Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Ninguém pode negar que vivemos uma guerra civil, onde o crime, cada vez
mais disseminado e organizado, agride a ordem e a paz social, amedronta
os cidadãos e ameaça à Democracia. Nos países em
desenvolvimento a situação é mais grave. Não existem recursos
suficientes para a educação e a saúde e outros setores prioritários, e
se é obrigado a garantir recursos para combater, de forma ineficaz, a
violência do crime organizado.
Pretensos
“intelectuais humanistas”, sempre dispostos a falar, propalam reflexões
frágeis do “politicamente correto”, confundindo ainda mais o problema,
retardando as necessárias já difíceis e urgentes soluções. Sempre
defendem os “direitos humanos”e atacam atruculência policial, como se
todos os agentes da Lei e as autoridades legitimamente constituídas
também sejam incompetentes e bandidos.
É preciso coragem, honestidade e
responsabilidade para dar um basta na inaceitável situação atual,
neutralizando os assaltantes, os assassinos que, armados e atirando,
atemorizam e acuam a população, debochando do Estado, dominando
territórios, geralmente nas periferias das grandes cidades. É a solução,
o resto é “conversa mole” e irresponsável.
É importante
conhecer o que pensa a Igreja Católica, pilastra maiorda moral que
inspirou os sistemas políticos e jurídicos da Civilização Ocidental:
“A legitima
defesa pode ser não somente um direito, mas até um dever grave, para
aquele que é responsável pela vida de outrem. Defender o bem comum
implica colocar o agressor injusto na impossibilidade de fazer mal. É
por esta razão que os detentores legítimos da autoridade têm o direito
de recorrer mesmo às armas para repelir os agressores da comunidade
civil confiada à sua responsabilidade”, (Catecismo da Igreja Católica, nº 2265, 1992).
Além de conter o crime, investimentos na educação de qualidade devem ser realizados – a solução futura da atual tragédia.
O povo não
suportará anos de espera para que seus humildes sonhos de vida
tranquila, (pelo menos), se concretizem. Os dirigentes precisam encarar a
realidade e agir com honestidade e determinação.
* O
autor, Eurico de Andrade Neves Borba, 83 anos, foi professor da PUC RIO e
Presidente do IBGE, é membro do Centro Alceu Amoroso Lima para a
Liberdade, mora em Ana Rech, Caxias do Sul, eanbrs@uol.com.br.
** Texto publicado originalmente em 30 de outubro, no excelente Diário do Poder.
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Nesta terça-feira (26), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou pela condenação de mais cinco réus acusados dos atos praticados no dia 8 de janeiro.
As penas impostas pelo ministro repetem o entendimento estabelecido nos primeiros julgamentos e vão de 12 a 17 anos de prisão - num país em que até assassino pega menos tempo.
Essa decisão vem na sequência de um rastro de medidas radicaise - muitos juristas atestam - ilegais tomadas pelo poderoso ministro.
Partindo da premissa de que a direita bolsonarista é golpista e que sua missão não é tanto defender a Constituição como impedir o avanço desses "opositores", Alexandre vem abusando de sua função constitucional e espalhando medo pelo país.
O deputado Daniel Silveira, com imunidade material de parlamentar, foi preso por um vídeo tratado como "flagrante perpétuo", e mesmo depois da graça presidencial continuou preso. Jornalistas, sem qualquer crime cometido, tiveram contas bancárias congeladas, redes sociais censuradas e passaportes cancelados. A tática alexandrina é a pura intimidação.
Mas, pelo visto, algumas pessoas se recusam a se curvar e ensaiam uma resistência heróica e inspiradora. Quando o desembargador aposentado Sebastião Coelho, atuando como advogado de defesa do primeiro réu condenado pelos "atos antidemocráticos", disse na cara dos ministros supremos que a nação os odeia, o STF resolveu suspender as defesas orais e concentrar tudo no mundo virtual.
Uma brecha na fortaleza se abriu: o ministro acusou o golpe e demonstrou que, por trás da aparência de alguém destemido, há uma pessoa com medo de ouvir certas verdades inconvenientes.
O mesmo Sebastião Coelho, agora, participa da convocação da volta das manifestações nas ruas, um direito constitucional do povo brasileiro, que não pode se calar de forma passiva por conta das investidas autoritárias do ministro.
Durante o evento do CPAC, encontro da direita para debater ideias, Adrilles Jorge lavou a alma de muito patriota ao defender seu direito inalienável de gritar "Fora Alexandre", da mesma forma que já gritaram "Fora FHC", "Fora Lula", "Fora Dilma" ou "Fora Bolsonaro".
Um"juiz" que sequer foi eleito não pode estar acima dos representantes máximos da democracia.
Com coragem de enfrentar o ministro, Adrilles pregou seu impeachment e a volta do povo às ruas.
É com atitudes assim que a espiral do medo vai sendo quebrada, inspirando outros patriotas a sair em defesa das liberdades básicas tão ameaçadas no Brasil de hoje.
E essa reação é fundamental na luta pela verdadeira democracia, já bastante aviltada no Brasil de Alexandre e do PT.
Por falar no PT, o comunista Flavio Dino é outro que tem abusado de suas prerrogativas constitucionais,e ainda é cotado para ir para o STF também, engrossar o coro tirânico ao lado de Alexandre.
Mas Dino tampouco está acima das leis, e precisa ser denunciado por suas bravatas, suas ações suspeitas e o evidente aparelhamento da polícia federal.
Ao comentar sobre declaração recente do ministro da Justiça, Flávio Dino, que culpou a política de armas do governo Bolsonaro pela violência na Bahia, o ex-ministro e presidente do PL na Bahia, João Roma, disse que Dino é “um boboca falastrão” que tenta transferir a responsabilidade do problema com “frases de efeito midiático”.
Boboca falastrão sim, e também um comunista autoritário e perigoso, que precisa ser enfrentado.
Os brasileiros de bem não podem se calar por medo, pois isso significaria entregar de vez a nação nas mãos de quem mira em exemplos nefastos como Cuba e Venezuela, onde não há mais qualquer resquício de democracia ou cheiro de liberdade.
Essa gente no poder pode muita coisa, sem dúvida, mas não pode tudo.
Se mais e mais patriotas romperem essa espiral do medo, saindo em defesa dos nossos direitos, ficará claro que todo o esforço de intimidação não foi suficiente para acovardar um povo aguerrido e disposto a resistir na luta pela liberdade.
"Neste mundo eu também reparei o seguinte: no lugar onde deviam estar a
justiça e o direito, o que a gente encontra é a maldade".
A constatação
está inserida no livro de Eclesiastes, ou "o sábio".
Como se vê,
justiça e direito sempre estiveram presentes (ou ausentes) no cotidiano
dos povos, seja na vida nos antigos povos nômades (os sumérios, entre
eles), seja nas mais complexas civilizações que os sucederam pelo tempo.
Sem o mínimo de justiça e direito, o que temos é exemplo típico das
mais desaforadas e cruéis tiranias.
Onde se fizeram implantadas e
respeitadas, foram erigidas civilizações exemplares e evoluídas, em
democracia e nas liberdades individuais (a partir da Grécia antiga).
Estes povos,
no fim das contas, nos transmitiram a verdadeira forma de convivência do
Estado com o indivíduo. Neles, ao Estado coube o estrito papel de lhes
garantir unicamente o direito à vida e às liberdades.
A busca da
felicidade, a maneira de conduzir a vida é de estrita alçada de cada um
de nós. Até neste item está implícito o chamado livre arbítrio bíblico,
que nos faz criaturas únicas diante de nossos parceiros, os animais.
Tudo na vida
tem o seu tempo. De amar e de odiar; de calar ou falar. Também há o
tempo de paz e o tempo de guerra. Os exemplos históricos aí estão,
claros, evidentes, cristalinos. Nossa paz nos foi tirada, nossos sonhos
catapultados e lançados no rol das impossibilidades e nossos valores,
vilipendiados e desonrados.
Haveria
outros mais motivos para apontar que é chegado o tempo de guerra?
Que
sonhamos viver na paz, essa é a verdade, mas que isso jamais fez parte
dos planos de nossos líderes que nos querem escravizar e tornar
criaturas indignas do próprio e intransferível bem viver?
Que para eles
sequer a paz e, muito menos, as liberdades as merecemos verdadeiramente?
Vamos continuar dando chances para os inimigos nos condenarem a uma
vida de medo, total submissão e desonra?
No mesmo
livro acima referido há um versículo que bem se adapta aos Brasil de
hoje. Ei-lo: "Tenho visto escravos andando à cavalo e príncipes andando a
pé como se escravos fossem".
Até quando vamos nos conformar em ser
príncipes e escravos ao mesmo tempo?
E permitir, sem esboçar reação
digna de gente sábia e livre, que tolos continuem a comandar os destinos
de nossas vidas e de uma nação inteira?
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Todo ano reproduzo esse meu texto antigo, pois ele cada dia parece mais atual. Precisamos resgatar os bravos dispostos a lutar pela liberdade:
“We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.” (Declaração da Independência Americana, 4 de Julho de 1776)
Dizem que errar é humano, mas insistir no erro é burrice.
O que falar então de uma insistência ininterrupta, ano após ano, por mais de dois séculos?
Hoje é o aniversário daquilo que foi um dos marcos mais importantes do mundo, a Declaração da Independência Americana.
Ali estaria selada, em poucas palavras, a função básica do governo, afirmando categoricamente a soberania do povo sobre o estado.
Cada indivíduo seria livre na busca pela sua própria felicidade.
As regras seriam iguais, não os resultados.
Infelizmente, o homem tem memória curta, e se esquece das aulas básicas de seus grandes pensadores.
A visão de curto prazo, aliada à mentalidade de se dar bem explorando os outros, faz com que uma multidão troque a liberdade por algum favor do governo.
A ignorância, somada ao desejo de ganho fácil, faz com que a massa deposite sua esperança num messias salvador, delegando função paternalista ao estado. A perfídia, com pitadas de romantismo utópico, faz com que uma elite formadora de opinião condene a meritocracia e pregue soluções coletivistas para os problemas do mundo, levando ao socialismo ineficiente e injusto.
O governo não está acima do povo, mas sim depende de seu consentimento para ser validado. E isso não quer dizer, de forma alguma, que uma maioria está livre para fazer o que bem entender.
A democracia não deve levar a uma simples ditadura da maioria.
Os direitos individuais deverão ser sempre respeitados, e era esse o foco da Declaração que fundou a República americana.
Cada indivíduo deve ser livre para perseguir sua felicidade, sem invadir a liberdade do outro.
Reparem que não há como um governo garantir a felicidade,mas apenas o direito de cada um buscar a sua, livre da coerção alheia.
E notem também que nesse percurso, o direito de um não pode destruir o direito do outro. Essa valiosa lição é hoje amplamente ignorada, com governos prometendo cada vez mais, sem se importar que para dar algo a alguém, precisa antes tirar de outro.
Na sabedoria de homens como Benjamin Franklin, John Adams e Thomas Jefferson, construíram-se os pilares que criariam a nação mais próspera do mundo.
Não há superioridade racial, não há fatores genéticos, não há maiores recursos naturais, não há sorte.
Foram os princípios adotados por estes homens que possibilitaram um meio amigável ao progresso humano.
Foi a liberdade individual que estimulou o empreendedorismo e a inovação.
Foi o conceito de troca voluntária, básico do capitalismo, que permitiu tamanho avanço. Os Estados Unidos são o que são hoje por mérito de um modelo eficiente, justo e adequado à natureza humana. Infelizmente, até os americanos vêm se afastando do conceito original que tanto os distanciaram do resto do mundo. O Leviatã estatal tem crescido por lá, alimentando-se das liberdades individuais tão valiosas.
O pequeno texto da Declaração de Independência deveria ser relido com maior frequência, pois seus ensinamentos são constantemente esquecidos num mundo onde ideias coletivistas entram cada vez mais em moda.
Trocam o objetivo conceito de justiça pelo abstrato termo “justiça social”, como se coubesse aos burocratas do governo decidir como configurar a sociedade, escravizando seu povo para isso. Ofuscam a liberdade individual em nome da visão coletivista, como se existisse um “interesse nacional” ou “bem público” que justificasse o sacrifício dos indivíduos.
A esperança é a última que morre. Mesmo que distante do ideal de liberdade individual e de isonomia de tratamento, vários países adotaram a democracia ou ampliaram as liberdades individuais nas últimas décadas. Vamos continuar sonhando – e lutando – para que aquelas sábias palavras proferidas há mais de dois séculos tenham profundo impacto nos indivíduos.
Hoje, dia 4 de Julho, o mundo todo deveria comemorar.
Afinal, não se trata somente do aniversário de uma nação livre, mas sim da própria liberdade.
Antes dos Estados Unidos, os países eram calcados em tradições coletivistas, sem este foco na liberdade individual.
Como defensor da liberdade, fico muito feliz de ter nascido em 4 de Julho. Viva a liberdade!
Happy 4th of July, Land of the free and home of the brave! God bless
[aos que tem preguiça de acessar o Google Tradutor:
“We hold these truths to be
self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by
their Creator with certain unalienable Rights, that among these are
Life, Liberty and the pursuit of Happiness.”
"Consideramos estas verdades auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade."
Happy 4th of July, Land of the free and home of the brave! God bless
Feliz 4 de julho, terra dos livres e lar dos bravos!Deus abençoe!
“Não
há nada mais permanente que um programa temporário de governo”,
costumava dizer o economista liberal Milton Friedman.
A frase serve não
apenas para programas governamentais, mas para decisões do Estado em
geral, sobretudo quando esse Estado envereda pelo totalitarismo, como é o
caso presente do Estado brasileiro.
Por aqui, não há nada mais
permanente, por exemplo, do que a censuratemporária.
Com efeito, desde ao menos o dia 20 de outubro de 2022, quando a ministra Cármen Lúcia acompanhou a maioria de seus colegas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e censurou o documentário do Brasil Paralelo sobre a facada em Jair Bolsonaro, o país trocou oficialmente o assim chamadoEstado Democrático de Direito pelo Estado Excepcionalíssimo
de Direito.
Na ocasião, com semblante grave, Cármen Lúcia afirmou que
“não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no
Brasil”.
Ato contínuo, foi lá e fez justamente o que dissera não se
poder fazer: permitiu a volta da censura no Brasil – segundo ela, apenas
naquela situação “excepcionalíssima”, pré-eleitoral, de modo a impedir
“o comprometimento da lisura, da higidez, da segurança do processo
eleitoral e dos direitos do eleitor”.
Ou, traduzindo: para impedir que o
material pudesse prejudicar o sucesso do candidato Luiz Inácio Lula da Silva,
o preferido das autoridades eleitorais. Diante dessa missão
excepcional, que mal haveria em mandar às favas o §2.º do artigo 220 da
Constituição Federal, não é mesmo?
Missão dada,
missão cumprida. Mas, obviamente, a cada momento surgem novos desafios
excepcionais, que exigem flexibilidade hermenêutica dos intérpretes da
Constituição e próceres do Estado Excepcionalíssimo de Direito.
Foi
seguindo essa mesma linha, então, que Alexandre de Moraesdeterminou a censura de todas as redes sociais de Monark, apelido do
influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, acusado de “subversão da
ordem”. Sim, Moraes usou essa expressão típica da ditadura militar.
Escreveu o censor em sua decisão inconstitucional: “Em face das
circunstâncias apontadas, imprescindível a realização de diligências,
inclusive com o afastamento excepcional de garantias
individuais que não podem ser utilizadas como um verdadeiro escudo
protetivo para a prática de atividades ilícitas, tampouco como argumento
para afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou penal por
atos criminosos, sob pena de desrespeito a um verdadeiro Estado de
Direito”.
Desde ao menos o
dia 20 de outubro de 2022, o país trocou oficialmente o assim chamado
Estado Democrático de Direito pelo Estado Excepcionalíssimo de Direito
Uma dessas críticas partiu de Lygia Maria, colunista da Folha de S.Paulo. No artigo “Quando a exceção vira norma”, a autora denuncia o perigo de se usar o medo coletivo (de futuros “ataques à democracia”,
por exemplo)para justificar medidas excepcionais, à margem da
Constituição, como têm procedido ministros do STF e do TSE desde, ao
menos, o período eleitoral, e notadamente no caso da censura a Monark
por conta de suas opiniões. “Não estamos numa ditadura, por óbvio, mas
infringir a liberdade de expressão
a partir do medo de uma abstração não é uma ferramenta democrática”,
diz Maria. E conclui: “O medo gera a excepcionalidade, e sempre há o
risco de o excepcional virar a norma”.
Confesso não
ter entendido o porquê de a colunista enxergar como tão óbvia a
afirmação de que não estamos numa ditadura, tendo em vista que a
infração da liberdade de expressão a partir do medo é uma das
características essenciais de toda ditadura, caracterizada justamente
como um estado de exceção.
Ora, se a autora admite que, sob o
pretexto de salvaguardar a democracia,magistrados das nossas altas
cortes têm posto entre parênteses uma cláusula pétrea da nossa
Constituição– tanto mais em época de eleição, quando a liberdade de
expressão é ainda mais vital –,por que ainda falar em “risco”?
Parece
óbvio que, no Brasil contemporâneo, o excepcional já virou a norma, e só
o comprova a frequência com que essa palavrinha tem aparecido em
decisões que violam reiteradamente direitos individuais fundamentais.
Crítica semelhante apareceu recentemente noEstadão, agora sob forma de editorial. Intitulado “Não se defende a democracia com censura”,
o texto afirma: “Tem sido frequente – e não apenas da parte do sr.
Alexandre de Moraes – ignorar essas exigências constitucionais sob o
pretexto de proteção do bem maior, condição de todos os outros, que é a
democracia (...) O argumento segundo o qual, na proteção de um bem muito
importante, não deveria haver limitações para a atuação estatal foi o
que o regime militar sempre utilizou em suas violações dos direitos
humanos e das garantias fundamentais. A Constituição instaurou uma
lógica muito diferente, que é a do Estado Democrático de Direito (...)
Quando a Constituição proíbe a censura, não é mera sugestão, a depender
das circunstâncias. É norma que obriga a todos, sempre”.
À
primeira vista, como já sugeri, tem-se a impressão de que a censura ao
Monark despertou a consciência desses veículos sobre a importância da
defesa desse pilar da democracia que é a liberdade de expressão.
Mas
confesso não estar convencido. E saiu no próprioEstadãoum texto que atiçou a minha desconfiança. Trata-se da coluna de Pedro Doria,
na qual, como que encarnando o verdadeiro espírito desses jornais, o
articulista parece trair sua ambiguidade em face do tema. Vejamos.
Numa
camada mais superficial do texto referido, Doria defende a liberdade de
Monark para “falar bobagens”.
Segue nisso o teor do editorial, para o
qual o influenciador digital também diz bobagens,como quando afirma que
o TSE tentou manipular as eleições por meio da censura ou que Moraes
prendeu pessoas sem base legal.
Curiosamente, assim como o ministro do
STF se abstém da necessidade de demonstrar o crime de Monark, o
colunista e o editorialista do Estadãose furtam a justificar
seu juízo sobre o teor das opiniões do fundador do Flow Podcast. Cheios
de condescendência, limitam-se a dizer que, apesar de serem “bobagens”
(tidas por autoevidentes), Monark tem o direito de as manifestar.
Depois
de muitos outros arbítrios cometidos por agentes do Estado, reivindico o
direito de suspeitar desse súbito escândalo diante do Estado
Excepcionalíssimo de Direito que jornais e jornalistas ajudaram a
legitimar
Mas
uma segunda camada do artigo de Pedro Doria revela mais sobre o que a
grande imprensa em geral tem pensado acerca da liberdade de expressão e
de outros direitos fundamentais.
Doria afirma não haver mais sentido em calar Monark, porque, afinal, as eleições já passaram.
Em outras palavras:embora termine o artigo sublinhando a vedação à
censura no texto constitucional, o articulista concorda indubitavelmente
com a suspensão excepcional da liberdade de expressão, nisso
concordando com o argumento dos magistrados censores.
Para Doria, não
foi certo calar Monark agora, mas foi certo calar um monte de gente –
sobretudo aqueles estigmatizados como“bolsonaristas” – durante o
período eleitoral. Sua defesa da liberdade de expressão é puramente
casuística.
Aliás, sua opinião não surpreende,pois o articulista é reincidente na defesa da censura excepcional àqueles que enxerga como adversários políticos.
É preciso nunca esquecer que quando, em 2020, o Twitter e o Facebook decidiram censurar a matéria verdadeira do New York Post sobre o laptop de Hunter Biden, contendo revelações que poderiam prejudicar a corrida eleitoral de Joe Biden contra Donald Trump, Pedro Doria aplaudiu a decisão, qualificando-a como “corajosa”. Em artigo publicado no jornal O Globo em 15 de outubro de 2020,
escreveu ele: “O que Facebook e Twitter fizeram quarta-feira, nos
Estados Unidos, é histórico. Cercadas por críticas justas relacionadas a
suas condutas em inúmeras eleições – incluindo as que levaram à
presidência Donald Trump, em 2016 –, as duas plataformas agiram com
incrível coragem numa decisão particularmente difícil (...) Do ponto de
vista jornalístico, porém, uma decisão indubitavelmente correta. Uma
decisão que também levanta o debate a respeito da fronteira entre
imprensa e redes sociais”.
Fica claro
que, para Pedro Doria e a maioria de seus colegas de “consórcio”, o excepcional
já é a norma.
O que, aliás, é perfeitamente justificável, quando se trata de
impedir os terríveis efeitos colaterais da democracia, a exemplo da eleição de
Trump ou de Bolsonaro.
Eis por que os veículos que hoje afirmam ser preciso
tolerar as “bobagens” de Monark,tenham calado ou aplaudido as medidas
excepcionais que têm sido adotadas no país desde, ao menos, 2019, com a
abertura do primeiro dos inquéritos“do fim do mundo”.
Quando se trata de
atingir os alvos certos, e na ocasião adequada, que mal há nisso?
Quando, por exemplo, a Polícia Federal
entrou na casa do jornalista Allan dos Santos e apontou uma arma para
sua mulher grávida, esses jornais calaram ou aplaudiram.
Fizeram o mesmo
quando da busca e apreensão na casa de empresários por conta de
mensagens privadas em grupo de WhatsApp.
Quando prenderam Daniel Silveira,
Roberto Jefferson, o cacique Serere, o humorista Bismarck, do canal
Hipócritas, e tantos outros.
Quando censuraram centenas de pessoas de
direita, incluindo muitos jornalistas.
Quando censuraram a Jovem Pan.
Quando bloquearam as contas bancárias e cassaram o passaporte de Rodrigo
Constantino e Paulo Figueiredo.
Quando aposentaram compulsoriamente a
juíza Ludmilla Lins Grillo etc.
Enfim, depois de tudo isso, e de muitos
outros arbítrios cometidos por agentes do Estado, reivindico o direito
de suspeitar desse súbito escândalo diante do Estado Excepcionalíssimo
de Direito que esses jornais e jornalistas ajudaram a legitimar.
Comissão é defendida por quem deveria temê-la e temida por quem deveria defendê-la
Bernardo Mello Franco
Vidraça do Palácio do Planalto quebrada após invasão de bolsonaristasGabriela Biló / Folhapress
Apesar dos apelos do governo, o Congresso deve instalar uma CPI sobre
os atos golpistas de 8 de janeiro. Se sair do papel, a comissão nascerá
sob o signo da estranheza. Sua criação é defendida por quem deveria
temê-la e temida por quem deveria defendê-la.[em nossa opinião, o ilustre repórter,como é habitual, tenta com suas 'narrativas' mudar fatos. A criação da CPI é defendida exatamente por quem nada tem a temer - o velho principio 'quem não deve,não teme' - e temida exatamente por quem tem terror da CPI - o atual governo, começando pelo ex-presidiário - pelo simples fato de que com uma ou outra exceção, raríssimas, os culpados, os infiltrados, os covardes que promoveram depredações estão no governo e agiram no vil interesse de promover condições para um endurecimento.
Todos estão em liberdade e os inocentes presos = e CPI possuem uma tendência de nada produzirem, mas algumas são exceções,e confiamos na JUSTIÇA DIVINA que a tão temida pelo governo apresentará resultados e muitos dos hoje algozes, se tornarão réus e serão punidos.]
A CPI foi proposta pelo deputado André Fernandes, integrante da tropa
de Jair Bolsonaro. Ele é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal,
sob suspeita de incentivar a invasão e a depredação das sedes dos Três
Poderes.
O dublê de político e youtuber ajudou a convocar os extremistas a
Brasília, a pretexto de divulgar o “primeiro ato contra o governo Lula”.
Depois do quebra-quebra, voltou às redes sociais para fazer piada com a
destruição de patrimônio público.
Na noite do dia 8, Fernandes compartilhou a foto da porta de um armário
do ministro Alexandre de Moraes. A peça havia sido arrancada pela turma
que quebrou cadeiras, urinou em gabinetes e tentou atear fogo no
plenário do Supremo. “Quem rir, vai preso”, debochou o deputado do PL.
A extrema direita tem seus motivos para defender a CPI. A comissão pode
desviar o foco da investigação de verdade, conduzida pela Polícia
Federal. [outra narrativa: atribuir que o insucesso da PF em não encontrar provas que sustentem as acusações, é consequência da CPI. Deve ser horrível adaptar fatos as imposições de quem tem que cumprir pauta.] De quebra, ameaça dar palanque a uma teoria conspiratória: a de
que o governo teria facilitado os ataques para se fazer de vítima. [agora denunciar tentativa de vitimização de um governo 'eleito', mas sem apoio popular e sem produzir nada em termos de resultados administrativos(apesar de instalado há mais de 100 dias)é teoria conspiratória.]
Esta é uma batalha pelo futuro da humanidade. Se a liberdade de
expressão for perdida na América, tirania é tudo que resta à frente. (Elon Musk)
Todos sabem
que sou conservador e liberal, nessa ordem. Como conservador sei que não
há vida civilizada sem instituições. Há dois séculos a humanidade
descobriu que as instituições do Estado comprometem a vida civilizada
quando fazem mau uso de seu poder.
Escrevo sobre
sintomas que sinto. No caso, como brasileiro, sou paciente dos males
nacionais. Pacientes podem discordar das terapias indicadas pelos
médicos; jamais, porém, algum discordou dos próprios sintomas. “Doutor,
eu não sinto isso que digo sentir.” Ninguém fala algo assim.
Portanto, só
uma pessoa alienada como esse doente imaginário, que perdeu também o
juízo, não perceberá os sinais de um avanço contra a liberdade de
opinião e de algo ainda pior na perspectiva da política.
Refiro-me ao
oficializado combate à divergência, até que toda a luz da comunicação
parta das bem-remuneradas usinas do oficialismo estatal e a divergência
acabe a toco de vela e a troco de feira.
Uma a uma
estão caindo as cartas da direita “até não ficar nada”, como na canção A
Cartomante de Ivan Lins.
Alguém poderia imaginar o debate político
brasileiro sem Rodrigo Constantino, um analista arguto, lógico, hábil
demolidor de falácias e narrativas enganosas?
Quem poderia pensar no
“Pingo nos Is” em poucos dias reduzido à atual expressão pálida de si
mesmo?
Que dizer da Jovem Pan, sem Guilherme Fiuza, Augusto Nunes, Caio
Coppola, Cristina Graeml, Ana Paula Henkel, Carla Cecato, Zoé Martinez,
Marco Antônio Costa?
A solitária coincidência entre as dificuldades
enfrentadas pela Revista Oeste, Brasil Paralelo, programa Sem Filtro,
Gazeta do Povo, JCO e tantos outros é desafinarem da orquestra e
divergirem de seu maestro.
Você já
percebeu que os principais comunicadores do país que não sejam de
esquerda estão perdendo seus canais nas plataformas por decisões
judiciais ou delas próprias? E note-se: a tudo que acabo por descrever
nestes pequenos espaço de liberdade, somam-se decisões tomadas pelas
direções das empresas confessadamente movidas pelo medo – medo legítimo – de ilegítimas e desmedidas sanções. Pense que hoje temos uma forma de
exílio digital (!) constrangendo comunicadores e parlamentares a usar
plataformas no exterior.
Será isso
coisa recente? Claro que não. Olhando pelo retrovisor, lá atrás, os
grandes grupos de comunicação, ao afinarem seus instrumentos e se
tornarem naquilo que o escritor Felix Maier chamou de “imprensa
antifas”, no mesmo diapasão e desmazelo ético, despediram seus mais
influentes jornalistas não alinhados com as intenções políticas do
petismo. Ou isso não aconteceu, ou foram outras coincidências?
Pessoalmente, só posso dizer que dessa escalada para a tirania, na rota
denunciada por Elon Musk, de fato sinto os sintomas que sinto.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Tenho me
lembrado muito de um conhecido filme de terror, produzido no final dos
anos 80. O que era uma brincadeira de meninas adolescentes, um trote
telefônico em que diziam “Eu sei quem você é e sei o que você fez” a
quem atendesse o número discado ao acaso se transformou num pesadelo. A
fatalidade colocou um assassino do outro lado da linha.
A lembrança
me vem porque não percebo nas atitudes e palavras dos ministros do STF a
consciência de que imensa parcela da sociedadeviu o que fizeram e
assistiu ao crescente protagonismo do Supremo nos últimos quatro anos.
Talvez por isso, os ministros lidam com as reações sociais como se
proviessem de um grupelho fanático, terrorista, criminoso, “selvagem”.
Não! Não somos cativos em terras de Borba Gato!Somos dezenas de
milhões de cidadãos que acompanharam os fatos.
Milhões que, nas redes
sociais, resistiram a quatro anos de manipulação das suas opiniões pelos
interesses financeiros do consórcio da "imprensa tradicional".
Milhões
que evoluíram da preocupação para o medoe do medo para o pavor em
relação ao próprio futuro.
Nós
distinguimos a nobre instituição Supremo Tribunal Federal desse
estamento judicial esquerdista legado por José Dirceu, Lula e Dilma
àquele poder de Estado. Rapidamente, saímos da antevisão para a
observação e, desta, para o padecimento das consequências!
Vimos a
reversão das prisões após condenação em segunda instância, a anulação de
penas impostas em Curitiba[oportuno enfatizar: CONDENAÇÕES CONFIRMADAS POR NOVE JUÍZES, DIFERENTES, E EM TRÊS INSTÂNCIAS.]e a credibilidade dada a um hacker contra
três respeitáveis instâncias do Poder Judiciário.
Vimos o controle policialesco do espaço público e a invasão do espaço privado.
Vimos o
princípio do juízo natural ser usado para cessar as comprovadíssimas
condenações dos crimes apurados em Curitiba. E vimos o mesmo princípio
ser desprezado, logo após, como barata morta, para o ministro Toffoli
confiar o inquérito do fim do mundo, em bandeja de prata e guarnição de
linho branco, à truculência do ministro Alexandre de Moraes.
Vimos
inquéritos serem mantidos abertos mesmo depois de a PGR promover seu
arquivamento por ausência de quaisquer achados que justificassem sua
continuidade. E vimos o disparate de a mesma pessoa togada que se tem
por vítima, acusar e julgar o réu.
Vimos o
fenômeno social das fake news ascender à condição de crime do qual
passaram a decorrer supressões de direitos, sem lei que disponha sobre
isso.
E vimos a frequente violação da liberdade de expressão pela
prática da censura nua e crua, em forma violenta.
Vimos a sanção
judicial incidindo não só sobre o conteúdo, mas atingindo a pessoa a
quem é atribuída culpa, cancelando-lhe o direito de acesso a seus meios
de comunicação através das redes sociais. É o “cancelamento” do acusado
sem direito de defesa!
É o desligamento sumário das suas “rotativas”
digitais! Tão absurdo quanto real.
Vimos um
parlamentar ser encarcerado e condenado a oito anos e nove meses de
prisãopor ações que, num foro ungido com a indispensável neutralidade,
se resolveriam mediante indenização e cestas básicas.Vimos deputados
serem privados de seu acesso às redes sociais, numa brutal violação de
suas prerrogativas constitucionais.
E vimos um parlamento de cócoras
autorizar a prisão do deputado e silenciar sobre os direitos de seus
membros.
Vimos a
borracha jurídica apagar o prontuário criminal do réu que os nomeou;
vimos o tratamento desigual concedido a dois candidatos;
vimos o
nascimento do conceito de “desordem informacional”para evitar que
verdades, reconhecidas como tal, fossem mal interpretadas em prejuízo de
Lula, é claro.
E vimos demandas desse candidato serem atendidas
prontamente enquanto as de seu adversário eram tratadas aos pontapés e
arquivadas embaixo do tapete.
Vimos multas
de cem mil reais por hora (!) estabelecidas por quem ou não tem noção do
valor do dinheirooudeixou a razão em casa e saiu apenas com a caneta e
amedrontar quem o contrarie.
Isso e muito
mais que isso já sob a poeira dos anos explica a presença de tantos às
portas dos quartéis, buscando a proteção que noutros lugares não teriam.
O descrito
até aqui caracteriza um estado de exceção!
Na mesma fogueira de vaidades
em que arderam as urnas com impressora, o estado de direito e a
Constituição,queimam, também, nossa liberdade, nossa dignidade como
cidadãos e nossa esperança de um Brasil melhor. As saídas de emergência
foram fechadas!
Alguém aí não sabe o que vem depois? Então, os manés
resistem!
Foi o Brasil
empurrado às piores mãos que passarão a trabalhar juntas? Cuidem-se às
Forças Armadas, pois serão elas o objeto de infiltração da vez. No
cenário atual, são o que nos distingue da cartilha política venezuelana.Os manés a tudo viram e entenderam.
Têm fundamentos mais do que
suficientes para pedir socorro.
Não adianta fazê-lo ao Rotary ou ao
Lions.
Nem ao arcebispo de Aparecida. Ora essa!
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Este tem sido, até agora, o governo
da desesperança – e do medo, da suspeita, da desconfiança e de tudo aquilo que
pode haver de pior na expectativa do futuro próximo para o país.
Ainda falta um
mês e meio para Lula assumir a presidência da República, mas desde que foi declarado
vencedor das eleições de 2022 sua atuação pública só produziu notícia ruim.
A
cada vez que ele abre a boca, as coisas pioram: a bolsa de valores derrete, o
dólar dispara, os juros para operações futuras sobem.É o contrário, exatamente,
do que vinha acontecendo até sua eleição – [nunca é demais lembrar: Bolsonaro governando.] quando cada mês registrava melhoras
em todos os índices econômicos essenciais, da inflação ao desemprego, das
exportações à arrecadação federal, do gasto público ao lucro das estatais.
De 3
de novembro para cá, a casa começou a cair - e ninguém está pondo mais força na
demolição do que o novo presidente.
O governo que
Lula vai começar sempre foi um desastre anunciado e garantido em
contrato. Nada, desta vez, de busca de consenso, moderação, “Carta aos
Brasileiros”, como foi na sua primeira chegada ao governo. Em vez disso,
agora, Lula se inclinou o tempo todo para o extremismo, o rancor e o
discurso da esquerda radical.
A elite empresarial e o seu entorno
fizeram de conta que estava tudo bem; Lula é assim mesmo, fica falando
essas coisas, mas tudo é só conversa de campanha, pois ele é um sujeito
responsável e não vai jogar o país numa aventura etc. etc. etc. Na hora
de governar ele vai ser sério etc. etc. etc. Foi mais um raciocínio
idiota. O Lula-2022 é diferente do Lula-2002 - e é esse o Lula que está
valendo hoje.
Ele está convencido que a eleição o autorizou a fazer tudo
o que quer, e já no dia seguinte à eleição estava exigindo que o Brasil
lhe dê licença para gastar como bem entender o dinheiro do Estado. É a
sua ideia fixa do momento: abolir o teto de gastos, a âncora que há anos
vem segurando a inflação, o valor do real e a estabilidade financeira.
Dane-se o equilíbrio entre receita e despesa – segundo ele, isso impede a
“justiça social” e, portanto, precisa ser derrubado.
Ainda falta um mês e meio para Lula assumir a presidência da República,
mas desde que foi declarado vencedor das eleições de 2022 sua atuação
pública só produziu notícia ruim
O
primeiro ato do homem que veio para “salvar a democracia”, segundo o
STF, a esquerda e a maior parte da mídia, é, como se vê, uma agressão
direta à lei vigente; Lula não aceita a regra do jogo, e exige uma
mudança na Constituição para fazer o tipo de governo que tem na cabeça.Programas sociais, obviamente, só fazem sentido se forem acompanhados o
tempo todo de responsabilidade fiscal;se não for assim, produzem
inflação e desemprego diretos na veia, e isso só piora a vida daqueles a
quem se pretende ajudar.
Mas Lula está cego para isso: só pensa em
eliminar o teto de gastos e governar o Brasil como sua propriedade
privada.
É materialmente impossível, assim, evitar que a economia reaja
mal – a economia, não o “mercado”. A Bolsa de Valores despenca e o dólar
dispara porque a população em geral perdeu a confiança na seriedade do
governo que se aproxima; não tem nada a ver com meia dúzia de operadores
de bolsa e outras frações da elite, como Lula quer fazer crer. É apenas
mais uma de suas falsificações: ele reclama que “o mercado” está muito
“sensível”, trata com desprezo a queda da Bolsa e a subida do dólar –
“paciência”, diz – e leva adiante a mentira de que só uma elitezinha
está incomodada com a sua guerra ao teto de gastos e o começo desastroso
do seu governo.
Os fatos mostram o contrário disso: quem vai pagar
integralmente pela desordem fiscal não é o sujeito que anda de Porsche, e
sim o que está na fila do ônibus. Alguma dúvida?
Os
liberais-equilibrados-centristas que apoiaram Lula estão assustados com
ele; os que quiseram exercer uma influência “moderadora” em seu governo
constatam que viveram uma miragem. Tudo isso estava escrito desde que
Lula ganhou a sua candidatura do STF. Fingiram que não, para “salvar a
democracia”.
Podem, agora, voltar a seus vinhos de safra e retornar às
conversas em que se fala mal de Lula. Quem vai entrar no pau, com
inflação, desemprego e outras realizações do governo petista é a
população – os “manés” do ministro Barroso.
Rupturas não são atos, mas processos. Isso sempre foi assim. Na Roma antiga a passagem da República para o Império durou décadas, sendo inclusive difícil dizer o momento exato da transição.
No Brasil, a derrubada do Império foi precedida por anos de agressiva propaganda contra a Coroa;
Getúlio, por sua vez, deu o golpe diante de um forte clima polarização, medo, radicalização e decadência das democracias mundo afora; os regimes militares e o fim da eleição presidencial direta ocorreu após mais de uma década que envolvera um suicídio presidencial, tentativas de mudança de sistema de governo, paralisia legislativa e Guerra Fria.
Hoje não é diferente.
Recentemente, surgiu toda uma imensa e inesgotável bibliografia que tem se dedicado ao tema.
Contudo, em geral, o que se percebe é que parte dos autores dedicados ao tema sofrem de um forte enviesamento e consequente blindspot ideológico.
Por isso, medidas de desgaste da democracia adotadas por setores de centro-esquerda são simplesmente ignoradas.
Só para ficar num exemplo, logo após assumir a Presidência, Joe Biden fez uma das mais clássicas e patentes medidas de erosão democrática: uma tentativa do que se intitula "empacotamento da Suprema Corte".Isto é, a aprovação de uma reforma legislativa que amplie o número de membros, permitindo a nomeação de juízes alinhados ao governo, forçando uma reorientação jurisprudencial.
O fato foi acompanhado do mais ensurdecedor silêncio pela maior parte do grupo de estudiosos do tema.
Apenas o jurista conservador Keith Whittington, do Departamente de Ciência Política da Universidade de Princeton, publicou acertado artigo no Wall Street Journal,criticando a proposta e apontando o risco de erosão constitucional e democrática que ela comportava.
De todo modo, o conteúdo teórico dessas obras é muito bom. Utilizando a teoria exposta por esses autores é possível realizar nossa própria análise dos fatos e examinar uma ameaça específica à democracia: a captura das Cortes de Justiça.
Com efeito, a democracia é, basicamente, um procedimento pacífico, regrado, institucionalizado e razoavelmente competitivo para formação de governo.O que a literatura tem percebido com cada vez mais vigor e clareza é que há medidas que, embora não representem uma quebra súbita da ordem democrática, levam a uma perda de vitalidade e qualidade da democracia. A esse processo se costuma dar o nome de erosão democrática.
Esse processo, basicamente, atinge mecanismos de accountibility. Um termo em inglês que fundamentalmente indica um conjunto de práticas de governança, visando à prestação de contas, ao controle e à responsabilização dos atores institucionais. Com isso, o processo leva a uma consolidação do poder em um grupo e consequente perda do caráter competitivo dos processos eleitorais e de formação governamental. Veja Também: Entenda as ilegalidades praticadas contra empresários apoiadores do presidente
Um dos instrumentos que podem ser utilizados para promover esse processo de erosão e redução da accountibility é exatamente a captura política das Cortes Superiores. E esse é um risco que me parece que deve ser examinado com maior atenção no Brasil.
Em artigo que trata de espécies de falhas de processo político, o prof. da Universidade da Califórnia Stephen Garbaum aponta que um deles ocorre exatamente quando grupos políticos “miram e capturam instituições projetadas para serem independentes do controle político (…), como tribunais, promotores e comissões”. Esse foi um procedimento fartamente utilizado por governos chavistas na América Latina.
Continuando na exposição das lições do autor mencionado, essa espécie de captura tende a reduzir o nível de accountibility do grupo que obtém sucesso na cooptação e como isso tende a consolidar poder em suas mãos, o que “mina a estrutura constitucional da democracia representativa”. Segundo ele, “o novo e corrompido processo político resultante é qualitativamente diferente e muito menos ‘confiável’ do que um baseado em uma maior dispersão de poder e instituições mais robustas de prestação de contas.” Ele faz uma interessante comparação com o mercado: se a democracia é um mercado de vários players buscando ampliar sua autoridade política por meio da obtenção de apoio (uma espécie de conquista de mercado pela adesão de clientes), a captura de instituições independentes funciona como a implementação de um monopólio de poder pela manipulação das ações do órgão antitruste.
Os mecanismos de accountibility pode ser organizados em três grupos:
- accountibility horizontal: exercida pelo Parlamento, bem como pelos demais poderes e órgãos independentes como o Ministério Público; - accountibility diagonal: efetuada pela media e sociedade civil organizada; - accountibility vertical: realizada pela competição eleitoral e partidária.
Quanto às duas primeiras formas de accountibility (horizontal e diagonal), é viável a leitura de que várias medidas adotadas pelo STF tem o potencial de enfraquecê-las.
Primeiramente,quanto à accountibility horizontal, percebe-se que por meio do ativismo judicial, o STF constantemente esvazia ou invade atribuições do Legislativo e do Executivo, muitas vezes manipulando a jurisdição constitucional para impor pautas e agendas de grupos políticos vistos como alinhados com parcela majoritária dos ministros.
Isso, por óbvio, concentra poderes nas forças ideológicas que dominam a cúpula do Judiciário, impedindo a dinâmica desembaraçada da democracia, na qual há alternância e experimentalismo. Tais medidas ainda reduzem a capacidade dos demais poderes de realizar suas funções constitucionais de opor freios e contrapesos ao ramo judicial do Estado.
Também temos presenciado a interferência constante na Polícia Federal,com a distribuição de inquéritos sem a observância dos critérios objetivos e pré-definidos,além dos recentes atos de assédio contra o Ministério Público, buscando minar-lhe a autonomia quando o órgão por razões jurídicas não concorda com as medidas de perseguição ao presidente da República ou a grupos de seus apoiadores. Ao mesmo tempo, a Corte tem politizado perseguições criminais,impondo medidas cautelares gravíssimas a partir de pleitos de parlamentares de oposição e valendo-se exclusivamente de notícias de jornalistas igualmente opositores,os quais além da parcialidade inerente à sua condição falecem de legitimidade processual, segundo a lei processual penal.
Quanto ao segundo ponto, da accountibility diagonal, inúmeros inquéritos e medidas penais do STF têm deteriorado a liberdade de expressão e de prática jornalística de grupos críticos à atuação do Tribunal.
O TSE também se destacou negativamente no tocante, em decisão com fundamentação insuficiente e que determinou o confisco das verbas oriundas de monetização de canais atuantes nas redes sociais, como nítida forma de censura.
O STF, ainda, atribuindo, sem provas suficientes ou mediante generalizações infundadas, a pecha de atos antidemocráticos a manifestações populares, tem efetivamente enfraquecido a atuação de grupos da sociedade civil organizada.
Tudo isso se revela bastante preocupante, em especial em vista do contexto da América Latina. Saliente-se que não é necessário que haja a intenção de juízes destinada deliberadamente a deteriorar a democracia. A simples ocorrência factual de fenômenos dessa espécie e mesmo a mera percepção de setores da sociedade nesse sentido é o suficiente para desgastar os níveis de confiança nas instituições e na capacidade do Poder Judiciário de atuar de modo imparcial e independente. Várias pesquisas mostram que isso já vem ocorrendo no Brasil.
Daí a relevância de a sociedade discutir mecanismos para preservar ou restabelecer a independência judicial.
Outrossim, pelas mesmas razões percebe-se a importância de os membros que atuam no aparelho de Estado transmitirem para a população a percepção de respeitabilidade e de tratamento equitativo, imparcial e baseado na reciprocidade.
Medo e ambição são talvez as duas paixões mais fortes que movem o ser humano. E os autoritários de plantão já perceberam isso faz tempo. Incutir medo no povo é um mecanismo eficiente para controlá-lo. Espalha-se pânico e depois vende falsa segurança, bastando o cidadão delegar todo o poder a essa casta de "especialistas".
Foi exatamente assim na pandemia da Covid. Ninguém nega a gravidade do troço, claro, mas a reação foi bastante histérica e desproporcional. E pior: muitos passaram a acreditar que bastava seguir cada "recomendação"ou imposição dos "especialistas" para ficar seguro.
Foi assim que vimos gente com duas máscaras em local aberto, ou brigando com familiares como se fossem potenciais assassinos ao não seguir cada passo sugerido pelas autoridades, ou então entregando o braço para quantas doses fossem disponibilizadas de uma vacina em experiência.
Os lockdowns, as máscaras e mesmo as vacinas não impediram inúmeras mortes, mas isso em nada abalou a fé cega dos crentes na "ciência" de tecnocratas picaretas como Dr. Fauci ou governadores charlatães e bastante ambiciosos. Havia um claro grupo de risco: os idosos. Mas falar isso era "feio" ou "insensível".
Os obesos claramente corriam mais riscos, mas mencionar o óbvio era "gordofobia".
A ciência verdadeira não liga para nossos sentimentos, mas a ideologia "progressista" moderna, que tenta monopolizar a fala em nome da ciência, é puro sentimentalismo.
E eis que agora a mídia e os mesmos suspeitos de sempre já tentam criar mais um clima de pânico, dessa vez com a varíola dos macacos. Não importa que a própria OMS, desacreditada perante os observadores céticos, mas alçada ao patamar de voz da ciência pelos crentes que acusam os demais de negacionistas, tenha recomendado a redução do sexo entre homens, já que 98% dos casos seriam fruto de relacionamento homossexual.
Não se pode "estigmatizar" a comunidade gay, alegam, então não se pode mais seguir a ciência. Afinal, os fatos estão aí e não vão desaparecer por conta de nossa sensibilidade social. Ao que tudo indica, o grosso dos casos está concentrado nesse perfil de comportamento. Esconder isso do público ajuda de que forma? Reparem que não se trata de relacionamento gay em si. O par homossexual monogâmiconão parece correr mais perigo do que qualquer casal. O problema é a quantidade de relacionamento sexual entre homens, ou seja, a promiscuidade. Mas simplesmente mencionar isso já atrai a fúria dos inquisidores modernos.
Uma reportagem da Folha hoje já tenta espalhar o medo e alegar que o governo federal, claro, não tem feito o suficiente para impedir o contágio.Num país com mais de 200 milhões de habitantes, estamos falando em pouco mais de mil casos. Ainda assim, o jornal consultou os "especialistas" certos para criticar o governo e também para deixar seus leitores em pânico.
Por que não se pode, porém, falar do óbvio, do comportamento de risco nesse caso?
Os mesmos que nem pestanejaram na pandemia do Covid para impedir crianças de estudar, gente humilde de trabalhar ou famílias de estarem com seus parentes idosos doentes, agora na varíola do macaco morrem de medo de recomendar menos promiscuidade homossexual para não criar “estigma” ao grupo.
E assim contribuem para a proliferação da doença...
Foi exatamente o mesmo caso com a AIDS, e pasmem!, era o mesmo Dr. Fauci no comando. O "cientista" se recusava a admitir que certo grupo corria bem mais risco, deixando todos com medo para não "criar estigma".Como isso ajudou a comunidade gay permanece um mistério. Mas o medo espalhado deu certamente mais controle aos tecnocratas do estado, ao próprio Dr. Fauci.
Pessoas apavoradas são presas fáceis dos oportunistas de plantão.A fobia muitas vezes é irracional. Mas se você pretende monopolizar a fala em nome da ciência, o mínimo que deve fazer é esmiuçar com cuidado as estatísticas, os dados. Afinal, não custa repetir: os fatos não ligam para seus sentimentos...