Grávida que teve aborto negado pelo STF realiza procedimento na Colômbia
No país vizinho, Rebeca Mendes afirma ter sido acolhida e interrompeu a gestação de forma legal
O
debate aconteceu no Brasil, mas foi a mais de três mil quilômetros de distância
daqui que se deu o seu desfecho. Rebeca Mendes, de 30 anos, que enviou uma
carta ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para interromper sua
gestação de maneira segura e sem ser punida judicialmente, afirma ter feito o aborto
na Colômbia na última semana. Grávida de nove semanas, ela foi ao
país a convite do Consórcio Latinoamericano contra o Aborto Inseguro (Clacai)
para participar de reuniões e debates com este e outros movimentos. — Não vim
para interromper a gestação. Sabia que a Justiça brasileira poderia negar meu
pedido e tinha planos emergenciais sobre como proceder. A Colômbia estava
nesses planos, mas não por agora. Até porque ainda me faltava uma resposta do
juiz de São Paulo — disse Rebeca, em entrevista por telefone, ainda em Bogotá.
— Aqui eu me senti muito amparada e recebi o apoio que não encontrei no Brasil,
vindo de pessoas que não me conheciam, mas que ficaram sensibilizadas com o meu
caso. Foi então que eu decidi fazer.
Rebeca Mendes teve que viajar para a Colômbia para realizar um aborto seguro e legal
- Divulgação/ONG Anis [ela insistiu no aborto mesmo após ter o procedimento negado em decisão do Supremo Tribunal Federal.]
A
legislação da Colômbia, desde 2006, permite o aborto em três situações:
quando
afeta a saúde física e mental da mulher; quando há violência sexual; e quando
há má formação do feto. Ela é mais ampla que a do Brasil. Nesta última
situação, por exemplo, o aborto no país não está limitado a casos de
anencefalia; e, na primeira, a mulher não precisa estar sob o risco de morrer,
sendo consideradas, por exemplo, situações que produzam estresse psicológico.
Foi nesse caso que Rebeca se enquadrou. A Profamilia, organização colombiana
especializada em direitos reprodutivos, ofereceu a ela a possibilidade de
realizar o procedimento. — Eles
entenderam que meu sofrimento se enquadrava como perigo para a minha saúde —
explicou Rebeca. [a assassina não reluta, certa da impunidade, de admitir que assassinou o filho, ainda na sua barriga, para eliminar situação que produzia stress psicológico.]
Rebeca
diz que poderia escolher entre dois tipos de procedimento e ela optou por fazer
o aborto por aspiração. [o aborto é repugnante e condenável em qualquer situação - deveria ser considerado CRIME HEDIONDO - mas, o método por aspiração, escolhido pela criminosa confessa é mais cruel, já que despedaça a criança - veja aqui .] Chegou à clínica pela manhã, recebeu informações sobre
o que seria feito e me explicaram o trabalho do Profamilia: — Eles
não fazem apenas interrupção da gravidez. Trabalham com planejamento familiar,
métodos contraceptivos. Uma mulher que escolhe interromper a gravidez sai da
clínica com o método contraceptivo que escolher. Lá existem várias opções e eu,
que a princípio queria colocar o DIU, acabei trocando de método, uma opção que
eu nem teria no Brasil. Estou usando anticoncepcional subcutâneo.
A
advogada Gabriela Rondon, da ONG Anis - Instituto Bioética, que dá apoio a
Rebeca, diz que ela não pode ser punida no país por ter feito o aborto na
Colômbia: — A lei
só se aplica territorialmente, nossa legislação não poderia ser usada na
Colômbia, que foi onde ela realizou o procedimento. Aqui no Brasil ela não
realizou nenhuma fase do aborto, não pode ser punida. [pergunta que não quer calar: uma criança adotada por um casal de famosos, sofreu um suposto ato de racismo nas redes sociais, praticado no Canadá, em uma rede social, e já se fala em prisão da autora, sua extradição para o Brasil para ser presa;
uma mãe - deve a aborteira ser chamada de mãe ou de monstro? - decide assassinar o bebê que ainda está na sua barriga, procura apoio do STF (que nega o pedido) viaja para a Colômbia, lá assassina a criança, retorna ao Brasil fazendo propaganda do quanto foi bem atendida.
A assassina tem emprego fixo, tem experiência de vida - 30 anos e possui dois filhos - e mesmo assim mata impunemente.
Qual dos dois crimes tem maior potencial ofensivo e merece punição mais severa:
- o alegado racismo praticado em rede social?
- ou o assassinato frio e cruel de um ser humano inocente e indefeso (a mão aborteira escolheu o método mais cruel, qual seja, o de aspiração que arranca o feto aos pedaços.]
Fazer um
aborto ilegal nunca foi uma opção para a estudante de Direito, que tem um
contrato de trabalho temporário no IBGE até o início do próximo ano. Aos 30
anos, sendo mãe de dois meninos, em de 6 e outro de 9, ela diz que sentia muito
medo de morrer e deixar as crianças sozinhas. Assim, quando engravidou do
terceiro filho, já separada, decidiu que tinha que interromper a gestação, por não
ter condições financeiras, psicológicas ou emocionais de seguir com a gravidez.
LEIA TAMBÉM: Ela abortou e quinze anos depois descobriu que ainda havia restos do bebê em seu corpo.
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