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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Jornalistas protestam contra 'cárcere privado' e deixam cobertura da posse

Grupo estrangeiro, que estava no Palácio do Itamaraty, reclamou da impossibilidade de circular livremente para cobrir a posse do presidente Jair Bolsonaro. Depois de denunciarem 'cárcere privado', foram autorizados a sair antes do horário previsto

[a liberdade de imprensa é essencial;  mas, os aspectos de segurança não podem ser deixados em segundo plano.

Além do mais, alguns órgãos da imprensa cultivam o péssimo hábito de apresentar reportagens baseadas em 'indícios' como fatos.]

As limitações impostas pela equipe responsável pela segurança da posse presidencial, que ocorre nesta terça-feira (1º/1), a partir das 14h, têm gerado uma série de dificuldades ao trabalho da imprensa. Jornalistas estão impedidos de transitar entre os prédios da Esplanada e da Praça dos Três Poderes e foram obrigados a chegar horas antes aos locais onde ocorrerão os eventos. Em certos pontos, como no Congresso, os repórteres não têm acesso a água nem autorização para ir ao banheiro em determinados momentos. 

Para cobrir a transição da faixa presidencial, os jornalistas de veículos nacionais e internacionais tiveram de comparecer ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) a partir das 7h para pegarem ônibus que os levaram ao Planalto, Itamaraty e Congresso Nacional. Depois do transporte, são obrigados a permanecer nos locais até a hora do evento, sendo que alguns deles, como a recepção no Itamaraty, só ocorrerão à noite. A cobertura jornalística no Ministério das Relações Exteriores também começou tumultuada. Na chegada ao Palácio do Itamaraty, os jornalistas credenciados foram conduzidos ao piso inferior e colocados na sala San Tiago Dantas, onde deverão permanecer até as 17h, quando serão, então, guiados ao térreo para acompanhar a chegada de autoridades. 

O espaço, no entanto, não dispõe de janelas para que os profissionais possam ver o que acontece do lado de fora do palácio. A limitação pegou de surpresa alguns jornalistas estrangeiros. "No mapa, quando você vê o Palácio, acha que poderá filmar as coisas acontecendo na Esplanada. No fim, nos demos conta de que ficamos presos em uma sala de imprensa sem vidro, onde não podemos fazer nada para registrar a chegada de convidados", lamentou Fanny Marie Lotaire, da rede de tevê France 24.

Após muitas reclamações, três jornalistas da emissora e um jornalista da agência oficial de notícias da China deixaram o Palácio do Itamaraty. Sair, porém, não foi fácil. Inicialmente, a assessoria do Itamaraty explicou que eles não poderiam ir embora antes das 20h, quando saem os primeiros ônibus que levarão os jornalistas de volta ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Após críticas de que a reclusão imposta coloca a imprensa em uma situação de "cárcere privado", a comunicação do ministério conseguiu um ônibus para levar quem desejasse sair. "Prefiro ter minha liberdade de entrevistar qualquer pessoa passando na rua, mesmo que esteja vazia, do que ficar aqui", disse Fanny. [será que essa jornalista francesa tem, quando realiza coberturas em seu país, a liberdade que  pretendia ter direito no Brasil?
 
- especialmente  na posse de um presidente que foi vítima de um covarde e traiçoeiro atentado;
 
- a credencial é importante, mas, não garante idoneidade do portador - afinal, é o primeiro documento que qualquer terrorista cuida em conseguir;
 
- quanto ao jornalista da agência oficial de notícias da China, é possível assegurar, com 1.000% de certeza que em seu país ele não tem um 1/100 da liberdade que teve no Brasil.]

Falta de água 
Há informações, porém, de que as restrições não são para todos. Um grupo específico recebeu credenciais especiais de imprensa para circular pelo Palácio do Planalto. O Correio viu o momento em que um comunicador, credenciado para o salão nobre, circulava pelo térreo com autorização da segurança. [é normal que alguém credenciado em um nível mais elevado de segurança, possa circular sem restriçoes em áreas menos restritas.]

No Planalto, até mesmo o lanche, como frutas e sucos, levados por alguns repórteres, foram recolhidos e jogados no lixo. Mais tarde, no entanto, a segurança do palácio liberou os alimentos. No Congresso, a jornalista do Correio Simone Kafruni, gravou um vídeo em que mostra as condições precárias a que estão submetidos os profissionais, que não tinham acesso a água nem podiam ir ao banheiro em determinados momentos.
   
 Posição da Abraji 
 
Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) criticou as ações contra jornalistas. "Um governo que restringe o trabalho da imprensa ignora a obrigação constitucional de ser transparente", escreveu. Segundo a Abraji, com as restrições, brasileiros receberão menos informações sobre a posse presidencial. "Confinados desde as 7h, alguns com acesso limitado a água e a banheiros, eles não puderam interagir com autoridades e fontes, algo corriqueiro em todas as cerimônias de início de governo desde a redemocratização do país. A Abraji protesta contra este tratamento desrespeitoso aos profissionais que estão lá para fazer o registro histórico deste momento", afirmou. 
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Correio Braziliense


domingo, 30 de dezembro de 2018

'Há gangues no serviço público', afirma general Santos Cruz ao Correio


Futuro ministro da Secretaria de Governo afirma que a sociedade cansou de corrupção e cita os escândalos do Rio e da Petrobras

Um dos homens de confiança do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz recebeu do amigo, de mais de 40 anos, a complexa missão de comandar a Secretaria de Governo a partir de terça-feira. Ali, no ministério, cuidará do bilionário Programa de Parceria de Investimentos (PPI), da publicidade estatal e da relação com prefeitos, governadores e integrantes de sindicatos e organizações civis. “A porta de entrada é aqui. Os grupo têm de se sentir com liberdade. MST, ONGs, gays, Fiesp, OAB, índios, todos”, [vai complicar e não vai dar certo - tem coisa nesse rol genérico e não limitante, que não tem sentido pretender representar o irrepresentável. ] disse Santos Cruz em entrevista ao Correio na última sexta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, que acaba oficialmente nesta segunda(31/12).
Entrevista com general Carlos Alberto Santos Cruz

Durante conversa de 90 minutos, Santos Cruz, como de costume, sorriu poucas vezes, mas desmonstrou tranquilidade e convicção ao falar sobre todos os temas. A característica circunspecta o levou a ser protagonista de memes na internet. “É a história da imagem que as pessoas têm e fazem de você”, disse ele, para finalmente abrir o sorriso ao ser apresentado a uma das figuras que viralizaram, onde aparece com a cara fechada. Na foto, uma legenda diz: “Que a minha alegria possa te contagiar hoje e sempre. Feliz Natal”. Questionado sobre o fato de que a polarização política e as declarações de Bolsonaro durante o período da campanha levaram as minorias a se preocuparem com o acesso ao governo, o futuro ministro afirmou: “Isso é um absurdo. Quem divulga isso é completamente fora da realidade. Somos pagos para isso. É obrigação receber todo mundo, a finalidade é essa.”

Na entrevista, Santos Cruz afirmou que percebeu a força de Bolsonaro quando o discurso do capitão reformado se mostrou em sintonia com o anseio social. “Ninguém aguentava mais tanta corrupção. No Rio, o crime organizado começava no Palácio da Guanabara.” No plano federal, citou o petrolão, as investigações sobre os fundos de pensão e os empréstimos para o exterior.

Existe o risco real em relação à posse de Bolsonaro?
Seja uma probabilidade ou não, você tem que mitigar ou eliminar. Qualquer possibilidade de risco você tem de fechar, não pode trabalhar com ela. Isso vem da própria campanha, quando Bolsonaro sofreu o atentado. Era uma situação normal de campanha, o único candidato que mobilizou a massa. Onde ele chegava, havia milhares de pessoas. Tinha essa exposição ao povo brasileiro, que não é dedicado a esse tipo de atentado. Mas aconteceu. Sobreviveu por milagre. Fica uma situação que dá uma certa tensão. Outra coisa: (no segundo turno) tinham dois candidatos mobilizando a sociedade. Às vezes, tivemos pequenos grupos radicais. Em qualquer conjunto político ou não político, há pessoas que se aproveitam da situação e podem fazer uma besteira. Tem gente que é criminoso por personalidade, não por posicionamento político. Temos de fechar todas as possibilidades. Hoje, temos problemas menos por posicionamento político e mais por inconsequência.

Matéria completa no Correio Braziliense

 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

A segurança de Bolsonaro no ‘bunker’ do futuro governo

Espaço monitorado pela Polícia Federal

Não se saber se Jair Bolsonaro concorda com a tese de seu filho, Carlos, de que  há gente próxima interessada em sua morte.  Mas fato é que ele não dá chance ao azar. No CCBB, onde a equipe de transição trabalha, apenas os ministros têm livre acesso ao capitão.

[a segurança do presidente eleito deve envidar todos os esforços para evitar - prevenir,  ainda é o melhor remédio que qualquer atentado contra Bolsonaro possa ser sequer tentado.

Bolsonaro deve, em qualquer discurso, deve ficar sempre atrás de um vidro blindado - o ideal é que muitos procedimentos do protocolo de segurança do presidente dos Estados Unidos sejam incorporados às medidas de segurança de Bolsonaro.

Bolsonaro não é - ainda - tão importante quanto  Trump, mas, os que querem matá-lo consideram esse desejo doentio mais importante que assassinar Donald Trump - para eles é difícil aceitar a interrupção de um projeto de poder.

A presença do primeiro-ministro de Israel, em sua posse, será um complicador para o  sistema de segurança de Bolsonaro.]

Os integrantes dos demais escalões precisam de autorização especial para entrar na ala em que ficam o presidente eleito e seus principais auxiliares.  O espaço é separado por uma porta e vigiado permanentemente por homens da Polícia Federal. Não só. Bolsonaro só chega e sai por um entrada nos fundos do prédio, a mesma utilizada por Sérgio Moro.

 Veja

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Bolsonaro é hostilizado e acusado de caixa 2 por manifestante no CCBB

Trata-se do primeiro protesto direto a Bolsonaro desde que ele passou a despachar semanalmente no gabinete de transição em Brasília 

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), foi hostilizado na chegada ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A historiadora A. V. S. [citamos apenas as iniciais dessa mulher, por ser política do Blog Prontidão Total não conceder holofotes a certas pessoas que, pela sua insignificância, merecer o ostracismo.]  doutoranda na Universidade de Brasília (UnB), acusou o pesselista de caixa 2 e de disseminação de fake news durante a campanha eleitoral. Entre palavras de baixo calão e desabafos, responsabilizou Bolsonaro de ter feito uma campanha de perseguição e dito que o regime militar deveria ter matado ela e outros manifestantes ligados a movimentos sociais. [a  conduta desprezível da manifestante leva à conclusão que Bolsonaro não diria que ela deveria ter sido morta - caso Bolsonaro tenha proferido algo nesse sentido, deve ter feito com a mesma intenção quando se referia a uma determinada deputada = intenção de demonstrar ironia, desprezo pelo alvo dos seus eventuais comentários.] 

Foi o primeiro protesto contra Bolsonaro no CCBB desde que o presidente eleito passou a despachar semanalmente no gabinete de transição. A visitação é livre de terça a sexta-feira, das 9h às 21h. Por esse motivo, a entrada de populares não foi vedada e A. pôde entrar no complexo cultural, onde o presidente eleito e a equipe de transição trabalham. Ao entrar no carro para sair, teve a imagem do rosto e da placa do carro capturada por um integrante da segurança do presidente eleito. 
As acusações feitas por A.,  remetem a 2013. Ela declarou que, naquele ano, em manifestação de movimentos LGBTs, feministas e negros na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, Bolsonaro teria dito a ela que “o erro da ditadura foi não tê-la matado”. “Bolsonaro se fez presente em cada reunião quando ocupamos aquele tempo e, um belo dia, quando protestávamos, chegou na minha frente e disse que a ditadura militar deveria ter me matado. E o erro da ditadura foi não ter matado a gente”, declarou. [felizmente manifestações dos tais movimentos pertencem ao passado - não mais encontrarão terreno fértil para prosperarem.
A invasão dessa historiadora impõe que o acesso ao CCBB deve ser restringido e controlado - especialmente nos dias em que o presidente eleito estiver em Brasília. ]

Na ocasião, a estudante e outros manifestantes protestavam contra a eleição do deputado Marco Feliciano (Podemos-SP), à época filiado ao PSC, para a presidência da CDHM. A estudante ainda acusou Bolsonaro de perseguir amigos. “Fez uma campanha de perseguição a um amigo meu professor homossexual da secretaria de Educação do Distrito Federal e a uma professora que, hoje, é da UnB. É absurdo o que está acontecendo neste país”, criticou. Para ela, é um erro o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não ter “feito nada” em relação às denúncias de caixa 2 durante a campanha. 

(...)

A estudante ainda acusou Bolsonaro e aliados de articularem um fundamentalismo cristão. 

Continue lendo no Correio Braziliense


 

sábado, 10 de novembro de 2018

Bolsonaro cancela encontro com Maia, retira Eunicio da agenda e cancela visita ao Congresso Nacional

Após retirar Eunício da agenda, Bolsonaro cancela encontro com Maia - Cancelamentos ocorrem em meio a uma indisposição entre a equipe do governo eleito e o presidente do Congresso

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, cancelou a visita que teria ao Congresso Nacional na próxima terça-feira e também encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou a equipe responsável pela transição de governo. Ambos os eventos chegaram a constar da agenda e foram retirados, assim como ocorreu nesta sexta-feira, 9, com reunião marcada com o presidente do Congresso, Eunício Oliveira

Na sexta-feira, a assessoria de imprensa havia divulgado uma agenda em que constava uma audiência com Eunício, "a confirmar", às 9h. Minutos depois, a agenda foi apagada e reenviada com uma reunião com Maia. Com os cancelamentos, Bolsonaro seguirá da Base Aérea direto para o CCBB, onde está montado o gabinete de transição. A primeira agenda do presidente eleito será com a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Os cancelamentos ocorrem em meio a uma indisposição entre a equipe eleita e o presidente do Senado e do Congresso. Nessa semana, Eunício demonstrou insatisfação por não ter sido procurado pela equipe de Bolsonaro. O futuro ocupante do Palácio do Planalto se encontrou com os chefes dos dois outros poderes, Executivo e Judiciário. 

Em entrevista ao Estado, Eunício, que não se reelegeu, lembrou que ainda é presidente de um dos poderes e disse não estar preocupado "se Bolsonaro vai gostar ou não" do que é votado no Congresso. Dentro da equipe de Bolsonaro há uma preocupação de que os parlamentares que não foram reeleitos utilizem o resto do ano para votar as chamadas "pautas bomba", com impacto fiscal. 

Gerou desconforto ainda entre os parlamentares frase do futuro ministro da economia, Paulo Guedes, defendendo "uma prensa" no Congresso para aprovar a reforma da Previdência. Em relação à Maia, preocupa ao presidente da Câmara que uma linha do PSL não esteja disposta a apoiar sua reeleição à Casa no ano que vem.

Noticias - Estadao 

 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Vilipêndio à religião é crime: apologia a pedofilia é crime - em breve, será tipificado como crime hediondo; zoofilia é crime, tipificado na Lei de Crimes Ambientais Onde está a intolerância?

Queermuseu: O dia em que a intolerância pegou uma exposição para Cristo

Após protestos nas redes sociais, banco Santander encerra mostra que abordava questões de gênero e de diversidade sexual

Nos últimos dias, a intolerância voltou a assombrar a arte. A exposição Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, em cartaz há quase um mês no Santander Cultural, em Porto Alegre, foi cancelada neste domingo após uma onda de protestos nas redes sociais. A maioria se queixava de que algumas das obras promoviam blasfêmia contra símbolos religiosos e também apologia à zoofilia e pedofilia.


A mostra, com curadoria de Gaudêncio Fidelis, reunia 270 trabalhos de 85 artistas que abordavam a temática LGBT, questões de gênero e de diversidade sexual. As obras - que percorrem o período histórico de meados do século XX até os dias de hoje - são assinadas por grandes nomes como Adriana Varejão, Cândido Portinari, Fernando Baril, Hudinilson Jr., Lygia Clark, Leonilson e Yuri Firmesa.

Nas redes, as mensagens e vídeos mais compartilhados pelos críticos e movimentos religiosos mostravam a pintura de um Jesus Cristo com vários braços (a obra Cruzando Jesus Cristo Deusa Schiva, de Fernando Baril) e imagens de crianças com as inscrições Criança viada travesti da lambada e Criança viada deusa das águas, da artista Bia Leite. 

#FernandaSalles - Santander faz exposição bizarra e gera revolta nas redes sociais

 

Veja o vídeo na íntegra, com atenção especial a partir de 01m30s 

 

Santander investiu quase R$ 1 milhão com Lei Rouanet em exposição que faz apologia à pedofilia

As manifestações foram lideradas principalmente pelo Movimento Brasil Livre (MBL), que pediu o encerramento da exposição e pregou ainda um boicote ao banco Santander. O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB) também se manifestou contra a mostra dizendo que elas exibiam "imagens de zoofilia e pedofilia".


Diante da forte repercussão repentina, o Santander esclareceu, por meio de nota, em um primeiro momento, que algumas imagens da mostra poderiam provocar um sentimento contrário daquilo que discutem. No entanto, elas tinham sido criadas "justamente para nos fazer refletir sobre os desafios que devemos enfrentar em relação a questões de gênero, diversidade, violência entre outros". Dois dias depois, entretanto, o banco voltou atrás e cedeu às pressões dos críticos com medo de um forte boicote contra o Santander e de manchar a imagem da instituição financeira.

Em nova nota, neste domingo, o Santander Cultural pediu desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra. "Ouvimos as manifestações e entendemos que algumas das obras da exposição Queermuseu desrespeitam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo. Quando a arte não é capaz de gerar inclusão e reflexão positiva, perde seu propósito maior, que é elevar a condição humana". O banco resolveu então encerrar a mostra que ficaria em cartaz até o dia 8 de outubro. A exposição foi viabilizada pela captação de 800 mil reais por meio da Lei Rouanet.

Nas redes sociais, Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL, rebateu as críticas e disse que a sociedade brasileira se mobilizou para repudiar a exposição e o banco, com medo de perder clientes, cancelou a mostra. "Isso é um boicote que deu certo, não uma censura", escreveu. Kataguiri também publicou uma foto da obra Cena de Interior II, da artista Adriana Varejão para alegar que 800 mil reais de dinheiro público foram investidos em exposição para crianças verem pedofilia e zoofilia.


Ao EL PAÍS, a artista afirmou que a obra em questão é adulta, feita para adultos. "A pintura é uma compilação de práticas sexuais existentes, algumas históricas (como as Chungas, clássicas imagens eróticas da arte popular japonesa) e outras baseadas em narrativas literárias ou coletadas em viagens pelo Brasil. O trabalho não visa julgar essas práticas", explicou. Adriana, que tem peças nas coleções do Tate Modern, de Londres, no Museu Guggenheim, em Nova York, e na Fundação La Caixa, em Barcelona, disse ainda que, como artista, apenas busca jogar luz sobre coisas que muitas vezes existem escondidas.

Não é a primeira vez que obras causam uma chuva de reclamações e são censuradas. Em 2006, o Banco do Brasil retirou do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro a obra Desenhando em Terços, da artista plástica Mácia X, que mostrava a foto de dois terços que desenhavam dois pênis e formavam também uma cruz.

Fonte: El Pais

 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Visitante acusa CCBB RJ de homofobia e centro cultural repudia episódio

Namorado de funcionária escreveu 'Fora lésbica' em quadro destinado ao público infantil

[seguindo a política deste Blog de não incidir holofotes sobre quem não os merece, publicamos a matéria na íntegra, mas omitindo o nome, ou o vulgo, da mulher quer apenas aparecer.

Também lembramos que felizmente o que chamam de homofobia não é crime no Brasil, portanto, a atitude ilegal e prepotente do CCBB não encontra ampara legal e com isto a vítima  - uma funcionária terceirizada, pessoa humilde, do povo - de tal atitude encontrará na Justiça a devida reparação legal.]

Após uma funcionária ser acusada de homofobia por uma frequentadora, o CCBB RJ se manifestou, através das redes sociais, "total repúdio ao episódio relatado". Semana passada, uma frequentadora identificada apenas como E... E...contou que visitava o centro cultural em companhia de sua namorada quando uma funcionária do espaço chegou acompanha do namorado, que escreveu "meu pau" num quadro imantado destinado ao público infantil. "Ok, não foi ela que escreveu, mas a atitude foi bem inadequada pra quem está trabalhando. Quando eles saíram, removemos a frase e continuamos lá. Ficamos sem acreditar que funcionários fariam isso (nessa hora estávamos achando q ele também trabalhava lá). O cara que escreveu voltou outras vezes pra nos olhar (...) Passamos em frente a sala das crianças e ele estava saindo de lá. Agora o recado era "FORA LÉSBICA", relatou.
Segundo E...  a funcionária trabalharia no balcão de informações. Ao ser convidada por outros dois empregados do centro a registrar reclamação, a visitante enfrentou resistência do homem que escreveu no mural. "Ele tentou me impedir de colocar o papel na caixa tampando o buraco e depois tentando arrancar o papel da minha mão. O tempo inteiro que escrevia a reclamação, ele ficou a menos de um metro de mim rasgando os papéis da caixa". 

FUNCIONÁRIA AFASTADA
Na nota reproduzida acima, o CCBB diz "a funcionária envolvida pertence ao quadro de colaboradores terceirizados e foi afastada, não exercendo mais atividades no CCBB RJ". E que "o fato narrado contraria os valores e o trabalho educativo e afirmativo que a instituição vem realizando ao longo da sua história contra a intolerância e a favor da diversidade étnica, sexual, de gênero e religiosa"

"O Centro Cultural está apurando internamente o fato e tomará todas as medidas legais e judiciais cabíveis com a firmeza que a situação descrita exige. Lamenta que o caso tenha acontecido em suas dependências e reafirma o compromisso de atuar em prol do respeito às diferenças, repudiando toda e qualquer manifestação de preconceito".


PROTESTO NA QUARTA-FEIRA
As ativistas receberam bem a atitude do CCBB em iniciar a investigação e postar a mensagem com foto dos funcionários, mas muitas não consideraram suficiente. Além disso, algumas problematizam o fato de usarem a palavra homofobia, e não lesbofobia, na mensagem de repúdio postada pela instituição. "Dizer que foi homofobia tira a visibilidade de mulheres lésbicas que exigem outras demandas diferentes das reivindicações de gays homens", argumenta uma pessoa nos comentários do evento .[por isto é que o Brasil está na m... . O estúpido governo petista perdeu um tempo precioso em defender gays, lésbicas, homossexuais, bandidos, terroristas e outros da mesma laia  (estes sempre encontraram asilo político no Brasil durante o malfadado governo lulopetista) e com isso conduziram o Brasil para a miséria.
Que sejam o que quiserem, desde que não queiram tornar obrigatória sua aceitação e/ou proibir o seu repúdio e respeitem a FAMÍLIA, a MORAL e os BONS COSTUMES.] 
 
Assim, organizaram o protesto “Lesbianizar o CCBB”  na entrada da instituição. “O CCBB é uma instituição conhecida por suas grandes exposições, filmes e peças, quase sempre feitos em todas as etapas por nós LGBTS”, diz trecho da proposta do evento. “Porém, na hora de reconhecerem nosso afeto e amor, nos expõem ao ridículo e são preconceituosos”, acrescenta o manifesto.

A proposta é "ocupar o hall do CCBB com os nossos corpos sapatões, viados, travestis, transsexuais e bissexuais. Vamos mostrar pra eles que Mondrian não é nada colorido perto da gente". 

Fonte: O Globo