Gazeta do Povo - VOZES
Raramente, ou talvez nunca, se registra a presença de vida racional em qualquer demanda que o PT faça, mas desta vez parece que realmente estão chutando o pau da barraca
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Raramente, ou talvez nunca, se registra a presença de vida racional em qualquer demanda que o PT faça, mas desta vez parece que realmente estão chutando o pau da barraca
Para o lulismo, divergir da retórica petista é promover discurso de ódio. Algo inaceitável pelos devotos daquela alma cândida e serena, que anda pelo mundo com espírito de peregrino.
Quando Lula seguiu para a prisão com os veículos da Polícia Federal, imaginei que estivéssemos atingindo o ápice de um evento cósmico. No entanto, o sol não se fez escuro, a terra não tremeu e o véu do templo permaneceu incólume.
Presenciávamos o fracasso dos falsos profetas e a perda de forças dos tutores da História. Não haveria como reescrever – não para esta geração – o que todos contempláramos. Não haveria como desgravar, desfilmar, desdizer, e não seria possível desmaterializar os fatos.
Só que não. A estratégia posta em curso se revelou de uma eficiência que - devo confessar – gostaria de conhecer o autor ou autores. Uma competência dessas, se difundida e aplicada a serviço do bem, seria preciosa para a humanidade.
Em três anos, a esquerda havia retomado o comando da narrativa. De modo disciplinado, os veículos do consórcio de mídia desdisseram o que haviam dito, deram um cavalo de pau e se reencontram agora, na estrada, com a poeira que haviam levantado.
O vírus corona funcionou, na operação, como detonador de um processo de transformação psicossocial. Ao medo causado por ele, ampliado pelo intensíssimo trabalho da mídia, inclusive das plataformas das redes sociais, somaram-se a supressão de garantias e as restrições à liberdade impostas pelo STF.
Em resumo: nem fechando os olhos deixo de ver que há um caminho sendo percorrido, em detrimento da nossa liberdade de expressão, que já é mencionada como “coisa de um tempo que acabou no Brasil”.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
A exemplo da emenda à Constituição (PEC) para promover a gastança de R$ 170 bilhões, o mercado reagiu com sobressaltos na Bolsa de Valores e alta do dólar. Mas não para por aí. No dia seguinte, circulou uma foto do ex-governador Flávio Dino vestido de guerrilheiro — chapéu de Fidel Castro e empunhando uma foice e um martelo no Carnaval. No caso de Dino, não era fantasia. Ele foi militante do Partido Comunista do Brasil durante anos.
A escolha de Rui Costa, ex-governador da Bahia, era previsível. A Casa Civil é uma espécie de antessala da Presidência da República, onde despachava, por exemplo, José Dirceu, quando Lula chegou ao poder. Também foi um recado claro de que é o PT quem vai chefiar a Esplanada dos Ministérios, e não um aliado do chamado centrão, como ocorre sempre que o governo precisa ampliar sua base no Congresso Nacional.
O Poder Executivo tem hoje 34 tipos de cargos em comissão, funções de confiança e gratificações, com cem faixas salariais
O BNDES ficou conhecido na era petista como uma máquina de empréstimos, inclusive para ajudar a financiar ditaduras de esquerda na África, na Venezuela e em Cuba — o banco abriu uma linha de financiamento de US$ 640 milhões, não quitada, para construir o Porto de Mariel na ilha.
A articulação política da “emenda Mercadante”, como foi apelidada em Brasília, envolveu promessas de cargos em conselhos, diretorias e comissões de empresas e bancos públicos para deputados e senadores. Do lado da Câmara, quem capitaneou o balcão foi o próprio presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em campanha pela reeleição. O alagoano quer um naco significativo na Esplanada, com o controle de um ministério e indicações na Caixa Econômica Federal e no setor elétrico — neste último, a briga é para impedir seu rival, o senador Renan Calheiros (MDB), de dominar a área.
O PT não quer ceder espaço no setor elétrico nem na Petrobras. [afinal, a petrolão tem que continuar - por isso,estão voltando à cena do crime.] O partido indicou nomes para retomar a área: Maurício Tolmasquim, ex-EPE (Empresa de Pesquisa Energética); Giles Azevedo, ex-braço direito de Dilma Rousseff; Nelson Hubner; e o ex-deputado Fernando Ferro. Para a Petrobras, o favorito é o senador Jean Paul Prates, do Rio Grande do Norte, assim como Magda Chambriard na Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Lula também pretende ajudar o amigo mineiro Anderson Adauto (PCdoB), que foi seu ministro dos Transportes, mas acabou condenado em 2012 por improbidade administrativa quando foi prefeito de Uberaba.
CompanheiradaA “república sindical” é uma marca dos mandatos de Lula. Na época, a cientista política Maria Celina D’Araújo, da PUC-RJ, afirmou no livro A Elite Dirigente do Governo Lula que 42% dos ocupantes de cargos de assessoramento eram filiados a sindicatos. Desse total, 85% eram filiados ao PT. A CUT tinha assento em conselhos de bancos públicos, como o próprio BNDES, e na administração dos fundos de pensão — Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica) [falta o Postalis - dos Correios - que eles destruíram de tanto roubar.]
Em São Bernardo, Luiz Marinho foi condenado por improbidade administrativa, num caso de nepotismo cruzado de familiares com o colega Carlos Grana, ex-prefeito de Santo André. Também enfrentou denúncias de desvios na obra do Museu do Lula, que pretendia erguer na cidade, mas que foi revertida pelo sucessor, Orlando Morando (PSDB), quando assumiu o mandato. Ele foi absolvido na Justiça no ano passado.
Outro episódio que marcou sua trajetória política foi a atuação como “piloto de testes” dos caças suecos Gripen. O petista fez lobby a favor da empresa Saab no processo seletivo com a francesa Dassault (caças Rafale) e a norte-americana Boeing (F-18). Os suecos ganharam a concorrência.
Também vão ser agraciados com cargos velhos conhecidos, como Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula; os ex-ministros Paulo Bernardo, Miriam Belchior e José Sergio Gabrielli, que dirigia a Petrobras.
Faltou espaço para acomodar toda a equipe de transição de governo instalada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Logo na primeira semana pós-urnas, não havia cadeiras para o grupo, que chegou a mil pessoas, divididas em mesas temáticas.
O Poder Executivo tem hoje 34 tipos de cargos em comissão, funções de confiança e gratificações, com cem faixas salariais. São mais de 5 mil assessores sem concurso público. O novo projeto de poder do PT para chamar o Brasil de seu está só começando.
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Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste
Gilberto Simões Pires - Ponto Critico
Através do Tribunal Superior Eleitoral, o seu braço operacional nas eleições, o Supremo Tribunal Federal resolveu participar da campanha eleitoral para a escolha do presidente da República em outubro próximo. Já é muito ruim que o TSE, normalmente, se comporte como um “tribunal”, dando ordens num processo que nada tem a ver com as funções da Justiça; deveria ser um simples serviço administrativo para cuidar da operação eleitoral — urnas, mesários, computação eletrônica dos votos.
Os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin durante sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) - Foto: Agência Brasil
Seria difícil, em condições normais de temperatura e pressão, acreditar que um grupo desses iria se comportar de forma imparcial numa eleição-chave como será a de outubro. Nas condições reais de hoje, e apenas observando as decisões públicas que os ministros têm tomado, o difícil passa à categoria de quase-milagre.
Onde está escrito que o TSE, ou seja lá quem for, tem o poder de decidir o que é mentira e o que é verdade?
Não é preciso dizer, claro, que o Telegram, uma plataforma alternativa, é utilizado pelo presidente da República para a sua comunicação direta com o público — uma saída para ele, que é figura malvista pelo consórcio Facebook, Instagram, Google, Twitter, YouTube, WhatsApp, TikTok e Kwai. Muito a propósito, essas empresas se prontificaram a “colaborar” com o TSE durante as eleições, para impedir, segundo elas, a divulgação de “notícias falsas”. O Telegram não se prontificou, pelo menos até agora — eis aí o problema.
Não basta a soma de todas as outras plataformas; o TSE quer 100% de silêncio. É uma aberração de circo. A autoridade eleitoral brasileira não tem nada de se meter em acordos com empresas estrangeiras, como é o caso de todas elas, para agirem em conjunto numa eleição no Brasil. Não tem nada de se meter, na verdade, com meio de comunicação nenhum, veículo ou não, para regular a circulação de notícias; isso, muito simplesmente, desrespeita o que está escrito na Constituição, que garante a liberdade plena de expressão. De novo: e daí?
Quem é que está ligando para a Constituição? Ao contrário — o que estão fazendo é dobrar a aposta. Logo depois das ordens e contraordens de Moraes, Fachin expediu um ofício no qual diz “insistir” na “adoção de estratégias de cooperação” entre o Telegram e o TSE”. O mesmo Fachin, ainda há pouco, havia dado mais força a uma “Comissão de Segurança Cibernética” do tribunal, que é presidida justamente por Moraes: a seu pedido, o atual presidente do TSE aumentou o número dos integrantes de 6 para 11, e deu-lhes a atribuição de “monitorar” e reprimir a publicação de fake news e “ataques a ministros e à Justiça Eleitoral” nas redes sociais.
As palavras mágicas em toda essa história são “fake” e “news”, assim mesmo em inglês — o supremo órgão do Estado brasileiro nas eleições até agora não se deu ao trabalho de traduzir isso para o português. É aí, na verdade, que está o pé de cabra com o qual o TSE vai participar na campanha eleitoral para a Presidência da República. “Monitorar” e agir no “combate à disseminação de informações falsas em redes sociais”, como o TSE se propõe oficialmente a fazer, é praticar censura. É a ferramenta que eles estão dando a si próprios para controlar o que pode ou não pode ser publicado durante a campanha eleitoral.
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J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste
Foto: Montagem com imagem Shutterstock
CHECAMOS! E aqui vai o resultado da checagem: o que você um dia chamou de imprensa hoje é uma plataforma de lançamento de cascatas e conversas fiadas embrulhadas em caprichadas embalagens de ética e humanismo. Traduzindo: leia as manchetes dominantes sobre o 7 de Setembro e descubra que o jornalismo transformista é capaz de tudo.
Ainda está confuso? Não se preocupe. Segue aqui um decodificador das novas verdades, para você deixar de ser golpista e antidemocrático. Democracia passa a ser o seguinte:
Democracia é fingir que povo na rua pela lisura eleitoral é golpe
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Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste