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sábado, 6 de fevereiro de 2021

O triunfo da mentira - O Estado de S. Paulo

A covid-19 foi a descoberta para os políticos brasileiros, que viram na epidemia uma belíssima oportunidade para tirar proveito pessoal

A covid-19 foi sem dúvida a descoberta do ano para os políticos brasileiros. Desde o primeiro caso de infecção, boa parte dos nossos homens públicos viram na epidemia uma belíssima oportunidade para tirar proveito pessoal e “assumir posições” - calculadas para dar mais gás (ou o que eles acham que é mais gás) para as suas carreiras. Vivem falando que agem de acordo com a “ciência”. Mentira. Eles não sabem rigorosamente nada de ciência, mas acreditam saber tudo sobre os truques mais eficazes para utilizar em seu benefício uma tragédia – e o pânico trazido por ela. O governador João Doria foi um dos primeiros a ver o potencial desta mina. Dez meses depois, continua achando que ainda há muita coisa a tirar daí.

No dia 13 de novembro, duas semanas antes do segundo turno das eleições municipais, o governador disse o seguinte, em praça pública: “Vim aqui para desmentir mais uma fake news”, disse Doria, àquela altura convencido de que manter em grau mais moderado seu sistema de repressão ao vírus, como vem ocorrendo nos últimos meses, era a postura mais rentável para dar votos ao seu candidato Bruno Covas. “Depois das eleições nós não vamos endurecer as medidas de combate à pandemia. A pandemia está sob controle.” Afirmou, também, que as previsões de endurecimento eram “um golpezinho” de campanha eleitoral.

As urnas mal tinham sido fechadas quando o governador, que então já não precisava mais dos votos, mandou fazer exatamente o contrário do que havia acabado de prometer: depois de uma campanha eleitoral vivida dentro da “fase verde” das restrições, Doria votou a impor as exigências da “fase amarela”, mais extensas e rigorosas. Qual foi, nessa história, a notícia falsa: o anúncio do endurecimento que viria depois da eleição, ou o desmentido formal do governador?

A covid-19, ao ser utilizada como ferramenta política, transformou-se no triunfo da mentira. Essa malversação dos fatos, feita de forma sistemática e maciça, leva aos disparates que se repetem diariamente à vista de todos. Há a vacina “boa” (a estadual) e a vacina ruim (a federal), com o pormenor de que nenhuma das duas existe. Há a aglomeração “ruim”, quando é feita pelos adversários políticos, e a aglomeração “boa”, quando é feita nas sedes de partidos para comemorar as vitórias do segundo turno. Há os chiliques constantes das autoridades diante de “ameaças ao distanciamento social”, e a sua mais absoluta indiferença com os ônibus, trens e metrô que viajam lotados todos os dias.

A Prefeitura de São Paulo é patentemente inepta para cuidar de tarefas elementares e essenciais, que o homem sabe executar há 5.000 anos, como manter os bueiros da cidade razoavelmente limpos – a causa direta das enchentes a qualquer chuva mais forte. É inepta para cortar árvores que ameaçam cair sobre a rua e matar gente, como acaba de acontecer na Vila Mariana – apesar de todos os pedidos de providências por parte dos moradores. É inepta para consertar os buracos de rua. Mas o prefeito e o governador são craques em usar máscaras pretas fashion, brincar de “cientista” e propor a “igualdade social”. É onde São Paulo veio parar.

JR Guzzo, jornalista - O Estado de S.Paulo - 02 dezembro 2020


segunda-feira, 29 de junho de 2020

O dever de casa é na rua

Guilherme Fiuza

O índice de confiança do consumidor subiu em junho (FGV), assim como o índice de confiança da indústria (CNI) – 29 de 30 setores melhoraram suas expectativas. Apesar de ainda haver quem diga que o pior da epidemia está por vir (a longa espera pelo pico), a sociedade brasileira parece pronta para iniciar uma das recuperações mais difíceis da sua história.

Além do obstáculo sanitário, há o imenso desafio do obstáculo cultural. Junto com a gravidade da pandemia, sobreveio uma deformação, também grave, do senso comum. Ficou difícil buscar a dimensão exata do problema sem ser acusado de tentar minimizá-lo. E a pior consequência disso é a confusão de princípios sobre o que fazer e como agir – isto é, como adaptar a vida em sociedade à convivência com o risco. A própria Organização Mundial da Saúde não conseguiu firmar diretrizes claras sobre isso.

A recomendação do “fique em casa” se mostrou mais um slogan que uma diretriz. A OMS logo admitiu que, para populações socialmente vulneráveis, o confinamento total não seria salvação – seria morte. E recomendou que aqueles dependentes da circulação diária para cavar sua sobrevivência continuassem saindo de casa. Com todas as suas falhas na pandemia do coronavírus, a OMS jamais emitiria uma recomendação como essa se circulação social fosse sinônimo de devastação sanitária.

O mais importante é que nessa mistura geral de incerteza e medo ficou difícil de planejar – e, mais ainda, de propor – um protocolo rigoroso de isolamento de vulneráveis e circulação controlada de não-vulneráveis. Mas é esse o dever de casa (e de rua) que o mundo terá que fazer agora, sejam quais forem os credos. A Justiça brasileira tem cassado medidas municipais de reabertura do comércio e outras atividades sociais. Mesmo se o município apresenta capacidade satisfatória de atendimento hospitalar em relação ao número de infectados, juízes têm embargado a retomada dessas atividades baseados em premissas sem qualquer comprovação científica – como os modelos do estado de São Paulo, que têm como parâmetro de segurança o confinamento total (sem observar os dados de contágio doméstico ou de isolamento dos confinados em relação aos que circulam, vulneráveis ou não).

Não faz o menor sentido proibir uma loja de funcionar, com todos os padrões de distanciamento e higienização atendidos, enquanto diante dela passa um ônibus lotado. A cena de transportes públicos com aglomerações se repetiu fartamente em várias capitais, frequentemente sem interferência de agentes públicos. A impressão é de que se abriu mão da responsabilidade de organizar o distanciamento e demais medidas de bloqueio de contágio para afirmar pura e estupidamente o lockdown. Isso não tem nada a ver com enfrentamento de epidemia e salvação de vidas.

Após meses de pandemia, não há nenhuma demonstração científica, em lugar algum do mundo, de que empurrar populações inteiras para dentro de casa seja mais eficaz do que um isolamento rigoroso dos vulneráveis. [= isolamento vertical; 
Existe uma corrente, bem fundamentada, que interpreta ser a maior parte dos cardíacos mais sujeitos a morte pelo covid-19,  hipertensos que controlam a pressão através do uso de anti-hipertensivos com princípio ativo a base dos IECA = enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2).] As estatísticas de vários países vêm mostrando que, em geral, mais de 90% dos óbitos por covid-19 estão nos grupos de risco – sendo que a imensa maioria tem predisposição cardíaca e está acima dos 70 anos. 

Juízes e governantes não podem mais fechar os olhos para isso – se não quiserem começar a matar sociedades inteiras.

Guilherme Fiuza, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo




sexta-feira, 5 de junho de 2020

Benefício para compensar auxílio-moradia de parlamentares já rendeu R$ 3 bilhões a juízes - "Lúcio Vaz" - Gazeta do Povo



Lúcio Vaz "O blog que fiscaliza o gasto público e vigia o poder em Brasília "

O auxílio-moradia para juízes foi extinto no final de 2018, mas outro benefício de nome estranhoParcela Autônoma de Equivalência (PAE) –, gerado por outro auxílio-moradia, já rendeu pelo menos R$ 3 bilhões a  juízes e desembargadores de 10 dos maiores tribunais do país. E o benefício continua sendo pago, restando uma dívida de R$ 830 milhões. Só o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) já pagou R$ 1,85 bilhão e ainda vai depositar mais R$ 397 milhões na conta dos seus magistrados. 


Desembargadores e juízes do TJSP já receberam R$ 1,8 bilhão de retroativos de auxílio-moradia.| Foto: Divulgação/TJSP

A PAE refere-se aos cálculos da diferença correspondente ao auxílio-moradia pagos aos parlamentares federais, entre setembro de 1994 a dezembro de 1997, extensível aos magistrados por força da equivalência determinada pela Lei Federal nº 8.448/1992. No Painel de Remuneração dos Magistrados, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as parcelas estão incluídas na coluna “pagamentos retroativos”. 

O Tribunal de Justiça do Paraná (PR) pagou R$ 478 milhões, restando R$ 33,5 milhões a serem pagos a aposentados e pensionistas. O Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-4) pagou um total de R$ 235 milhões e ainda deve R$ 10,1 milhões a seus magistrados. O TRT-15, do Interior de São Paulo, com sede em Campinas, já gastou R$ 201 milhões com a PAE e deve apenas R$ 2 milhões. O oposto acontece no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que pagou R$ 89 milhões e ainda tem uma dívida de R$ 379 milhões.

No TRT do Rio de Janeiro já quitou R$ 67 milhões da PAE, mas ainda faltam R$ 10 milhões. O TRT de Goiás já liquidou essa despesa, no valor total de R$ 39 milhões. No TRT de Pernambuco, a despesa chegou a R$ 17 milhões. No Tribunal Regional Federal da 5ª Região, o passivo foi liquidado em dezembro de 2016, totalizando R$ 47,6 milhões. O TRT de Santa Catarina quitou a dívida em duas parcelas, em dezembro de 2018 e 2019, no valor total de R$ 13,6 milhões.

O blog fez contatos com 40 tribunais e solicitou esclarecimentos sobre os  valores pagos e a origem da PAE. A maioria não respondeu aos questionamentos. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou apenas que 243 magistrados da ativa, 693 inativos e 83 pensionistas ainda recebem esses retroativos. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, como de praxe, solicitou que o pedido fosse encaminhado pela Lei de Acesso à Informação.

A origem da PAE
O Supremo Tribunal Federal (STF) instituiu a PAE entre as remunerações dos cargos dos três Poderes dos Estados em sessão administrativa em agosto de 1992, segundo informou o TJPR. Com a expedição da Resolução nº 195/2000, incluiu na composição da PAE o valor do auxílio-moradia percebido pelos parlamentares na remuneração dos ministros do STF, em cumprimento da decisão proferida na Ação Ordinária nº 630-DF.

O TJPR disse que a dívida vem sendo paga, administrativamente, de maneira parcelada, desde 2008, “para evitar demandas em juízo, inclusive coletivas, o que certamente faria incidir juros e correção monetária mais expressivos, com o crescimento exponencial desse débito em flagrante prejuízo aos cofres públicos”. O TRT do Rio de Janeiro acrescentou que a PAE tem por fundamento legal a Lei 8.448/1992, que regulamentou os artigos 37 e 39 da Constituição Federal, e foi estabelecida pelo STF para garantir a equivalência de vencimentos entre os membros do Congresso Nacional, ministros de Estado e ministros do STF.

"O desequilíbrio da equivalência”
"Ocorreu que, em razão do Ato da Mesa nº 104/88, os parlamentares passaram a receber a vantagem denominada ‘auxílio-moradia’, que ocasionou o desequilíbrio da equivalência estabelecida no texto constitucional e na mencionada legislação”, destacou o TRT do Rio. “Nesse contexto, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) ajuizou no STF a Ação 630/DF, para incluir no cálculo da PAE o valor de auxílio-moradia pago aos parlamentares, o que foi deferido liminarmente em fevereiro de 2000”.

O TJSP afirmou que a PAE foi reconhecida aos magistrados da corte em dezembro de 2008, com autorização para início dos pagamentos a partir de outubro de 2009. Desde então, os pagamentos relativos à PAE vêm sendo efetuados na folha de pagamento dos magistrados, de forma parcelada, tendo em vista que a situação orçamentária e financeira deste Tribunal Justiça impede a realização de outra forma. O saldo que remanesce sem pagamento tem atualização monetária mensalmente, com aplicação de correção e juros de mora”.

A curta história do auxílio-moradia
A Lei Orgânica da Magistratura (35/2079) prevê a ajuda de custo para moradia nas localidades em que não houver residência oficial à disposição do magistrado. Mas a Ação Ordinária 1.773, apresentada ao STF, reivindicou a extensão do benefício a todos os magistrados. Em 15 de setembro de 2014, o relator da matéria, Luiz Fux, deferiu liminar estendendo a todos os juízes federais o direito ao auxílio moradia. A decisão foi logo ampliada para os magistrados estaduais, militares e do Trabalho.

Os pagamentos foram regulamentados administrativamente pelo CNJ e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho em outubro de 2014. Na verdade, o auxílio-moradia serviu, durante quatro anos, de setembro de 2014 a dezembro de 2018, como uma compensação à uma alegada defasagem salarial de 16,37%.

Em março de 2018, Fux remeteu as ações em andamento à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal, a fim de buscar uma solução consensual. Como revelou o blog em 22 de novembro de 2018, a Câmara apontou duas alternativas – a recomposição do subsídio dessas carreiras mediante a elevação do teto remuneratório, com a extinção do auxílio-moradia, e a provação pelo Congresso de adicional por tempo de serviço.

Efeitos prospectivos “ex nunc”
Em 26 de novembro, Fux reconheceu a impossibilidade do recebimento do auxílio-moradia aos magistrados e membros de outras carreiras. Numa linguagem clara, para o meio jurídico, determinou a revogação com “efeitos prospectivos (ex nunc), afastando qualquer pretensão de ressarcimento pretérito ao Erário”. Isso significa que a decisão valeria daquela momento em diante. Ou seja, quem havia recebido parcelas do auxílio-moradia não teria que fazer qualquer ressarcimento aos cofres públicos.

O ministro também determinou que o corte do auxílio-moradia só ocorresse após o pagamento do subsídio dos magistrados e procuradores “majorado pelas Leis 13.752/2018 e 13.753/2018”. As duas leis elevaram o teto dos ministros do STF e do procurador-geral da República para R$ 39.293 – um aumento de 16,37%. O aumento foi concretizado a partir de janeiro de 2019.

Lúcio Vaz, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


segunda-feira, 27 de abril de 2020

Diálogo é fundamental - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Bolsonaro percebeu que tem de conversar com o Legislativo

Eu venho acompanhando todos os dias a evolução das mortes no Brasil pela Covid-19. Nós vinhamos mantendo um decréscimo nos números e o último número deu um susto. Foram 407 óbitos, metade em São Paulo. Antes o número de mortes por dia era um entre 110 e 160. Tomara que seja o que estão explicando, falta de notificação em decorrência do feriado. Mesmo assim esse aumento não é justificado.

Nós não estamos em um posição ruim se comparado os sete países com melhor desempenho econômico. Nós temos 16 mortos por milhão de habitantes, e os Estados Unidos está com 150, por exemplo. Já a Itália tem 423 óbitos por milhão de habitantes, a França tem 335, a Alemanha está com 64 mortes, o Reino Unido tem 276, o Canadá com 57 e o Japão tem apenas 2 mortes por milhão. Qualquer imagem que vocês veem do povo japonês vocês sempre vão encontrar alguém com máscara, há décadas. Eles têm esse hábito. Nós, no Brasil, ficamos gripados e vamos trabalhar, andamos de ônibus e de elevador e ficamos em locais com aglomeração.

Os brasileiros distribuem o vírus para todo mundo. No Japão não é assim. Tanto que o governo asiático não colocou os habitantes em isolamento social, a medida que eles tomaram foi decretar estado de emergência.

Pró-Brasil e a recuperação da economia
O programa Pró-Brasil foi lançado para a recuperar a economia e dos empregos. Nós ficamos com 13 milhões de desempregados na recessão anterior, vamos ver quantos empregos nós vamos perder com essa pandemia.

O lado bom do coronavírus é que o governo descobriu que há uma imensa necessidade de investimento na infraestrutura desde sempre. Querem destinar R$ 250 bilhões para a infraestrutura por meio de concessões e privatizações. Também querem empregar dinheiro público na área, mas essa verba não poder ser alta porque a arrecadação vai cair. Nós vamos sair dessa crise sanitária com uma infraestrutura melhor o que vai nos dar capacidade para crescer no futuro. Mas para se fazer um investimento a longo prazo é preciso ter ordem jurídica confiável, não dá para ter a insegurança jurídica que temos hoje.

Veja Também: Coronavírus: mesmo com a torcida dos catastrofistas, não houve apocalipse no Brasil

Insegurança na política
O diretor da Polícia Federal avisou os delegados regionais que está querendo sair e que o ministro Sergio Moro já está avisado. Eu não sei como essa notícia se tornou a saída de Moro. Qualquer notícia vira a saída de um membro da União ou uma briga entre integrantes do governo. Faz parte essa militância que se mistura com o jornalismo. Não foi assim que eu aprendi na PUC-RS.

As relações do governo com o Legislativo
O presidente percebeu que tem que conversar com o legislativo, ele não tem saída. Afinal, Bolsonaro já tem 30 anos na Câmara. Jânio Quadros me contou que renunciou porque deu as costas para o legislativo. A gente viu que Collor, com a sua arrogância em relação ao Legislativo, foi impeachado. A ex-presidente Dilma não conseguia nem conversar com o próprio partido. O diálogo é necessário.

Desde quarta-feira Bolsonaro está conversando com as lideranças do centrão. Com os parlamentares do DEM, Progressistas, PSD, Republicanos e do PL. O líder do centrão, Arthur Lira, chegou a gravar uma conversa muita amistosa com o presidente.  O que não se tem que fazer é entregar o poder Executivo, ministérios e estatais para que os partidos políticos se locupletem. Ainda mais nesse ano eleitoral e todo mundo está de olho nesse "covidão" que são essas verbas soltas. A verba eleitoral deste ano está sem controle, sem fiscalização e sem orçamento. O gasto eleitoral de campanha certamente vai ter pouca contribuição porque boa parte da economia parou.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo




terça-feira, 24 de março de 2020

Medidas de restrições nos transportes precisam ser mais bem calibradas – Editorial - O Globo

É um contrassenso reduzir o número de passageiros e gerar imensas filas nas estações

Medidas de restrições nos transportes precisam ser mais bem calibradas

Reduzir o número de pessoas nos transportes é medida importante para conter o novo coronavírus. Tem sido assim no mundo inteiro. Na atual circunstância, ônibus, trens, barcas e metrô lotados, como é costume na Região Metropolitana do Rio, são uma insanidade, sabendo-se que o vírus se propaga facilmente em lugares fechados e com grandes concentrações — mesmo em ambientes abertos, autoridades recomendam distância de dois metros entre as pessoas. Portanto, as restrições impostas pelo governador Wilson Witzel para diminuir o número de passageiros estão no caminho certo. Mas, ontem, no primeiro dia útil em vigor, criaram um outro problema. Desde cedo, filas quilométricas se formaram em estações de metrô, trens e barcas. E o que era para evitar aglomerações do lado de dentro acabou gerando aglomerações do lado de fora. Um contrassenso.

Nos acessos às estações, policiais militares, usando máscaras e luvas, faziam a triagem dos passageiros que poderiam embarcar — pelo decreto do governador, apenas os que trabalham em setores considerados essenciais, como unidades de saúde e atividades de segurança, ou que estejam em tratamento médico, desde que apresentassem documento de comprovação. Muitos profissionais de saúde, fundamentais no atual momento, ficaram horas retidos nas filas de triagem. Outro absurdo. Embora o decreto do governador tenha sido assinado na quinta-feira da semana passada, e apesar do amplo noticiário sobre a epidemia do novo coronavírus, percebe-se que muitas pessoas estavam desinformadas sobre as restrições.

Certamente o decreto precisará receber ajustes. Há casos não contemplados, como o de cuidadores de idosos. Ontem, muitos desses profissionais que estavam nas filas foram impedidos de embarcar e não puderam ir ao trabalho. Porém, há quem dependa deles. Não é só nos transportes que medidas bem-intencionadas acabam cumprindo objetivo inverso. No primeiro dia de vacinação contra a gripe, grandes filas de idosos foram observadas diante dos postos de saúde no Rio. O que não é recomendado para um dos grupos vulneráveis à Covid-19. A vacinação em postos do Detran, em sistema de drive-thru, é boa ideia, mas também houve filas.

Por determinação do governador Witzel, o comércio do Rio deverá fechar a partir de hoje. É provável que isso alivie a pressão sobre os transportes e reduza as filas nos acessos às estações. Será um teste para ver como estão funcionando as medidas de restrição. É certo que elas terão de ser recalibradas. Mas a a população precisa fazer a sua parte, evitando sair de casa.

Editorial  - O Globo

terça-feira, 23 de julho de 2019

Ibaneis quer privatizar o desastre, dependesse dele todo o ônus seria privatizado e para ele só os bônus

Ibaneis agora quer privatizar o metrô; 
ótimo, privatizar é atrativo para os empresários - tem trechos do metrô privatizados no Rio e SP, mas, a privatização alcança a operação, gestão, manutenção.

O Ibaneis pensando que é esperto e que os empresários são bobos quer privatizar o Metrô-DF também no quesito expansão.
Administrar, operar e manter o que já existe os empresários topam e reduzindo as mordomias dos metroviários, dar lucro.
Só que na hora da expansão o lucro vai embora e o investimento, elevadíssimo, tem retorno demorado, quando o trecho privatizado começar a dar lucro = retorno do investimento = a falência certamente virá.

A solução adotada nas cidades com sistemas de metrô eficientes, bem administrados (Nova York, Moscou, Londres, Paris e outras) o Governo constrói tudo e depois licita para a administração ser privatizada, mesmo assim, grande parte das cidades com administração competente e organizada  ainda mantém o  sistema de metrô como público.
Uma comparação: o sistema de ônibus urbano no Brasil e praticamente em todo o mundo,  é privatizado, mas, quem constrói as vias nas quais os ônibus circulam?
 
Outra coisa que qualquer hora compromete o Ibaneis é que a Secretaria de Saúde continua desperdiçando dinheiro público mostrando exemplos de bom atendimento no sistema de saúde  e esquece das milhares e milhares de pessoas que padecem nos hospitais tentando ser atendidos.
Quem não acreditar no que sempre denunciamos sobre a saúde vá a uma UPA ou a um  hospital público do DF. Antes o Ibaneis era rápido para demitir e também para nomear o substituto. Agora nem isso consegue: demitiu há semanas o direitos do HRC e até hoje não encontrou outra vítima para nomear.
Encerrando: quando todas as delegacias do DF darão expediente de delegacia = 24/7? 

Outra coisa: O Ibaneis foi eleito para governar o DF - só  que ele quer privatizar tudo, jogar o prejuízo na iniciativa privada e fugir as suas responsabilidades de governante.
Ele bem sabe que nem tudo na administração pública pode ser privatizado.

 

Editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL. 

 

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Projeto de Bolsonaro acaba com exame toxicológico para caminhoneiros

A proposta não foi colocada de maneira explícita no projeto


O projeto de lei que Jair Bolsonaro entregou na manhã desta terça, 4, à Câmara dos Deputados revoga a exigência de exames toxicológicos regulares para motoristas de caminhões, ônibus e vans. Incluído em 2015 no Código de Trânsito Brasileiro, o artigo determina a obrigatoriedade dos exames para habilitação e renovação de carteiras de habilitação das categorias C, D e E.  A proposta não foi colocada de maneira explícita no projeto que Bolsonaro fez questão de entregar pessoalmente a Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados


[presidente Bolsonaro, por favor, informe aos seus eleitores qual a razão de tanta proteção aos caminhoneiros? pertencem a uma categoria importante para o progresso do Brasil, quando trabalham, mas, quando  paralisam suas atividades e apelam para a extorsão, chantagem -são altamente nocivos ao Brasil - até hoje a economia ainda sofre os efeitos da greve (lockout) de 2018.


- recentemente o senhor mexeu no preço do diesel cedendo a pressões deles; 

- agora está facilitando que os caminhoneiros possam renovar a habilitação sem se submeter a exames toxicológicos e com isso aumentar o risco em nossas rodovias com veículos pesados, dirigidos por motoristas drogados - sabemos que não são todos, mas, grande parte dos caminhoneiros dirigem sob o efeito de drogas (o arrebite é apenas uma das várias que são consumidas). 


Senhor presidente, precisamos combater o tráfico de drogas - todas elas - e uma das formas é combatendo o  consumo, aumento as penas para traficantes e usuários - não havendo usuário, não existe demanda, situação que desestimula o traficante.

Se cada vez que um motorista 'tossir', fazer chantagem ameaçando com greve, o governo conceder um beneficio a elas, vão querer mais e mais, chegará um momento em que sem os anéis o governo terá que começar a entregar os dedos.


A melhor forma de combater um chantagista é não ceder a chantagem, partir para o confronto.

Somos totalmente favoráveis ao livre porte e posse de armas - que cada cidadão possa comprar as armas que desejar e tiver condições financeiras para tanto;
agora convenhamos permitir que caminhoneiros drogados circulem nas estradas dirigindo veículos pesados e ainda mais armados, não está certo.
Sem esquecer que na primeira vez que o senhor não ceder as pressões da categoria por benesses - em outras palavras, não ceder a chantagem - as armas serão usadas pelos caminhoneiros contra a polícia.

- outra dificil de entender é que beneficio traz para o Brasil NÃO MULTAR irresponsáveis que conduzem crianças em um veículo automotor sem o uso da cadeirinhas.


Senhor presidente o senhor foi eleito para fazer o melhor para o Brasil - o que inclui, sem limitar, combater a criminalidade sobre todas as suas formas e tornar realidade o lema ORDEM E PROGRESSO.]




O texto apenas declara revogados pontos do Código de Trânsito, entre eles, o “art. 148-A”. A lei atual prevê que os exames sejam feitos em intervalos de até dois anos e seis meses.  Presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz classificou a proposta de “vergonhosa” e de “demagogia”. “Isto é um acinte. Ele (Bolsonaro) perdeu completamente o norte”, afirmou ao Radar. Para Santa Cruz, a revogação da exigência atende uma reivindicação de caminhoneiros e, se aprovada, vai aumentar os acidentes de trânsito.

De acordo com o presidente da OAB, a exigência dos exames teve impacto imediato entre motoristas profissionais. Dos 12 milhões de integrantes da categoria, 2,2 milhões deixaram de renovar suas carteiras desde que o artigo entrou em vigor. Afirmou que caminhões representam 4% da frota nacional de veículos, mas estão envolvidos em 55% dos acidentes com mortes.

(por Fernando Molica)
 

terça-feira, 21 de maio de 2019

Após paralisação relâmpago, ônibus que atendem Ceilândia voltam a circular

No início do dia, nenhum ônibus deixou a garagem. As paradas ficaram lotadas e os veículos das demais empresas estavam mais cheios que o normal

Em meio a greve dos metroviários, que entrou no 20° dia, os passageiros de Ceilândia e Taguatinga ainda foram surpreendidos, nesta terça-feira (21/5), com a paralisação relâmpago dos rodoviários da empresa São José.

No início do dia, nenhum ônibus deixou a garagem. A empresa afirma que foi pega de surpresa assim como os passageiros e informou que eles voltaram ao trabalho por volta das 7h30. O Correio tenta contato com o sindicato dos funcionários para saber os motivos da paralisação. Em meio a isso, quem passou por dificuldades mais uma vez foi quem precisa de transporte público na região. As paradas ficaram lotadas e os veículos das demais empresas estavam mais cheios do que o normal.
Funcionamento do Metrô
Com a greve, o Metrô funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30. Nos horários de pico, ficam disponíveis 18 trens. Aos sábados, os trens rodam das 6h às 9h45 e das 17h às 19h15. Domingo, das 7h às 19h.

 [governador Ibaneis, sugestão - sabemos que é dificil para um político, mas, se esforçando talvez consiga.

Seja honesto e sincero com o povo - graças a uma maioria estúpida dos eleitores, que faz parte do povo, o senhor foi eleito, não esqueça - e, antes de colocar um veículo elétrico, prometendo que em agosto serão 20, RESOLVA:

- os problemas da Saúde Pública - só pioram; até as estatísticas dos casos de dengue estão saindo com atraso, sendo a mais recente do final de Abril; 
Governador, que chato, o GDF está utilizando no FUMACÊ - essencial para a prevenção da dengue -  inseticida  VENCIDO: o senhor como advogado, possuidor de notório saber jurídico (esperamos que não seja o mesmo de um determinado ministro do STF) - sabe que usar produto vencido, especialmente na SAÚDE PÚBLICA é crime;
outra coisinha: a Saúde Pública do DF está SEM O REAGENTE para o teste rápido da dengue - lembramos que a solução do inseticida vencido e do reagente não podem esperar a conclusão dos reparos daquele viaduto do Eixão Sul.

- os problemas da Educação, que só aumentam - faz concurso público para professor temporário, substituto, mas, não convoca ninguém e os alunos continuam sem aula. Fui chamado a uma escola de Ceilândia e lá tem um aviso de uma professora em Licença Tratamento Saúde,l 30 dias, e a 'informação': 'entrar em contato com a escola para saber quando virá um professor substituto.
- os problemas da Segurança Pública - que só piora. Policia Militar efetivo a cada dia menor, o mesmo ocorre com o da Polícia Civil, viaturas sucateadas, as delegacias tem muitas abrindo em horário comercial;
- os problemas do Transporte Público - os baderneiros, que também são chamados de rodoviários, continuam fazendo as paralisações relâmpago e rindo na cara do povo, só não riem na sua cara porque o senhor não passa nem perto das paradas;  
O GDF está tão desmoralizado que antes os baderneiros, chamados rodoviários, avisavam que iam parar e os motivos - agora nem isso fazem.

Tem outros mais, mas é só ler outras postagens anteriores e jogar 20% em cima dos números da mais recente e ficará atualizado.

Sugestão de prazo para o senhor voltar a falar em carro elétrico: quando o viaduto do Eixão Sul estiver pronto, obras concluídas, sento utilizado normalmente, no dia seguinte o senhor volta ao assunto 'carro elétrico.]