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domingo, 19 de agosto de 2018

O atraso quer bloquear energia limpa



Há um forte cheiro de que estão armando uma trava para o avanço do consumo de energia limpa. Interesse de quem? Das distribuidoras 

O doutor André Pepitone da Nóbrega assumiu a presidência da Agência Nacional de Energia Elétrica prometendo derrubar o que chama de “subsídios” dados a quem utiliza fontes de energia solar ou eólica. Noves fora o fato de ele ter assumido um cargo com mandato de quatro anos por escolha de um governo que durará poucos meses, há um forte cheiro de que estão armando uma trava para o avanço do consumo de energia limpa. Interesse de quem? Das distribuidoras.

As energias eólica e solar são complementares à que é produzida pelas hidrelétricas. No Brasil, quando o nível dos reservatórios baixa, o sistema é socorrido pela ativação de usinas térmicas, caras e poluidoras. Se uma família instala painéis para captar energia solar no telhado de sua casa, não paga pela energia que o Padre Eterno lhe dá durante o dia. Essa operação é cara, mas seus custos vêm baixando. No caso da energia eólica, sua produção já é competitiva e muitas empresas estão entrando no mercado. Em todos os casos, quando falta sol ou vento, o cliente precisa da rede elétrica.

Nas falas do doutor Nóbrega, o simples uso do termo “subsídio” é impróprio. O que o consumidor pode fazer é economia, sem tirar dinheiro do bolso de ninguém, muito menos da Viúva. Em vez de estimular o uso de fontes limpas de energia, a Aneel indica que vê um problema naquilo que é uma solução.  A mentalidade do atraso existe, e Pindorama já pagou caro por ela. No século XXI discutem-se leis, tarifas e subsídios para o mercado de energia. No XIX discutia-se a questão de trabalho. Havia o do mercado nacional, montado sobre a escravidão dos negros, e um outro, que se poderia chamar de limpo, baseado no trabalho assalariado. Hoje o Brasil assina acordos internacionais para a defesa do meio ambiente. Em 1826 D. Pedro I assinou um tratado com a Inglaterra comprometendo-se a abolir gradativamente o tráfico de escravos trazidos da África. O Brasil buscaria na Europa mão de obra limpa estimulando a criação de colônias de imigrantes.

Nem pensar. Em 1828 o senador Nicolau Vergueiro deu um parecer sobre a questão e disse:  “Chamar os colonos para fazê-los proprietários à custa de grandes despesas é uma prodigalidade ostentosa, que não se compadece com o apuro de nossas finanças. O meu parecer, pois, é que se acabe o quanto antes com a enorme despesa que se está fazendo com eles.”
Em 1830, retiraram-se do orçamento os créditos para a colonização estrangeira. Deu no que deu.

Há demofobia nos ataques a Ciro Gomes
Desde o mês passado, quando Ciro Gomes anunciou que, se eleito, trabalharia para limpar a lista de devedores da Serasa, ele tem apanhado mais que boi ladrão. Protetor de caloteiros, irresponsável, demagogo. Se um sistema de crédito tem 63 milhões de consumidores na lista negra, algo de grave está acontecendo na economia. O total dessa dívida é de R$ 225 bilhões, e o espeto médio do caloteiro do Serasa é de R$ 1.200. 

(...) 

Saudades de VC
A Editora Abril entrou em recuperação judicial, devendo R$ 1,6 bilhão. A empresa quer propor aos funcionários que demite o parcelamento em dez vezes do que lhes deve pela rescisão de seus contratos.

A Abril foi fundada em 1950 por Victor Civita (1907-1990), avô dos atuais controladores. Ao tempo de VC, a Abril pagava aos seus funcionários com obsessiva pontualidade. Se o dia 1º caía numa segunda-feira, o salário entrava na conta na sexta-feira anterior.
Saudades de VC.

Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota e acha que os eminentes ministros do Supremo Tribunal Federal não conseguirão embolsar o aumento de salário que se outorgaram. O cretino soube que em julho foi votada uma Lei de Diretrizes Orçamentárias que proíbe reajustes de servidores. [Aviso ao Eremildo: de fato as supremas excelências são servidores públicos, mas, oficialmente são MEMBROS do Poder Judiciário - e a LDO é clara quando proíbe reajusta aos servidores públicos e silencia quanto até a existência de MEMBROS do Poder Judiciário.]
Um amigo que conhece o escurinho de Brasília disse-lhe que o governo poderá mandar um projeto de lei ao Congresso criando a gambiarra que permitirá a despesa. O idiota não acredita, mas vai ao Planalto para pedir que nesse projeto seja incluída a sua nomeação para o cargo de idiota-geral da República, com função vitalícia e hereditária.

(...)
 
O inferno de Temer
Michel Temer vive há algumas semanas o inferno sideral do crepúsculo do poder. Ele sabe que nessa fase não é apenas o café que vem frio, “não vem nem a água”.
Nada há que possa fazer, mas talvez lhe seja útil sentar por algumas horas com seus antecessores para ouvir experiências vividas. Nada a ver com simples memórias. Ele deveria conversar com FH, Sarney e Collor pedindo-lhes que contassem só as surpresas desagradáveis. Com isso poderá relativizar as decepções.

No século passado o presidente Ernesto Geisel fez do general João Figueiredo seu sucessor, empurrando-o goela abaixo dos militares e dos civis.
Um dia, Geisel ligou para Figueiredo e ele não atendeu, nem devolveu a chamada. Nunca mais ligou para o Planalto.

 

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