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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Vôlei: lamentavel, China para o trem do Brasil

Time de Lang Ping derrota a seleção brasileira até então invicta da Olimpíada e fará semifinal contra estreante Holanda; Zé Roberto não comentou sobre sua permanência como treinador

O sonho do tricampeonato olímpico da seleção brasileira feminina de vôlei virou pesadelo. Na noite desta terça-feira, o Brasil perdeu para a China por 3 a 2 (25/15, 23/25, 22/25, 25/22 e 13/15), após campanha em que sequer havia perdido sets. Essa seria a sétima vez seguida que a seleção avançaria às semifinais. O Brasil termina o Rio-2016 na quinta colocação, a pior campanha desde Seul-1988, há 28 anos.

— Vejo uma coisa mais pontual, foi o jogo mesmo. Num geral, elas foram melhores. E hoje foi um dia negativo para a maior parte da delegação brasileira. Handebol, futebol, polo, a Larissa (vôlei de praia). A gente fica triste em ver que está todo mundo sofrendo. Todo mundo torce por todo mundo, mas não pode influenciar (os outros resultados) e não foi o caso — disse o técnico Zé Roberto, que ao final da partida, foi consolar o neto Felipe, de seis anos, que estava chorando na arquibancada. — Quando ele chegou chorando lá, lógico que aperta mais o coração. Mas o avô tem que ficar firme. O que expliquei para ele foi que isso faz parte da vida, um dia a gente ganha, no outro a gente perde. Que ele tem de aprender isso também, que o outro time jogou melhor e mereceu. O mais bonito, disse a ele, era a festa que todo mundo estava fazendo. A gente só tem que agradecer de estar aqui com todo mundo, uma emoção enorme, e a gente precisa treinar mais para ganhar.

Quem viu o primeiro set, em que as chinesas fizeram apenas 15 pontos, não entendeu como o jogo virou a favor das rivais. As brasileiras erraram demais e deixaram de forçar os saque. As chinesas, por sua vez, acreditaram no jogo e não deixaram a bola cair. O passe do Barsil não foi tão efetivo como o passae chinês, que isolou Ting Zhu aparenas para pontuar. Ela marcou 28 pontos e foi o destaque do jogo.

A China enfrenta, nesta quinta-feira, às 22h15, a Holanda que venceu a Coreia por 3 a 1 (25/19, 25/14, 23/25 e 25/20). A outra semifinal será entre Sérvia e EUA, às 13 horas. As sérvias derrotaram a Rússia por 3 a 0 (25/9, 25/22 e 25/21) e as americanas ganharam do Japão por 3 a 0 (25/16, 25/23 e 25/22). 

As quatro seleções da chave A, a mesma do Brasil, foram eliminadas nas quartas de final. Para Zé Roberto, o fato da chave ter sido a mais fraca não foi o motivo das eliminações. Segundo ele, a questão foram os confrontos. 

Ao final da partida, ele disse que agradeceria suas jogadoras pelo trabalho do ciclo olímpico inteiro.— Eu vou agradecer por todo o trabalho que elas fizeram. Não pode se jogar no lixo uma história linda que elas têm dentro do esporte no Brasil — comentou o treinador, que também agradeceu a torcida que valorizou o empenho de suas atletas. — O povo brasileiro valoriza o esforço, quando vê que o time corre e se dedica. Isso sempre se valorizou. As pessoas aplaudem e isso é gratificante. Nós estamos vivendo um clima na Olimpíada com o povo valorizando o desempenho dos atletas mesmo na prata ou no bronze.

ESTREANTES
Essa é a primeira vez que a Holanda, 11.ª do ranking mundial, e a Sérvia, sexta, chegam à zona de medalha na Olimpíada. Já a China, chega pela sexta vez na disputa das semifinais. Foi campeã em Atenas-2004 e Los Angeles-1984. E tem prata em Atlanta-1996, bronze em Pequim-2008 e Seul-1988.

A melhor colocação da Holanda foi um quinto lugar em Atlanta-1996 (foi sexto em Barcelona-1992). Já a Sérvia ficou em quinto lugar em Pequim-2008 (e 11.º em Londres-2012).
Perguntado se continuaria à frente da seleção, Zé Roberto disse que era cedo para falar.
— Sinceramente eu não sei. Tenho que conversar com as pessoas da Confederação, avaliar tudo o que aconteceu. Difícil dizer. Estou muito triste para falar alguma coisa de futuro. Minha família sempre apoiou, elas estão sempre junto, próximas, isso nunca foi nem será um empecilho

Fonte: O Globo
 

domingo, 12 de junho de 2016

Atirador ataca boate gay nos EUA e mata pelo menos 20 pessoas

A polícia de Orlando informou que o atirador está morto e ainda não se sabe a motivação do ataque. O FBI trabalha com a hipótese de "terrorismo doméstico"

Pelo menos vinte pessoas morreram e 42 ficaram feridas após um homem armado abrir fogo em uma boate gay da cidade de Orlando, Flórida, nos Estados Unidos. O ataque ocorreu na madrugada de sábado para domingo e a polícia de Orlando informou que o atirador está entre os mortos no tiroteio.

Um porta-voz do FBI (a polícia federal americana) disse que o caso está sendo investigado como possível ato de "terrorismo doméstico". As autoridades tentam descobrir se foi um ato de terrorismo doméstico ou internacional, ou se foi mais um caso de "lobo solitário", quando um terrorista age por conta própria. Segundo o jornal The New York Times, o homem usou um rifle e um revólver no ataque. Dezenas de viaturas policiais, incluindo uma equipe da SWAT, o departamento de operações especiais, invadiram a área em torno da casa noturna Pulse. Pelo menos duas caminhonetes da polícia foram vistas levando vítimas ao Orlando Regional Medical Center.


Um dos frequentadores da boate, Rob Rick contou que o tiroteio teve início por volta das 2h da manhã, um pouco antes do encerramento da festa. "Todos estavam bebendo o seu último gole", disse. Ele estima que mais de 100 pessoas ainda estavam dentro da casa quando ouviu os tiros. Por volta das 3 horas da madrugada, o próprio estabelecimento publicou em sua página do Facebook uma mensagem dizendo: "Saiam todos da Pulse e continuem correndo".

De acordo com o chefe de polícia John Mina, o tiroteio iniciou dentro da boate e continuou na área externa, quando um policial que trabalhava no local tentou confrontar o atirador. O homem voltou para dentro da casa noturna, retomou o tiroteio e fez reféns. Às 5 horas, a polícia decidiu resgatar as pessoas e realizou uma "explosão controlada" para ajudar a evacuar a boate. Pelo menos nove policiais se envolveram em uma troca de tiros com o homem.

Com Estadão Conteúdo

 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O lavador de dinheiro



Ele lavou US$ 444,6 milhões (ou R$ 1,7 bilhão), um terço já rastreado como propina em contratos da Petrobras. Tornou-se a sexta testemunha contra o presidente da Câmara
‘Sou réu confesso e colaborador” — anuncia, para não deixar dúvidas. Aos 40 anos, o bacharel em direito Leonardo Meirelles acumula uma condenação a cinco anos de prisão e variados processos.

Poucos lavaram tanto quanto ele: em apenas cinco anos (de 2009 a 2014), Meirelles comprovadamente retirou do Brasil e pulverizou no exterior US$ 444,6 milhões — o equivalente a R$ 1,7 bilhão. É dinheiro suficiente para se erguer um novo Maracanã. Quase um terço (US$ 120 milhões, ou R$ 480 milhões) já tem origem rastreada: propinas pagas por fornecedores da Petrobras.

Foram 3.649 operações de lavagem a partir de seis empresas de fachada, três de informática e três de química-farmacêutica, todas lastreadas em contratos fraudulentos de exportação e importação — um atestado da vulnerabilidade das regras adotadas em 2006, na gestão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

Para ocultar a origem e distribuir o dinheiro em contas externas, indicadas por fornecedores da Petrobras e seus intermediários, como Alberto Youssef, ele cobrava 1% do valor.  Em seguida, levava o dinheiro da propina para um passeio por contas bancárias em duas dúzias de países: Suíça, China, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália, Bélgica, Espanha, Holanda, Liechtenstein, Índia, Hong Kong, Coreia, Malásia, Nova Zelândia, Formosa/Taiwan, Cingapura, Ucrânia, Angola, Costa Rica, Panamá, Paraguai e Uruguai.

Se alguém precisava pagar a um político no exterior, encomendava a Meirelles a transferência. Youssef registrava esse tipo de operação numa planilha intitulada “Band”, em franca alusão à palavra  “bandido” (“Era uma brincadeira entre nós”), contou Rafael Ângulo, assessor de Youssef, ao juiz Sérgio Moro, em agosto.

Recentemente, Meirelles viajou com autorização judicial à Suíça, China, Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul. Coletou extratos e registros específicos de seus negócios emitidos pela Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift), uma espécie de cooperativa mantida por duas centenas das maiores casas bancárias globais.  Voltou com uma pilha de papéis. Entre eles, demonstrativos da sua contribuição a Youssef e Julio Camargo, representante do grupo Samsung, na lavagem de propina supostamente paga ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por contratos de plataformas marítimas para a Petrobras.

Duas semanas atrás, na CPI, Meirelles ouviu o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) fazer a leitura de um trecho da denúncia da procuradoria contra o presidente da Câmara. — O senhor tem conhecimento disso?
— Sim — respondeu Meirelles, monossilábico. Pressionado, acrescentou:  — Todos os extratos e as informações pertinentes já foram entregues e fazem parte de um acordo. Não posso responder por força disso.
— É colaboração premiada? — insistiu o deputado Aluísio Mendes (PSDC-MA).

— É. É colaboração premiada, sim — retrucou o homem que lavava propina para os “Band” de Youssef. Ele se tornou a sexta testemunha contra o presidente da Câmara.
O deputado Eduardo Cunha segue na autoimolação. Aparentemente, escolheu a opereta do impeachment de Dilma Rousseff como epílogo da própria tragicomédia.

Fonte: José Casado, jornalista – O Globo


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sobre os reveses das Forças Armadas na Maré – As Forças Armadas não podem ser desmoralizadas e tem sempre que vencer. Custe o que custar, sejam quais forem os efeitos colaterais

O General Douglas Mac Arthur frente ao impasse na Coréia disse certa vez que, numa guerra não havia substituto para a vitória. Mesmo achando temerária a sua ideia de travar uma guerra com a China, eu acredito que a sua citação encerrava muita sabedoria.

Ninguém vai à guerra senão para lograr obter uma paz em melhores condições, contudo, aqui, nós pegamos a mania de empenhar as Forças Armadas em ações de polícia, sem lhes permitir fazer aquilo para o qual elas são projetadas, que é empenhar-se sempre em ganhar todas as guerras!

Aqui, as autoridades civis que pensam ser fácil designar quaisquer missões para as Forças Armadas normalmente não pensam nas implicações e nos desdobramentos dessas missões.  Dar a missão é fácil, proporcionar os meios e o respaldo para o seu bom cumprimento é que são elas. 

Na verdade, a idéia é sempre a de... pega as Forças Armadas, bota lá...e eles se viram”!

Os criminosos aprenderam a lidar com as Forças Armadas no Alemão, conhecem suas limitações (sobretudo as legais) e hoje, num terreno de topografia mais plana e com muito mais becos e edificações, não estão em nada inclinados a ceder aquele poder que se alicerça no vício da nossa mesma boa gente que clama por mais segurança nas ruas!

Hoje está claro que o tráfico pretende resistir e até se arma com pequenas armas automáticas para fustigar os militares no terreno, tornando sua ocupação uma tarefa muito mais arriscada do que foi na Penha e no Alemão.  O emprego de táticas guerrilheiras é hoje algo muito mais claro e perigoso do que antes.  A população civil é sua refém. A idéia de empregar tropas numa ocupação de área como essa pressupõe manter toda a extensão de favelas sob vigilância, circular em toda parte, inspecionar pessoas, veículos e eventualmente residências, deter, interagir com a população dissuadindo pela presença ostensiva e atuante.  Se isso não ocorrer, a imagem da instituição militar poderá ficar francamente comprometida.

O tráfico é uma atividade econômica clandestina que pode se habilmente conduzida, ser desenvolvida em qualquer lugar; contudo a presença da força militar numa determinada área retomada do tráfico implica que os criminosos não mais possam exercer o mando sobre a população local. 

Os criminosos precisam sentir que, com as Forças Armadas, as coisas não correm frouxas.  A área de favelas posta sob controle das Forças Armadas é muito grande e para assegurar que o tráfico atue e os militares tem de agir de uma maneira muito mais presente que a polícia.  O emprego das Forças Armadas não pode admitir qualquer coexistência de um Poder Paralelo; seja de dia ou de noite e em qualquer parte da área ocupada. 

O ideal seria que a mesma sociedade que cobra segurança ao Estado se conscientizasse que
isso não é possível enquanto ela se mantiver consumindo drogas e fazendo do tráfico a atividade rentabilíssima que ele é;

contudo, enquanto no Brasil essa atividade criminosa só cresça, ela sempre deverá ser clandestina, subterrânea, discretíssima, que sinta e tema a força do Estado.  Aos bandidos que escaparam à prisão num primeiro momento, ou aqueles que atuam no tráfico mas que não teriam sido presos ainda, deveria ser dado saber que, com as Forças Armadas na área, o exercício da sua atividade ilícita só poderá leva-los para prisão ou para o cemitério.

Numa operação como essa nas favelas da Maré, a credibilidade dos militares é posta em cheque em todo momento; e nenhum cidadão consciente deseja que as Forças Armadas sejam empregadas apenas para representar a desmoralizante figura de espantalho na horta.

Hoje pranteamos o primeiro militar do Exército morto em serviço durante a ocupação e curiosamente, no mesmo dia, a imagem emblemática de um blindado dos fuzileiros, atacado a tiros, caído num valão se espalha pelas redes sociais e pela mídia. 

Seriam esses sinais de fraqueza das forças armadas?

Claro que não! Se todos os traficantes mais perigosos com suas melhores armas, munições e explosivos pudessem ser concentrados numa única área qualquer, sem risco para a população civil, eles seriam varridos do mapa, mais rápido do que levamos para comer e lavar a louça no almoço de domingo.  A questão quanto às Forças Armadas não é que lhes falte poderio, mas as táticas é que poderiam ser mais adequadas ao fim que se busca alcançar!  Mesmo com dimensões menores do que as desejáveis para um país do tamanho do Brasil, as nossas Forças Armadas tem a quantidade de soldados necessária, tem armas, aparato logístico para manter esse contingente operando naquele terreno e dispõe de soldados treinados para a missão de segurança interna; porém a tarefa de mandar soldados para as comunidades do Rio é muitíssimo mais delicada do que empregá-los sob manto da ONU na pacificação do Haiti. 

No Caribe,
a situação com certeza é mais tensa, pois se trata de uma terra estrangeira, porém os adversários todos tem outras feições e falam outra língua. Nas favelas de Porto Príncipe, qualquer cidadão sabe que deve respeitar os militares das forças armadas brasileiras em serviço e acatar suas solicitações. Lá, os inimigos sabem que estão lidando com uma tropa bem armada, a qual, investida de autoridade policial pode prender e que não hesitará em responder com fogo aos eventuais disparos dirigidos contra seus soldados. 

Aqui, embora estejamos operando num meio urbano conhecido e aparentemente amistoso, o inimigo não tem cara, fala a mesma língua e ainda pode buscar, de forma muitíssimo mais traiçoeira, atacar os militares e se escudar na população civil.

O problema está em colocar as Forças Armadas nesses locais, literalmente "secando gelo". 

Quando se optou pelo concurso dos militares, a eles deveria ser permitido ir além daquilo que hoje é feito pela polícia militar.  Não estou aventando procedimentos autoritários ou de tortura, mas de identificação, credenciamento, busca residencial etc. Esse "softpower" empregado hoje só faz estabilizar, mas não nos deixa nem mais perto de "ganhar a guerra" contra essa ainda incipiente narco-guerrilha.

Voltando à lição do General americano, não se deveria desgastar as Forças Armadas numa situação de impasse a qual elas não podem empregar as táticas necessárias para vencer e nem recuar! 

Tomemos muito cuidado pois o Exército, os Fuzileiros (e as Forças Armadas no sentido geral) não podem ser desacreditados por bandidos (que como combatentes são muito fracos), frente ao enorme contingente da opinião pública que francamente as apóia nas operações de combate à criminalidade nas favelas do Rio.


Por: Vinícius Domingues Cavalcante é Diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança - ABSEG (www.abseg.com.br) e membro do Conselho de Segurança da Associação Comercial do Rio de Janeiro.