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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

"Eles querem companhia no banco dos réus", ataca Cunha após ser denunciado



Presidente da Câmara dos Deputados afirma que denúncia da PGR contra ele é uma tentativa de tirar o foco das acusações sobre outros envolvidos no escândalo e ataca a incapacidade de Dilma de comandar o país e sair da crise
O sinal sonoro da mensagem do celular é ouvido pouco depois das 16h. Eduardo Cunha interrompe a entrevista, mira o telefone e permanece em silêncio por segundos infindáveis. E não consegue esconder a ansiedade. O rosto chega a mudar de cor.  

A partir daquele momento, há uma tensão poucas vezes vista naquele gabinete da presidência da Câmara dos Deputados. O peemedebista acaba de receber a informação de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a denúncia contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro. Antes mesmo de acabar a entrevista, entram na sala os deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Mendonça Filho (DEM-PE) e Carlos Marun (PMDB-MS). Permanecem ali, parados, dando um tom ainda mais solene à notícia do dia.

Eduardo Cunha evitou detalhar a denúncia da Lava-Jato. Antes mesmo de receber a mensagem confirmando que a peça da Procuradoria-Geral da República havia chegado ao STF, ele disse que suspeitava do teor do documento. “Não posso falar sobre conteúdo da Lava-Jato, não posso entrar num nível de riscos, de detalhes aos quais eu precisarei responder juridicamente”, disse, considerando iniciado o processo jurídico. “Pois o processo político já existe, mas o processo jurídico tem de respeitar o ritual. Eu não posso atropelar o meu advogado, não posso atropelar aquilo que ele vai precisar para atestar (a minha inocência), não posso atropelar os argumentos que eu vou precisar utilizar.”

Em 53 minutos de entrevista, o peemedebista atacou o governo, os petistas, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o procurador-geral da República. Na avaliação dele, a denúncia da Lava-Jato é apenas uma tentativa de tirar o foco do PT. Eles querem companhia no banco dos réus. Eles acham que, se ficar todo mundo igual, é mais fácil para poder resolver”, disse.

No início do mês, Cunha se irritou com a AGU por ter sido avisado previamente da entrada do órgão no Supremo para anular as provas contra ele colhidas na Câmara em maio. “A AGU me prejudicou. Não tem a menor chance de ganhar aquele agravo. Eu vou tomar uma cacetada desnecessária.” No fim do dia, depois de ler as 85 páginas da denúncia, o peemedebista divulgou nota à imprensa. Na última quarta-feira, com o anúncio de que a denúncia estaria pronta, Eduardo Cunha assegurou que não renunciaria em nenhuma hipótese. Ontem, durante a entrevista, disse que a estratégia da PGR em anunciar a ação, ainda na quarta-feira, rendeu “duas manchetes”. “Eles fizeram isso para tentar ganhar força nas manifestações (a favor do governo).” Cunha foi o principal alvo de quem foi para a rua ontem em defesa da presidente Dilma Rousseff, em 25 unidades da Federação.

(...)

O PT acabou?
Não. O PT ainda tem um percentual, embora pequeno, pelo tamanho da população, mas ainda tem um percentual de apoiamento pela militância que ele fez. O PT ainda não acabou, nem acho que vá acabar, mas o PT vai, obviamente, ficar muito menor do que já foi. E não será mais opção de poder no país depois do exercício deste mandato.





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