Rodrigo Constantino
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Quase três horas de conversa informal. Assim foi o episódio #2054 do Joe Rogan Experience, que recebeu o bilionário Elon Musk. Dá para focar em muita coisa que foi dita pelo dono da Tesla, mas um aspecto chamou mais a minha atenção: a análise psicológica que ele fez do também bilionário George Soros.
Com sua mentalidade de engenheiro e empreendedor, Musk colocou em termos um tanto matemáticos: Soros percebeu, como arbitrador que é, que havia muito valor a ser obtido por investimento em eleições, não só presidenciais, mas principalmente estaduais e municipais. Ele virou o maior financiador dos democratas e, acima de tudo, bancou várias campanhas de promotores distritais.
Na visão de Musk, Soros se deu conta de que não precisava mudar as leis, o que dá bem mais trabalho, pois bastava mudar como as leis são interpretadas e aplicadas. [Soros é, ou foi em passado recente, assessor de um tribunal aqui no Brasil?] Foi assim que Soros criou um exército de promotores pelo país, alguns deles perseguindo Donald Trump hoje com processos patéticos.
Joe Rogan perguntou, então, por que ninguém puxava o freio, permitindo que ele faça isso sem resistência. Elon Musk soltou na lata: "Eu estou puxando o freio". E, de fato, Musk tem sido um herói da liberdade, principalmente de expressão. Como ele mesmo colocou na entrevista, a Primeira Emenda não existe para discursos com os quais concordamos. Liberdade de expressão pressupõe aceitar falas que detestamos.
Todas as outras plataformas cederam às pressões do governo democrata e adotam um controle enviesado, uma censura contra um espectro político. Somente o Twitter, agora X, segue realmente o princípio de liberdade de expressão, para ter representada na praça pública da era moderna a humanidade como um todo, não a parcela que certa elite "ungida" prefere.
Para Musk, a grande divisão que existe hoje é entre quem deseja extinguir a humanidade e os verdadeiros humanistas. Não podemos menosprezar a misantropia e o niilismo como fatores psicológicos importantes para a defesa de ideologias nefastas que claramente atentam contra os pilares da humanidade.
Musk não é pessimista, porém. Para ele, o grande despertar para a ideologia "woke" aconteceu, pois muitos viram que não se trata de um modismo boboca de jovens, mas sim de uma ideologia totalitária abjeta que faz gente "inteligente" se posicionar ao lado de monstros. Esse despertar é positivo para a civilização, diz Musk. Amém!
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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