Valor de R$ 53 bi não computava parte do efeito das correções de outros anos
O
Ministério do Planejamento divulgou nesta terça-feira nota corrigindo os
valores de impacto dos reajustes dados aos servidores nos cofres públicos. O valor divulgado anteriormente
não havia computado parte do efeito das correções salariais concedidas nos anos
anteriores, segundo a pasta, e, portanto, estava subestimado. Dessa forma, o
impacto total dos aumentos para o período entre 2016 e 2018 sobe de R$ 52,9 bilhões para R$ 67,7
bilhões.
No fim de
maio, o Congresso Nacional aprovou, com
o apoio do governo, uma série de projetos de lei que reajustam os salários de
servidores de várias carreiras. A medida foi motivo de preocupação entre os
técnicos da equipe econômica, que enxergam os aumentos como uma sinalização
contraditória em um momento em que o Ministério da Fazenda tenta mostrar ao
mercado que está comprometido com o reequilíbrio fiscal.
Só no Executivo, poder com maior
número de servidores, o gasto
total previsto com a concessão dos aumentos até 2018 foi dos R$ 39,7 bilhões estimados
anteriormente para R$ 51,1 bilhões. A previsão de impacto total dos
aumentos para o Legislativo e Judiciário é de R$ 3,1 bilhões e R$ 11,5 bilhões,
respectivamente. As correções salariais para os servidores do
Ministério Público da União e para a Defensoria Pública da União geram um gasto
a mais de R$ 2
bilhões e R$ 100 milhões, nesta ordem.
Na nota,
o Planejamento destacou que “mesmo com
esta correção, o impacto dos reajustes sobre a folha
primária projetada para o período 2016-2018, considerados os seus
efeitos anualizados, está abaixo da inflação esperada
para o mesmo período”. Segundo os cálculos do ministério, o reajuste
geraria na folha um crescimento de 4,6% neste ano, 5,1% em 2017 e 4,1% em 2018.
Fonte: O Globo
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