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domingo, 27 de janeiro de 2019

O “Princípio de Gleisi” e o 'surto de lula', que mais uma vez ofende, impunemente, à Justiça brsasileira

Descrença na justiça

Quem mais poderia antecipar-se ao desfecho do caso que por enquanto se arrasta e já defender a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar se o senador eleito Flávio Bolsonaro prevaricou ou não?  Ora, só poderia ser ela, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, que à falta de votos para se reeleger senadora preferiu garantir uma vaga na Câmara dos Deputados. Confira mais uma baboseira dita por ela enquanto seu partido mal consegue articular ideias para sobreviver:

– Esta questão do Flávio Bolsonaro é algo anterior à sua posse no Senado, não é um crime que cometeu enquanto senador. Mas é muito grave o que está acontecendo. Precisamos investigar isso. Se o Judiciário, o Ministério Público não der conta, nós queremos conversar com parlamentares, com outros partidos, a instalação de uma CPI. Não podemos deixar a população sem retorno. [até que seria passível de alguma consideração o que essa mulher está dizendo (eleger Gleisi vereadora compromete a imagem de pessoas inteligentes, sérias, do povo paranaense, imagine deputada; mas, se houvesse provas contra Queiroz ter cometido atos ilegais e essas provas levassem ao senador Flávio Bolsonaro;

só que não há provas de que Queiroz Cometeu algum ato ilegal, algum ato criminoso;

por ser portador de câncer, em estágio grave, Queiroz não teve. ainda,  condições de depor, nada foi esclarecido sobre as tais movimentações.

Só uma destrambelhada, desorientada, idiopata como é Gleisi Hoffmann, presidente do pt - perda total é capaz de pretender a abertura de uma CPI para investigar fatos que por enquanto são apenas atípicos.

Mais abaixo, em outro POST, apresentamos uma idiotice do Lula - atualmente presidiário e ex-presidente do PT - que mostra que ser presidente do perda total é o passo inicial para a burrice irreversível, para a transformação de pessoas antes classificadas como animais racionais em irracionais.]
 
Gleisi admite que, se houve crime, ele teria sido cometido antes de Flávio ter sido eleito senador. A ser assim, caberia à primeira instância da justiça julgá-lo. O Senado nada teria a ver com isso, o que por si só remeteria para o lixo a proposta de uma CPI.  Mas ela persevera na ideia de uma CPI porque o Ministério Público poderia não dar conta. Como não daria? Ela não explica. O que ela quer dizer? Dar conta para ela significaria oferecer denúncia contra Flávio? Se não oferecer é por que não deu conta?

Gleisi descarta a hipótese de que Flávio possa ser inocente. Parece só estar disposta a aceitar um resultado – a denúncia de Flávio, seguida de sua condenação. Do contrário… Ameaça com a criação de uma CPI embora saiba que não terá votos suficientes para isso.  É o “Princípio de Gleisi”, ou do PT, como se viu no caso do impeachment de Dilma e da condenação do encarcerado de Curitiba.

O pt = perda total,  valeu-se de todas as regras do jogo para vencer as duas paradas. Como perdeu, quis melar o resultado. Perdeu outra vez.

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Blog do Noblat - Veja

 

Com visitas limitadas pela Justiça, Lula promete ir novamente à ONU

Preso há mais de 9 meses na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protestou, na tare deste sábado (26), contra uma decisão judicial que limitou as visitas que pode receber o ex-ministro Fernando Haddad (PT-SP) e de líderes religiosos.

Na última sexta (25), a juíza federal Carolina Lebbos, que controla a execução penal de Lula, retirou de Haddad os privilégios de visita que ele teve enquanto candidato à Presidência da República. O ex-ministro petista, que havia conseguido tratamento diferenciado na qualidade de procurador de Lula, agora só poderá encontrá-lo semanalmente, como as demais visitas, conforme as regras da PF.


Na mesma decisão, Lebbos também limitou as visitas que Lula recebe de líderes religiosos. Segundo a juíza, Lula recebeu, por seis meses, 16 visitas de "pessoas diferentes, de diversas religiões (frades, padres, freiras, bispos, pastores, monges, pais de santo, rabino)" fora das normas de assistência religiosa a detentos que é prevista em lei.  "Não se está vedando a realização de visitas por religiosos. Isso, porém, deve ocorrer em respeito à disciplina de visitação do estabelecimento prisional", escreveu a juíza.

Neste sábado, a assessoria de Lula afirmou, em nota, que a decisão "agrava o estado de exceção" imposto ao ex-presidente. "Levaremos essa decisão ao conhecimento do Comitê de Direitos Humanos da ONU no comunicado que tramita perante aquele órgão desde julho de 2016, uma vez que ela também agride as Regras Mínimas para o Tratamento de Presos, também chamadas de Regras de Mandela”, diz a nota. [as petições de Lula está tão sem valor, tão desmoralizadas, que quando são identificadas pelas assinaturas do Haddad, Zanin ou de outro rábula, são simplesmente colocadas em um cesto a parte para remessa à Cuba para compensar a crônica falta de papel higiênico naquela ilha.

É comum também, entre funcionários de apoio da ONU, quando identificam os garranchos de Lula - que os adeptos da seita lulopetista, cujo número diminui a cada dia, chamam de letra - dizerem: papel higiênico, é daquele presidiário imbecil que escreve paciência com PAS.]
Congresso em Foco

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

‘Bolsonaro foi deputado de inexpressiva atuação em quase 30 anos de mandato’, diz Marina Silva

[comentário inicial e único:  Bolsonaro,  presidente eleito com quase 58.000.000 de votos, teve - segundo a sempre derrotada ex-senadora, ex-ministra, ex-isso e ex-aquilo - uma atuação inexpressiva em quase 30 anos de mandato parlamentar.

Lembramos a sempre perdedora ex que Bolsonaro foi reeleito 7 vezes para deputado federal,  e sempre com votações crescentes e tratorou o 'jaiminho', indicado pelo presidiário petista Lula (antes citávamos apenas presidiário petista, mas, são tantos os petistas presos,  que se tornou necessário nominar  o enjaulado) - falando em Haddad, de que o ex-sósia do Lula -  réu em 32 processos, vive? quem banca suas viagens? importante: réu em 32 processos é o Haddad, o Lula é réu em apenas 7 e condenado em 1;

Repetindo: Bolsonaro foi eleito presidente da República com quase 58 milhões de votos - enquanto a 'sábia' Marina foi eleita senadora uma única vez e com número de votos inferior ao recebido por um dos filhos de Bolsonaro  na condição de candidato a deputado = mais de 1.800.000 votos.

Assim, ilustre ex-perdedora, nossa sugestão é que se recolha a sua condição de ex e cale-se.

Em respeito aos nossos leitores, que possuem o direito inalienável de ler o que lhes aprouver, indicamos abaixo o link que permite acessar os sempre 'sabios' 
comentários da ex-.]


"A falência do modelo político brasileiro, com as principais forças políticas representadas pelo PT e PSDB, levou à eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, na avaliação da ex-senadora Marina Silva (Rede)...."

Editores do Blog Prontidão Total

domingo, 2 de dezembro de 2018

Preparando-se para o melhor

Não vai ser tarefa trivial fazer oposição ao futuro governo Jair Bolsonaro, diz o ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado a presidente Fernando Haddad. A chance de o novo governo ir bem é grande, segundo ele, o que tornará ainda mais desafiador o papel dos partidos de esquerda, como o PT. Fernando Haddad passou os últimos dias dando palestras e conversando com pessoas em Nova York. Numa dessas conversas, o ex-candidato disse que a economia mundial emite sinais de que vai melhorar, o que pode impactar positivamente o Brasil e seu governo a partir do ano que vem.
  [pergunta ao 'jaiminho': quem banca as viagens do derrotado petista? as viagens e demais despesas.
a propósito: elogios de um petista não devem ser recebidos com a guarda baixa, quando serpentes como os petistas elogiam alguém, o elogiado deve se prevenir, a traição virá no pacote elogioso.
Um conselho ao jaiminho: por favor, não vá responder dizendo que são os ganhos com palestras - seu 'mentor' e alvo de suas visitas íntimas a Curitiba, tentou a desculpa mas não funcionou.]
Outro aspecto importante do governo de Bolsonaro serão as privatizações, já anunciadas pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo próprio presidente eleito. “Eles vão vender ativos, estatais, e vão fazer dinheiro, muito dinheiro”, disse Haddad. Se este dinheiro for bem empregado, o governo certamente apresentará resultados, o que lhe dará inclusive melhores condições de governar com sucesso. “Não podemos dar de barato que o governo Bolsonaro vai fracassar”, disse. Isso significa, em outras palavras, que a oposição terá de encontrar meios de fazer sua mensagem preponderar, o que não será fácil.

Fernando Haddad insistiu no assunto numa palestra na Columbia University. Ele disse que a oposição não pode torcer para o governo dar errado e com isso ganhar o poder. A melhor coisa do mundo, segundo o ex-candidato, é ganhar de quem está indo bem. “A gente tem que trabalhar com a hipótese de eles darem certo. E de a gente dar mais certo do que eles”, disse na palestra “Brazil Talk”. Haddad tem toda razão. Além dos sinais de melhora da economia global, a perspectiva de um novo ciclo do petróleo injetar energia no setor produtivo brasileiro é muito grande, e lentamente já vem ocorrendo.

Mais importante que isso, contudo, foi o gesto de boa oposição que ele deu ao dizer que não se deve torcer contra o governo que será instalado em janeiro. Fazer política, na sua visão, é um exercício em que se tenta provar ser capaz de governar de maneira mais eficiente e produtiva que o adversário. Isso não significa que Haddad não tema retrocessos políticos durante o governo Bolsonaro. Ele os teme, como disse em Nova York e inúmeras vezes no Brasil, antes e depois da eleição de Bolsonaro. Mas a questão mais relevante agora será o que fazer ao longo dos próximos quatro anos para retomar o poder em 2022.

O exemplo dos Estados Unidos, onde Donald Trump era dado como presidente de um único mandato, é sempre lembrado quando se trata de Bolsonaro. Primeiro, porque o brasileiro tenta se parecer com o líder americano, depois, porque sua campanha foi parecida com a do republicano e, finalmente, em razão da taxa de chance de sucesso de seu governo. Ninguém hoje pode afirmar que Trump não se reelegerá. Ao contrário, suas chances são enormes. E, no Brasil, um cenário como esse tem tudo para ser construído, de acordo com a visão de Haddad.

Ascânio Seleme, jornalista - O Globo

domingo, 28 de outubro de 2018

Haddad, o candidato de 32 processos

Uma extensa ficha corrida

 

[confiram aqui, com fatos e provas, também NÃO É Fake News,  que quem responde a 32 processos, é o Haddad.]

 

Preposto de Lula na disputa presidencial, Fernando Haddad responde a 32 processos, que vão do recebimento de dinheiro da Lava Jato a denúncias por improbidade administrativa e superfaturamento de obras. O candidato reproduz o modelo petista de malfeitos na gestão pública 

Fernando Haddad não foi escolhido pelo presidiário Lula para substituí-lo na corrida presidencial por acaso. Ele carrega o mesmo DNA dos malfeitos de seu padrinho político encarcerado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril. O candidato do PT à Presidência responde a 32 processos na Justiça, que o colocam como um dos campeões da ficha de ilícitos cometidos na vida pública. Na extensa folha corrida, Haddad, já réu em dois processos, é acusado de receber dinheiro de caixa dois de empreiteira condenada na Operação Lava Jato, denunciado por crimes de Improbidade administrativa, suspeito de superfaturamento de obras e serviços, acusado pelo desvio de recursos e até da aplicação ilegal de dinheiro público. 


Não bastasse seu envolvimento direto em inúmeras irregularidades, o presidenciável petista se cercou na campanha rumo ao Palácio do Planalto, a mando de Lula, de assessores e coordenadores igualmente processados por crimes no Petrolão, dando indicativos concretos de que o partido reativará – num eventual futuro governo – a máquina de corrupção azeitada durante os 13 anos de PT no poder. Pior. Além do risco de retrocesso ético, a eleição de um novo poste de Lula para o cargo de presidente resgatará a ameaça da ineficiência e da incompetência administrativa que marcou a gestão de Haddad tanto à frente da Prefeitura de São Paulo, como do Ministério da Educação.

Dinheiro de caixa dois
Formado em Direito pela tradicional Faculdade do Largo do São Francisco, Haddad sempre alardeou pautar sua vida pública pelo caminho da retidão. A narrativa, como quase tudo no PT, não pára em pé. Basta jogar uma lupa sobre sua vida pregressa para se perceber que o presidenciável petista é lobo com cútis de cordeiro –ou seja, encontra-se tão encrencado quanto seus padrinhos políticos petistas. A Kurier Analytics, uma empresa de gestão de informações jurídicas, foi quem levantou, a pedido de ISTOÉ, a ficha corrida de Haddad na Justiça e catalogou a existência de 31 processos contra o ex-prefeito, apurando o número da ação, a vara em que está ajuizada a causa e os motivos dos procedimentos. A reportagem acessou um por um dos processos. Na relação, apenas não constava a 32ª ação contra o petista, por correr na Justiça Eleitoral. Versa sobre o recebimento de caixa dois na campanha a prefeito em 2012 e cuja denúncia, formulada pelo promotor Luiz Henrique Dal Poz, foi aceita pelo juiz Francisco Shintate.

Haddad parece mesmo não gostar de jogar às claras com a Justiça Eleitoral. Em declaração de bens obrigatória ao TSE, o presidenciável atesta que o apartamento em que reside em São Paulo vale a pechincha de R$ 90 mil. No Cartório de Registro de Imóveis, porém, consta que ele declarou ter pago R$ 120 mil pelo imóvel em 1998 e realizado um investimento de mais R$ 20 mil na compra de uma garagem, esta não declarada pelo presidenciável. O valor venal do apartamento é de R$ 997,9 mil – mais de 10 vezes a quantia orçada pelo candidato petista ao TSE.

Entre as dezenas de processos aos quais Haddad responde na Justiça, a maioria é composta por pelo menos 15 ações populares e nove por improbidade administrativa. Em uma delas, Haddad é acusado de superfaturar a ciclovia que liga o Ceagesp ao Ibirapuera, ao custo de R$ 54,7 milhões. Cada quilômetro custou para a Prefeitura R$ 4,4 milhões, bem acima do preço pago numa ciclovia na mesma região durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, — R$ 617 mil por quilômetro. Nesse caso, o juiz Kenichi Koyama, da 11ª Vara da Fazenda Pública, já aceitou a denúncia e Haddad virou réu. Ele é acusado também de superfaturar a compra de salsicha para a merenda escolar. O Ministério Público Estadual o acusa ainda de desviar R$ 129,2 milhões de verbas destinadas ao Teatro Municipal. Nesse processo, estão envolvidos ex-assessores diretos de Haddad.

Não bastassem os processos, o candidato do PT ao Planalto acumula uma grande rejeição entre o eleitorado – acima de 40% segundo as últimas pesquisas de intenção de voto. A reprovação segue em curva ascendente. A aversão ao seu nome por parte do eleitor não constitui propriamente uma novidade. Haddad experimentou o infortúnio em 2016, quando acabou perdendo para João Doria (PSDB) no primeiro turno. Atualmente candidato ao governo do Estado, Doria desenvolve uma explicação para o baixo desempenho do ex-prefeito. Guarda relação com a fama de laborfóbico do candidato do PT à Presidência. “Ele não gostava de trabalhar. Chegava à Prefeitura às 10h e ia embora às 18h. Nos finais de semana não aparecia”, disse o tucano. Num rápido balanço de sua gestão, percebe-se que o petista deixou de cumprir grande parte das promessas feitas ao assumir o cargo. Prometeu construir 243 creches e só entregou 38. Prometeu erguer três novos hospitais, mas nenhum deles abriu as portas. Disse que iria construir 55 mil casas populares e só levantou 10 mil. O déficit de professores aumentou de 1.800 para 4.700 ao final de seu mandato. Um desastre.

Fraudes no Enem
A passagem de Haddad pelo comando do Ministério da Educação também foi marcada por intempéries. Desde a polêmica criação do chamadokit gay” às fraudes na aplicação do Enem, que provocou um prejuízo de R$ 30 milhões aos cofres públicos. Logo no início de sua gestão, o petista virou alvo das primeiras reprimendas dos órgãos fiscalizadores. Uma ação da Controladoria Geral da União (CGU) detectou uma verdadeira “farra das passagens” no ministério. Conforme o relatório da CGU, em 2005 foram desembolsados R$ 3,3 milhões, um valor R$ 932 mil acima do teto estabelecido. “O gestor (Haddad) não adotou as providências necessárias para limitar os gastos com diárias e passagens, desconsiderando a Portaria da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento – SPO”, descreve a CGU. Ainda segundo a auditoria a qual ISTOÉ teve acesso, a Controladoria fez uma análise minuciosa de gastos de 16 servidores, entre os quais Fernando Haddad, relacionada ao exercício financeiro de 2005 do MEC. O que a CGU descobriu é que o compromisso com a coisa pública não é uma máxima no petista. Para camuflar o péssimo desempenho no ministério, Haddad investia pesado em propaganda. Os gastos saltaram de R$ 9,5 milhões, em 2005, para R$ 30,1 milhões, em 2012.

Mesmo com uma gestão atabalhoada à frente do MEC, Haddad se manteve no cargo por sete anos, dois dos quais já no governo Dilma, que chegou a pensar em substituí-lo por Marta Suplicy. Mas Haddad era intocável. O petista só deixou o ministério em 2012, convencido por Lula a disputar a Prefeitura de São Paulo. Para catapultar Haddad novamente, desta vez ao posto de mandatário do País, Lula fez as vezes de tutor e coordenador informal da campanha. Conforme antecipou ISTOÉ na última edição, Lula montou um verdadeiro QG na cadeia, de onde articulou a cooptação de caciques do Nordeste e determinou até repasses de dinheiro, em troca do apoio de lideranças regionais a Haddad. Para torná-lo mais palatável ao núcleo duro petista, Lula o orientou a se inscrever na corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB). Depois, destacou petistas de sua confiança para o assessorarem – todos investigados ou processados pela Justiça.

O tesoureiro da campanha petista é Francisco Macena, vereador do PT e que responde ao lado de Haddad pela acusação de recebimento de R$ 2,6 milhões da UTC para o pagamento de dívidas da campanha à prefeitura paulista em 2012. A ex-presidente Dilma Rousseff, uma das acusadas pelo STF como integrante do “quadrilhão do PT, coordena a campanha em Minas Gerais, onde é candidata ao Senado. A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do partido, também investigada na Lava Jato, é quem toca a campanha no Paraná. Outro que exerce papel de destaque é ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que responde a duas ações de improbidade por prejuízos à estatal. Completam o time o presidente do Instituto Lula e o mais fiel escudeiro de Lula, Paulo Okamoto, Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula investigado na Operação Zelotes, o ex-presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e Lindberg Farias, candidato do PT ao Senado pelo Rio – velhos conhecidos das páginas político-policiais que regressarão ao poder, se Haddad eleito for.

Saiba mais, em IstoÉ
 

O triângulo da propina que envolve Haddad

O candidato do PT poderia ter renegociado a dívida de São Paulo com Dilma Rousseff, mas, segundo o Ministério Público, ele preferiu participar de uma negociata envolvendo Eduardo Cunha e Leo Pinheiro, da OAS

O ano era 2013. O município de São Paulo, na época comandado pelo hoje candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, tinha uma dívida junto ao governo federal de R$ 53,2 bilhões – 13% de sua receita líquida ia para pagar dívidas com a União, que, na época, era também comandada pelo PT, da então presidente Dilma Rousseff. A solução óbvia era renegociar a dívida com seu principal credor, o governo federal. 


Entretanto, o caminho utilizado por Fernando Haddad foi uma parceria com o então deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ), hoje detido em Curitiba, e o empreiteiro Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, também preso. É o que indicam investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) obtidas pela reportagem de ISTOÉ. Para o MPF, a triangulação revelaria a confluência de interesses entre o então prefeito petista, o então deputado corrupto e o empreiteiro corruPTor, sempre girando em torno do pagamento de propinas.

Àquela altura, Haddad estava pressionado com os diversos protestos populares fruto dos aumentos nas passagens de ônibus. Precisando de uma solução que lhe garantisse mais recursos, o petista atuou ao lado de Cunha para a aprovação da matéria. Ao mesmo tempo, de acordo com a investigação, integrantes do seu governo tiveram encontros com membros da OAS durante a tramitação do Projeto de Lei. Emails em poder da PF, demonstram constante troca de mensagens entre Cunha, Leo Pinheiro e Haddad sobre o andamento do projeto. O Ministério Público Federal acredita que Cunha recebeu propina da OAS para favorecer Haddad.


As informações que ligam Haddad, Pinheiro e Cunha constam do inquérito da Operação Manus, que investigou superfaturamento na construção do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN), caso que levou à prisão o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Além do caso específico do estádio potiguar, o inquérito concentrou outros indícios da relação de Cunha com a OAS. As peças juntadas no inquérito ligam os interesses dos três envolvidos na triangulação. Em 2012, durante a campanha eleitoral, Haddad recebeu doações da ordem de R$ 850 mil da empresa de Léo Pinheiro. À época, a OAS mantinha seis contratos com a prefeitura paulistana, e as dificuldades de recursos da administração municipal, na avaliação do MP, certamente refletiriam na possibilidade de tais contratos serem honrados. Somados, os contratos tinham valor global de R$ 1,4 bilhão. No relatório da Operação Manus, o MPF é explícito: Cunha “atuou em favor dos interesses da OAS relacionados à rolagem da dívida pública do Município de São Paulo, na gestão do prefeito Haddad”. Pela denúncia, Cunha trocou mensagens entre junho e outubro de 2013 com “Léo Pinheiro” justamente falando sobre essa matéria.

“Cunha atuou em favor dos interesses da OAS relacionados à
rolagem da dívida de São Paulo na gestão de Haddad”, diz PF






O governo federal apresentou o Projeto de Lei Complementar 238/2013, que teve como relator o então líder do MDB na Câmara, Eduardo Cunha, no início de 2013. A matéria tratava basicamente da rolagem da dívida da prefeitura de São Paulo e de outras aproximadamente 200 cidades brasileiras. O PLC também mudava os critérios de indexação dos contratos de refinanciamento das dívidas de estados e municípios com a União. Um detalhe que chamou a atenção nas investigações do MPF sobre o tema é que, nas trocas de mensagens deste período, existem indícios de que o ex-secretário municipal de Negócios Jurídicos Luis Fernando Massonetto alertou que um dos entraves para a não aprovação da matéria seria justamente Cunha. “Donato falou que o Sec. De Assuntos Juridicos tinha ligado no Juridico da Casa Cívil (o Manssoneto foi o Juridico de Haddad no Ministério da Educação). Disseram que o Problema era EC (Eduardo Cunha)”, descreve uma das mensagens no celular de Leo Pinheiro. Segundo consta em pesquisa da agenda da Secretaria de Justiça da Prefeitura de São Paulo, Massonetto teve uma reunião com membros da OAS, em 28 de maio de 2013. Justamente antes dessa mensagem disparada por Leo Pinheiro.

Outro trecho da investigação indica que Cunha, além de Leo Pinheiro, também trocava informações com Haddad sobre o projeto. “O próprio Eduardo Cunha conversou com Fernando Haddad antes das alterações”, diz o inquérito. Ou seja, para a PF, Haddad tinha exata noção do que estava sendo discutido na Câmara. Em outra operação, a Catilinárias, os investigadores apreenderam um computador em posse de Cunha no qual havia um e-mail encaminhado para o endereço: claudia.510mederiso@gmail.com com a seguinte mensagem: “depois de conversar com Hadda(d) fiz essas alterações, passe a ele, abs”. No arquivo anexo ao e-mail, havia a minuta do substitutivo apresentado por Eduardo Cunha à Câmara, que depois veio a ser aprovado. Segundo relatório da PF, um detalhe que corrobora a tese é uma outra troca de mensagens entre Leo Pinheiro e Cunha no qual o executivo da OAS questiona: “Ainda hoje te mando o texto que combinamos. A minuta do Fernando vc me manda”. Cunha, então pergunta. “Qual Fernando”. A resposta é precisa: “Haddad”.

O interesse extremo e a participação de Haddad no processo levanta dúvidas da PF e MPF. O problema, no caso, parece ser o caminho que cruza Haddad, Léo Pinheiro e Eduardo Cunha. Ainda mais diante da informação do MPF de que Cunha, ao lado de Henrique Eduardo Alves, teriam recebido pelo menos R$ 4,6 milhões por meio de doações eleitorais como propina pela sua atuação no Congresso, na qual se inclui a aprovação do PLC 238/2013. E de que a OAS recebeu R$ 173 milhões da Prefeitura de São Paulo na gestão Haddad. Destes, R$ 89 milhões em 2014, ano subsequente à aprovação do PLC. Como dizia Tom Jobim: o Brasil não é para amadores.

Leo Pinheiro pagou propina a Eduardo Cunha para agilizar
renegociação da dívida de São Paulo que favorecia Haddad

IstoÉ

 

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Datafolha ou XP/Ipespe - só Ibope para decidir, apesar que a melhor pesquisa será a do próximo dia 28, a da urna

XP/Ipespe: Bolsonaro lidera com 58%, Haddad tem 42%

Pesquisa XP/Ipespe divulgada na manhã desta sexta-feira (26) confirma a liderança do candidato Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial. Bolsonaro mantém 58% dos votos válidos, mesmo valor obtido na pesquisa da semana passada. Fernando Haddad (PT) tem 42%. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Os números são idênticos aos da pesquisa divulgada na semana passada, o que confirma o favoritismo de Bolsonaro para o segundo turno. Haddad precisaria converter mais de 8,5 milhões de eleitores em apenas dois dias e sem horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

Considerando o quadro geral em votos totais, a pesquisa mostra Bolsonaro com apoio de 51% dos eleitores, ao passo que Haddad conta com 37%. Votos em branco, nulos e eleitores indecisos somam 12%. A atual diferença é apenas 1 ponto percentual menor do que a maior já registrada no levantamento, há duas semanas.  A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone, entre os dias 23 e 24 de outubro, e ouviu 2.000 entrevistados de todas as regiões do país.

IstoÉ


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Erro de Haddad abala tática petista de culpar 'fake news' por desvantagem

Candidato do PT à Presidência repetiu na sabatina do GLOBO afirmação equivocada do músico Geraldo Azevedo, que acusou Mourão de tortura [na época da suposta tortura Mourão tinha apenas 16 anos.

Haddad é burro - os muares que nos perdoem por comparar Haddad a eles - e sem noção ao repetir na sabatina do GLOBO afirmação equivocada do músico Geraldo Azevedo, que acusou Mourão de tortura; 

ao repetir a mentira do músico, o petista põe por terra a estratégia petista de culpar 'fake news' pela desvantagem.]

Ao repetir na sabatina, sem checar, o que se provou ser falso, Haddad cometeu um erro que abala sua principal estratégia na reta final. Nos últimos dias, nos estertores de sua agonia, o PT = perda total = vinha atribuindo sua desvantagem em relação a Bolsonaro a supostas fake news.

Agora toda vez que Haddad  reclamar do massacre de notícias falsas, o PSL já tem pronta a resposta:  quem espalha FAKE NEWS são os petistas, tanto que arranjam um torturado que acusa o general Mourão de ser seu torturador e está provado que na época da suposta tortura Mourão tinha apenas 16 anos. 


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Oposição antecipada

“Hoje, com a volta dos parlamentares a Brasília, o Congresso deve fervilhar em razão do resultado das eleições proporcionais. Será um grande encontro de derrotados”

Derrotados nas urnas, os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) derivam para a oposição antecipada aos dois candidatos que vão disputar o segundo turno das eleições, Jair Bolsonaro (PSL), que obteve 46,3% dos votos, e Fernando Haddad (PT), com 29,8% dos votos. Como outras lideranças do chamado “centro democrático”, entre as quais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não pretendem apoiar nenhum dos dois candidatos, com o argumento de que ambos não têm claros compromissos democráticos, nem apoiar o governo a ser formado por eles, seja quem quer que ganhe. É uma espécie de “oposição, já!”.

A mesma posição está sendo discutida no PPS, partido que sofreu duas derrotas importantes: o senador Cristovam Buarque (DF) não conseguiu se reeleger; Roberto Freire (SP), presidente da legenda, também foi surpreendido pelo tsunami eleitoral que afastou do Congresso muitas lideranças políticas de prestígio. “Posso lhe adiantar que, pelo Brasil democrático, defendo que o PPS não apoie nenhum dos dois contendores nesse segundo turno. E se posicione desde logo como oposição responsável respeitando a Constituição de 88 e lutando pelas reformas, seja qual for o presidente eleito”, anunciou Freire no Twitter.

Bolsonaro, líder da disputa, ontem anunciou que não fará concessões para vencer as eleições. Em entrevista à rádio Jovem Pan, disse que não pode “virar o Jairzinho paz e amor” e se “violentar”, mas falou em pacificar o país e insistiu na plataforma política focada no binômio: mais segurança, menos corrupção. Em entrevista à TV Globo, negou a intenção de modificar a Constituição, proposta do general Hamilton Mourão, seu vice: “Sou capitão, mas quem manda sou eu, serei o presidente”. Bolsonaro se beneficia da onda gerada a seu favor no primeiro turno, que provocou grandes viradas em alguns estados importantes, nos quais seus candidatos obtiveram grande votações em eleições majoritárias e proporcionais.

O candidato do PT, Fernando Haddad, ontem esteve mais uma vez em Curitiba, para conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como fez em todas as semanas de campanha. Também em entrevista à TV Globo, anunciou que havia reformulado seu programa e que não mais pretende convocar uma Constituinte. Disse que fará emendas constitucionais via Congresso para fazer a reforma tributária e acabar com o teto de gastos. Adiantou que está procurando entendimentos com o PDT, de Ciro Gomes, e com o PSB, o grande aliado nos estados do Nordeste, onde Haddad venceu as eleições. Nos bastidores da campanha, a grande mudança foi a entrada do senador eleito Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, no estado-maior petista, para cuidar dos entendimentos políticos. O governador baiano Rui Costa, reeleito com grande votação, anunciou que pretende ampliar ao máximo as alianças de Haddad para o segundo turno.

Bancadas
Hoje, com a volta dos parlamentares a Brasília, o Congresso deve fervilhar em razão do resultado das eleições proporcionais. Será um grande encontro de derrotados. Na Câmara, não se reelegeram 240 dos 513 deputados. A bancada do PT terá 56 deputados e a do PSL, de Jair Bolsonaro, 52 (tinha apenas 8), seguidos pelo PP, 37; MDB, 34; e PSD, 34. A fragmentação aumentou, com a representação de 30 partidos, mas 16 não ultrapassaram a cláusula de barreira.

No Senado, o strike foi ainda maior. A renovação atingiu 74% dos senadores, deixando de fora do parlamento o presidente da Casa, Eunício de Oliveira (CE); o presidente do MDB, Romero Jucá (RR), entre outros. Neste ano, a sigla que mais ganhou cadeiras no Senado ainda foi o MDB, com sete senadores eleitos. Rede e PP têm cinco senadores cada; DEM, PSD, PT, PSDB e PSL, quatro. O PPS elegeu dois, o PTC, um. PMN, PSOL e PCdoB não reelegeram seus senadores.

Nas entrelinhas: Luiz Carlos Azedo - CB


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Corrupção de Lula cola em Haddad

Acertou quem previu que José Dias Toffoli, ao assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal no dia 13 de setembro, seria o “Toffoli do STF” e não um ex-militante do PT indicado para a mais alta Corte do Judiciário. Toffoli decidiu manter a proibição do Presodentro Lula de conceder entrevistas na prisão. O plenário do Supremo terá de decidir a questão, depois de pancadarias nos bastidores entre os ministros Ricardo Lewandowski e Luiz Fux – com as fofocas divulgando que o conflito sobrou até para Toffoli. Ainda não há previsão de quando os 11 supremos-deuses cuidarão do polêmico assunto.

Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula segue preso, de modo especial e privilegiado, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. De lá, coordena a campanha de Fernando Haddad – que diz para os eleitores incautos que é Lula. O poste Haddad esteve ontem no comitê de campanha do cárcere para receber novas instruções do chefão petralha.

A campanha já virou assunto secundário. Agora preocupação de Lula e o PT é a delação premiada de Antônio Palocci Filho – liberada, em parte, pelo juiz Sérgio Moro. A Petelândia desesperada reclama que isso não poderia acontecer na véspera do primeiro turno em que o “petefóbico” Jair Bolsonaro desponta como favorito. Afinal, a corrupção não cola nele. Porém, por causa de Lula, pode ser sinônimo de Haddad – que também reza para o companheiro José Dirceu parar de comprar briga com o Judiciário e o Ministério Público, mesmo que ele pareça ter razão...  

O também prisioneiro Palocci só aumenta a culpa e o dolo da petelância corrupta. Ele revelou à Polícia Federal aquilo que muitos bebês de colo sabiam. O ex-homem-forte da grana de campanha do PT confirmou que Lula sabia de toda a corrupção na Petrobrás. Só falta aguardar as provas objetivas que Palocci tem na manga contra o ex-Presidente e demais parceiros no crime de lesa-pátria contra a estatal de economia mista.

A semana maluca corre depressa. Jair Bolsonaro não deve comparecer ao último debate televisivo, quinta-feira, na Rede Globo. Bolsonaro seguirá falando sozinho na Internet, com uma campanha pobre de R$ 1,3 milhão. Já o Haddad tem 22 vezes mais para gastar: R$ 28,7 milhões. A equipe de Bolsonaro reserva R$ 300 mil para investir no programa de rádio e tevê do eventual segundo turno – se é que vai ocorrer... [no nosso entendimento a 'dúvida' sobre ocorrer segundo turno ou não, procede; 

apesar do grande apoio prestado no final de semana pela corja lulopetista (com manifestações absurdas, sem sentido, nas quais grande parte das mulheres se auto denominavam vadias e agiam como verdadeiras putas) que aumentou em muito as chances  de que Bolsonaro seja eleito já no primeiro turno.

Para evitar excesso de confiança, vamos considerar prudente o uso dos três pontinhos e assim deixar em aberto espaço para a realização de um improvável segundo turno.]

Blog Alerta Total - Jorge Serrão

 
 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

[Para alguma coisa Haddad, o poste-laranja de Lula tem que servir] = Haddad virou maior cabo eleitoral de Bolsonaro

Na nova pesquisa do Ibope, Haddad foi o único candidato que se mexeu fora da margem de erro. Cresceu três pontos, de 19% para 22% das intenções de voto. Consolidou-se na vice-liderança. Está mais próximo do líder Bolsonaro, que permaneceu estacionado na marca de 28%. A dinâmica da disputa transformou o poste [laranja] de Lula no maior cabo eleitoral do capitão.

Mantendo-se a curva ascendente de Haddad, eleitores que não desejam a volta do PT ao Planalto hoje abrigados sob os guarda-chuvas sem pano de Alckmin (8%), Amoêdo (3%), Dias (2%) e Meirelles (2%)— podem ser contaminados pela febre dos eleitores picados pelo mosquito do voto útil. Isso os levaria a reforçar as fileiras de Bolsonaro. Imaginam que votando nele, evitam o retorno do petismo, que consideram um mal maior.

Não seria absurdo se, na outra ponta, pedaços do eleitorado de Ciro (11%) e de Marina (5%) caíssem no colo de Haddad. Seriam picados pelo mesmo tipo de mosquito. Com a diferença de que dariam utilidade ao voto entregando-o ao substituto de Lula. Não morrem de amor por Haddad, mas têm ojeriza por Bolsonaro.

No momento, metade do eleitorado está fora da polarização hospital versus cadeia. As próximas pesquisas sinalizarão o tamanho da disposição dessa massa de votos para migrar em direção aos polos. Ironicamente, ocupam os extremos da polarização os dois candidatos mais rejeitados da temporada: 44% dos eleitores afirmam que jamais votariam em Bolsonaro; .30% declaram que não optariam por Haddad de jeito nenhum. O próximo presidente será eleito pela exclusão, não pela preferência.

Blog do Josias de Souza

"... 

 Numa contramão trafega o passado pré-1964, comandado por uma gente que fica com raiva quando é contrariada. Noutra contramão desliza o presente pós-2003, dirigido por pessoas que não ficam com raiva, ficam com tudo da prataria do palácio aos contratos da Petrobras. 

..."

MATÉRIA COMPLETA: Sucessão tem duas contramãos, sem terceira via

 

sábado, 22 de setembro de 2018

Um país na margem de erro

"Brasileiro confia tanto em pesquisa que nem dá para entender por que ainda tem eleição. Votar pra quê? Chega de intermediários."

Há mais de ano o Brasil sabe que Lula está no segundo turno. Como ele sabe? As pesquisas disseram. E não disseram uma vez, nem duas. Gritaram, reiteraram, vaticinaram sempre que o noticiário policial dava uma trégua ao ex-presidente. O segundo turno de Lula hoje é o do carcereiro que toma conta dele à noite, mas não tem problema. Ele envia um representante, com procuração e tudo, para tomar conta do que é dele. O triplex do Guarujá, o sítio de Atibaia, a cobertura de São Bernardo e a fortuna incomensurável para pagar advogados milionários por anos a fio não são de Lula. O que é dele, e ninguém tasca, é o lugar cativo no pódio dos institutos de pesquisa.

A estratégia de trazer o comandante do maior assalto da história para o centro da eleição que deveria ser o seu funeral político não é um incidente. Como já escrito – mas não custa repetir ao eleitorado distraído é uma estratégia. E uma estratégia tosca.  O Brasil viu – mas para variar não enxergou – a construção dessa lenda surrealista: Lula, o PT e sua quadrilha representam, na sucessão de 2018, “a salvação progressista contra o autoritarismo”. Contando ninguém acredita.

Uma imensa maioria de formadores de opinião e personagens influentes da elite branca (aquela mesma do refrão petista) vive de lamber esse herói bandido, fingindo defender o povo – esse mesmo povo roubado até as calças pelo meliante idolatrado por eles. Ou melhor: idolatrado de mentira, porque a única idolatria dessa elite afetada e gulosa é por grana, poder e aquele verniz revolucionário que rende até umas almas carentes em mesa de bar.  Então, aí está: a estratégia funcionou e os cafetões da ética imaginária conseguiram – milagre – chegar às portas da eleição defendendo sem um pingo de inibição o PT, exatamente o maior estuprador da ética que a história já conheceu.

Pode ser doloroso, mas é preciso constatar: a possível presença do PT no segundo turno será a canalhice brasileira saindo do armário. Sem meios tons.  Se o Brasil estivesse levando uma vida saudável, estaria agora dando continuidade à exumação da Era PT e tomando as devidas providências para jamais errar de novo tão gravemente. Mas a margem de erro por aqui é um latifúndio – o país mora no erro, e eventualmente passa férias fora dele, como um marginal.  Tradução: o insistente culto ao fantasma petista fermentou as assombrações antipetistas – e o Brasil deixou de se olhar no espelho para ficar perseguindo morto-vivo com crucifixo na mão.

Fora desse fetiche mórbido, dessa tara masturbatória pelo falso dilema esquerda x direita, a reconstrução do Brasil parou. A saída quase heroica da recessão, com redução dos juros e da inflação, reforma trabalhista e recuperação da Petrobras – nada disso existe no planeta eleitoral de 2018.  Quem vai tocar isso adiante? Quem vai segurar o leme da economia com a perícia de Ilan Goldfajn, o presidente do Banco Central que nos salvou do populismo monetário de Dilma e seus aloprados?

A resposta contém o disparate: um desses aloprados (que tinha o leme nas mãos na hora do naufrágio), o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa foi expulso da campanha de Haddad, o gato (ligação clandestina no poste) – banido por outro náufrago ainda mais aloprado que ele, o economista Marcio Pochmann. Ou seja: a possível reencarnação petista no Planalto está nas mãos dessa militância pré-histórica que se fantasia de autoridade acadêmica para perpetrar panfletos que fariam Nicolás Maduro dizer “menos, companheiro”. Adivinhe se esse tema aparece na campanha presidencial?

Adivinhou, seu danado. O Brasil está lá, boiando na margem de erro, lendo pesquisa e brincando de jogar pôquer com o 7 de outubro. Nem sabe quem é o economista do Haddad. Ou melhor: nem sabe quem é o Haddadporque aquele ministro da Educação tricampeão de fraudes no Enem, que não sabia nem aplicar uma prova e mandava escrever “nós pega o peixe”, sumiu de cena. Não existe mais também o prefeito escorraçado ainda no primeiro turno por inépcia.

Esse Haddad aí é outro:
é o super-homem das pesquisas, que voa por cima de todo mundo com a criptonita do Lula e faz a imprensa companheira lutar por uma foto dele com a camisa aberta e a grife do presidiário explodindo no peitoral. Vai nessa, Brasil. As pesquisas colecionam erros clamorosos em todas as eleições, mas dessa vez talvez até acertem, porque num país exilado na margem de erro qualquer chute é gol – mesmo no campeonato dos detentos."


Gazeta do Povo - Guilherme Fiuza


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Haddad é chamado de ‘porta-voz da tragédia’, em seu 1º debate,

TV Aparecida - Petista foi alvo de ataques em encontro com presidenciáveis

Em 1º debate, Haddad é chamado de ‘porta-voz da tragédia’

Candidato do PT foi alvo de adversários na sua primeira participação em encontro com presidenciáveis, na noite desta quinta-feira (20)

O candidato Fernando Haddad e seu partido, o PT, foram os alvos especialmente castigados pelos outros seis candidatos presentes no debate da noite desta quinta-feira (20), transmitido pela TV Aparecida e suas associadas. Foi o primeiro evento deste tipo que o petista participou como candidato à Presidência. Mesmo quando tentou atacar um rival, saiu-se chamuscado com os comentários sobre os anos de governo de seu partido.

O candidato do PT foi chamado de “porta voz da tragédia”, “desvirtuador de palavras” e de “candidato lançado em porta de penitenciária”, além de “mentiroso”, durante os confrontos entre com seus adversários. As regras do debate previram dois blocos com perguntas entre os presidenciáveis — ambos sorteados pela moderadora, a jornalista Joyce Ribeiro.

Os governos petistas, por sua vez, foram alvos de críticas pelos escândalos de corrupção e pelas políticas econômicas adotadas na gestão de Dilma Rousseff. A maior agressividade dos candidatos que competem com Haddad por uma vaga no segundo turno era esperada neste momento em que o petista escalou nas pesquisas mais recentes de opinião. O Datafolha, divulgado na quarta-feira (19), o apontou com 16% das intenções de voto.

Haddad nem sempre se manteve nas cordas. Foi para o ataque contra Henrique Meirelles  que acusou Dilma de ter gerado a atual crise econômica e lançado ao desemprego 14 milhões de brasileiros — dizendo ter o candidato do MDB havia “recuperado a confiança dos banqueiros da Faria Lima, mas não do povo”. “Ingratidão é um dos maiores pecados”, afirmou Haddad a Meirelles, ao mencionar que o emedebista foi presidente do Banco Central por oito anos durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O petista procurou problemas ao perguntar a Alvaro Dias (Podemos) sobre sua proposta para o “fortalecimento da família”. “Você vem para essa campanha como o porta-voz da tragédia”, respondeu o ex-governador do Paraná.

Dias culpou os governos do PT pelo aumento das desigualdades sociais e por ter lançado 62 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza, depois de ter retirado vários milhões dessa condição. “Vocês são especializados em distribuir a pobreza para todos”, afirmou o candidato do Podemos. “O PT é a crença na ignorância. A realidade mostra que criou um sistema corrupto e incompetente. Esse é o legado do PT. Seu discurso é o da ficção e da mentira”, completou.

Haddad rebateu citando os programas sociais criados pelos governos petistas e alegando ter cada um deles fortalecido a família. “Você fica no Senado, em seu gabinete, e não vê”, rebateu. Em sua crítica à Reforma Trabalhista e à lei do teto de gastos públicos, Haddad tentou responsabilizar o PSDB e atrelar o partido ao governo de Michel Temer. A discussão acabou em um bate-boca moderado, com acusações de lado a lado. Haddad valeu-se novamente do recente mea-culpa feito pelo senador tucano Tasso Jereissati (PE), que afirmou ter sido um grande erro de sua sigla aliar-se ao governo de Temer.  “Temer era vice da Dilma, mas quem o colocou lá foi o PSDB. Você devia ler a entrevista do Tasso”, atacou Haddad. “Haddad desvirtua as palavras do Tasso Jereissati. Em vez de fazer autocrítica, o PT lança candidato em porta de penitenciária”, revidou o tucano Geraldo Alckmin. “Quem escolheu o Temer foi o PT. Aliás, reincidente. Duas vezes”, insistiu o ex-governador de São Paulo.

O debate foi marcado pelo tempo de perguntas e de respostas estritamente cumprido pela moderadora. O microfone foi cortado inúmeras vezes, deixando candidatos ainda no ensaio de suas declarações. Ninguém ousou rebater as regras.

Aborto e patentes
O único candidato abordado sobre a questão da legalização do aborto foi Henrique Meirelles, questionado pelo bispo de Osasco (SP), dom João Bosco Barbosa. O candidato do MDB indicou não haver necessidade de mudança na atual legislação. Ciente de estar no principal santuário católico do Brasil — os estúdios da TV Aparecida, que transmitiu o debate, ficam na cidade homônima, no Vale do Paraíba, em São Paulo —, o emedebista afirmou ser “favorável à vida” mas também “a favor dos direitos da mulher, em situação que se justifique que elas tomem essa decisão difícil e dramática”.
Meirelles sublinhou que essa tem de ser uma decisão da sociedade e que, ao debate-la, não se deve radicalizar. Defendeu ainda que a Igreja Católica mantenha aulas de religião em suas escolas, “dentro dos princípios de liberdade de opinião”.

Marina Silva (Rede) aproveitou uma pergunta sobre a ausência de remédios caros à disposição dos pacientes do SUS, dirigida a Ciro Gomes (PDT), para levantar uma bandeira em favor da quebra de patentes de medicamentos contra a hepatite C e de outros produtos da indústria farmacêutica. “Neste momento, três pessoas vão morrer de hepatite C. Há 12.000 pessoas necessitando desse medicamento e 700.000 afetados pela doença”, justificou. O pedetista não rivalizou com a ex-senadora. “Estamos absolutamente afinados”, respondeu.

Amenidade efêmera
A única menção amena a Fernando Haddad veio de Ciro, que o chamou de “caro amigo”, para em seguida “dar uma pinicadinha” no petista. Mas a amenidade durou poucos segundos. Depois de ouvir a proposta de Haddad de criar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e de tributar dividendos e grandes heranças, o ex-governador do Ceará voltou para o ataque.
“Por que nosso povo deve acreditar nessa proposta se o seu partido esteve no poder por 14 anos e não a realizou?”, disparou o pedetista.

Nesse embate, Haddad defendeu-se dizendo que Luiz Inácio Lula da Silva fez, como presidente, uma “reforma tributária às avessas”. Em vez de mexer na tributação, argumentou, atuou pelo lado da despesa, implantando programas sociais. Ciro Gomes não teve direito a tréplica.

Veja OnLine
 

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A eleição que virou um duelo




A eleição que virou um duelo entre bolsonarismo e lulismo


A nova pesquisa do Ibope mostra que a corrida presidencial mudou de cara. Há uma semana, cinco candidatos ainda pareciam ter chance de vitória. Agora a disputa se afunila para um plebiscito entre o bolsonarismo e o lulismo.  Jair Bolsonaro se consolidou na liderança. Ele oscilou positivamente e chegou a 28% das intenções de voto. Fernando Haddad deu um salto expressivo e aparece com 19%. O petista abriu oito pontos de vantagem para Ciro Gomes, que estacionou em 11%.

Os números apontam para um duelo final entre Bolsonaro e Haddad. No entanto, as campanhas passaram a trabalhar com outra hipótese. Com a polarização, o eleitor pode antecipar a decisão para o primeiro turno. “Acho dificílimo, improvável, mas não impossível”, diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. “Vai depender do voto útil. Do jeito que a população está chateada, pode haver um movimento para decidir logo”.

Considerando apenas os votos válidos, Bolsonaro tem 36% e Haddad tem 24%. Os dois estão em alta e tendem a crescer mais na reta final. Se ficar claro que um deles será presidente, eleitores de outros candidatos devem engordá-los com o voto útil. A taxa de abstenção e a soma de brancos e nulos terão peso decisivo.  Bolsonaro fará o possível para atrair quem topa tudo para evitar a volta do PT. O capitão tentará recrutar eleitores de Geraldo Alckmin e dos nanicos Alvaro Dias, Henrique Meirelles e João Amoêdo. O desafio de Haddad é buscar quem se desiludiu com o PT, mas não deseja entregar o país a um militar que já pregou o fechamento do Congresso e o fuzilamento de adversários. Ele já começou a ensaiar uma guinada ao centro. Agora deve se apresentar como a única “opção contra a barbárie”.

Ciro ficou espremido em sua tentativa de terceira via. Agora precisa rezar por um tropeço dos líderes. Salvo uma reviravolta, Alckmin e Marina Silva parecem fora do jogo. A campanha do tucano tende a se transformar numa crônica diária de traições, com o centrão se dividindo entre Bolsonaro e Haddad. A da ex-senadora caminha para um fim melancólico. Em 14 dias, ela perdeu metade dos votos. Quase todos para o escolhido de Lula.