Lula pediu à CUT que
desista das manifestações nacionais que marcou para sexta, 13 de março. Há quem pense que é para evitar
um fiasco – é difícil manifestar-se “em favor da Petrobras” ao lado do pessoal que passou os últimos anos a sugá-la.
Há quem pense que é para evitar que a manifestação marcada para o domingo, dia
15, contra o Governo, ganhe mais ímpeto. Nada
disso: o Governo Federal quer concentrar todas as forças, na sexta-feira,
13, no Paraná. O objetivo é demonizar o governador paranaense, o tucano Beto
Richa, e criar um novo alvo que tire Dilma do foco das notícias negativas.
Culpar só FHC já não é suficiente.
Beto
Richa enfrenta uma série de problemas neste início de segundo mandato. A Associação Paranaense de Professores, radicalizadíssima,
ligada a partidos como PSOL, PSTU e também PT, está em guerra com o governador.
Richa enfrenta a necessidade do ajuste fiscal, sempre doloroso e
impopular. O Paraná – que formava com São Paulo a dupla de Estados
que o PT tinha como prioritários em 2014, e nos quais perdeu já no primeiro
turno – é visto como possível
contraponto ao desmanche do prestígio do Governo Federal. É lá o foco da
luta.
Grandes
grupos de militantes pró-PT estão sendo enviados ao Paraná – CUT, MTST, MST – que Lula chamou de “exército de Stedile”, referindo-se ao chefe dos invasores de terras. Devem
manifestar-se na sexta,13, contra Beto Richa e os tucanos; e ficar por lá no
mínimo até domingo, 15, para contrapor-se às manifestações contra o Governo
Federal. O clima em Curitiba é o mais quente do país.
Os mascarados
Isso não significa que grupos mais radicais pró-Governo tenham desistido do dia 15. O que se comenta é que pelo menos os black-blocs estarão nas ruas, nas 50 cidades em que estão marcadas manifestações antigovernamentais, para tentar no mínimo tumultuar o ambiente e descaracterizar o caráter político do evento.
Isso não significa que grupos mais radicais pró-Governo tenham desistido do dia 15. O que se comenta é que pelo menos os black-blocs estarão nas ruas, nas 50 cidades em que estão marcadas manifestações antigovernamentais, para tentar no mínimo tumultuar o ambiente e descaracterizar o caráter político do evento.
Levy e Dilma
Chega de mimimi: a frase do ministro Joaquim Levy, a respeito do custo da brincadeira da desoneração, não tem nada de ofensivo. Nem significa, a propósito, que o Governo tenha brincado. A palavra visivelmente foi usada no sentido de “situação”. É uma forma comum de expressão. Um empresário, depois de investir em modernização, pode dizer “a brincadeira custou X milhões”; um pai, falando sobre a festa de casamento da filha, diz que gastou “X milhares de reais” na brincadeira. Transformar isso em ofensa é meio muito. O Governo já enfrenta problemas de verdade em quantidade suficiente, não precisa brigar por bobagem.
Chega de mimimi: a frase do ministro Joaquim Levy, a respeito do custo da brincadeira da desoneração, não tem nada de ofensivo. Nem significa, a propósito, que o Governo tenha brincado. A palavra visivelmente foi usada no sentido de “situação”. É uma forma comum de expressão. Um empresário, depois de investir em modernização, pode dizer “a brincadeira custou X milhões”; um pai, falando sobre a festa de casamento da filha, diz que gastou “X milhares de reais” na brincadeira. Transformar isso em ofensa é meio muito. O Governo já enfrenta problemas de verdade em quantidade suficiente, não precisa brigar por bobagem.
Por: Carlos Brickmann
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