em março à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado, apesar de repetidos pedidos da defesa e do governo brasileiro.

Ricky Gunawan, advogado de Gularte, disse que entrará com outro recurso na segunda-feira para tentar reverter a decisão.
"Condenamos fortemente esta decisão. Isto prova que o sistema legal indonésio não protege os direitos humanos. O fato de que um prisioneiro com uma doença mental possa ser executado é mais do que um absurdo". [esse advogado certamente esquece que não está no Brasil - onde é costume as sentenças levarem anos e anos para ser executada. Na  Indonésia o processo é bem mais rápido e o Gularte será executado e que sua morte desestimule outros bandidos.]
A embaixada brasileira encaminhou pedido oficial à Procuradoria Geral indonésia para que a execução seja postergada até que o recurso da defesa seja analisado, disse Monteiro.

Autoridades indonésias haviam dito que as execuções não seriam realizadas até que todos os apelos dos condenados fossem considerados.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o "Brasil está se coordenando com os demais países para identificar eventuais vias de ação e buscar meios de evitar a execução".
Além de Gularte, oito condenados também foram notificados - sete estrangeiros e um indonésio.
Entre eles estão os australianos Andrew Chan e Myuram Sukumaran, considerados os líderes do grupo de traficantes "Os Nove de Bali", além de cidadãos das Filipinas e Nigéria.  O presidente indonésio, Joko Widodo, que assumiu em 2014, negou clemência a condenados por tráfico, dizendo que o país está em situação de "emergência" devido às drogas. Em janeiro, seis presos foram executados, inclusive Marco Archer Cardoso Moreira.
Brasil e Noruega convocaram seus embaixadores na Indonésia em protesto e, em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff recusou temporariamente as credenciais do novo representante indonésio no Brasil em meio ao impasse com Jacarta diante da iminente execução de Gularte. [a pergunta é: a Indonésia teve algum prejuízo com o gesto da Dilma em apoio a bandido condenado?]


Austrália e França alertaram que as relações com o país poderiam ser afetadas se seus cidadãos fossem executados. Grupos de direitos humanos também têm pressionado a Indonésia para cancelar a aplicação das penas.
Mais de 130 presos estão no corredor da morte, 57 por tráfico de drogas, segundo a agência Associated Press.


 

CPI dos BLOGUEIROS tem o nosso apoio

ALÔ, BLOGUEIROS SUJOS E LIMPINHOS! 

ENTREM NA MINHA CAMPANHA POR “CPI DOS BLOGS JÁ”! 

CHEGOU A HORA DE SABER QUEM PAGA QUEM E POR QUÊ!

Quero aqui hoje dar início a uma campanha nacional. E espero contar com a adesão de todos os blogueiros de esquerda ou que, vá lá, se tornaram de esquerda depois que o PT chegou ao poder, já que alguns deles, no passado, têm relevantes serviços prestados à extrema direita. Vamos ver.

Leio na Folha que “O diretório estadual do PT, em São Paulo, vai entrar com representação no Ministério Público pedindo investigação sobre os pagamentos mensais efetuados há dois anos pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), por prestação de serviços de comunicação, à empresa de um blogueiro antipetista”. O jornal vai adiante: “Reportagem da Folha publicada no último sábado mostra que a Appendix Consultoria, contratada como prestadora de serviços de comunicação para a Secretaria de Estado da Cultura, criada pelo advogado e blogueiro Fernando Gouveia há dois anos, recebe dos cofres estaduais R$ 70 mil por mês para atualizar o portal e os perfis da secretaria nas redes sociais. Gouveia, que usa o pseudônimo Gravataí Merengue na internet, se apresenta como “CEO”, ou executivo principal, do site Implicante”.

Muito bem! Chegou na hora de a gente botar os pingos nos is dessa história. Blogueiros de todas as tendências, unamo-nos em favor da transparência!
Alô, senhores deputados! Alô, senhores senadores! Alô, ministro Edinho Silva! Alô, presidente Dilma Rousseff! Alô, prefeitos, governadores!

Chegou a hora de fazer uma CPI do Financiamento dos Blogs! Vamos ver quem paga quem! Vamos ver de onde vem a renda dos blogueiros “progressistas”, “reacionários”; “petistas”, “antipetistas”… FAÇAMOS ISSO EM ESCALA FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL.
QUEM TOPA A MINHA PROPOSTA?
Eu quero saber quanto a Petrobras deu a blogueiros nos últimos 12 anos. Eu quero saber quanto o Banco do Brasil deu a blogueiros nos últimos 12 anos. Eu quero saber quanto a Caixa Econômica Federal deu a blogueiros nos últimos 12 anos.
EU QUERO SABER QUANTO O BNDES ANDOU EMPRESTANDO A UM BLOGUEIRO, EM DINHEIRO VIVO, NOS ÚLTIMOS 12 ANOS.

Alô, blogueiros limpos e sujos! Vocês topam entrar em defesa de uma CPI dos Blogs? Vamos tentar entender como funciona essa máquina?

Eu quero saber os critérios usados pela Secom e pelas estatais para distribuir verba publicitária. É por número de leitores? É por trânsito? É por internautas? É por influência?

O PT quer investigar a Appendix Consultoria e o blogueiro Fernando Gouveia? Que se investigue! Mas por que só ele? E QUE SE NOTE: NÃO ESTOU PROPONDO QUE SE INVESTIGUE TODO MUNDO PARA QUE NÃO SE INVESTIGUE NINGUÉM. A PROPOSTA É PARA VALER.
Os petistas e esquerdistas aceitam essa minha proposta? Não? Por que não? Então que os tucanos e oposicionistas no geral comecem a recolher assinaturas em favor de uma CPI dos Blogs. Há valentes que se disfarçam de jornalistas que estão na lista de pagamento de Alberto Youssef e de outros envolvidos na Operação Lava Jato.

Pronto! FORNEÇO AQUI ATÉ O FATO DETERMINADO. Querem outro? Financiamento do BNDES a blogueiro. Com que propósito?

COVARDES PROPÕEM INVESTIGAR SÓ O BLOGUEIRO FERNANDO GOUVEIA. CORAJOSOS PROPÕEM INVESTIGAR TODAS AS FONTES PÚBLICAS DE FINANCIAMENTO DE TODOS OS BLOGUEIROS, NÃO IMPORTA A SUA TENDÊNCIA.
Alô, deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara! O senhor tem feito, até agora, no comando da Casa, um bom trabalho. Preste mais esse serviço à transparência! Aliás, o senhor é um dos alvos preferidos de alguns blogueiros financiados por estatais. Vamos nessa?

Aguardo a adesão de blogueiros sujos e limpinhos à minha proposta. Por uma CPI do Financiamento Público de Blogs já!

Não se acovardem, petistas! Conto com vocês!  Ministro Edinho, aguardo seu apoio à minha proposta. Vamos falar sobre mídia técnica, entre outros assuntos.  Luciano Coutinho, presidente do BNDES! Vamos explicar ao povo por que um blogueiro merece receber empréstimo de um banco de fomento, as condições em que o dinheiro foi dado e a forma de pagamento.

Senhores comandantes da CEF, do Banco do Brasil e da Petrobras! Deixem claro ao povo brasileiro o critério que bancos e empresas públicas usam para distribuir um dinheiro que é do… público!

Está feita a proposta! Tenho a certeza de que blogueiros de todas as tendências apoiarão a sugestão. Afinal, eles são todos muito corajosos.

Por:  Reinaldo Azevedo

Os favores do empreiteiro

Preso há seis meses, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras, admite pela primeira vez a intenção de fazer acordo de delação premiada. 

Seu relato mostra quanto era íntimo de Lula

O engenheiro Léo Pinheiro cumpre uma rotina de preso da Operação Lava-Jato que, por suas condições de saúde, é mais dura do que a dos demais empreiteiros em situação semelhante. Preso há seis meses por envolvimento no esquema do petrolão, o e­­x-presidente da OAS, uma das maiores construtoras do país, obedece às severas regras impostas aos detentos do Complexo Médico-Penal na região metropolitana de Curitiba. 
 Segundo Léo Pinheiro, Lula pediu a ele que cuidasse da reforma do “seu” sítio em Atibaia. A propriedade está registrada em nome de um sócio de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente(Jefferson Coppola/VEJA)
Usa o uniforme de preso, duas peças de algodão a­­zul-claras. Tem direito a uma hora de banho de sol por dia, come "quentinhas" na própria cela e usa o banheiro coletivo. Na cela, divide com outros presos o "boi", vaso sanitário rente ao piso e sem divisórias. Dez quilos mais magro, Pinheiro tem passado os últimos dias escrevendo. Um de seus hábitos conhecidos é redigir pequenas resenhas e anexá-las a cada livro lido. As anotações feitas na cela são muito mais realistas e impactantes do que as literárias. Léo Pinheiro passa os dias montando a estrutura do que pode vir a ser seu depoimento de delação premiada à Justiça. Pinheiro foi durante toda a década que passou o responsável pelas relações institucionais da OAS com as principais autoridades de Brasília. Um dos capítulos mais interessantes de seu relato trata justamente de uma relação muito especial - a amizade que o unia ao e­­x-presidente Lula.

De todos os empresários presos na Operação Lava-Jato, Léo Pinheiro é o único que se define como simpatizante do PT. O empreiteiro conheceu Lula ainda nos tempos de sindicalismo, contribuiu para suas primeiras campanhas e tornou-se um de seus mais íntimos amigos no poder. Culto, carismático e apreciador de boas bebidas, ele integrava um restrito grupo de pessoas que tinham acesso irrestrito ao Palácio do Planalto e ao Palácio da Alvorada. [pode ou podia ser tudo o que diz ser, mas é antes de tudo burro - foi engabelado facilmente pelo Lula e corja; demorou demais, e ainda está demorando, em optar pela 'delação premiada', que agora não será nem aceita.]  Era levado ao "chefe", como ele se referia a Lula, sempre que desejava. Não passava mais do que duas semanas sem manter contato com o presidente. Eles falavam sobre economia, futebol, pescaria e os rumos do país. Com o tempo, essa relação evoluiu para o patamar da extrema confiança - a ponto de Lula, ainda exercendo a Presidência e depois de deixá-la, recorrer ao amigo para se aconselhar sobre a melhor maneira de enfrentar determinados problemas pessoais. Como é da natureza do capitalismo de estado brasileiro, as relações amigáveis são ancoradas em interesses mútuos. Pinheiro se orgulhava de jamais dizer não aos pedidos de Lula.
 
Desde que deixou o governo, Lula costuma passar os fins de semana em um amplo sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel é equipado com piscina, churrasqueira, campo de futebol e um lago artificial para pescaria, o esporte preferido do ex-presidente. Desde que deixou o cargo, é lá que ele recebe os amigos e os políticos mais próximos. Em 2010, meses antes de terminar o mandato, Lula fez um daqueles pedidos a que Pinheiro tinha prazer em atender. Encomendou ao amigo da construtora uma reforma no sítio. Segundo conta um interlocutor que visitou Pinheiro na cadeia, esse pedido está cuidadosamente anotado nas memórias do cárcere que Pinheiro escreve.

Na semana passada, a reportagem de VEJA foi a Atibaia, região de belas montanhas entrecortadas por riachos e vegetação prístina. Fica ali o Sítio Santa Bárbara, cuja reforma chamou a atenção dos moradores. Era começo de 2011 e a intensa atividade nos 150 000 metros quadrados do sítio mudou a rotina da vizinhança. Originalmente, no Sítio Santa Bárbara havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. As estradas lamacentas do sítio receberam calçamento de pedra e grama. Um campo de futebol surgiu entre as árvores. O antigo lago deu lugar a dois tanques de peixes contidos por pedras nativas da região e interligados por uma cascata. Ali boiam pedalinhos em formato de cisne. A área passou a ser protegida por grandes cercas vigiadas por câmeras de segurança, canil e guardas armados.

O que mais chamou atenção, além da rapidez dos trabalhos, é que tudo foi feito fora dos padrões convencionais. A reforma durou pouco mais de três meses. Alguns funcionários da obra chegavam de ônibus, ficavam em alojamentos separados e eram proibidos de falar com os operários contratados informalmente na região e orientados a não fazer perguntas. Os operários se revezavam em turnos de dia e de noite, incluindo os fins de semana. Eram pagos em dinheiro. "Ajudei a fazer uma das varandas da casa principal. Me prometeram 800 reais, mas me pagaram 2 000 reais a mais só para garantir que a gente fosse mesmo cumprir o prazo, tudo em dinheiro vivo", diz Cláudio Santos. "Nessa época a gente ganhou dinheiro mesmo. Eu pedi 6 reais o metro cúbico de material transportado. Eles me pagaram o dobro para eu acabar dentro do prazo. Era 20 000 por vez. Traziam o envelopão, chamavam no canto para ninguém ver, pagavam e iam embora", conta o caminhoneiro Dário de Jesus. Quem fazia os pagamentos? "Só sei que era um engenheiro que esteve na obra do Itaquerão. Vi a foto dele no jornal", recorda-se Dário.

Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no tablet, no iPhone ou nas bancas. Tenha acesso a todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.

 

Do inferno na Síria ao recomeço no Brasil

Eles são a nacionalidade com o maior número de refugiados no País. 

Como vivem os milhares de sírios que, amparados por uma resolução que facilita a obtenção do visto, tentam esquecer os horrores da guerra e construir uma nova vida aqui

Foi durante um bombardeio em Damasco, na Síria, em 2013, que Mazen al-Sahli, 45, perdeu sua casa e seu restaurante, na guerra que atormenta o País há quatro anos. Refugiado no Brasil há um ano, ele conta sua história do sofá da casa que alugou em Guarulhos, na Grande São Paulo, sentado de costas a uma parede decorada com frases do Corão. Sahli dá um gole no café, fixa o olhar no vazio, suspira e repete: “Você não sabe o que é a guerra.” Na capital síria, ao se ver rodeado pelos destroços do que um dia foi seu lar, vagou pela cidade ao lado do filho, Mohammad al-Sahli, 16 anos, e da mulher, Halema Helal, 40 anos. Moraram durante sete meses em uma escola e na casa de parentes. 

Solicitaram refúgio na Alemanha, na Suécia e no Brasil, mas a única embaixada que deferiu o pedido foi a brasileira. Desembarcaram aqui no dia 12 de janeiro de 2014, dormiram três dias na mesquita de Guarulhos e se mudaram para uma casa nas redondezas. A fonte de renda são os doces sírios feitos nos fundos de onde vivem. “Estamos reconstruindo a vida aos poucos”, diz. “É difícil recomeçar, mas foi melhor ter vindo para cá do que ficar em um lugar onde não podíamos mais sair por medo de morrer.”

(...)

(...)

Leia a íntegra em ...............IstoÉ


FOTOS: João Castellano/Istoé; Airam Abel


São criminosos condenados e cabe à Indonésia decidir se merecem visita ou não

Filipina condenada à morte na Indonésia será executada na terça-feira

A filipina Mary Jane Veloso, condenada à morte na Indonésia por tráfico de drogas, recebeu neste sábado a notificação de que sua sentença será executada na terça-feira, informou sua advogada.  "Fomos informados pela própria Mary Jane, que recebeu a notícia de que a sentença será implementada no dia 28 de abril", disse à AFP sua representante legal, Minnie Lopez.


Familiares lutam para visitar estrangeiros condenados à morte na Indonésia

Familiares e diplomatas lutavam nesta sexta-feira (24) para visitar os estrangeiros condenados à morte por tráfico de drogas na Indonésia, depois que a promotoria ordenou a preparação das execuções, ignorando os pedidos de clemência.  Jacarta aconselhou as autoridades consulares a se dirigirem neste fim de semana a Nusakambangan -"a Alcatraz indonésia"-, onde os fuzilamentos ocorrem. Alguns familiares dos presos também se preparavam para viajar à ilha-prisão.
Um advogado do réu brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, disse à AFP que as equipes consulares e legais dos condenados à morte se dirigirão a Cilacap, a cidade mais próxima, o quanto antes.
A condenada Mary Jane Veloso, uma empregada doméstica filipina, foi transferida nesta sexta-feira à ilha-prisão, onde já se encontravam os condenados de Austrália, Brasil, França, Nigéria e Gana.
Seus dois filhos, de 12 e seis anos, haviam viajado a este país do sudeste asiático para passar seus últimos momentos com ela.
"O governo indonésio ordenou que todos os prisioneiros condenados à pena de morte, tenham ou não recursos pendentes, sejam transferidos à ilha, incluindo Mary Jane Veloso", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores das Filipinas, Charles Jose"Os advogados e a embaixada não foram avisados da transferência. Iremos informando sobre as evoluções à medida que elas ocorrerem", acrescentou em uma mensagem a jornalistas em Manila.
Chinthu Sukumaran, cujo irmão Myuran é um dos dois australianos condenados à morte, se preparava para deixar a Austrália rumo a Jacarta. 
"Não posso acreditar que isso seja tudo. Ainda não perdemos a esperança", declarou ao jornal australiano Sydney Morning Herald.  Michael Chan, irmão de Andrew, o outro australiano condenado, também se dirigia à Indonésia, segundo o jornal.

Incompreensível

As embaixadas não foram informadas sobre quando irão ocorrer os fuzilamentos, que por lei exigem uma notificação com 72 horas de antecedência, mas o passo dado pelas autoridades sugere que eles podem ser iminentes.  Enquanto o governo indonésio mantém sua linha dura de que os condenados devem ser executados, independentemente dos recursos de última hora pendentes, a indignação internacional cresce.
A França denunciou na quinta-feira as graves falhas da justiça na Indonésia que condenou à morte por narcotráfico um de seus cidadãos, Serge Atlaoui, e disse que sua execução seria incompreensível.
A legislação antidrogas da Indonésia é uma das mais severas do mundo, e o presidente do país Joko Widodo alega que a situação de emergência diante do problema das drogas requer a pena capital para os condenados.
A situação de Veloso gerou um profundo mal-estar nas Filipinas, onde cerca de 100 manifestantes se reuniram diante da embaixada indonésia em Manila com cartazes que diziam "Salvem a vida de Mary Jane". 
O vice-presidente filipino, Jejomar Binay, disse ter pedido clemência para Veloso durante uma reunião bilateral com seu colega indonésio, Jusuf Kalla, na quinta-feira. "Rogo sua compaixão, e garanto que o governo filipino está esgotando todas as vias para garantir que os que enganaram Mary Jane para que levasse drogas à Indonésia compareçam perante a justiça", disse Binay, citando o pedido que entregou a Kalla.


Fonte: UOL/Notícias
 

Indonésia confirma que brasileiro será executado e comunica família



A família do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, foi informada oficialmente neste sábado (25) de que ele será executado. A data das execuções, que são por fuzilamento, não foi anunciada. A lei indonésia prevê que os presos sejam informados com 72 horas de antecedência, o que foi feito neste sábado, disse à BBC Brasil Ricky Gunawan, advogado de Gularte.  Assim, as penas poderão ser cumpridas a partir da tarde de terça-feira (horário local).
Gularte, de 42 anos, foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005. 
A família tentava convencer autoridades a reverter a pena após Gularte ter sido diagnosticado com esquizofrenia. Uma equipe médica reavaliou o brasileiro na prisão em março à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.


 Rodrigo Gularte, que está no corredor da morte na Indonésia, é visto na prisão de Tangerang
Ele poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas. Autoridades não divulgaram quais presos deverão ser executados. Dez condenados estão no corredor da morte, incluindo cidadãos de Austrália, França e Nigéria. Apenas um é indonésio.[são dez condenados no momento e será mais didático se as execuções na sequência de três a cada mês, o que permitirá maior efeito educativo das execuções, do que executar um grupo maior e proceder um longo intervalo para a próxima sequência.]
Representantes das embaixadas que representam os estrangeiros foram informados das execuções em reunião com autoridades da Procuradoria Geral em Cilacap, a 400 km de Jacarta, neste sábado.
A cidade fica próxima à prisão de Nusakambangan, onde os condenados estão presos e as sentenças deverão ser cumpridas.

Último recurso

Diplomatas brasileiros em Cilacap se encontrariam com Gularte na prisão ainda neste sábado para informá-lo da execução. O advogado de Gularte disse que entrará com recurso na segunda-feira para tentar reverter a decisão. "Condenamos fortemente esta decisão. Isto prova que o sistema legal indonésio não protege os direitos humanos. O fato de que um prisioneiro com uma doença mental possa ser executado é mais do que um absurdo", disse.
A mãe de Gularte, Clarisse, está no Brasil e não está claro se viajará à Indonésia, disse o advogado.
O presidente indonésio, Joko Widodo, que assumiu em 2014, negou clemência a condenados por tráfico, dizendo o país estão em situação de "emergência" devido às drogas. Em janeiro, seis presos foram executados, inclusive Marco Archer Cardoso Moreira.
Brasil e Noruega convocaram seus embaixadores na Indonésia em protesto e, em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff recusou temporariamente as credenciais do novo representante indonésio no Brasil em meio ao impasse com Jacarta diante da iminente execução de Gularte.
O encarregado de negócios da Indonésia no Brasil foi convocado pelo Itamaraty na sexta-feira para discutir a questão diante da iminência do fuzilamento do brasileiro.
Austrália e França alertaram que as relações com o país poderiam ser afetadas se seus cidadãos fossem executados. Grupos de direitos humanos também têm pressionado a Indonésia para cancelar a aplicação das penas.
Mais de 130 presos estão no corredor da morte, 57 por tráfico de drogas, segundo a agência Associated Press.

Clique aqui e veja galeria de fotos: Indonésia executa traficantes de drogas


Petistas acumulam incompetência e Lula silencioso como o diabo


Lula está construindo a ruína de sua biografia

Os R$ 6,2 bilhões de prejuízo da Petrobras apenas com corrupção são "mixaria" comparados à grande perda causada pela incompetência e soberba do governo petista. "Nunca ninguém chegou tão perto de arruinar a Petrobras do jeito que Lula e Dilma fizeram", comenta o colunista de VEJA José Roberto Guzzo no 'Aqui entre Nós', com Joice Hasselmann. 

Tiro no pé: articulação pró-Dilma pode anular Temer e paralisar Congresso

O PT está convencido de que, para dar fôlego a Dilma, tem que provocar um racha entre Renan Calheiros, presidente do Senado, e Eduardo Cunha, presidente Câmara. O partido só não se deu conta de que o maior inimigo de Dilma na articulação político é o próprio PT. Entenda os detalhes com Joice Hasselmann.

PT: o partido que adora pescar o dinheiro do povo

Marco Antonio Villa comenta o depoimento do executivo da Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, que disse que toda cúpula petista sabia do esquemão do propinoduto da Petrobras. “E Lula continua silencioso como o diabo", reclama o colunista. Geraldo Samor fala sobre o Woodstock dos acionistas. E Felipe Moura Brasil faz um balanço dos rombos do PT.

TV Veja
 

A nova batalha de Janot (para não inviabilizar a Lava Jato ou ser reconduzido ao cargo?)

A nova batalha de Janot

Para não inviabilizar a Lava Jato, procurador-geral da República precisa resolver a queda-de-braço com a PF, marcada por acusações mútuas

Nos últimos dias, o procurador-geral da República Rodrigo Janot foi tragado para dentro de uma nova polêmica envolvendo a Operação Lava Jato. A querela decorre do descompasso entre os trabalhos desenvolvidos na primeira instância e no Supremo Tribunal Federal, no que diz respeito aos acusados no Petrolão. Dois relógios que deveriam atuar em harmonia, hoje funcionam de maneiras distintas. Enquanto na primeira instância o juiz Sérgio Moro já decretou a sentença de condenação contra o núcleo administrativo e financeiro do esquema, no STF nenhuma denúncia sequer foi apresentada pelo Ministério Público Federal. Responsável pelas apurações relativas ao braço político do Petrolão, Janot é acusado pela Polícia Federal de travar a investigação, protelando oitivas de pelo menos sete inquéritos relacionados a 40 pessoas e alimentando uma antiga guerra de poderes entre procuradores e delegados. Nos bastidores, delegados se queixam que o procurador-geral quer para si o protagonismo da operação, submetendo a PF a seus desejos. Acusam-no ainda de estar usando a Lava Jato para garantir sua recondução ao cargo. De outro lado, o MP diz que a PF estica a corda de olho em aumentos salariais e numa autonomia orçamentária, administrativa e financeira em relação ao Ministério da Justiça.


Desde que foi alçado ao posto, Janot tem atuado como um equilibrista para evitar incidir em equívocos cometidos por seus antecessores. Ele não quer agir de maneira açodada, para que não incorra no mesmo erro de Aristides Junqueira, responsável pela denúncia contra o então presidente Fernando Collor, que anos mais tarde seria inocentado pelo STF pela inconsistência das provas utilizadas. Nem pretende marcar seu trabalho pela lentidão, para não ser acusado de “engavetador-geral da União”, como Geraldo Brindeiro, conhecido por não dar andamento aos processos contra políticos durante o governo tucano.[só que o receio do Janot de ser um Junqueira o transforma em um Brindeiro.]

O excesso de cuidados, no entanto, não impede o surgimento de problemas com os quais o procurador não esperava se deparar. Conforme apurou ISTOÉ, a contenda começou quando Janot telefonou para o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, no último dia 15, explicando que precisava adiar os depoimentos dos senadores Fernando Collor e Benedito de Lira, e do empresário Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht, previstos para os dois dias subsequentes. O procurador explicou que aguardava o resultado das diligências que fundamentariam os interrogatórios. Daiello teria concordado em remarcar a data das oitivas e pediu que Janot formalizasse isso por ofício. No dia seguinte, porém, o diretor-geral da PF recuou. Alegou que os delegados não concordavam com o adiamento e que o caso deveria ser levado ao ministro Teori Zavascki, do STF. Assim foi feito e o relator acabou autorizando a mudança na agenda, num despacho em que reafirmou a competência do Ministério Público na condução do inquérito.


Para integrantes do MPF ouvidos por ISTOÉ, a postura do diretor-geral da PF no episódio sugere que ele tem dificuldade em comandar sua tropa, daí o descompasso entre as duas instituições que deveriam trabalhar em harmonia. Essa situação teria se tornado ainda mais flagrante com a presença informal do delegado Luis Flávio Zampronha em diversas oitivas. Procuradores da força-tarefa questionaram a participação de Zampronha, alegando que o policial não foi designado oficialmente para a função. 

Próximo do ex-diretor da PF Paulo Lacerda, Zampronha integrou a Divisão de Combate a Crimes Financeiros da PF que investigou a fundo o mensalão. A expertise do delegado justificaria sua participação no caso, desde que isso fosse formalizado, alegam os procuradores. Caso contrário, só tende a alimentar a disputa entre a PF e o MPF e as insinuações mútuas de que alguém quer atrapalhar as investigações. “Não há necessidade de um ato formal. Nenhum delegado foi designado oficialmente”, rebateu Zampronha.

Certo é que, após a manifestação de Teori, a PF resolveu reagir por meio do presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro. Em nota, disse que os delegados federais estavam preocupados “com os prejuízos à investigação criminal” e com o “atraso de diligências”. Ato contínuo, em blogs surgiram acusações de que a PF estaria usando a Lava-Jato como barganha para aprovar a PEC 412, que prevê autonomia orçamentária, administrativa e financeira para a instituição. Audiências públicas de Leôncio com parlamentares para defender a “PEC da autonomia” foram interpretadas como provas de um “balcão de negócios”. “É uma insinuação ridícula e despropositada”, disse à ISTOÉ. É o que todos esperam. [as manifestações do presidente da ADPF na defesa dos interesses da categoria profissional  representada pela associação que preside, NÃO PODE e NEM DEVE ser confundida com as ações desenvolvidas na Lava Jato e em outras operações policiais.
Marcos Leôncio preside uma instituição que representa os delegados da Polícia Federal, sendo seu DEVER defender melhorias para a categoria.
Absurdo seria  se o diretor-geral da PF fosse presidente da ADPF.]

Fonte: IstoÉ

Fotos: Sergio Lima/Folhapress; Marcelo Ferreira/CB/D.A Press ; PAULO LISBOA/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 


 

PT e petistas: BASTA! os brasileiros cansaram das mentiras. Especialmente das mentiras do Lula, da Dilma e resto da corja petralha. Cansaram da enganação, da impostura

A implacável lógica da mentira

Maioria dos que contestam o PT não é ‘direitista’. São brasileiros que querem que instituições funcionem, em particular a Justiça

A mentira tem uma lógica implacável. Só é possível mantê-la graças a mais mentiras. Essas mentiras a mais vão exigir, para que não sejam descobertas, uma cadeia de novas mentiras. A mentira é um poço sem fundo. Com o tempo, ela invade tudo e passa a alimentar-se a si mesma.  Para o mentiroso, o hábito da mentira acaba por transformá-la na sua verdade. Ele se sente injustiçado quando o acusam de mentir. O impostor que se apresenta como herói sofre quando lhe dizem que ele não é senão um impostor.

Foi essa lógica diabólica que enredou o Partido dos Trabalhadores desde que suas lideranças começaram a mentir. Seus militantes negam as acusações de corrupção sabendo que elas são verdadeiras. Confrontados a provas irrefutáveis, alegam estar a serviço de uma causa nobre — são os únicos que estão verdadeiramente do lado dos pobres — o que, na linha dos fins que justificam os meios, os absolveria. Argumento tragicômico. A causa dos pobres é a primeira vítima dos desvios de dinheiro público. 

Protegem-se das críticas repetindo a arenga da “esquerda” contra a “direita”. E a “direita” amalgamaria todos que não compram a versão dos heróis ofendidos. Que esquerda é essa que o PT estaria encarnando? O que o partido fundado por grandes brasileiros, como Mario Pedrosa e Paulo Freire, fez de si mesmo, seu colapso ético que desrespeitou um passado honroso e o comprometeu com uma corrupção sistêmica, não lhe autoriza a invocar o monopólio da preocupação com os mais pobres e do projeto de assegurar a todos os meios de sua dignidade. 

Somos muitos no Brasil os herdeiros de um princípio de solidariedade e de igualdade, que um dia definiu a esquerda. Somos muitos, ancorados em uma consciência democrática, a honrar essa herança sem renunciar à inegociável liberdade. À esquerda de quem estão os tesoureiros presidiários? O dossiê judiciário que se acumula contra seus dirigentes coloca o partido não à esquerda, porem à margem. Na marginalidade. 

Que direita é essa com que nos assombram? A estratégia petista para manter seu poder tem sido promover a radicalização ideológica. Ameaçando as ruas com supostos exércitos do MST, pela provocação acordam fantasmas adormecidos, dando-lhes um protagonismo que já não têm. Esses fantasmas de uma volta ao passado servem então de espantalho e fica mais fácil dizer “quem não está conosco está com eles”. O amálgama desqualifica, por contágio, todos que se opõem aos seus desígnios. 

A esmagadora maioria dos que hoje contestam o PT não é “direitista”. São brasileiros que querem que as instituições funcionem bem, em particular a Justiça. São pessoas que ganham a vida com o seu trabalho e a quem, por isso mesmo, a corrupção repugna. Que se preocupam, sim, com políticas que combatem a pobreza e pedem serviços públicos decentes que seus impostos pagam, bem sabendo que a corrupção é o buraco negro que suga os recursos do país. Não se referem a doutrinas, nem à esquerda nem à direita, referem-se à vida real, querem um governo competente, querem liberdade de expressão para formar livremente sua opinião, querem respeito. 

Cansaram da coleção de bonés contraditórios do ex-presidente Lula, da metamorfose ambulante, da farsa dos punhos fechados desses “prisioneiros políticos” de si mesmos, de seu próprio governo. Cansaram das promessas de campanha viradas pelo avesso, dos atos esquizofrênicos em defesa da Petrobras convocados pelos que quase a destruíram. Cansaram da mentira.  Os que se comportaram como donos do Estado quiseram também arvorar-se em donos da sociedade, tentando encapsulá-la nas fronteiras estreitas de movimentos sociais e organizações populares hoje a seu serviço mais do que da expressão autônoma de direitos e identidades. Inútil; a sociedade em sua diversidade é muito mais complexa e insubmissa do que organizações que se tornaram para governamentais. 

A população brasileira não está dividida pela oposição esquerda e direita. Na nossa democracia cabem todos os atores políticos que se exprimam no marco da legalidade constitucional. O que não cabe mais é a corrupção se intitulando política. E, pior, mais cinicamente, revolucionária. O que não cabe mais é a impostura. O dicionário “Aurélio” oferece várias definições da impostura, todas em torno da mentira, do embuste, da falsa superioridade. A última a define como o “farrapo que se prende ao anzol para engodar os peixes”. Engodar é seduzir com falsas promessas. O ex-presidente Lula está programando uma viagem pelo Brasil para falar às “bases”. E se os peixes não vierem?

Por: Rosiska Darcy de Oliveira é escritora - rosiska.darcy@uol.com.br - O Globo

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Dilma, amarela, tem medo de ser vaiada e vai poupar os brasileiros de escutarem, em 1º de maio, as bobagens que ela costuma expelir no Dia do Trabalho

Temendo novo panelaço, Dilma pode se calar em 1º de maio

O medo de um novo panelaço pode fazer a presidente Dilma Rousseff se calar. Parte forte da equipe da petista acredita que a melhor alternativa para ela, tendo em vista os protestos recentes, é abdicar de seu tradicional pronunciamento no dia 1º de maio, Dia do Trabalho.

Entre as pessoas que acreditam ser melhor Dilma não se pronunciar estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o marqueteiro João Santana e Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação. Apesar das opiniões, Dilma avalia a questão e ainda não tomou sua decisão final.


O pronunciamento em 1º de maio tem sido uma tradição do governo Dilma desde que ele começou, em 2011. No primeiro ano ela usou a data para anunciar o programa “Brasil Sem Miséria”; em 2012 atacou bancos e cobrou a redução dos juros; já em 2013, Dilma foi à televisão ressaltar seu comprometimento com o combate à inflação; por fim, no ano passado, a presidente usou o pronunciamento para anunciar ajuste de 10% no Bolsa Família.


Mesmo que a parte contrária ao pronunciamento seja ouvida, a data não passará em branco. Provavelmente um ministro iria à televisão para substituir Dilma. O temor de Lula e companhia é que a ida à público repita a situação do Dia Internacional das Mulheres, quando houve o primeiro panelaço. Segundo petistas, esse ato foi crucial para turbinar as manifestações que ocorreram na semana seguinte.
  

Quem deve desculpas



Se Aldemir Bendine vem a público pedir desculpas pelo que aconteceu na Petrobras nos últimos anos, ele que chegou à presidência da estatal há pouco tempo e nada tem a ver com o que se passou (tem a ver, sim, com os repasses do Banco do Brasil, que presidia, para pagamentos de programas sociais do governo, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei do Colarinho Branco), [Bendine tem também a ver com a autorização especial de empréstimos que ele concedeu a favor da amiga, socialite Val Marchiori, que na época apresentava registro negativo em todos os órgãos de crédito do Brasil] o que dizer da presidente Dilma ou do ex-presidente Lula, responsáveis diretos pelo descalabro de corrupção e má gestão, uma consequência da outra, que dominou a empresa nos últimos 12 anos?

"Sim, a gente está com sentimento de vergonha por tudo isso que a gente vivenciou, por esses malfeitos que ocorreram. Não temos muito claro se foi de fora para dentro ou de dentro pra fora. Sim, faço um pedido de desculpa em nome dos empregados da Petrobras porque hoje sou um deles". A frase de Bendine reflete bem o clima em que a Petrobras está envolvida, depois de ter que anunciar 50,8 bi de baixa contábil por corrupção e má gestão.

O número que a ex-presidente Graça Foster queria anunciar era de R$ 88 bilhões, o que provocou a ira da presidente Dilma e apressou a entrada de Bendine em seu lugar. Mas se voltarmos no tempo, e com a internet isso ficou mais fácil, vamos ver diversos discursos tanto de Dilma quanto de Lula justificando o que hoje está demonstrado terem sido erros em sequência no planejamento da Petrobras, a começar pela decisão de construir uma série de refinarias pelo país, todas com motivações políticas, hoje ou desaparecidas ou responsáveis por prejuízos sem recuperação.

Há o registro de um discurso de Lula anunciando o plano das refinarias, que é por si só uma explicação da má gestão que dominou a maior empresa brasileira nos anos petistas. Lula tem a desfaçatez de citar até mesmo questões técnicas com rigor científico para justificar o plano, que defenderia o meio-ambiente e agregaria valor ao nosso petróleo. 

Tudo lorota.
As refinarias do Ceará e Maranhão não saíram nem sairão do papel e gastaram bilhões de reais na compra de terrenos e planejamentos preliminares que ficaram pelo caminho. A de Abreu e Lima, em parceria com a Venezuela de Chavez que nunca colocou um tostão na obra, foi superfaturada e tornou-se um dos grandes focos de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Já a presidente Dilma, como fez na recente campanha eleitoral, mentiu sobre a gestão da empresa na campanha de 2010, referindo-se à Petrobras como grande conhecedora de suas entranhas, tudo para evitar uma CPI que estava para ser instalada.“ Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa-preta… “
Ela pode ter sido uma caixa-preta em 97, em 98, em 99, em 2000. A Petrobras de hoje é uma empresa com um nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque, caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa-preta desse tipo. Agora, é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras. Ninguém vai e abre ação na Bolsa de Nova York e é fiscalizado e aprovado sem ter um nível de controle bastante razoável”.

Enquanto isso, os diretores nomeados pelo governo Lula e mantidos por seu governo até 2012 faziam funcionar a pleno vapor a máquina de corrupção em que transformaram a Petrobras, sob a supervisão da própria Dilma, que foi a responsável pela área de energia até chegar à presidência da República e, sobretudo, presidente de seu Conselho de Administração durante anos.

O balanço apresentado na quarta-feira pela Petrobras, mesmo se ainda incompleto, é uma demonstração do descalabro administrativo que dominou a Petrobras nos anos petistas, propiciando a devastadora corrupção que está sendo investigada pela Operação Lava-Jato.

Fonte: Merval Pereira – O Globo