Sem medo do perigo
Bibi não está disposto a dar uma chance à paz. Nunca antes um chefe de Estado
ousou discursar no Congresso dos EUA para bombardear a política externa de um
presidente americano. No coração de
Washington, o primeiro-ministro de Israel detonou o acordo nuclear em negociação entre as potências mundiais e o Irã,
no qual Barack Obama aposta suas fichas para acabar com
décadas de tensão e mudar a cena no Oriente Médio.
A imagem do primeiro-ministro apertando mãos e aplaudido de pé no
Capitólio certamente terá um impacto no resultado das eleições em Israel daqui
a duas semanas, mas pode virar um desastre diplomático
para um país cada vez mais isolado no
cenário internacional.
Convidado pelos adversários
políticos de Obama para discursar numa sessão conjunta de Senado e Câmara, o primeiro-ministro de Israel
desafiou o presidente do país mais poderoso do mundo em seu próprio território
e deixou enfurecido o aliado histórico. Simplificando, Bibi disse que Obama era ingênuo em acreditar no regime dos aiatolás, classificou o acordo com o Irã de uma ameaça à existência de Israel, à paz
mundial e à segurança dos EUA. “É um insulto à Inteligência dos EUA”,
disse Nancy Pelosi, líder dos democratas no Senado. “É uma peça de iranofobia”, reagiram em Teerã. “Foi uma cena de teatro”, criticou o deputado Steve Cohen.
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