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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Militares elogiam Mourão




A escolha do general Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB) para vice na candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) dividiu opiniões de militares ouvidos pelo UOL.

Para alguns, Mourão está preparado e agrega conhecimento, prestígio e uma aliança para o PSL. Outros dizem que uma chapa puramente militar pode isolar Bolsonaro na direita. A reportagem conversou com cinco oficiais influentes do Exército, alguns deles ligados à cúpula da instituição e outros da reserva. Todos eles se disseram simpatizantes da candidatura de Bolsonaro, mas ainda não decidiram seus votos. As opiniões deles são individuais e não refletem a posição do Exército. O comandante da força, general Eduardo Villas Boas, vem adotando medidas nos últimos meses para reforçar a neutralidade político-partidária da instituição. Ele já afirmou que nenhum candidato, de qualquer espectro político, fala pelo Exército.

Parte dos oficiais ouvidos pela reportagem disseram que a presença de Mourão na chapa deve render a Bolsonaro a maioria dos votos dos militares e de suas famílias. "Alguns militares ainda estavam em dúvida sobre Bolsonaro, agora com Mourão isso deve acabar", disse um coronel ao UOL. Porém, quatro dos cinco entrevistados disseram se preocupar com um possível isolamento de Bolsonaro e Mourão à direita. "O ideal não seria outro militar [para vice de Bolsonaro], mas alguém que aproximasse a candidatura dos eleitores do centrão. Bolsonaro não vai ter sucesso se optar pela polarização", disse um general ligado à cúpula do Exército.

(...)

Hierarquia
O fato de Mourão ser um general e ter sido apontado como vice de Bolsonaro, que chegou até a patente de capitão antes de entrar para a política, incomoda alguns militares. "Tem muito oficial que não vai aceitar um general de Exército como vice de um capitão. A hierarquia está no nosso sangue, não sai", disse um general. "Acho que não será uma convivência tranquila. Um capitão com um general? Não será fácil", disse um tenente.  [comentário sem sentido e provavelmente feito por algum oficial interessado em criticar a candidatura Bolsonaro;
as FF AA são instituições fundadas na disciplina e hierarquia e mesmo quando na reserva os militares estão sujeitos a deveres e direitos, o que garante - não poderia ser diferente - que um general continua sendo superior a um capitão e mesmo a um coronel.,

Mas, no caso da candidatura a vice-presidente, de Bolsonaro, o general Mourão assume uma postura de postulante a um cargo político, vice do Bolsonaro e tendo em conta que ambos eleitos,  o general Mourão  - da mesma forma que qualquer outro oficial-general passa a ter o presidente da República - no caso Jair Bolsonaro - como seu Comandante Supremo.
A hierarquia e a disciplina impõe tal postura.
Na hipótese  - improvável - de serem derrotados a situação volta ao padrão da subordinação usual.]  



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