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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O fracasso da heterodoxia e do voluntarismo

Ministra das Minas e Energia, ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff chegou à Presidência da República pelas mãos do seu chefe entre 2003 e final de 2010, Luiz Inácio Lula da Silva, e passou a ter o poder formal sobre toda a administração pública. E uma responsabilidade do tamanho deste poder.
Na prática, porém, Dilma, desde a saída de José Dirceu da Casa Civil, avariado pela denúncia do mensalão, e a quem ela substituiu, passou a exercer forte ingerência na política econômica de Lula. Transcorria o ano de 2005, o penúltimo do primeiro mandato do líder petista. Dilma, então, completa agora aproximadamente nove anos de influência sobre a política econômica, e de maneira direta, incisiva, nos últimos quatro, seu primeiro mandato.
Um sinal forte de demarcação de um novo rumo na economia foi emitido pela nova ministra da Casa Civil, ainda em 2005, quando rebateu proposta do ministro da Fazenda Antonio Palocci de não permitir que os gastos públicos correntes crescessem mais que o PIB, ideia considerada “rudimentar" pela economista Dilma. Em vez de um ajuste fiscal, a ministra propôs o corte dos juros.
Delineava-se ali o modelo “desenvolvimentista”, heterodoxo, voluntarista, para cuja implementação seria importante a chegada de Guido Mantega para o lugar de Palocci, também abatido por problemas éticos. A crise mundial deflagrada a partir do fim de 2008 foi o pretexto usado pela Casa Civil e a Fazenda para acelerar os gastos públicos e conectar o Tesouro aos grandes bancos oficiais, principalmente o BNDES. De alguma forma, o “novo marco macroeconômico”, causa do fracasso da política econômica da presidente Dilma, começou a ser aplicado em 2009, dois anos antes da posse da sucessora de Lula.
Como acontece nesses turbinamentos voluntariosos do consumo, a economia cresceu em alta velocidade logo depois, em 2010 (7%), numa providencial coincidência com as eleições, para em seguida entrar na zona de turbulência em que se encontra até hoje. Com evidente poder sobre o Banco Central de Alexandre Tombini, Dilma ainda praticaria o corte de juros que defendeu em 2005, sob aplausos de falanges radicais petistas. Mas as taxas tiveram de voltar a subir, como se previa.
O governo acaba hoje em meio a um balanço melancólico: inflação longe da meta (4,5%), PIB estagnado, contas públicas desequilibradas, e desacreditadas pela “contabilidade criativa”, dívida pública em ascensão. O emprego ainda se mantém, mas a perda de dinamismo do mercado de trabalho é perceptível, enquanto a inflação já se refletiu numa mudança de tendência na redução da pobreza.
Apuradas as urnas, Dilma afinal admitiu a pane na economia brasileira. E assume amanhã sob a perspectiva de um ajuste fiscal que sempre combateu.

Os pontos-chave
A presidente Dilma passou a interferir na política econômica desde que assumiu a Casa Civil, em 2005. 
A crise mundial serviu de pretexto para Dilma e Mantega começarem a adotar o “novo marco”.
 
Como acontece nesses modelos de turbinamento do consumo, há rápido crescimento e, depois, crise.
Inflação, estagnação, emprego sem fôlego e contas públicas desarrumadas atestam a falência do modelo.
Reeleita, a presidente admitiu a pane na economia e anunciou um ajuste de que sempre discordou.



Fonte: Editorial – O Globo

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

PARABÉNS!!! BOLSONARO - não estupro porque você não merece. Mais uma vez Bolsonaro diz a VERDADE e merece nosso apoio incondicional

"Não estupro porque você não merece", diz Bolsonaro a Maria do Rosário


Deputado federal atacou ex-ministra dos Direitos Humanos em discurso na Câmara nesta terça-feira

[se em 2003 Maria do Rosário já era inestuprável por absoluta falta de merecimento, imagine agora, onze anos passados.] 
JAIR BOLSONARO, presidente do Brasil em 2018 e talvez antes


O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) causou polêmica nesta terça-feira (9) ao dizer à deputada Maria do Rosário (PT-RS), durante discurso no plenário da Câmara, que não a estupraria porque ela "não merece".

Veja o VÍDEO/2003:"Não estupro porque você não merece", diz Bolsonaro a Maria do Rosário

O ataque ocorreu quando Maria do Rosário, ex-ministra dos Direitos Humanos e desafeta de Bolsonaro, deixava o recinto. "Fica aí, Mária do Rosário. Há poucos dias tu me chamou de estuprador no salão verde e eu falei que não iria estuprar você porque você não merece. Fica aqui para ouvir”, disse Bolsonaro.

Em seguida, o deputado prosseguiu com o discurso, em que fez outros ataques à deputada e à presidente Dilma Rousseff. Minutos antes, Maria do Rosário havia discursado em defesa da punição a militares que cometeram crimes durante a Ditadura.

Veja o VÍDEO 2014

Bolsonaro afirmou que a ex-ministra dos Direitos Humanos é “mentirosa, deslavada e covarde” e disse que Maria do Rosário deixou o plenário para não ouvir acusações contra o governo de Dilma Rousseff, segundo ele um governo “canalha, comunista, covarde, ladrão, ditatorial e corrupto".


O deputado afirmou que o governo Dilma está trazendo para o Brasil a “escória do mundo” ao facilitar a entrada de haitianos, contratar médicos cubanos e permitir que iranianos não precisem de visto para visitar o país. 


A fala de Bolsonaro era uma resposta ao discurso de Maria do Rosário, que aproveitava o dia internacional dos Direitos Humanos, para criticar os crimes cometidos pela Ditadura Militar. De acordo com o deputado carioca, a data marca, na verdade, o Dia Internacional da Vagabundagem. "Direitos Humanos no Brasil só defende bandido, estupradores, sequestradores e até corruptos", disse ele.

Esta não é a primeira vez que Jair Bolsonaro usa palavras duras contra a deputada gaúcha Maria do Rosário. Em 2003, em uma discussão no Salão Verde da Câmara, Bolsonaro disse a frase que repetiu hoje no plenário: “Não estupro você porque você não merece”, afirmou ele, para em seguida empurrar a deputada, apontar-lhe o dedo na cara e chamar Maria do Rosário de vagabunda.

 

Esquecer jamais

Levou mais de uma década para os cidadãos americanos serem oficialmente informados sobre os crimes cometidos em seu nome depois dos ataques do 11 de Setembro. 

O relatório da Comissão de Inteligência do Senado dos EUA detalha métodos ainda mais cruéis do que as já conhecidas cenas de terror protagonizadas por agentes da CIA nas prisões americanas e nos cárceres secretos de outros 54 países, às vezes mentindo para as complacentes autoridades do governo Bush. No Brasil, foram necessárias quatro décadas até o relatório da Comissão da Verdade dar nome e sobrenome aos responsáveis pela tortura durante a ditadura, também uma história já contada e recontada mas ainda com capacidade de surpreender. Por coincidência, a narrativa da guerra suja nos EUA e no Brasil entra para a história oficial na mesma semana. Não foi fácil lá nem aqui, mas reconhecer os erros do passado é reduzir o risco de ver de novo o mesmo detestável filme.[existe uma diferença fundamental entre o relatório da Comissão de Inteligência do Senado dos EUA e o da tal "Com (omissão) da Verdade" brasileira.
O relatório da Comissão do Senado dos EUA certamente expressa a verdade.
Já o relatório da Comissão Nacional da Verdade brasileira apresenta um festival de conclusões parciais, ajustadas a interesses revanchistas e que se fosse apresentado pela comissão americana implicaria na imediata prisão de seus membros por calúnia, difamação, mau uso do dinheiro público, formação de quadrilha com o objetivo de mentir, etc.]
O relatório americano sobre tortura foi torpedeado — claro — pelos republicanos, pela CIA, pelas inúmeras agências e departamentos de segurança americana. O mais surpreendente foram os muitos impedimentos levantados pelo governo Obama, obrigando a sucessivos adiamentos da publicação deste adendo negro à guerra ao terror, em nome de um suposto equilíbrio entre segurança nacional e liberdades civis. 

A tese de que a verdade poderia botar vidas em perigo ressurgiu. Na tensa espera pela publicação do relatório, o secretario de Estado, John Kerry, alertou para um possível impacto das revelações na política externa do país. “Isto inclui nossos esforços contra o Estado Islâmico”, teria dito o secretário segundo seu porta-voz. Diplomatas e embaixadores pelo mundo estão em estado de alerta, em pânico com a possibilidade de retaliações diante da narrativa do sofrimento imposto pelos agentes americanos a cidadãos do Iraque, Afeganistão, Paquistão e outros países aliados. 

O telefonema de Kerry para a senadora Diane Feinstein, a democrata presidente da Comissão de Inteligência, foi apenas o último ato da prolongada e difícil negociação com o governo Obama sobre os trechos a serem mantidos em sigilo. Ela entregou muitos anéis — das 6 mil páginas, só 524 tornaram-se públicas —, mas era uma corrida contra o tempo: se a comprovação das torturas não fosse divulgada neste momento, a partir de janeiro o documento seria engavetado com a maioria republicana já em ação e, possivelmente, assumindo a Comissão de Inteligência do Senado.

As pressões contra a investigação foram truculentas. Numa ação inimaginável até para roteiristas delirantes, em abril deste ano, os agentes da CIA invadiram os computadores da Comissão do Senado quando suas excelências estavam em visita aos escritórios da agência do serviço secreto. Foi uma escandalosa tentativa de fazer os senadores desistirem de acessar os documentos sobre a tortura em interrogatórios, numa prova de que se consideravam acima da lei.“Não conheço uma única vida salva com o uso da tortura”, disse à CNN um dos advogados de presos de Guantánamo, repetindo com outras palavras a conclusão do documento do Senado, de que a tortura destruiu a imagem dos EUA no mundo e foi completamente ineficaz para levantar informações úteis à proteção dos cidadãos americanos.

A derrubada das torres gêmeas criou um sentimento de solidariedade com os americanos no mundo inteiro. Até Yasser Arafat doou sangue para os nova-iorquinos, lembra Simon Jenkins, colunista do Guardian”. Só que a simpatia transformou-se em perplexidade e, depois, escândalo com as progressivas restrições às liberdades democráticas. A paranoia com a segurança nacional levou a guerras injustificáveis no Iraque e Afeganistão, a defesa transformou-se em beligerância e torturadores foram chamados de patriotas. Tudo estava fora de ordem.

Foi pura trapaça do destino o Senado dos Estados Unidos e a Comissão da Verdade no Brasil acertarem contas com o passado na mesma semana. Amanhã, a Comissão da Verdade vai listar 300 responsáveis pela tortura de presos políticos durante a ditadura. São três volumes com 400 páginas, cheios de histórias de vida e morte de uma geração que lutou pela democracia. 

Cidadãos têm o direito de saber o que foi feito em seu nome, mesmo se às vezes leva tempo. [encerramos repetindo: o relatório apresentado pela "Comissão do Senado dos EAU" expressa a verdade; já o relatório apresentando no Brasil, apresenta versões que interessam a corja revanchista.
Aliás, nos EUA nenhum terrorista, ou mesmo suspeito de terrorismo, participa do governo, já no Brasil os terroristas são governo e tem seus interesses revanchistas plenamente atendidos pela caluniosa "comissão nacional da verdade".
Veja que inauguraram em São Paulo um 'monumento' aos mortos e desaparecidos políticos.
E, para ficar só em dois exemplos, na letra "C" tem o nome de dois porcos: Carlos Lamarca e Carlos Marighella e nada é dito que são assassinos cruéis e covardes e um deles é também traidor e desertor.]

Fonte: O Globo

Circo encerra as atividades com apresentação do maior FESTIVAL DE MENTIRAS, PARCIALIDADES e CALÚNIAS

Comissão Nacional da Verdade entrega hoje a Dilma relatório final das investigações

Presidente receberá em audiência no Palácio do Planalto, às 9h, os seis integrantes da CNV

Depois de dois anos e sete meses de investigações, a Comissão Nacional da Verdade entregará seu relatório à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira às 9h, em audiência no Palácio do Planalto, com a presença dos seis integrantes da CNV. A data de entrega, que coincide com o Dia Mundial dos Direitos Humanos, é considerada de grande importância por trazer à luz informações coletadas sobre o período mais duro e obscuro da história recente do país.

Logo depois, às 11h, no auditório do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, a CNV apresentará o relatório à sociedade brasileira. No período da tarde, os integrantes José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro, Pedro Dallari e Rosa Cardoso entregarão o relatório aos presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Instalada em maio de 2012, a CNV foi criada pela lei 12.528/2011 para apurar e esclarecer – indicando as circunstâncias, os locais e a autoria – as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988 (o período entre as duas últimas constituições democráticas brasileiras), com “o objetivo de efetivar o direito à memória e a verdade histórica e promover a reconciliação nacional”. [qualquer tentativa, ainda que superficial, de mover ação persecutória contra qualquer um dos "acusados" (todas as acusações são na base do disse-me-disse, portanto, meras suposições, ou como diria Renato Aragão "meros supositórios") sem provas, ou mesmo com provas, será evidente, ilegal e inaceitável desrespeito a própria lei que criou a tal comissão, que determina claramente no parágrafo 4º, Inciso VIII, artigo 4º, Lei nº 12.528/2011,

"§ 4o  As atividades da Comissão Nacional da Verdade não terão caráter jurisdicional ou persecutório". 

representando também violação à Lei de Anistia.]


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Golpe? Jamais! Impeachment? Depende



Dinheiro sujo financiou parte da campanha de Lula para presidente em 2002.
Suspeita-se que dinheiro igualmente sujo financiou as duas campanhas de Dilma.
Ouvi do prefeito de uma das capitais brasileiras mais importantes: “Foi a ação dos Black blocs que nos salvou, os governantes, quando o povo saiu às ruas em junho de 2013 cobrando melhores condições de vida”.

A ação dos baderneiros mascarados esvaziou as manifestações por passagens de ônibus mais baratas, saúde e educação eficientes, reforma agrária, lazer, contra a corrupção e contra a impunidade. Por enquanto, os Black blocs saíram de cena. No seu lugar entraram pessoas agenciadas não se sabe por quem ou simplesmente pessoas que acreditam que a volta dos militares ao poder fará bem ao país.

Muitas entre essas pessoas pedem o fim do comunismo como se ele ainda existisse. [uma das estratégias mais tenebrosas do comunismo é exatamente agir de forma a que os desavisados considerem que a criação maldita de Lênin foi extinta.]  A propósito, não vale citar a China e a Rússia. São imitações grotescas, macaqueadas de regimes comunistas.

De repente, a presidente Dilma e a sua turma ganharam aliados onde menos esperavam. Os que pedem um golpe militar, quer queiram quer não, podem contribuir para esvaziar passeatas e comícios dos insatisfeitos “com tudo isso que está aí”. Por “tudo isso” entenda-se o grosso das mesmas reivindicações de junho de 2013, com ênfase crescente no combate à corrupção e à impunidade.

Há 15 dias, 2.500 pessoas ocuparam a avenida Paulista em protesto contra o governo Dilma. Foram cinco mil no último sábado em ato apoiado pelo PSDB e partidos da oposição.  Minoritária, a porção dos golpistas tenta se misturar com a porção dos insatisfeitos. Essa, por sua vez, tenta se distinguir da outra. Mais políticos compareceram à primeira manifestação do que à segunda.

Os principais líderes da oposição, entre eles Aécio Neves (PSDB-MG), correm o risco de se meter numa saia justa. Por mais que digam o contrário, são acusados pelos partidários do governo de defender o golpe militar. Se não defendem o golpe, se batem pelo impeachment da presidente da República, o que militantes espertos do PT apregoam como sendo outro tipo de golpe. Não é. [o ‘impeachment’ é uma forma democrática e prevista em Lei vigente há 64 anos e oito meses, de afastar um presidente da República que cometa crime de responsabilidade.
Só que apesar de eficiente, quando o seu uso foi considerado conveniente no aspecto político – impeachment do Collor – é de difícil aplicação, dado que o seu caráter político, inclusive durante todo o processo, permite muitas negociações o que muitas vezes faz com que um criminoso seja politicamente absolvido. Caso do Lula, quando em 2005 sobravam razões para o seu ‘impeachment’ e FHC decidiu que era melhor deixa-lo morrer sangrando.
O $talinácio fez mais um dos seus costumeiros pactos com o diabo e conseguiu se reeleger e depois eleger e reeleger a criatura Dilma.
O chamado “golpe” apesar de não ser considerado democrático é eficiente e traz quando da sua aplicação a oportunidade da aplicação de uma gama de legislação excepcional e que corrige muita coisa errada.
Por isso, é a solução desejada e mais conveniente.]

Aécio está ficando rouco de tanto repetir: "Olha, eu não sou golpista, sou filho da democracia. (…) Não acho que exista nenhum fato específico que leve a impeachment. Essas manifestações [golpistas] que se misturam com as manifestações democráticas têm meu repúdio veemente". Talvez devesse ir à próxima passeata reafirmar de público seu compromisso com a legalidade.

Impeachment não é golpe. Fernando Collor, o primeiro presidente do Brasil eleito pelo voto direto depois de 21 anos de ditadura, foi derrubado pelo Congresso via um processo de impeachment. Fora os comparsas deles, órfãos do poder, ninguém disse que Collor foi vítima de um golpe. O impeachment está previsto na Constituição.  E nada se fez contra ela. Nada se fará contra ela. No início do segundo governo de Fernando Henrique, deputados do PT assinaram um manifesto em defesa do impeachment dele. Tarso Genro, na época ex-prefeito de Porto Alegre, publicou artigo na Folha de S. Paulo onde pediu que Fernando Henrique renunciasse.

Aliados do presidente saíram em sua defesa, acusando Tarso e os deputados de “golpistas”. Não eram golpistas. Por ora, carece de razão o impeachment de Dilma. Mas ela e o PT têm motivos de sobra para se preocupar com isso, sim. Afinal, Dilma soube a tempo que a roubalheira existia na Petrobras. E nada fez para abortá-la. Dinheiro sujo financiou parte da campanha de Lula para presidente em 2002. Suspeita-se que dinheiro igualmente sujo financiou as duas campanhas de Dilma. A ver.

Fonte: Blog do Noblat

PT inventa o fantasma do golpe para posar de vítima



O medo instalou-se no partido. É por isso que ele não consegue celebrar a vitória de Dilma.
O PT encontrou um antídoto que julga eficiente para qualquer embaraço grave que a presidente Dilma Rousseff enfrente doravante: a denúncia de golpe. Sim, há um golpe em curso contra Dilma, segundo o PT. E tudo haverá de ser feito para evitá-lo. Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foi sorteado para analisar as contas de campanha de Dilma. O lance, ora, faz parte do golpe. Um lance que dependeu de sorteio – mas não importa. Até os fados, muitas vezes, favorecem o mau contra o bem. 

Gilmar é ministro graças a Fernando Henrique Cardoso, que o indicou. Lula cabalou o voto dele para absolver os mensaleiros. Gilmar denunciou a cabala e desde então foi promovido pelo PT à condição de seu inimigo.
Uma equipe de 16 técnicos do Tribunal Superior Eleitoral encontrou irregularidades nas contas de campanha de Dilma. Olhe aí! Bem que o PT avisou. É golpe. Mais um lance do golpe!  Se Gilmar propuser a desaprovação das contas de campanha de Dilma, seu voto será confrontado com os votos de outros seis ministros. Entre eles, o governo tem folgada maioria.

Mas e daí? Trata-se de um golpe e pronto! Digamos que as contas da campanha acabem rejeitadas. Ainda assim Dilma seria empossada. E teria tempo suficiente para corrigi-las. Só perderia o cargo se não as corrigisse. É quase impossível. Onde estaria o golpe nesse caso? Ora, no ar, nas nuvens, no clima, em qualquer lugar.

Na verdade, a denúncia de golpe serve para vitimizar Dilma e o PT. E aumentar, se der certo, o apoio popular dos dois. Serve, também, para disfarçar o momento delicado que Dilma atravessa. Afinal, a Justiça denunciará empreiteiros envolvidos na roubalheira da Petrobras. E no PT se teme que a denúncia aproxime ainda mais o escândalo do gabinete de Dilma. E - quem sabe? - do gabinete do vice Michel Temer.

O doleiro preso Alberto Yousseff, em troca de delação premiada, contou coisas que até Deus duvida. E comprometeu Lula e Dilma. Disse que eles sabiam da roubalheira. Não basta ao delator que delate. Caso minta perderá o benefício de uma pena menor.  Delação premiada não se sustenta com mentiras. O PT decidiu organizar de última hora uma manifestação contra o golpe a se realizar amanhã, em Brasília. Se tiver certeza de que a manifestação reunirá muita gente, Lula comparecerá. Do contrário, não.

Sabe o que de fato acontece? O PT ganhou mais quatro anos de governo, embora por pouco. Por uma diferença mínima. A menor desde que ele chegou ao poder pela primeira vez em 2002. Ainda não se recuperou do susto. Perdeu 18 vagas na Câmara dos Deputados. E meia dúzia no Senado. Para que governe, dependerá do apoio do PMDB. Quase metade dos convencionais do PMDB, em meados deste ano, rejeitou o apoio à reeleição de Dilma.

Em fevereiro próximo, o PT completará 35 anos de vida. Nasceu à sombra de Lula. Alcançou o poder por meio de Lula. Dependerá de Lula para não ser expurgado do poder em 2018. Não é uma trajetória brilhante. O medo instalou-se no partido. É por isso que ele não consegue sequer celebrar a vitória que colheu há coisa de mês e meio.