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sexta-feira, 10 de junho de 2016
Lewandowski nega mais três recursos sobre impeachment de Dilma - Dilma admite ‘consulta popular’ caso o Senado não aprove o impeachment
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou nesta quinta-feira, 9, mais três recursos que questionavam o funcionamento da comissão especial do impeachment no Senado. Um deles pedia para que a comissão considerasse como prova os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O argumento é que o diálogo entre Machado e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) é uma “prova que estaria diretamente relacionada com a alegação de desvio de finalidade do processo de impeachment”.
Outro era um agravo da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B), contra a decisão de dar apenas três minutos para cada senador fazer perguntas às testemunhas do processo. O terceiro requerimento era sobre o fato de a comissão ter votado de forma global os requerimentos para arrolar testemunhas e produzir evidências.
Lewandowski, que atua como presidente do processo de impeachment e tem como função julgar os recursos da comissão, ainda tem de decidir sobre um requerimento impetrado pela defesa da presidente afastada Dilma Rousseff para que solicita uma perícia independente nos documentos que embasaram a denúncia contra ela. "Que se recorra à população para ela dizer. Pode ser um plebiscito, eu não vou dar o menu total, mas essa é uma coisa que está sendo muito discutida", afirmou a presidente afastada.
Em entrevista veiculada na noite desta quinta-feira (9) pela TV Brasil, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) admitiu uma “consulta popular” caso o Senado não aprove o impeachment e ela reassuma a presidência da República. “Que se recorra à população para ela dizer… pode ser um plebiscito, eu não vou dar o menu total, mas essa é uma coisa que está sendo muito discutida”, afirmou Dilma, sem explicar a que se referia. Muitos políticos, inclusive da base de apoio da petista, defendem que, caso ela volte ao cargo, convoque novas eleições para presidente. Dilma nunca havia se manifestado sobre essa hipótese.
A entrevista, gravada, durou uma hora e foi feita pelo jornalista Luis Nassif. Quando ele perguntou como Dilma imagina o dia seguinte, caso o Senado não aprove o impeachment, ela afirmou: “Rompeu-se um pacto, que vinha desde a Constituição de 1988, e tem que remontar esse pacto. Eu não acredito que se remontará esse pacto dentro de gabinete. A população terá que ser consultada”, afirmou. Ao criticar o governo do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), Dilma também se referiu a uma consulta ao povo. “A consulta popular é o único meio de lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer”, afirmou.
Fonte: Estadão – IstoÉ
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