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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

O ministério de Lula é um pesadelo - Revista Oeste

Silvio Navarro

PT prepara farra de cargos na máquina pública e arma novo projeto de poder para chamar o Brasil de seu 

Futuros ministros do governo Lula | Foto: Montagem Revista Oeste/Agência Brasil/Wikimedia Commons

Futuros ministros do governo Lula | Foto: Montagem Revista Oeste/Agência Brasil/Wikimedia Commons 
 
Na semana passada, uma hora antes do jogo decisivo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, começou a colocar em prática seu plano para destruir o país. 
O petista anunciou futuros ministros para áreas estratégicas: Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), José Múcio Monteiro (Defesa), Rui Costa (Casa Civil) e o comunista Flávio Dino (Justiça).

A exemplo da emenda à Constituição (PEC) para promover a gastança de R$ 170 bilhões, o mercado reagiu com sobressaltos na Bolsa de Valores e alta do dólar. Mas não para por aí. No dia seguinte, circulou uma foto do ex-governador Flávio Dino vestido de guerrilheiro — chapéu de Fidel Castro e empunhando uma foice e um martelo no Carnaval. No caso de Dino, não era fantasia. Ele foi militante do Partido Comunista do Brasil durante anos.

A escolha de Rui Costa, ex-governador da Bahia, era previsível. A Casa Civil é uma espécie de antessala da Presidência da República, onde despachava, por exemplo, José Dirceu, quando Lula chegou ao poder. Também foi um recado claro de que é o PT quem vai chefiar a Esplanada dos Ministérios, e não um aliado do chamado centrão, como ocorre sempre que o governo precisa ampliar sua base no Congresso Nacional.

O Poder Executivo tem hoje 34 tipos de cargos em comissão, funções de confiança e gratificações, com cem faixas salariais

Mauro Vieira já anunciou que o plano na área internacional, em que o Brasil conseguiu uma corrente comercial recorde de US$ 500 bilhões, é um cavalo de pau. 
Pretende restabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela e socorrer os vizinhos latinos em ruína financeira. [preferimos chamar de 'distribuição da miséria'  = o Brasil, o que está em situação mais favorável vai emprestar aos miseráveis para ficar todos no mesmo nível = MISERÁVEIS.]
A primeira viagem internacional de Lula será à Argentina, para retribuir o abraço de Alberto Fernández. Depois, embarcará para a China.

Máquina de empréstimos do BNDES
Para quem se espantou com o time lulista anunciado antes da partida de futebol, a semana seguinte foi pior. O momento mais ousado foi a nomeação de Aloizio Mercadante para comandar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Mercadante é dirigente da Fundação Perseu Abramo e coordenador da campanha de Lula. Sua indicação fere a Lei das Estatais, de 2016, que determinava uma quarentena de três anos. A lei era um legado da Lava Jato, para blindar os cofres públicos de ingerência política e corrupção. Qual foi a saída encontrada? Rasgar a Lei das Estatais.

O BNDES ficou conhecido na era petista como uma máquina de empréstimos, inclusive para ajudar a financiar ditaduras de esquerda na África, na Venezuela e em Cuba o banco abriu uma linha de financiamento de US$ 640 milhões, não quitada, para construir o Porto de Mariel na ilha.

A articulação política da “emenda Mercadante”, como foi apelidada em Brasília, envolveu promessas de cargos em conselhos, diretorias e comissões de empresas e bancos públicos para deputados e senadores. Do lado da Câmara, quem capitaneou o balcão foi o próprio presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em campanha pela reeleição. O alagoano quer um naco significativo na Esplanada, com o controle de um ministério e indicações na Caixa Econômica Federal e no setor elétrico — neste último, a briga é para impedir seu rival, o senador Renan Calheiros (MDB), de dominar a área.

O PT não quer ceder espaço no setor elétrico nem na Petrobras. [afinal, a petrolão tem que continuar - por isso,estão voltando à cena do crime.] O partido indicou nomes para retomar a área: Maurício Tolmasquim, ex-EPE (Empresa de Pesquisa Energética); Giles Azevedo, ex-braço direito de Dilma Rousseff; Nelson Hubner; e o ex-deputado Fernando Ferro. Para a Petrobras, o favorito é o senador Jean Paul Prates, do Rio Grande do Norte, assim como ​​Magda Chambriard na Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Lula também pretende ajudar o amigo mineiro Anderson Adauto (PCdoB), que foi seu ministro dos Transportes, mas acabou condenado em 2012 por improbidade administrativa quando foi prefeito de Uberaba.

Companheirada
O projeto de governo Lula 3 também abriu espaços generosos para antigos petistas que estavam desempregados desde o impeachment de Dilma Rousseff ou o término dos mandatos em prefeituras.
 
Um caso simbólico é o de Luiz Marinho, ex-presidente da CUT e ex-prefeito de São Bernardo do Campo. 
Marinho é amigo de Lula há décadas, desde o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, quando comprava briga com montadoras de veículos. 
Vai assumir o Ministério do Trabalho, para restabelecer benefícios aos sindicalistas, no lugar de escolher técnicos de carreira
A CUT já apresentou uma lista de nomes para serem alocados em cargos de menor escalão. É aí que o aparelhamento corre solto.

A “república sindical” é uma marca dos mandatos de Lula. Na época, a cientista política Maria Celina D’Araújo, da PUC-RJ, afirmou no livro A Elite Dirigente do Governo Lula que 42% dos ocupantes de cargos de assessoramento eram filiados a sindicatos. Desse total, 85% eram filiados ao PT.                       A CUT tinha assento em conselhos de bancos públicos, como o próprio BNDES, e na administração dos fundos de pensão — Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica) [falta o Postalis - dos Correios - que eles destruíram de tanto roubar.]

Em São Bernardo, Luiz Marinho foi condenado por improbidade administrativa, num caso de nepotismo cruzado de familiares com o colega Carlos Grana, ex-prefeito de Santo André. Também enfrentou denúncias de desvios na obra do Museu do Lula, que pretendia erguer na cidade, mas que foi revertida pelo sucessor, Orlando Morando (PSDB), quando assumiu o mandato. Ele foi absolvido na Justiça no ano passado.

Outro episódio que marcou sua trajetória política foi a atuação como “piloto de testes” dos caças suecos Gripen. O petista fez lobby a favor da empresa Saab no processo seletivo com a francesa Dassault (caças Rafale) e a norte-americana Boeing (F-18). Os suecos ganharam a concorrência.

Também vão ser agraciados com cargos velhos conhecidos, como Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula; os ex-ministros Paulo Bernardo, Miriam Belchior e José Sergio Gabrielli, que dirigia a Petrobras.

Faltou espaço para acomodar toda a equipe de transição de governo instalada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Logo na primeira semana pós-urnas, não havia cadeiras para o grupo, que chegou a mil pessoas, divididas em mesas temáticas.

O Poder Executivo tem hoje 34 tipos de cargos em comissão, funções de confiança e gratificações, com cem faixas salariais. São mais de 5 mil assessores sem concurso público. O novo projeto de poder do PT para chamar o Brasil de seu está só começando.

Leia também “Congresso covarde”

Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste

terça-feira, 24 de maio de 2022

Fome no mundo - Solução para crise alimentar que se aproxima está no Brasil - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES

Anuncia-se entre os bem alimentados da Terra, com grande aflição, uma crise de escala mundial na produção, oferta e distribuição de alimentos. Essa falta ou escassez de comida estaria próxima, ou já chegou; mais e mais, nos próximos meses, populações inteiras estarão passando fome. É o que se prevê por aí.

crise alimentar

Somente 10% do território brasileiro é utilizado para fins de agricultura| Foto: Michel Willian/Arquivo Gazeta do Povo

O secretário-geral da ONU, que faz declarações ainda publicadas pela mídia, falou de suas “preocupações” com o assunto. Uma revista de circulação internacional, considerada até alguns anos atrás como uma das principais fontes de sabedoria da humanidade, anunciou a vinda, em breve, de uma “catástrofe”. Os burocratas mais graúdos das entidades internacionais pagas para promover o bem-estar do mundo falam que a situação “é grave”.

Moro vira réu em ação de petistas contra a atuação do ex-juiz na Lava Jato

O sistema eleitoral brasileiro é perverso

 A fome, dessa vez, não vem por causa da seca na África, ou de alguma desgraça natural no terceiro mundo; 
as vítimas, da mesma forma, não são apenas as populações miseráveis de sempre, amontoadas em barracas no meio do nada, com direito à exibição no horário nobre de crianças à beira da inanição e de gente com físico e cara de campo de concentração.

Agora, segundo o consenso geral, o principal detonador da crise é a guerra na Ucrânia e os atingidos, eventualmente, poderiam ser estômagos brancos, globalistas e revoltados com o aquecimento da calota polar. Sua produção, que tem um peso importante no abastecimento de trigo e de óleos vegetais para a Europa, está em colapso; os embarques internacionais estão parados por causa do bloqueio dos principais portos de exportação do país. [bloqueio de portos é um dos muitos ônus de uma guerra.]

A crise alimentar que se anuncia equivale a um curso de pós-graduação na estupidez fundamental com que os países ricos se acostumaram a tratar a questão alimentar “no planeta”, como costumam dizer suas multidões de ambientalistas.

Basicamente
, e de um modo geral, as lideranças do primeiro mundo querem restringir ao máximo a produção agrícola e pecuária, em favor de uma suposta necessidade de “salvar a natureza” e de alimentar a população com “comida orgânica”, virtuosa e nutricionalmente correta. Ao mesmo tempo, querem que não haja nenhum tipo de fome no mundo.

É uma proposição impossível
. Com 8 bilhões de pessoas que precisam comer três vezes por dia, a única saída é fazer o contrário do que as sociedades ricas estão querendo – é produzir muito mais e muito melhor.

O Brasil, nesta equação, é um elemento-chave – e um exemplo notável de como a questão está sendo malversada. O agronegócio brasileiro, hoje, é fundamental para alimentar o mundo, mas é tratado pelos governos e elites da Europa e dos Estados Unidos como um inimigo da humanidade; nossa soja, milho e carnes estariam destruindo a “Amazônia” e ameaçando “o clima mundial”, razões pelas quais a produção nacional tem de ser “contida” imediatamente.

Na calamidade alimentar que se anuncia para breve, o Brasil deveria estar sendo tratado como o principal fator de esperança para sairmos todos vivos ao fim da história. Deveria, mais do que tudo, estar sendo apoiado com o máximo de empenho pelo mundo desenvolvido; somos a possibilidade de solução, não o problema. Mas não é assim que está sendo.

Hoje em dia quem determina a política mundial em relação à produção rural brasileira, e todas as questões ambientais, socioeconômicas e políticas existentes em relação a ela, são o ator Leonardo di Caprio, a índia Guajajara e os militantes de ONGs e facções da esquerda radical
A mídia mundial em peso, com a colaboração integral da brasileira, assina em baixo. 
Governos, entidades e grandes empresas estrangeiras dizem abertamente que o agronegócio brasileiro precisa ser “detido”.

O presidente da França propõe, publicamente, a amputação de 5 milhões de quilômetros quadrados de território do Brasil – quer “internacionalizar” a Amazônia, que na sua opinião está em chamas e impede o resto do mundo de respirar. Não recebeu sequer uma carta de protesto pelo que disse.[esse presidente francês é desorientado, um sem noção - já chegou a propor plantar alimentos, especialmente soja, em jardins suspensos. Tal proposta diz tudo sobre ele. A proposta de 'internacionalizar' a Amazônia - tornar terra de ninguém - é mais uma estultice das que ele expele regularmente. ]

Os países ricos, as multinacionais e as milícias ambientais “do planeta” têm diante de si uma realidade chocante: 
o Brasil, hoje, é um dos dois ou três maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo e, para conseguir isso, ocupa menos de 10% dos seus 850 milhões de hectares. 
O que aconteceria – ou melhor, o que acontecerá – com a sua posição mundial se passar a ocupar apenas 20% do território nacional, por exemplo?
 
É perfeitamente sabido, da mesma forma, que o Brasil não precisará tocar em uma única árvore da Amazônia para dobrar, ou triplicar, sua produção rural
o cultivo de soja e milho, os principais produtos da agricultura brasileira, não tem absolutamente nada a ver com a floresta amazônica, e continuará não tendo. Até quando, então, será possível sustentar a mentira que o agronegócio brasileiro está “queimando árvores” e cometendo outros crimes ambientais?
 
A crise alimentar está aí, pelas razões que se sabe – entre elas, a limitação das áreas que podem ser aproveitadas para a agricultura nos cinco continentes. 
O Brasil é um dos poucos países do mundo que não tem esses limites. Pode, portanto, ajudar a si e a todos – se obedecer a lógica, não se dobrar a manifestos de artistas e fizer as coisas certas.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

segunda-feira, 14 de março de 2022

Qual a razão de só a Guerra na Ucrânia merecer atenção especial? Mais 7 conflitos sangrentos ocorrem hoje no mundo

BBC News - Brasil

"Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que outros." 

Embora nem todos os olhos sejam azuis, todo sangue é vermelho.

'Uns mais iguais que outros'

A eclosão da guerra na Ucrânia levou pessoas envolvidas em outros conflitos a questionarem o porquê de tamanha diferença no tratamento internacional dado aos eventos."Foi surpreendente em nosso continente perceber que nem todos os conflitos armados são tratados com a mesma falta de determinação que muitos dos combates na África recebem", escreveu o jornalista argelino-canadense Maher Mezahi ao comparar a repercussão do conflito da Ucrânia com outros na Etiópia e Camarões.

"Sim, [nos conflitos africanos] há declarações de preocupação e enviados internacionais em missões, mas nenhuma cobertura 24 horas, nenhuma declaração televisionada ao vivo de líderes globais e nenhuma oferta entusiasmada de ajuda."

"Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que outros."

Para a presidente da ONG International Crisis Group, Comfort Ero, é preocupante que haja tanto sofrimento humano no mundo hoje e esse problema deveria estar no topo da agenda internacional.

"É verdade que uma das preocupações em todo o mundo, e especialmente na África, é a percepção de que a rapidez da Europa e de seus aliados, especialmente os EUA, [em reagir à guerra na Ucrânia] sugere que um conflito na Europa seja levado mais a sério", disse Ero à BBC News Brasil.

A entidade monitora conflitos em todo o mundo e criou no começo deste ano uma lista de dez conflitos internacionais que precisam receber atenção internacional. Entre os listados, estão Iêmen, Etiópia, Haiti e Mianmar.

Mas mesmo a Crisis Group colocou a Ucrânia no topo da sua lista - entendendo que há riscos específicos na Ucrânia que fazem desse conflito uma ameaça à segurança global, mesmo que os números de mortos e pessoas em grave situação humanitária sejam menores do que em outras partes do mundo.

"Para a Crisis Group, a guerra na Ucrânia não é mais importante porque está na Europa. Cada morte, cada vítima, cada pessoa deslocada durante a guerra é uma tragédia, não importa onde isso ocorra. Mas dito isto, eu acredito que a guerra da Ucrânia tem o potencial de ser o perigo imediato mais grave para a paz e a segurança internacionais, e é provavelmente a violação mais grave da soberania de outro país desde pelo menos o Iraque", diz a presidente da ONG.

Confira abaixo sete conflitos que nem sempre aparecem com proeminência no noticiário, mas que têm provocado sofrimento humano em grande escala.

1. Etiópia

Uma guerra que já dura 16 meses na Etiópia deixou 900 mil pessoas em situação de fome, segundo estimativa do governo americano. Rebeldes que lutam no país dizem que mais de 9 milhões de etíopes necessitam de algum tipo de ajuda alimentar.

O conflito desencadeado em novembro de 2020 é um dos mais brutais no mundo atualmente, com relatos de assassinato de civis e estupros em massa, segundo a Anistia Internacional.

A base é uma disputa entre diferentes grupos étnicos que tentam conviver há quase 30 anos. Desde 1994, a Etiópia tem um sistema de governo federativo às vezes chamado de federalismo étnico, em que cada uma das dez regiões do país é controlada por diferentes grupos étnicos.

Uma delas é a região do Tigré, controlada por um partido político chamado de Frente de Libertação do Povo de Tigré - que é formado por pessoas desse grupo étnico. A Frente liderava uma coalizão de quatro partidos que governava a Etiópia desde 1991.

Sob esta coalizão, a Etiópia tornou-se mais próspera e estável, apesar de crescentes preocupações com direitos humanos e o nível de democracia. Esse descontentamento se transformou em protesto, levando a uma remodelação do governo em que o político Abiy Ahmed se tornou primeiro-ministro.

Abiy liberalizou a política, criou um novo partido (o Partido da Prosperidade) e removeu os principais líderes do governo acusados ​​de corrupção e repressão.

Abiy encerrou uma longa disputa territorial com a vizinha Eritreia e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2019 - sendo aclamado internamente.

No entanto, os políticos de Tigré viam as reformas de Abiy como uma tentativa de centralizar o poder e destruir o sistema federativo da Etiópia.

Em 2020, o Tigré realizou eleições locais que foram consideradas ilegais por Abiy. Em novembro daquele ano, o conflito eclodiu.

Soldados da Eritreia aliados do governo etíope também estão lutando em Tigré. Ambos os lados do conflito foram acusados ​​de atrocidades. Por ora, não há sinais de que o conflito possa chegar a um fim, já que não há sequer negociações em andamento.

 

Uma guerra que já dura 16 meses na Etiópia deixou 900 mil pessoas em situação de fome

 Outros conflitos. Alguns destaques

Síria

Protestos inicialmente pacíficos contra o presidente Bashar al-Assad da Síria em 2011 se transformaram em uma guerra civil de grande escala, que já dura mais de uma década.

O conflito deixou mais de 380 mil mortos, arrasou cidades e envolveu outros países estrangeiros. Mais de 200 mil pessoas estão desaparecidas - presume-se que morreram.

Em março de 2011, manifestações pró-democracia eclodiram na cidade de Deraa, no sul, inspiradas pela Primavera Árabe. Quando o governo sírio usou força letal para esmagar a dissidência, protestos exigindo a renúncia do presidente eclodiram em todo o país.

 Cidades no norte da Síria, como Tadef (foto), ainda são palco de batalhas

Crédito, Reuters - Legenda da foto: Cidades no norte da Síria, como Tadef (foto), ainda são palco de batalhas

7. Afeganistão

O Afeganistão já foi um dos conflitos mais noticiados do mundo, após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

O governo americano invadiu o país alegando que o Talebã esteve por trás dos atentados. Após duas décadas de intensos combates e milhares de mortes, o Talebã voltou ao poder em agosto de 2021.

O nível de violência caiu bastante no país, mas ONGs alertam agora que o país enfrentará possivelmente uma das mais graves crises humanitárias que já se viu por causa das sanções e isolamento impostos por grande parte do mundo.

Ucrânia 

A guerra na Ucrânia vem causando uma mobilização internacional como poucas vezes se viu nas últimas décadas.

[a guerra na Ucrânia só termina com a remoção do Zelinsky; o cidadão  armou uma guerra esperando que os outros guerreassem, por ele. Diariamente, concede uma entrevista repetindo o palavrório proferido no dia anterior e o único resultado concreto é que entre uma falação e outra mais ucranianos morreram.]

Mesmo sem nenhum país ter enviado tropas, a Ucrânia vem recebendo apoio militar, ajuda humanitária e manifestações de aliança de diversas partes do mundo.

Em questão de dias, os Estados Unidos e a Europa impuseram à Rússia um dos maiores pacotes de sanções internacionais já vistas contra outro país.

Nesta semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenzky se tornou o primeiro líder mundial a discursar no Parlamento britânico - por videoconferência -, onde foi ovacionado, como tem ocorrido em quase todas as participações de autoridades da Ucrânia em foros internacionais.

Estima-se que a guerra na Ucrânia, que ainda pode estar apenas no começo, já provocou centenas de mortes de civis e forçou 2 milhões de pessoas a fugirem de suas casas.

A situação humanitária da Ucrânia é preocupante e tem sido alertada por diversas organizações internacionais.

No entanto, quando comparada com outros conflitos que existem no mundo hoje, há mais mortes e sofrimento humano sendo causados em outras guerras que recebem menos atenção e ajuda internacional (confira mais abaixo nesta reportagem sete graves conflitos que recebem relativamente pouca atenção internacional).

É o caso do conflito do Iêmen, que já dura pelo menos 11 anos. Os números são chocantes: mais de 233 mil mortos e 2,3 milhões de crianças em desnutrição aguda. Falta água potável e atendimento médico à população.

A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o Iêmen como a pior situação humanitária do mundo.

Também longe dos holofotes diplomáticos internacionais está uma guerra que começou em novembro de 2020 na Etiópia entre o governo central e um partido político na região de Tigré.

O conflito não tem sinais de que deve acabar em breve - e estima-se que mais de 9 milhões de etíopes precisam de algum tipo de ajuda humanitária. Há relatos de crimes de guerra, como chacina de civis e estupros em massa.

Leia também: Todo sangue é vermelho - O que diferencia o tratamento dado a ucranianos e o que foi dado aos sírios?  Folha de S.Paulo


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Invasão da Ucrânia pode dar início a nova ordem entre Ocidente e Oriente - Folha de S.Paulo

Está na cabeça de todo o mundo. Como Vladimir Putin simplesmente ignora telefonemas e visitas de representantes das nações mais ricas da União Europeia e dos Estados Unidos e faz uma invasão por terra, mar e ar na Ucrânia, nitidamente premeditada pelo enorme nível de coordenação?

Por semanas, ele deixou claro que não quer entregá-la bovinamente à Otan, abrindo flanco para a instalação de mísseis na cola da fronteira russa. Mas também está claro que sua ação tem um simbolismo maior, pelo nível de desprezo que demonstra em relação a outros chefes de Estado.

Há indícios de que o Ocidente fraqueja, e como não há vácuo de poder, o Oriente avança pelas brechas. Putin dá sinais de que se preparou para este momento mais tenso, inclusive prevendo quais seriam os limites das sanções econômicas sobre a Rússia, o principal instrumento de reação. Suas aparentes calma e segurança viriam do fato de que boa parte das peças de seu jogo de xadrez bélico estão bem posicionadas em outro tabuleiro, os mercados de commodities.

Mesmo comandando uma economia com brilho menor, o governo russo fez apostas em produtos-chave, e a globalização tratou de criar interdependências miúdas, tão difíceis de desatar como nó de correntinha fina. Alguns exemplos. A Rússia tem grandes reservas de carvão e petróleo e é o maior produtor de gás do mundo. Muito se repetiu que quase 40% do gás consumido na Europa é russo. Agora vai ficando claro que não há fornecedores alternativos à altura da demanda europeia.

Na terça-feira (22), circulou nas agências internacionais a declaração de um executivo da indústria no Catar avisando que não há no mercado volume suficiente de GNL, gás natural liquefeito, para cobrir o eventual cancelamento de contratos de europeus com os russos.Muitos colocam dinheiro na mesa para apostar que a retaliação alemã, de suspender a licença do gasoduto Nord Stream 2, que levará gás russo ao país, não dura até o fim do outono.

A Rússia também é um importante produtor de cevada, aveia, centeio e principalmente de trigo, item básico de alimentação. Nos últimos anos, se tornou o maior exportador de trigo do mundo, e controla 20% do abastecimento global. Enquanto os analistas falam da perda de prestígio de Putin, os preços dos principais produtos russos ganham valor. O preço do barril de petróleo já passa de US$ 100 e o trigo acumula alta de 17% em uma semana.

Colocando um pouco de Brasil na discussão é preciso lembrar que Rússia é um fabricante tão expressivo de adubos e fertilizantes que nada mesmo de 62% das importações brasileiras daquele país estão concentradas nesses produtos. Outra fatia importante desses itens vem de Belarus, um aliado na guerra da Ucrânia. Como ficar sem?

Há outra questão. Apesar de os principais países terem condenado a ofensiva na Ucrânia, a China segue sem condenar Putin, com representantes do alto escalão emitindo manifestações dúbias. Representantes da diplomacia chinesa já fizeram ponderações sobre a relação da Rússia com a Ucrânia e as repúblicas separatistas.

Não tem segredo aí. Se a China condenar a Rússia vai complicar suas exigências em relação a Taiwan. Na quarta-feira (23), o ministro das Relações Exteriores chinês chegou a declarar que Taiwan não é Ucrânia porque sempre foi parte inalienável da China.Faz um tempo que os dois países caminham juntos na economia. O principal parceiro comercial da Rússia --de longe-- é a China, e vice-versa. Minério e um volume gigante de petróleo vão para a China, que vende para a Rússia muito maquinário e eletroeletrônicos.

Entre os dois países estão em construção redes de gasodutos que prometem mudar o equilíbrio da oferta do produto no mercado global.No início de fevereiro, quando a crise da Ucrânia já estava em curso, a parceria escalou. Putin foi a Pequim para participar da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Num claro recado ao Ocidente, especialmente aos Estados Unidos, ele e o presidente chinês Xi Jinping anunciaram um acordo "sem limites" nas áreas econômica e política. Essa aproximação consolida a organização de um poderoso bloco na banda oriental do mundo, liderado pela China, que vai escanteando as potências ocidentais.

No meio da pandemia, em novembro de 2020, enquanto o então presidente Donald Trump travava a guerra comercial contra a China, o gigante asiático e 14 países do Pacífico fecharam o maior acordo comercial do mundo. Chamado de Parceria Econômica Regional Abrangente, o bloco reúne 2,2 bilhões de consumidores e um terço do PIB global.

Ao mesmo tempo, a China mantém a construção da Nova Rota da Seda, megaobra de infraestrutura que liga Oriente Médio, Ásia, África e Europa, atravessando áreas que eram de influência da ex-União Soviética.

Todos esses movimentos, colocaram os dois países, que já foram os maiores impérios ao leste, de costas para o Oeste. Putin, em sua invasão da Ucrânia, fez um movimento mais ousado e novo, confrontou o Ocidente --aqui, entendido como o grupo desenvolvido dessa parte do mundo, Europa e Estados Unidos.

Sim, tudo indica que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode ter razão. Há sinais de que Putin trabalha para reconstruir a antiga União Soviética. E a lacônica China quer o quê? 

Alexa Salomão - Folha de S. Paulo  

 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Covid-19: Os sinais no Brasil e no mundo de que a pandemia está a caminho do fim - VEJA- Saúde

No exterior, cidades derrubam as restrições. No Brasil, o número de casos cai. Depois de dois anos, o pesadelo começa a terminar

ÚLTIMA FRONTEIRA - Crianças: a proteção do público de 5 a 11 anos contribui para impedir o surgimento de variantes -

 ÚLTIMA FRONTEIRA - Crianças: a proteção do público de 5 a 11 anos contribui para impedir o surgimento de variantes - Fabiano Rocha/Agência O  Globo
Depois de dois anos de medo e tristeza, de quarentenas e confinamentos, há ótimos e luminosos motivos para alívio.  
Na terça-feira 15, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou pela segunda vez neste ano uma queda no número de novos casos de Covid-19 no mundo. 
No período de 7 e 13 de fevereiro, houve uma redução de 19% em comparação ao total registrado nos sete dias passados. 
No sul da Ásia, o decréscimo foi de 37%; nas Américas, 32%; na África, 30%; na Europa, 16%; e no leste do Mediterrâneo, 12%. 
 
No boletim anterior, a organização contabilizara diminuição de 17% no número de novos infectados. No Brasil, a semana também foi de boas notícias. Também na terça 15, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que, pela primeira vez em 2022, a taxa de ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes adultos com Covid-19 apontou melhora nos índices. Das nove unidades federativas que na semana passada estavam com nível de ocupação igual ou superior a 80%, considerado crítico, apenas quatro permaneciam nesse patamar. Um dia antes, a média móvel de novos casos registrou a maior queda em um mês e meio, cravando quatro dias seguidos de declínio.
 
 
 Os indicadores demonstram que a ômicron, a mais transmissível das variantes do coronavírus, está perdendo fôlego depois de assustar o planeta de novembro de 2021 até agora, fazendo explodir o total de novas infecções. Uma boa medida da desaceleração é o decréscimo no Brasil nos índices de transmissibilidade do vírus. A taxa é o termômetro que afere a velocidade de propagação da doença. No dia 25 de janeiro deste ano, ela estava em 1,78, segundo o Imperial College of London. Isso significava dizer que, naquele momento, 100 pessoas infectadas poderiam contaminar outras 178. Seis dias depois, o índice caiu para 1,69 e na quarta-feira 16 marcava 1,22. Ainda é alto, convém prestar atenção — o ideal é que fique abaixo de 1 —, mas a tendência é claramente de redução no ritmo de transmissão. Dados do Instituto Todos pela Saúde revelaram, ainda, que o volume de testes positivos para Covid-19 caiu de 67% para 51% entre os dias 22 de janeiro e 12 fevereiro.
 
 
 
 
 
(...)
 
A reunião das três circunstâncias — vacinas, vírus menos letal e grande número de pessoas imunizadas — cria o que estudiosos da Fiocruz consideram uma “janela de oportunidade”. Para os especialistas, o cenário atual poderia promover inclusive um bloqueio temporário de transmissão do vírus no país. Margareth Portela, cientista da instituição, entende que a mudança do status do vírus de pandêmico para endêmico — permanece em circulação, mas sem causar perturbações nas atividades — não demora. “Deve ocorrer dentro de alguns meses”, diz, ressaltando que se trata de um prognóstico, não de uma certeza. O americano Christopher Murray, ao contrário, foi categórico em seu artigo na The Lancet. Ele escreveu: “A Covid-19 se tornará outra doença recorrente com a qual as sociedades terão de lidar (…) A era de medidas extraordinárias tomadas para controlar a transmissão do SARS-­CoV-2 vai acabar. Depois da onda ômicron, a Covid-19 vai retornar, mas a pandemia não”.
 
(...)
 
 
 
É a primeira vez, desde março de 2020, quando a OMS decretou a pandemia, que o mundo vive um período aparentemente mais calmo e de futuro inexorável. Houve outros momentos de esperança, encerrados pelo surgimento de variantes mais agressivas. Agora, tudo indica, é diferente. Como mostra a história de outras pandemias, há um momento na trajetória dessas crises sanitárias afeito a indicar um ponto de inflexão a caminho do fim. É o que parece estarmos vivendo neste começo de 2022. “Este contexto, que até agora não havíamos visto nesta pandemia, nos dá a possibilidade de um longo período de tranquilidade”, afirmou Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa, no início do mês. “É uma trégua que pode trazer uma paz duradoura”, acrescentou o médico belga. Em outras palavras, a situação atual permite afirmar que a pandemia está no início do fim.

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Pelo menos três condições são indispensáveis para o término de catástrofes provocadas por vírus: a existência de vacinas, a transformação natural do agente causador em direção a versões menos letais e a grande quantidade de pessoas naturalmente imunizadas, por terem contraído a doença. O mundo dispõe hoje das três premissas. A ômicron, reafirme-se, é mais contagiosa, mas menos agressiva. As derivações do vírus que provocou a primeira onda, em 2020, até a variante hoje prevalente, mais amena, fazem parte do processo de seleção natural. “Vírus precisam de um hospedeiro para replicar seu material genético, não querem matar”, explica o infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria. Logo, prevalecem as cepas com alto poder de infecção, porém com baixa capacidade de provocar doenças graves e mortes. Esse mesmo poder de transmissibilidade expandiu o total de pessoas expostas, o que aumentou a parcela de indivíduos que naturalmente produziram anticorpos contra o SARS-­CoV-2. “O nível de infecções sem precedentes sugere que mais da metade da população mundial terá sido contaminada pela ômicron entre novembro de 2021 e março de 2022”, escreveu em artigo publicado há um mês na revista The Lancet o médico Christopher Murray, especialista em métricas da saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.


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Depois de tanto tempo, a volta à vida como era antes ainda produz alguma ansiedade. “Acho arriscado essa de já não ter restrição e voltarmos ao modo como se vivia em 2019”, diz Vitor Mori, pesquisador na Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, e membro do Observatório Covid-19 BR, que reúne especialistas voluntários para monitorar o surto. De fato, o momento pede alguma cautela para que a transição da pandemia para a endemia se dê de forma consistente, até para não corrermos o risco de voltar três casas nesse jogo nada divertido. Mas o caminho parece ser inexorável. Depois de dois anos, os sinais de uma melhora global estão finalmente no horizonte. A tragédia que marcou nossa geração, matando mais de 5,8 milhões de pessoas, acabará. Mas será muito importante lembrar para sempre como isso aconteceu: graças à ciência, com destaque para a vacina, e a todos aqueles que a defenderam.

Em Saúde - VEJA - MATÉRIA COMPLETA

Publicado em VEJA, edição nº 2777 de 23 de fevereiro de 2022

 

As urnas eletrônicas falarão “mandarim “ em outubro próximo? Sérgio Alves de Oliveira

Se a esperteza para “encantar jumentos” fosse o principal requisito para algum candidato ocupar a Cadeira Presidencial do Palácio do Planalto, sem qualquer dúvida essa importante cadeira teria de ser ocupada novamente pelo ex-Presidente e ex-presidiário, atualmente 'descondenado' Lula da Silva, a partir de 1ª de janeiro de 2023.

Oportunista como ninguém, o chefe da quadrilha que raspou o erário em mais de 10 trilhões de reais enquanto o PT governou, “antenou” rapidamente ante o poderia chinês que abraça o mundo sem piedade, e que já comprou praticamente quase todos os países pobres da África, o Estado do Vaticano, e finca raízes políticas e econômicas profundas  em quase todos os continentes, inclusive na América do Sul, nas “pessoas” da  Venezuela, Argentina, e provavelmente Chile.

Mas a China está mesmo  de “olho” é no Brasil, onde já investiu em quase todos os setores da economia, na indústria, no comércio, na produção rural, nas emissoras de televisão, e diversas outras atividades, tendo importantes representantes na política para trabalhar por seus interesses, cujo objetivo último será o de  dominar a política a fim de ter o país inteiramente subjugado a seus pés.

Bem sabem os chineses que os mais de oito milhões de Km/2 que tem o território brasileiro, com terras aproveitáveis para agricultura e pecuária como nenhum outro, serviriam muito bem para matar a fome dos 1,4 bilhões de chineses. E que nem precisariam deslocar trabalhadores rurais da China  para cá. Os brasileiros se encarregariam de fornecer mão de obra, muito “barata’.

Ademais, os chineses já encontrariam funcionando ”um dos agronegócios mais desenvolvidos do mundo. Seria só mudar de “dono”.

Lula percebeu, com toda a  “esperteza” que sempre lhe foi peculiar, essa caminhada sem volta do domínio chinês no mundo, e logo passou a vestir a camiseta de XI Jinping ,virando imediatamente seu “garoto propaganda”,  prometendo fazer do Brasil uma cópia “xerox” da China, tão logo,e se eleito,na certeza dos “yuans” que a China despejará na campanha da sua eleição presidencial, paralelamente à compra de  um país que eles mesmos quebraram enquanto governo, em visível “liquidação”, podendo ser comprado a “preço de banana”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo