MP pediu ao STF abertura de procedimento para analisar
citações a Dilma na Lava-Jato
Uma das
42 petições enviadas ao Supremo em 2014 é sobre verba da campanha de 2010
Antes
de decidir que não poderia investigar a presidente da República no caso
Lava-Jato, a
Procuradoria Geral da República analisou, ao todo, três episódios envolvendo
Dilma Rousseff nas delações premiadas da operação. Em um dos casos, o Ministério Público chegou a pedir ao
Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um
procedimento oculto exclusivamente para tratar das citações à presidente.
Essa petição, a exemplo de outras 41 criadas a partir dos depoimentos dos
delatores do esquema de corrupção na Petrobras, existiu por pouco mais de cinco
meses, entre o fim de setembro de 2014 e o início deste mês.
Depois de
analisar o material, inclusive com novos depoimentos
dos delatores para tentar confirmar afirmações anteriores, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu que, pela Constituição,
não é possível investigar a presidente.
As citações, por essa razão, foram descartadas sem um ato formal de
arquivamento. O nome da presidente não foi nem incluído na lista divulgada
pelo STF no momento em que decretou o fim do sigilo e a abertura dos
inquéritos, na última sexta-feira.
CITAÇÕES
FEITAS POR COSTA E YOUSSEF
Uma
citação a Dilma foi feita pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa; as outras duas pelo doleiro Alberto
Youssef. Em relação à primeira, que fez referência a suposta destinação de
R$ 2 milhões do esquema de corrupção na Petrobras para a campanha de Dilma em
2010, Janot pediu que o caso permanecesse no STF, até se decidir sobre o que
fazer. Esse pedido ao STF é de 23 de setembro de 2014.
No último
dia 3, Janot comunicou o impedimento constitucional
para investigar a presidente, mas
pediu a remessa dos autos para a Justiça Federal no Paraná, já que o ex-ministro Antônio Palocci, acusado por
Paulo Roberto Costa de ter pedido a doação
de R$ 2 milhões, deve ser investigado na primeira instância.
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