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quinta-feira, 29 de junho de 2023

O ressentimento como moeda - Revista Oeste

Theodore Dalrymple

A luta contra a hegemonia global do dólar pode levar a uma situação muito pior


 Foto: Shutterstock

Tanto na imprensa britânica quanto na francesa muito tem se falado recentemente, não sem certa satisfação maliciosa, sobre o declínio do dólar americano como a moeda de reserva do mundo
Afinal, a importância do dólar americano há muito tempo é um lembrete da substituição permanente da Europa como o centro do mundo depois da Primeira Guerra Mundial.

Claro, o ressentimento causado pela dominação do dólar americano não se restringe à Europa.  
Países, tanto quanto indivíduos, gozam de um status de subordinados. 
E a situação do dólar como moeda de reserva é o que permite aos Estados Unidos — ao que parece, indefinidamente — gastarem mais do que podem, ou seja, consumirem mais do que produzem à custa de outras nações. Enquanto a fé no dólar durar, e não existir outra moeda de último recurso em vista, isso deve continuar acontecendo.

A hegemonia do dólar também dá — ou dava — aos Estados Unidos um imenso poder político
De um só golpe, eles podem — ou podiam — eliminar países das linhas normais de crédito e dos meios de troca. 
Mas essas sanções não são fatais para as nações que as enfrentam. 
A necessidade de escapar das sanções econômicas afia e concentra a mente das pessoas, acaba com a rotina e encoraja governos sobre a necessidade de serem mais flexíveis. 
A primeira vez que me dei conta disso foi em Rodésia, que era como o Zimbábue ainda era conhecido na época, cujo regime colonizador branco basicamente transformou o país em pária internacional. Graças às sanções, a eficiência do governo e uma disposição para desobedecer às regras se tornaram uma questão de sobrevivência. Onde quer que existam sanções econômicas existirão pessoas dispostas a ganhar fortunas fugindo delas, inclusive nos países que as impuseram.

Isso posto, nenhum país quer ser objeto dessas sanções, e ser vulnerável a elas é uma das razões por que muitos países desejam desdolarizar a economia mundial — ou é isso que dizem. Se isso é verdade, é outra história. Foto: Shutterstock

O Brasil não vai ficar feliz em ser dominado por um regime asiático autoritário

Tanto a China quanto o Japão têm enormes reservas de dólares, cujo valor eles certamente não querem ver sofrer uma queda súbita e dramática. Um declínio semelhante na capacidade dos Estados Unidos de pagar por importações teria um sério efeito deletério na economia mundial como um todo.

Mesmo assim, fala-se muito sobre alguma forma de moeda do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Pelo que sei, só poderia ser o yuan chinês em tudo, menos no nome; pelo menos num futuro próximo.

A ideia de os países do Brics serem uma grande família unida e feliz em sua oposição à hegemonia norte-americana é absurda. Os indianos que conheço têm medo dos chineses e não gostariam de ser dominados por eles. 
Os russos também temem os chineses e estão preocupados com sua penetração na Sibéria, que já é em boa parte uma colônia econômica chinesa. 
A Rússia, que costumava tratar a China com condescendência, se tornou o sócio minoritário nessa suposta parceria. 
Seja qual for o resultado da guerra na Ucrânia, a inferioridade do poderio militar russo não vai passar despercebida para os indianos, que há tempos se armam com os mesmos equipamentos. 
 Quanto ao Brasil (ainda que eu possa estar errado), o país é culturalmente parte do Ocidente e não vai ficar feliz em ser dominado por um regime asiático autoritário.
Fala-se muito sobre alguma forma de moeda do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
 O ressentimento nunca é um bom conselheiro ou motivador de políticas, mesmo quando existe uma razão genuína para ele. A condição do dólar americano como moeda de último recurso é injusta, sem dúvida, e traz vantagens imensas aos Estados Unidos que eles não merecem. 
Essa é uma causa de ressentimento em muitas partes do mundo, inclusive na Europa, que ainda amarga sua destituição como potência hegemônica mundial e sua marginalização cada vez maior no globo, tudo em um doloroso contraste com sua autoimagem. 
O presidente Macron pediu diversas vezes que os europeus deixassem suas pequenas diferenças de lado para obterem uma independência estratégica em relação aos Estados Unidos, de cujo poder ele se ressente, mas deseja copiar. 
Mesmo assim, as diferenças culturais e políticas entre as nações e regiões europeias continuam emergindo, como água passando pela areia. 
A centralização de poder na Europa que o presidente francês gostaria de estabelecer com quase toda certeza causaria uma forte reação centrífuga e em pouco tempo levaria a um conflito potencialmente desastroso — a condição historicamente normal da Europa.

Em outras palavras, a Europa não pode ser um contrapeso independente para os Estados Unidos ou a China; ela precisa escolher se aliar a um ou ao outro. 
Por mais que o continente se ressinta da liderança norte-americana, e por mais incompetente ou moralmente dúbia essa liderança tantas vezes tenha provado ser, os Estados Unidos são preferíveis a qualquer outro; e na política o preferível é uma categoria muito mais importante que o bom.

Opor-se à hegemonia norte-americana, por mais injusta que ela seja, não é o suficiente para criar um mundo melhor, e é muito provável que crie um mundo pior

Entre a passividade e a fúria insensata
O ressentimento, pessoal ou em escala nacional, é uma emoção encantadora que, ainda que invariavelmente danosa, tem suas recompensas psicológicas. Primeiro, ele pode durar para sempre, ao contrário de praticamente todas as demais emoções. 
Ele convence quem o sente de sua própria superioridade moral em relação àqueles que supostamente o causaram. 
E reduz a necessidade de reflexão ao convencer a pessoa que se ressente de que todos os seus problemas e fracassos vêm de fora e de que, se não fossem os outros, ela teria sido brilhantemente bem-sucedida. O ressentimento permite que as pessoas sintam seu ódio em nome da própria virtude. 
E propõe soluções que costumam ser piores que a situação que deveriam melhorar. 
Ele coloca o foco no que é impossível, e não no que é possível, justificando assim a alternância entre a passividade e a fúria insensata. 
É uma das grandes causas da autodestruição.

Existe alguém que nunca foi tentado pelo ressentimento, ou que nunca respondeu ao seu canto de sereia? Existe alguém que não tenha causa nem motivo para se ressentir (o que é uma das razões para o seu potencial de longevidade)?

Muitos países se candidataram a fazer parte da “aliança” do Brics.  
É importante lembrar que uma perna não se fortalece quando fica inchada e edematosa. 
Opor-se à hegemonia norte-americana, por mais injusta que ela seja, não é o suficiente para criar um mundo melhor, e é muito provável que crie um mundo pior.
 

Leia também “O espetáculo sinistro das ditaduras”

 

Theodore Dalrymple é pseudônimo do psiquiatra britânico Anthony Daniels. É autor de mais de 30 livros sobre os mais diversos temas. Entre seus clássicos (publicados no Brasil pela editora É Realizações) estão A Vida na Sarjeta, Nossa Cultura… Ou o que Restou Dela e A Faca Entrou. É um nome de destaque global do pensamento conservador contemporâneo. Colabora com frequência para reconhecidos veículos de imprensa, como The New Criterion, The Spectator e City Journal.

 

Theodore Dalrymple, colunista - Revista Oeste

 

 


quinta-feira, 27 de abril de 2023

Dividir para subjugar - Brasil copia o pior do racialismo americano - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia


“A batalha dos Guararapes”, de Victor Meirelles: Em 1648, portugueses, africanos e índios se uniram para expulsar os holandeses do Brasil.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público

Antes de viajar, o presidente Lula sancionou uma lei aprovada pelos nossos representantes e publicada no Diário Oficial de segunda-feira, dia 24; portanto, já está em vigor. 
Ela altera o chamado Estatuto da Igualdade Racial, mas é exatamente o contrário, ela nos divide. Isso porque faz o IBGE gravar qual é a nossa raça e qual é a nossa etnia, e as empresas têm de colocar na ficha do empregado qual é a raça dele, por exemplo.
 
Eu não sei como é que vão descobrir isso, porque os exames que têm sido feitos aleatoriamente no Brasil, com sangue de brasileiros, mostram que nós somos uma mistura insuspeitada. 
Há quem ache ser sueco, mas é asiático, é africano... 
Nós somos uma grande mistura, uma bendita mistura que deu certo, que pegou o melhor de todas as genéticas sanguíneas da África, da Ásia, da Europa, do Oriente Médio, do continente brasileiro, da América do Sul... mas agora vamos ter de escrever de que raça nós somos. Isso é racismo, é cópia dos americanos, é papagaiada que adoramos copiar do neomarxismo americano.
 
E para que isso? Para dividir, muito simples. Divide et impera – “divide e subjuga”, porque a divisão enfraquece uma nação unida, acaba com a união de todos, como a união que tivemos para expulsar os holandeses. Índios, africanos e portugueses se uniram em brasileiros para expulsar os holandeses, formaram o exército brasileiro em 1648, e assim tem sido. 
Eu passei toda a minha mocidade sem notar que tínhamos cores diferentes, mas agora não, estão impondo isso. 
E, com toda essa ênfase nas aparências, esquecem o verdadeiro valor, que é o caráter da pessoa, o seu conhecimento, a sua capacidade de agir, os seus méritos em tudo, e não a aparência. 
A aparência é só a casquinha, o mínimo. 
É incrível, mas foi a lei que nossos representantes fizeram.
 
Lula termina uma passagem muito esquisita por Portugal
O presidente da República está saindo de Portugal para a Espanha.  
A passagem dele por aqui foi muito estranha, nas entrevistas que deu atrapalhou-se na língua, fingia até que não entendia português quando não queria responder, e tiveram de criar uma série de agendas, como troca de condecorações e prêmios, para justificar essa permanência dele aqui em Lisboa.

As duas nações têm de viver muito próximas. Portugal é a porta aberta da Europa para o Brasil e está sendo uma grande porta aberta para brasileiros que vêm trabalhar por aqui, mas também houve a reação do partido Chega, que não quis saber de alguém com a biografia de Lula em Portugal e se manifestou com toda a força contra a presença do presidente do Brasil.

Também por aqui repercutem as imagens do Palácio do Planalto que foram pouco a pouco reveladas no Brasil, e que deixaram todo mundo intrigado para saber o que foi que realmente aconteceu, aumentando a necessidade de deputados e senadores investigarem.  Foi algo grande demais para se deixar nas mãos de uma delegacia de polícia ou da Procuradoria-Geral da República.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 11 de dezembro de 2022

Dívida da China é quatro vezes maior do que a do Brasil - Oxford Group

Apesar de sua enorme reserva cambial, a China está enfrentando numa dificuldade econômica atípica, em considerando sua história nas últimas décadas.

A política de tolerância zero para com a COVID, tem desestruturado sua capacidade produtiva, corroendo a confiança de seus compradores tradicionais, e minado sua estabilidade política.

Sua dívida interna, atingiu 295% de seu PIB, que é quase o dobro, nesta forma de mensurar, do que a americana e 4 vezes a do Brasil. São U$52 trilhões de dólares, só do setor não financeiro.

Mesmo com uma vacinação em massa, que atingiu cerca de 90% da população, com uma pequena liberação da população o vírus tem se espalhado de forma rápida, chamando a atenção por colocar em dúvida a eficiência das suas vacinas. Já se prediz a infeliz morte de 2 milhões de pessoas com esta liberação.

Os investidores estrangeiros estão buscando alternativas para mudar seus projetos industriais. Com a pressão dos EUA e da EU, para contingenciar as compras da China, assim como sustar a venda de produtos e conhecimento de itens importantes da tecnologia de ponta, a China tem encontrado dificuldades para manter seu fantástico e necessário nível de desenvolvimento.

Hoje, já se espera um crescimento pífio de 3% a 4% para este ano em seu PIB. Ela enfrenta um problema grave com relação à liquidez dos seus créditos externos, principalmente em função da crise econômica dos devedores, que receberam fartos recursos dentro do projeto de logística mundial que a China tratou de implementar na expectativa de dominar o comércio internacional.

O setor imobiliário entrou em colapso e a falta de disponibilidade no seu caixa tem feito o governo emitir bônus para financiar as obras de infraestrutura para reaquecer a economia e gerar empregos.

A população vem decrescendo e deverá haver uma diminuição de quase 100 milhões até 2047. Esta, que seria uma boa notícia há alguns anos atrás, causa preocupação no momento pois a idade média da população aumentou de 38.5 anos para uma expectativa de mais de 50 até 1947.

E, o que isto tem que ver com o Brasil? Tudo.

Como nosso principal importador de commodities, agrícolas e minerais, uma queda nesta demanda pode afetar os preços mundiais e as nossas exportações.

Por outro lado, a China precisará aumentar suas exportações e buscará países que sejam “simpáticos” em favorecer as importações do país asiático, mesmo que em prejuízo de sua indústria local e de sua balança comercial.

Como nossa imprensa está bastante "simpática" com a China, ela terá apoio na mídia para favorecer seus interesses. Vale um alerta para nossa indústria e os produtores de commodities [o alerta deveria ter sido para os eleitores brasileiros , antes das eleições e assim seria evitada a besteira que fizeram = estávamos -  e ainda estamos, só que agora saindo - em um processo de economia se consolidando, PIB crescendo, ainda que de forma discreta e agora corremos o risco de e, 1º jan 2023, o governo do  Brasil ser entregue a pessoas que tem como NORTE = estatização, desonestidade no trato da coisa pública e aumento de gastos = infelizmente, passaremos à frente da China, só que no processo de degradação econômica.]

Editorial Oxford Group


segunda-feira, 27 de abril de 2020

Diálogo é fundamental - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Bolsonaro percebeu que tem de conversar com o Legislativo

Eu venho acompanhando todos os dias a evolução das mortes no Brasil pela Covid-19. Nós vinhamos mantendo um decréscimo nos números e o último número deu um susto. Foram 407 óbitos, metade em São Paulo. Antes o número de mortes por dia era um entre 110 e 160. Tomara que seja o que estão explicando, falta de notificação em decorrência do feriado. Mesmo assim esse aumento não é justificado.

Nós não estamos em um posição ruim se comparado os sete países com melhor desempenho econômico. Nós temos 16 mortos por milhão de habitantes, e os Estados Unidos está com 150, por exemplo. Já a Itália tem 423 óbitos por milhão de habitantes, a França tem 335, a Alemanha está com 64 mortes, o Reino Unido tem 276, o Canadá com 57 e o Japão tem apenas 2 mortes por milhão. Qualquer imagem que vocês veem do povo japonês vocês sempre vão encontrar alguém com máscara, há décadas. Eles têm esse hábito. Nós, no Brasil, ficamos gripados e vamos trabalhar, andamos de ônibus e de elevador e ficamos em locais com aglomeração.

Os brasileiros distribuem o vírus para todo mundo. No Japão não é assim. Tanto que o governo asiático não colocou os habitantes em isolamento social, a medida que eles tomaram foi decretar estado de emergência.

Pró-Brasil e a recuperação da economia
O programa Pró-Brasil foi lançado para a recuperar a economia e dos empregos. Nós ficamos com 13 milhões de desempregados na recessão anterior, vamos ver quantos empregos nós vamos perder com essa pandemia.

O lado bom do coronavírus é que o governo descobriu que há uma imensa necessidade de investimento na infraestrutura desde sempre. Querem destinar R$ 250 bilhões para a infraestrutura por meio de concessões e privatizações. Também querem empregar dinheiro público na área, mas essa verba não poder ser alta porque a arrecadação vai cair. Nós vamos sair dessa crise sanitária com uma infraestrutura melhor o que vai nos dar capacidade para crescer no futuro. Mas para se fazer um investimento a longo prazo é preciso ter ordem jurídica confiável, não dá para ter a insegurança jurídica que temos hoje.

Veja Também: Coronavírus: mesmo com a torcida dos catastrofistas, não houve apocalipse no Brasil

Insegurança na política
O diretor da Polícia Federal avisou os delegados regionais que está querendo sair e que o ministro Sergio Moro já está avisado. Eu não sei como essa notícia se tornou a saída de Moro. Qualquer notícia vira a saída de um membro da União ou uma briga entre integrantes do governo. Faz parte essa militância que se mistura com o jornalismo. Não foi assim que eu aprendi na PUC-RS.

As relações do governo com o Legislativo
O presidente percebeu que tem que conversar com o legislativo, ele não tem saída. Afinal, Bolsonaro já tem 30 anos na Câmara. Jânio Quadros me contou que renunciou porque deu as costas para o legislativo. A gente viu que Collor, com a sua arrogância em relação ao Legislativo, foi impeachado. A ex-presidente Dilma não conseguia nem conversar com o próprio partido. O diálogo é necessário.

Desde quarta-feira Bolsonaro está conversando com as lideranças do centrão. Com os parlamentares do DEM, Progressistas, PSD, Republicanos e do PL. O líder do centrão, Arthur Lira, chegou a gravar uma conversa muita amistosa com o presidente.  O que não se tem que fazer é entregar o poder Executivo, ministérios e estatais para que os partidos políticos se locupletem. Ainda mais nesse ano eleitoral e todo mundo está de olho nesse "covidão" que são essas verbas soltas. A verba eleitoral deste ano está sem controle, sem fiscalização e sem orçamento. O gasto eleitoral de campanha certamente vai ter pouca contribuição porque boa parte da economia parou.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo




sábado, 11 de abril de 2020

Brasil ultrapassa mil mortes por covid-19; 19,6 mil estão infectados

De acordo com novo boletim do Ministério da Saúde, foram confirmadas 115 mortes em apenas 24 horas; o número de casos subiu para 19.638

De acordo com o levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 1.056 mortos em decorrência de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. São 115 óbitos a mais em apenas 24 horas – no boletim de quarta-feira, 8, eram 941 mortos.

Hospitalizações e grupos de risco

O número de casos confirmados subiu para 19.638, 1781 a mais do que o registrado na quinta-feira, 8. A taxa de letalidade passou de 5,3% para 5,4%. Apenas o estado de Tocantins não tem, até o momento, óbito pela doença. [a taxa de letalidade da Coreia do Sul é inferior a 1%, o que se atribui à politica de testagem em massa adotada pelo país asiático.]


Em números absolutos, a maior parte dos casos e mortes está em São Paulo, com 8.216 casos confirmados (equivalente a 41,8% dos casos no país) e 540 mortes (equivalente a 51,1%). No entanto, ao considerarmos o coeficiente de incidência, Amazonas é o estado mais afetado. São 23,3 casos por 100.000 habitantes. Em seguida estão Amapá (19,3 por 100.000), Distrito Federal (18,2), São Paulo (17,7), Ceará (16,1) e Rio de Janeiro (14,2). Todas estas regiões estão em “emergência” de acordo com a classificação do Ministério da Saúde, pois apresentam um coeficiente de incidência pelo menos 50% maior que o nacional. Atualmente o coeficiente nacional é de 9,3 por 100.000 habitantes.

Do total de casos, 4.217 (11%) estão em estado grave, necessitando de internação em hospitais. Atualmente, dos 1.057 óbitos confirmados, 77% ocorreram em pessoas com mais de 60 anos e, 74% do total das vítimas apresentavam pelo menos um fator de risco. 

Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comobirdades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma e puérperas, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.

VEJA - Saúde


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Disney corta cena de beijo entre duas mulheres em Star Wars em Singapura - VEJA

Empresa cortou a cena no país para não obter uma classificação etária mais alta; filme é permitido para maiores de 13 anos

Da Redação
 
A Disney cortou uma breve cena de duas mulheres se beijando na versão de Singapura do mais recente filme da saga Star Wars.
 
[felizmente ainda existe leis, vergonha, moral e bons costumes em alguns países - ainda que na China e em Singapura.
Já no Brasil, revista em quadrinhos com material pornográfico inserido em seu conteúdo, é comprado em plena vigência de uma proibição judicial, distribuída para quem quiser, incluindo cranças, e nada acontece.
Só após a distribuição é que uma decisão cassou a liminar -quem desobedece uma liminar vigente comete crime e tem que ser punido.] 
 
 

A Ascensão Skywaker apresenta o primeiro beijo entre pessoas do mesmo sexo na história da franquia. A cena foi descrita como “um breve flash de duas mulheres se beijando entre uma multidão de personagens”. Mas a versão lançada em Singapura omite a cena, interpretada por duas personagens coadjuvantes.

De acordo com o órgão regulador de mídia do país asiático, a Disney cortou a cena para o filme não ter uma classificação etária mais alta. Sem o beijo, Star Wars: A Ascensão Skywaker é classificado para maiores de 13 anos em Singapura.

Existem relatos de cortes da cena em outros países, como a China. A Disney não se pronunciou sobre o assunto até o momento.

Filmes com cenas de beijos entre pessoas do mesmo sexo, como Brokeback Mountain, tem classificação indicativa acima de 21 anos em Singapura. O casamento entre pessoas do mesmo sexo é proibido no país.

VEJA

sábado, 23 de janeiro de 2016

Ninguém está imune ao zika



Um novo mapa de dispersão do vírus pelo mundo mostra que países ricos também estão ameaçados. Isso pode ajudar na luta contra a doença 

O vírus zika segue sua escalada.  Ele é suspeito de causar boa parte dos 3.611 casos de microcefalia em  bebês no Brasil desde outubro de 2015, segundo o levantamento mais recente do Ministério da Saúde. No dia 17 de janeiro, a Organização Pan-Americana da Saúde, braço da Organização Mundial da Saúde na região, declarou que 18 países, praticamente toda a América Latina, já detectaram casos de infecção pelo vírus. 

O invasor chegou até a América do Norte. Durante a última semana, apareceram notificações de casos nos Estados Unidos. Foram duas gestantes em Illinois, outra com suspeita de zika na Califórnia e três pessoas diagnosticadas na Flórida. Esses casos se somam aos primeiros registrados no início do mês: uma mulher no Texas e um bebê que nasceu com microcefalia no Havaí. Por enquanto, todos são de pessoas que trouxeram o vírus de outros países. Mas um novo estudo, elaborado por um grupo internacional de pesquisadores, sugere que é questão de tempo até que o vírus comece a se disseminar dentro dos Estados Unidos e, possivelmente, da Europa. “O vírus zika é uma ameaça global de saúde que não afetará apenas países em desenvolvimento, mas também nações ricas”, afirma o médico canadense Isaac Bogoch, especialista em doenças infecciosas tropicais do Hospital Geral de Toronto e um dos autores do estudo, publicado na semana passada na revista científica britânica The Lancet.

Para fazer a projeção, os cientistas americanos, canadenses e britânicos cruzaram o número de viajantes que partiram de aeroportos localizados em regiões do Brasil onde a presença do vírus é significativa com as condições climáticas e socioeconômicas de outras regiões do planeta. Esses dois últimos fatores ajudam a traçar a probabilidade de existir espécies de mosquitos que transmitem a doença: o Aedes aegypti, que prefere os trópicos, e o Aedes albopictus, mais comum em áreas temperadas, como parte do território americano, o sul da Europa, o norte da China e o Japão. Um levantamento realizado no ano passado pelo mesmo grupo de pesquisadores sugere que metade da população do planeta vive em áreas onde as duas espécies de mosquito se proliferam e estão, portanto, sob o risco de sofrer com doenças transmitidas pelos mosquitos.

Entre setembro de 2014 e agosto de 2015, cerca de 10 milhões de passageiros partiram das regiões do Brasil mais atingidas pela doença. É possível que, até maio de 2015, quando os primeiros casos foram notificados na Bahia e no Rio Grande do Norte, o vírus zika já circulasse pelo país, ainda que silenciosamente. Nesse período, a maioria dos viajantes, 65%, rumou para outros países da América, 27% viajaram para a Europa e 5% para a Ásia. O fluxo de viajantes é uma boa maneira de estimar o potencial de o vírus se alastrar. É dessa maneira que o vírus deve ter entrado no Brasil, em 2014.

>> Como se proteger do zika vírus

Um levantamento do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) sugere que é provável que o vírus tenha vindo com algum viajante do Chile ou de países da Ásia, locais onde havia circulação do zika. Esses pontos de partida foram mais frequentes em 2014 do que a África, onde o vírus foi identificado pela primeira vez em 1947. Desde então, acredita-se que o zika tenha se espalhado pela Ásia, onde sofreu mutações antes de chegar à América. “Pelos números, é mais provável que o vírus tenha vindo por alguém infectado na Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile”, diz Felipe Salvador, um dos autores do estudo da USP. A publicação do primeiro genoma completo do zika, no início do mês, a partir do material genético encontrado em quatro pacientes do Suriname, mostrou que o vírus da América é mais parecido com o asiático do que com o africano.

O potencial de o vírus zika se transformar em um problema de saúde pública também nas nações ricas pode acelerar o caminho até uma vacina, a melhor maneira de barrar a epidemia. O Ministério da Saúde divulgou estar em contato com laboratórios internacionais, para que eles colaborem com instituições brasileiras. “Os surtos nos Estados Unidos e na Europa devem ser menores porque as condições são mais adversas para os mosquitos”, afirma o epidemiologista britânico Moritz Kraemer, da Universidade de Oxford, um dos autores do modelo de dispersão do zika. “Mas se espera que a atenção internacional ajude nos esforços para chegar a uma vacina.”


 Fonte: Revista Época