Ex-gerente da Petrobras afirma ter repassado dinheiro ao PT para corrida de Dilma à Presidência
Em depoimento de cinco horas na CPI da Petrobras, Pedro Barusco também disse que começou a receber propinas em 1997 e que esquema se "institucionalizou" em 2003
Durante depoimento de cinco horas na CPI da Petrobras, nesta terça-feira (10), o ex-gerente de serviços da estatal Pedro Barusco, um dos delatores do esquema de corrupção na empresa, afirmou que parte do dinheiro desviado de contratos foi destinada à campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2010. Barusco disse aos parlamentares que foram solicitados à empresa holandesa SBM Offshore recursos para campanha eleitoral e que os valores foram repassados ao PT, via o tesoureiro João Vaccari Neto. "Foi solicitado a SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", disse o delator. Ainda segundo Barusco, o total de recursos solicitados foi de R$ 300 mil.
Mais cedo, o ex-gerente da Petrobras afirmou que começou a receber
propina ainda na década de 1990, por iniciativa pessoal, e que o esquema
se institucionalizou em 2003. "Comecei a receber propina em 1997, 1998.
Foi uma iniciativa pessoal, minha, junto com um representante comercial
da empresa. (...) De forma mais ampla, em contato com outras pessoas da
Petrobras, de forma mais institucionalizada, foi a partir de 2003,
2004. Não sei precisar a data."
Nenhum comentário:
Postar um comentário