Só
a Odebrecht recebeu 70% do dinheiro destinado pelo banco público em serviços
realizados em países como Cuba e Angola
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES)
publicou na última terça-feira (2) dados dos contratos de exportação de
serviços de engenharia de 2007 a 2015, cuja soma chega a
US$ 11,9 bilhões, com financiamentos a obras e serviços em Cuba e Angola.
Do valor
total financiado pelo banco público, 99,4%
ficaram nas mãos de cinco empreiteiras, segundo levantamento feito pelo jornal O Globo e
divulgado nesta quarta. Só a Odebrecht recebeu 70% do dinheiro do BNDES, equivalentes
a US$ 8,4
bilhões. Além dela foram beneficiadas a Andrade
Gutierrez (US$ 2,6 bilhões), a Queiroz Galvão (US$ 388 milhões), a
OAS (US$ 354,2 milhões) e a Camargo Corrêa (US$
258,8 milhões). O financiamento de obras públicas no exterior funciona
da seguinte forma: o BNDES dá o crédito a um país, que
repassa os recursos à empresa que escolher para executar as obras.
O BNDES
era criticado por não informar as condições de
financiamentos de contratos feitos no exterior e em operações domésticas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que
o banco repasse dados sobre operações com o JBS por exigência do
Tribunal de Contas da União (TCU). Agora Luciano Coutinho, presidente do
BNDES, e Armando Monteiro, ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, informaram que a
instituição pôs na internet dados de 1.753 contratos. Eles somam R$ 320 bilhões e se referem a
operações domésticas a partir de 2012.
Fonte: Revista Época
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