Mínimo necessário é de 308 votos
O governo
não conseguiria aprovar, neste momento, a reforma da Previdência, porque não
tem os 308 votos necessários para que a matéria passe no plenário da Câmara.
Porém, avalia que tem de 320 a 350 votos “alcançáveis”, considerando toda a
base aliada, ou seja, tem capacidade de convencer esse número de deputados.
Esta foi uma das conclusões de um almoço realizado neste domingo no Palácio da
Alvorada, do qual participaram, além do presidente Michel Temer, líderes de
partidos alinhados ao Palácio do Planalto, vários ministros e o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia. A avaliação é que os políticos governistas precisam se
esforçar mais para garantir o apoio à proposta de emenda constitucional (PEC).
O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o senador Ciro
Nogueira (PP-PI) e o ministro Gilberto Kassab deixam o Palácio da
Alvorada após almoço com o presidente Michel Temer. Foto Aílton de
Freitas / Agência O Globo
Segundo
um participante do almoço, um dado positivo é que o argumento que o governo vem
usando de que é preciso acabar com os privilégios nas aposentadorias dos
servidores públicos está dando certo. Essa impressão já começa a ser assimilada
pela sociedade. — O clima
é de muita confiança em relação à Previdência. O governo está fazendo um
esforço grande para aprovar (a reforma da Previdência) e a avaliação é que a
mudança na comunicação está trazendo resultados positivos, porque a rejeição
está caindo — disse um dos participantes do almoço.
Ao ser
indagado se o governo trabalha com prazo, respondeu: — Isso é
indiferente. O que importa é aprovar. [esse 'participante do almoço' ou é idiota ou considera os leitores idiotas.Motivo: qualquer imbecil, até ele, sabe que não aprovando a reforma pelo menos na Câmara em 2017, em 2018, ano eleitoral não aprova nada.
O governo também mente, tenta enganar a população, quando deixa transparecer na propaganda a impressão que o que chama de privilégio de servidores (que na realidade não é privilégio) acaba imediatamente após a reforma.
Os mais bem informados sabem que não é assim. Haverá um período de transição.
São mentiras desse quilate que fazem com que até os que reconhecem a necessidade das reformas e aprovam o governo Temer, fiquem putos quando imbecis tentam enganar a população menos informada.]
Durante o
almoço, Temer discutiu com seus convidados o processo eleitoral de 2018,
Segundo um interlocutor, foi feita uma avaliação política e a constatação de
que os partidos aliados, especialmente os do Centrão, devem continuar unidos,
para que o presidente consiga terminar seu governo, juntamente com a
consolidação da recuperação da economia e a estabilidade fiscal. - É
importante que essas forças continuem juntas. Isso é bom para aumentar o número
de deputados no Congresso, fortalecer a base do governo no Parlamento e, mais
do que isso, ganhar as eleições - disse Moreira Franco, ministro da Secretaria
Geral da Previdência.
MAIS
EMPENHO
Logo
mais, haverá um amplo jantar na residência de Rodrigo Maia, em que o cardápio
também será a reforma previdenciária. Temer, líderes da base aliada e ministros
de Estado estarão presentes, para tentarem mapear de forma mais clara as
chances de o governo aprovar a matéria. Porém, já está dado que o governo não
trabalha com data e que só decidirá ser vai colocar ou não a PEC em votação no
plenário da Câmara no fim desta semana.
O
vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), disse ao GLOBO que o
presidente da República pedirá durante o jantar mais empenho dos líderes dos
partidos que compõem a base aliada. Temer se dirigirá, principalmente, àqueles
que têm se posicionado abertamente contra a proposta. — A
reunião será uma DR (expressão que significa discutir o relacionamento). É
preciso que os líderes dos partidos da base se empenhem mais — disse Mansur.
Já o
líder da Maioria no Congresso, Lelo Coimbra (PMDB-ES), afirmou que nomeações e
distribuição de recursos são importantes nesse processo, mas já vêm ocorrendo
naturalmente, desde a derrubada da denúncia contra Temer feita pela Procuradoria-Geral
da República. Também ajuda a reforma ministerial.
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