Cobiçada por Bolsonaro, Comissão de Direitos
Humanos da Câmara ficará com o PT
Divisão
entre os partidos das 23 comissões permanentes da Casa foi feita nesta
terça-feira
[A suprema ironia é o PT ter alegado a existência de um plano de desmoralizar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e para evitar a projetada desmoralização aquele partido assumiria a presidência.
O pior é que os deputados concordaram. Tudo indica que esqueceram ser o
PT um partido desmoralizado por sua incomPTencia, sua desonestidade, falta de
Ética, Moral, etc. etc. e que desmoraliza, envergonha a tudo e a todos que com
ele tem contato.]
Cobiçada
pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a Comissão de Direitos
Humanos da Câmara será comandada pelo PT. O partido fez questão de
escolher, entre suas prioridades, a comissão. Em 2014,
Bolsonaro perdeu a presidência desta comissão para o PT por apenas um voto. Desta
vez, há uma decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que
apenas deputados do mesmo partido poderão disputar a presidência. Isso impedirá
uma candidatura avulsa de Bolsonaro. O deputado Paulo Pimenta (RS) será o nome
indicado pelo PT para comandar a pasta.
A decisão do PT irritou o PCdoB, que queria que
o bloco tivesse optado pela Comissão de Educação. O PCdoB presidirá a comissão de Relações Exteriores. O deputado
Alessandro Molon (PT-RJ) justificou a
escolha da Comissão de Direitos Humanos: — Havia
um movimento para desmoralizar novamente a Comissão de Direitos Humanos da
Casa, por isso o PT escolheu. Não queríamos que a comissão caísse novamente nas
mãos dos que não defendem os direitos humanos. [ existe
maior desmoralização para uma Comissão do que ser presidida por um parlamentar
do PT?]
O PT também conseguiu garantir,
com o apoio do PMDB, o
comando de uma das três comissões temáticas mais importantes e cobiçadas da
Casa, a de Fiscalização Financeira e Controle da Casa. É uma comissão estratégica. Nela, são
concentrados a maioria dos requerimentos de convocação de ministros para
explicações sobre atos do governo. O indicado para presidir será o
deputado Vicente Cândido (PT-SP), ex-presidente da CCJ.
Filho da ministra da Agricultura,
Kátia Abreu, o deputado Irajá Abreu (PSD-TO) irá presidir da Comissão de Agricultura
da Câmara. O deputado Irajá descartou ontem haver conflito de interesses em
presidir a comissão quando a mãe é ministra da pasta: — Não, imagina. Absolutamente. De forma alguma.
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