General Leônidas garantiu a
posse de Sarney em 1985 [com isso permitiu que surgisse a excrescência que desgoverna o
Brasil desde então (descontando o pequeno período do presidente Itamar Franco)]
Na madrugada de 15 de março de 1985, a nação mostrava-se estarrecida pela internação de Tancredo Neves no Hospital de Base de Brasília. Já nomeado novo ministro do Exército, com a Constituição na mão, ele convenceu as lideranças políticas de que, na impossibilidade de o presidente eleito tomar posse, o juramento deveria ser prestado pelo vice-presidente eleito, José Sarney.[o grande erro do general Leônidas foi esquecer que um vice só –e vice após o titular estar devidamente empossado.
Tancredo não havia sido empossado, então como Sarney poderia ser o vice? Vice de que? E a assunção do Sarney transformou o Brasil no desastre que ainda hoje impera e crescendo – não o Brasil e sim o desastre.]
Havia controvérsias na interpretação do texto constitucional. O vice substituiria e sucederia o presidente, no caso de impedimento temporário ou permanente, mas, assim como Tancredo, Sarney ainda não tinha tomado posse. [é tão óbvio que chega a surpreender como tantos conseguem ser tão errados na interpretação de uma norma tão clara.
Se Tancredo não havia sido empossado, obviamente, NÃO ERA presdiente; não sendo presidente, quem havia sido eleito para ser o seu vice também não poderia ser vice.] Muitos sustentavam a aplicação do artigo determinando que se não tivesse havido posse do presidente e do vice eleitos, assumiria o presidente da Câmara dos Deputados, então Ulysses Guimarães, para convocar novas eleições em trinta dias.
VÍDEO: Entrevista do General Leônidas Pires Gonçalves
[errou pouco mas um dos seus raros erros foi exatamente no momento que não podia errar: - quando se meteu a ‘constitucionalista’ e interpretou de forma errada a Carta Magna, permitindo a criação da famigerada Nova República.]
Seria o caos, em especial porque no governo Figueiredo, horas antes de terminar, alguns generais pretendiam aproveitar a situação para melar o jogo, não entregando o poder a Sarney. Além do próprio último general-presidente, inclinavam-se pela sua permanência o ministro do Exército, Walter Pires, e o chefe do Serviço Nacional de Informações, Octávio Medeiros. [a pretexto de evitar o caos – apenas imaginado – aceitaram ignorar a Constituição e dar posse ao homem que destruiu o Brasil = Sarney.]
LEITÃO DE
ABREU
O chefe da Casa Civil,
Leitão de Abreu, sustentava a posse de Sarney. Naquela madrugada, recebeu os líderes
do novo governo e sua opinião serviu para desfazer a dúvida gerada pela
hesitação dos dois personagens principais: Sarney
achava que Ulysses deveria assumir e este, para evitar a crise, defendia o
contrário. Desambiciosos, ambos, mas trafegando num fio de navalha.
MOMENTOS
CRUCIAIS
São desses momentos
cruciais na história dos povos e das nações. A Nova República poderia [deveria] ter sido demolida antes mesmo de nascer, mas
graças à intervenção de um general, sobreviveu e afirmou-se. Como represália, Figueiredo deixou o palácio do Planalto pouco antes da
chegada de Sarney, a quem recusou-se a
passar a faixa presidencial. Só que o vice já detinha o poder,
vestiu sozinho a faixa e empossou o ministério escolhido por Tancredo.
VÍDEO: General Leônidas: Lamarca
São vídeos como o acima que
compensam o grande erro cometido pelo general Leônidas ao empossar Sarney
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