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quarta-feira, 4 de março de 2015

Ao ser presidida pelo PT a Comissão de Direitos Humanos da Câmara ficou completa e irremediavelmente desmoralizada



Cobiçada por Bolsonaro, Comissão de Direitos Humanos da Câmara ficará com o PT
Divisão entre os partidos das 23 comissões permanentes da Casa foi feita nesta terça-feira

[A suprema ironia é o PT ter alegado a existência de um plano de desmoralizar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e para evitar a projetada desmoralização aquele partido assumiria a presidência.
O pior é que os deputados concordaram. Tudo indica que esqueceram ser o PT um partido desmoralizado por sua incomPTencia, sua desonestidade, falta de Ética, Moral, etc. etc. e que desmoraliza, envergonha a tudo e a todos que com ele tem contato.]

Cobiçada pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara será comandada pelo PT. O partido fez questão de escolher, entre suas prioridades, a comissão. Em 2014, Bolsonaro perdeu a presidência desta comissão para o PT por apenas um voto. Desta vez, há uma decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que apenas deputados do mesmo partido poderão disputar a presidência. Isso impedirá uma candidatura avulsa de Bolsonaro. O deputado Paulo Pimenta (RS) será o nome indicado pelo PT para comandar a pasta

A decisão do PT irritou o PCdoB, que queria que o bloco tivesse optado pela Comissão de Educação. O PCdoB presidirá a comissão de Relações Exteriores. O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) justificou a escolha da Comissão de Direitos Humanos:  Havia um movimento para desmoralizar novamente a Comissão de Direitos Humanos da Casa, por isso o PT escolheu. Não queríamos que a comissão caísse novamente nas mãos dos que não defendem os direitos humanos. [ existe maior desmoralização para uma Comissão do que ser presidida por um parlamentar do PT?]

O PT também conseguiu garantir, com o apoio do PMDB, o comando de uma das três comissões temáticas mais importantes e cobiçadas da Casa, a de Fiscalização Financeira e Controle da Casa. É uma comissão estratégica. Nela, são concentrados a maioria dos requerimentos de convocação de ministros para explicações sobre atos do governo. O indicado para presidir será o deputado Vicente Cândido (PT-SP), ex-presidente da CCJ.

Filho da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o deputado Irajá Abreu (PSD-TO) irá presidir da Comissão de Agricultura da Câmara. O deputado Irajá descartou ontem haver conflito de interesses em presidir a comissão quando a mãe é ministra da pasta: — Não, imagina. Absolutamente. De forma alguma.


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