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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Moraes adia pela terceira vez inquéritos sobre as milícias digitais

Investigação apura existência de grupos especializados em disseminar notícias falsas e atacar a democracia 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou por mais 90 dias o inquérito que apura a existência de milícias digitais. Relator da ação, o magistrado deu prazo extra alegando a necessidade de apurar mais elementos que possam contribuir com as investigações. "Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (6 de julho de 2022), o presente inquérito", diz o despacho do ministro, publicado nesta terça-feira (12/7). [mais elementos = as essenciais provas da prática dos delitos e autoria, bem como, tipificação como crime das 'fake news".]

Esta é a terceira vez neste ano que o inquérito é prorrogado por Moraes. O inquérito sobre a milícia digital foi aberto em 2021, após o procurador-geral da República, Augusto Aras, pedir o arquivamento de outra investigação que envolvia aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, Alexandre de Moraes atendeu ao pedido de Aras, mas decidiu abrir um novo inquérito para investigar a atuação de milícias digitais.

Como a investigação envolve a suposta atuação de organização criminosa, também estão em análise dados relacionados a outras investigações que atingem o presidente Jair Bolsonaro, como a live com informações falsas sobre as urnas eletrônicas e o caso do vazamento de dados sigilosos da PF.

Apoiadores do presidente Bolsonaro são alvo das investigações, como o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e o blogueiro Allan dos Santos. Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal passou a investigar a relação entre o chefe do Executivo e as milícias digitais.

Em maio, o ministro Alexandre de Moraes decidiu unir dois inquéritos envolvendo Bolsonaro: milícias digitais e a apuração sobre os ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Desde que foi eleito, o presidente afirma que as eleições de 2018 foram fraudadas e que a chapa teria ganhado em primeiro turno contra Fernando Haddad (PT).

Gabinete do ódio
A Polícia Federal entregou ao STF em fevereiro um relatório constatando a existência de uma milícia digital, que tem como objetivo o ataque às instituições e à democracia.  Segundo a corporação, esse grupo teria usado a estrutura do “gabinete do ódio” e seria formado por aliados do presidente Jair Bolsonaro. A suspeita é que eles estariam usando as dependências do Palácio do Planalto para promover os ataques. No documento, consta que a estratégia do grupo tem sido explorar os limites entre crimes contra a honra e a liberdade de expressão. O objetivo é criar uma falsa ideia de que a Constituição permite a publicação de qualquer conteúdo sem que o autor seja responsabilizado. 

Política -  Correio Braziliense

 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Preparemos nossos olhos e ouvidos para notícias falsas

Preparemos nossos olhos e ouvidos para notícias falsas, sofismas, boatos, fofocas, factoides, suposições, insinuações, invenções

Preparem-se: o ano eleitoral de 2022 vai ser cheio de emoções. Já vivemos três anos de preliminares, mas foi só uma amostra. Agora é que vai ser a final. Desde a eleição do deputado do baixo clero, está no ar o espírito de vingança do lado que perdeu, não apenas a eleição, mas o longo desfrute do Estado. As tentativas de tapetão, até agora, foram vãs. Chegou a haver uma CPI claramente eleitoreira, que virou ópera bufa e seu relatório não pôde ser levado a sério. O esforço militante para promovê-la acabou fazendo minguar audiência e leitores.
 
Nesta reta final, estão no jogo dois candidatos à reeleição. Um já foi presidente, e o outro é. Os dois, portanto, têm o que mostrar sobre o que fizeram. Nestes meses que faltam, o desespero vai aumentar. Mas já levou a enganos. A oposição tem posto o atual presidente como centro e eixo de todas as questões. 
Nem mesmo os que desejam derrotá-lo acreditam nas pesquisas, porque, se acreditassem, estariam com a cabeça fria quanto ao resultado de outubro. Aí, na ausência das costumeiras notícias de corrupção no governo, o modelo do calçado do presidente virou parte da cobertura internacional no Kremlin.

O ano eleitoral recém começou, e ministros da Suprema Corte, juízes do Tribunal Superior Eleitoral já abandonaram a discrição de magistrados e desceram para a campanha eleitoral para criticar um dos candidatos, deixando aflorar sua natureza de advogados. Como se sabe, a vocação do advogado é trabalhar a favor de alguém e contra alguém ou algo. Advogado é sempre parcial, a favor de seu representado; já o juiz tem de ser sempre imparcial, ao lado da lei e da justiça

Fiquei pensando se não deveria ser alterada a composição do Supremo, para evitar que ministros da Corte, sendo advogados profissionais, se manifestassem como advogados. Que o tribunal fosse composto só por juízes de carreira, depois de passarem por todas as instâncias e, então, no Superior Tribunal de Justiça, ser escolhido o mais brilhante, indicado ao Senado como juiz supremo. Estudantes de direito certamente estranham, quando não se escandalizam, que juízes do Supremo emitam opiniões, suposições e pré-julgamentos, justo no ano em que terão de ser juízes e administradores de uma eleição. Isso também faz parte das emoções de 2022.

Enfim, preparemos nossos olhos e ouvidos para notícias falsas, sofismas, boatos, fofocas, factoides, suposições, insinuações, invenções escritas, faladas, desenhadas, filmadas, fotografadas, editadas e até carimbadas como checadas e desmentidas. Eleição sempre teve isso, mas era no mundo oral, impresso, de mão única; agora, no mundo digital, são infinitos níveis, direções e vias, na velocidade do instante. Preparemo-nos para não comprar a verdade já embrulhada. Aceitar sem desembrulhar é como um ato de fé, mas isso é para as questões espirituais, não para decidir o futuro dos nossos filhos, nossos empregos, nossos empreendimentos, nosso país. Desembrulhemos o que oferecem para nossos olhos e ouvidos, com o ceticismo da razão, sem a emoção ingênua. Desembrulhe, para não ser embrulhado.

Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Eleições do dia 15 são as mais importantes de todas para o país

 Alexandre Garcia

"O município é o mais importante ente federativo na vida dos brasileiros. Por isso, a eleição do dia 15 é a mais significativa no nosso sistema democrático"

Os resultados têm consequências também no Distrito Federal. Ainda há tempo para repensar decisões. Ainda há tempo para decidir a quem você, da vizinhança do DF, vai dar poder de chefiar a prefeitura de onde você vive e o poder de fazer leis municipais. Gente que vai decidir a limpeza da cidade, as condições das praças, das calçadas, das ruas que você frequenta. Gente que pode dar licença a uma boate ou a um bar na vizinhança, a um posto de gasolina na esquina. Gente que pode decidir se você dorme com barulho ou com silêncio; se haverá um transporte urbano conveniente para você ir ao trabalho, para seus filhos irem e voltarem da escola. Se o SUS vai funcionar bem se sua família precisar.

[não há muito o que se discutir sobre a importância das eleições municipais - mesmo que o produto delas, não seja dos melhores.
Agora o que é um absurdo, um verdadeiro desperdício de dinheiro público, é a realização de eleições a cada dois anos.
Milhões de reais são gastos para eleger vereadores e prefeitos, em eleições exclusivas, o que resulta em eleições a cada dois.
Bastaria incluir vereadores e prefeitos nas eleições para presidente, governadores, senadores e deputados - alcançando do vereador ao presidente - com tal medida teríamos eleições gerais a cada quatro anos e muito dinheiro público seria economizado = valor suficiente para custear parte dos programas de complementação de renda, ainda tão necessários. 

Por oportuno: muitos não sabem que a Justiça Eleitoral só existe no Brasil e que apesar da especialidade, as decisões de sua Instância máxima - TSE - podem ser reformadas pelo STF, inclusive no muito utilizado recurso de decisão monocrática.]

O município é o mais importante ente federativo na vida dos brasileiros. O prefeito é o governante mais próximo dos contribuintes; o vereador é o representante mais próximo dos seus representados. Por isso, a eleição do dia 15 é a mais significativa no nosso sistema democrático. Na maciça maioria dos municípios brasileiros, o cidadão pode falar com o prefeito e o vereador na rua, na praça, no canteiro de uma obra municipal. Falar, cobrar, fiscalizar, sugerir. Nas grandes cidades, há ouvidorias para esse contato, e há os bairros a que o vereador está ligado e representa. Tudo isso conduz a importância de você pensar e repensar no seu voto, nestes próximos dias.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) me fez embaixador da Justiça Eleitoral no movimento EuVotoSemFake. Não sou ingênuo para acreditar que fake news/notícias falsas vieram com as redes sociais. Elas existem desde sempre e não são exclusividade das redes sociais. Na condição de participante desta campanha, tenho postado mensagens de alerta a quase 3 milhões de seguidores no twitter. Tenho avisado sobre o lobo em pele de cordeiro. Quem se aproveita do tamanho, peso e tradição para induzir o eleitor. Quem mistura fato com opinião, quem deforma o fato e cria um factóide. Não se deixe iludir. Vote por você, não deixe que pensem por você. [nos parece que o lobo em pele cordeiro é facilmente identificável; 

acrescentamos um pequeno destaque: uma apresentadora de TV, em seu noticiário diário, deixou o protocolo de lado, apresentando uma notícia com evidente viés de comentário e fazendo apologia a prática com claro objetivo:  estimular o racismo reverso - aliás, não foi a única vez que a apresentadora trocou a notícia (que tem obrigação de apresentar) por comentário.]

Na interatividade do twitter, tenho recebido queixas sobre a qualidade dos candidatos que os partidos oferecem. O eletricista Marcelo me disse que, em 43 anos de vida, só votou para presidente em 2018 por falta de opção. Respondi a ele que, nas outras eleições, ele transferiu para outros o poder de escolha ao se omitir. Muitos partidos se formaram com um único princípio: o de receber os fundos partidários e eleitorais. Escolhas de candidatos têm como critério a popularidade, mas não o preparo, o altruísmo, a honestidade, o histórico pela comunidade. Mesmo assim, a alternativa não é a omissão, mas o voto, ainda que possa ser difícil decidir.

Alexandre Garcia, jornalista  - Coluna no Correio Braziliense

 

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Uma aberração de circo - J.R. Guzzo



O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, fez na última segunda feira um discurso no qual deu uma opinião surpreendente sobre o Brasil e o momento presente. “Nós já percorremos e derrotamos o ciclo do atraso”, disse Barroso. “Hoje vivemos sob o reinado da Constituição, cujo intérprete é o STF.” Em seguida, achou oportuno observar que o Supremo, “como qualquer instituição em uma democracia, está sujeito à crítica pública”. De qual Brasil estaria falando Barroso? Dois dias depois, o ministro Alexandre de Moraes, do mesmo tribunal, ordenou que agentes da Polícia Federal fizessem 29 operações de busca de documentos, apreensão de celulares, quebra de sigilo bancário e outros atos de repressão contra editores de blogs pró-governo e anti-STF, indivíduos diversos, incluindo um humorista e oito deputados no exercício dos seus mandatos, seis deles federais. Não foram acusados, legalmente, de nada: só se informou que fazem ataques destrutivos contra o tribunal e a democracia nas redes sociais. No Brasil de Moraes, o STF não está sujeito a críticas que ele, Moraes, não aprova.

domingo, 31 de maio de 2020

A boa notícia - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Há resistência, senso de dever e responsabilidade. O Brasil nunca será uma Venezuela

Para quem imagina, ou teme, que tudo está perdido, eis a boa notícia: as instituições e os setores responsáveis da sociedade se movem contra a escalada que vai de impropérios imbecis a ameaças perigosas. Não há reuniões secretas pela madrugada, apenas a velha e boa troca de impressões, informações e perplexidade, à luz do dia. Em plena pandemia, todos conversam freneticamente e há uma saudável resistência democrática no País.

O primeiro passo é contar a verdade, desmontar a versão de que o presidente Jair Bolsonaro é a vítima e que os palavrões e absurdos de 22 de abril foram “desabafo” de um homem perseguido com sua família, amigos e aliados. Afinal, quem ameaça quem? Quem ataca e quem é vítima? Quem precisa de um “basta, pô!”? Certamente, quem faz discurso em atos que se apropriam das cores e símbolos nacionais, com o QG do Exército ao fundo, para atacar a democracia e a ordem constituída.

E não é de hoje. Quem disse que “basta um soldado e um cabo para fechar o Supremo”? Faz apologia de “rupturas”? Comanda o “gabinete de ódio”? Insiste em intervir em PF, Coaf, Receita? Desafia até protocolos universais de saúde em atos contra o Legislativo e o Judiciário? [alguns dos 'fundamentos' das perguntas apresentam ponto em comum =  FALTAM PROVAS???
Outros cogitam de absurdos = os tais protocolos universais de saúde, que até agora tem se revelado meros 'chutes', não estão sendo descumpridos pelo Executivo, já que a responsabilidade do combate à covid-19 é dos governadores e presepeiros;
- Divulgas fake news ou notícias falsas é crime. Só que o comentário, classificado como apologia de ruptura, nada divulgou, apenas expressou o entendimento do  seu autor, algo que pode ocorrer = está no campo de liberdade de expressão.]
 
O senso de dever e responsabilidade uniu os desiguais do Supremo, pôs as cúpulas do Congresso e de partidos de barbas de molho, mexeu com o instinto democrático da mídia, reanimou velhas associações de belo passado e presente inerte e a até a discreta Sociedade Brasileira de Psiquiatria deu um grito pela democracia. A Igreja Católica anda mais quieta do que a história exige, mas as entidades judaicas acusam indignação com o uso de Israel em vão. Cresce a consciência do que se passa no País, cresce a resistência.

As Forças Armadas não passam ao largo disso. Nelas pululam dúvidas, discordâncias, o temor de quebra de uma imagem exemplar. Em nome do que? Do falso dilema entre defender Bolsonaro dos próprios fantasmas ou ser devoradas por dragões comunistas imaginários que estão sob cada cama, ministério, instituição? Louve-se o silêncio dos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica. O general Augusto Heleno tentou consertar sua frase sobre “consequências imprevisíveis” e o vice Hamilton Mourão descartou golpes e aventuras militares com desprezo, ironia. [general Mourão, em passado recente execrado pela mídia, agora idolatrado apenas por ter expressado um pensamento que pode ser interpretado à conveniência do intérprete.]

(.....)

Em 31/03/2019, no texto “Construir, não destruir”, descrevi o que há de comum entre os projetos do capitão Bolsonaro e do coronel Chávez de alimentar as milícias e espancar Judiciário, Legislativo e mídia para instalar suas crenças e delírios de poder. O Brasil, porém, jamais será uma Venezuela. Nem pela direita, nem pela esquerda. Há resistência e é à luz do dia.

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo - MATÉRIA COMPLETA



terça-feira, 13 de novembro de 2018

Lula acreditava que seria libertado após eleição


Lula imaginou que ganharia a liberdade depois da eleição. Foi o que disse ao teólogo e filósofo Leonardo Boff, que o visitou na cadeia nesta segunda-feira. Acha que continua preso porque virou “um troféu para sustentar as mentiras” da Lava Jato. Tudo mudou no Brasil, menos a retórica de Lula. Segundo Boff, o presidiário petista continua “desafiando” Sergio Moro a apresentar uma prova capaz de incriminá-lo no caso do tríplex. [Lula continua preso por ser um criminoso, como bem disse Sérgio Moro 'cometeu crime';
as igrejas fizeram oposição ao partido 'perda total', por as ideias daquela organização criminosa tipo 'ideologia de gênero', 'kit gay', 'empoleiramento dos portadores do homossexualismo' e outras 'aberrações do tipo', estão entre as coisas que devem ser combatidas por qualquer cristão, ou até mesmo por um ateu, bastando para tanto que o mesmo seja pessoa de bem, apesar de seu ateísmo.
Um recado ao Lula: esquece essa 'ideia ' de ser libertado, já que novas sentenças virão; o que pode ocorrer é que quando o presidiário petista chegar aos oitenta anos, ser beneficiado com uma conversão de seus muitos anos de cadeia em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica - não por mérito de seus defensores e sim por razões humanitárias.]

Em suas últimas entrevistas, Moro tachou a tese da perseguição política de “álibi falso” do petismo. Disse que Lula está preso porque “cometeu crime”. Sua sentença sobre o tríplex foi confirmada e ampliada pelo TRF-4. Enquanto Lula vira a página do seu drama penal para trás, Moro prepara sua mudança da Lava Jato para a Esplanada dos Ministérios. Deixou o “troféu” aos cuidados da jovem juíza substituta da 13ª Vara de Curitiba, Gabriela Hardt, 44 anos. A doutora deve interrogar Lula nesta quarta-feira (14). Manuseia agora o processo sobre o sítio de Atibaia.  

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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Erro de Haddad abala tática petista de culpar 'fake news' por desvantagem

Candidato do PT à Presidência repetiu na sabatina do GLOBO afirmação equivocada do músico Geraldo Azevedo, que acusou Mourão de tortura [na época da suposta tortura Mourão tinha apenas 16 anos.

Haddad é burro - os muares que nos perdoem por comparar Haddad a eles - e sem noção ao repetir na sabatina do GLOBO afirmação equivocada do músico Geraldo Azevedo, que acusou Mourão de tortura; 

ao repetir a mentira do músico, o petista põe por terra a estratégia petista de culpar 'fake news' pela desvantagem.]

Ao repetir na sabatina, sem checar, o que se provou ser falso, Haddad cometeu um erro que abala sua principal estratégia na reta final. Nos últimos dias, nos estertores de sua agonia, o PT = perda total = vinha atribuindo sua desvantagem em relação a Bolsonaro a supostas fake news.

Agora toda vez que Haddad  reclamar do massacre de notícias falsas, o PSL já tem pronta a resposta:  quem espalha FAKE NEWS são os petistas, tanto que arranjam um torturado que acusa o general Mourão de ser seu torturador e está provado que na época da suposta tortura Mourão tinha apenas 16 anos. 


sábado, 13 de janeiro de 2018

Positivo sobre Lula: 20% - sobre Bolsonaro: 67% - Negativo sobre Lula: 73% - sobre Bolsonaro: 22% - Rejeição a Lula é três vezes superior à Bolsonaro e apoio a Bolsonaro é 3 vezes e meia superior ao de Lula

Lula, Temer e Moro são os maiores alvos de notícias falsas

[nem mentindo o pessoal gosta de Lula e Jean Wyllys.]

Levantamento inédito de VEJA mostra quais nomes aparecem com maior frequência nos posts com "fake news" sobre política brasileira publicados no Facebook

O ex-presidente Lula é o nome mais citado em notícias falsas sobre política publicadas por páginas do Facebook no Brasil.

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O presidente Michel Temer e o juiz Sergio Moro ocupam a segunda e a terceira posição no ranking, seguidos pelo ministro do STF Gilmar Mendes, pelo senador Aécio Neves, pela ex-presidente Dilma Rousseff, pelo deputado Jair Bolsonaro, pela ministra do STF Cármen Lúcia, pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral e pelo deputado federal Jean Wyllys.

...

 

Nesse aspecto, o deputado federal Jair Bolsonaro (sétimo entre os mais citados) é um caso único de maioria de fake news de viés positivo, caso de 67% das postagens.  



O parlamentar Jean Wyllys, na lista dos dez mais, é o único envolvido sempre em manchetes negativas - 100% negativo

MATÉRIA COMPLETA na Revista VEJA

sábado, 4 de novembro de 2017

As “fake news” nas eleições

O fenômeno não é novo. Muito menos exclusivo do Brasil. Ao contrário. As chamadas “fake news”, ou notícias falsas, que inundaram as mídias digitais já polarizaram as eleições tanto aqui como nos EUA

O fenômeno não é novo. Muito menos exclusivo do Brasil. Ao contrário. As chamadas “fake news”, ou notícias falsas, que inundaram as mídias digitais já polarizaram as eleições tanto aqui como nos EUA, onde Donald Trump surfou a onda e saiu vencedor movido a uma bateria de desinformações que favoreceram a sua candidatura.  Os assessores de Trump espalharam na rede, por exemplo, que o Papa Francisco apoiava o republicano para a presidência e os fiéis conservadores do partido, que ainda acalentavam alguma desconfiança em relação ao empresário fanfarrão, viram naquela “benção” um selo de garantia para definir o voto.

O Vaticano levou uma semana até desmentir a “notícia” que corria solta e aí o impacto da “fake news” já havia surtido o efeito desejado. No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas acaba de concluir um levantamento no qual aponta que os robôs – também conhecidos como contas automatizadas, que ficam clicando e massificando certas postagens para criar no meio da sociedade uma falsa sensação de apoio majoritário a uma determinada ideia ou pessoa – foram responsáveis por 10% do engajamento no debate de conteúdo político nas redes em 2014.

Levando-se em conta que as eleições naquele ano foram decididas por uma estreitíssima margem de votos a favor da petista Dilma Rousseff, é possível ter a exata dimensão do papel importante que essa ferramenta desempenhou na escolha. Para 2018, em plena era da pós-verdade, é de se imaginar que os recursos com o objetivo de engabelar massas de eleitores por meios digitais terão ainda maior destaque. Muitos chegam a apontar que as “fake news” vão polarizar a disputa. A tal ponto que a corte eleitoral do TSE já discute estratégias para evitar a proliferação dessas notícias falsas durante o período de campanha. O assunto também despertou o interesse do Exército, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal. A ideia é criar uma força tarefa que funcione policiando a atuação dos robôs na internet.

O ministro do STF, Alexandre Moraes, também defendeu dias atrás a aprovação imediata de uma regulamentação da propaganda eleitoral na internet como alternativa de freio à proliferação dos boatos. O impacto negativo de mentiras disseminadas especialmente nas redes não é pequeno. Estudo da Universidade de São Paulo (USP) apontou que mais de 12 milhões de pessoas – número equivalente a 6% da população brasileira – difundem as tais notícias falsas dentro do ambiente digital. Considerando que cada uma delas possui, em média, ao menos 200 conexões, o universo de impactados abrange praticamente todo o leque de eleitores. Nesse contexto, as chamadas “mídias ninjas”, de forte ativismo e engajamento, voltadas para a chamada informação combatente e partidária, exercem influência capital. Alguns candidatos, mais familiarizados e antenados com o poder da ferramenta, já a usam de várias formas e em diversos meios.

O ex-presidente Lula e o seu partido PT dedicam boa parte de sua força-tarefa para esse trabalho na rede e difundem informações ou fatos “adaptados” às conveniências mesmo em programas de TV, palanques ou entrevistas. Lula é decerto um fenômeno da era da pós-verdade. Alegou recentemente que vai combater a criação dos chamados “campeões nacionais”, grupos empresariais que ganharam gordos subsídios federais para crescer, como foram os casos da JBS, Odebrecht e EBX. Deixa de informar que foi justamente ele, Lula, quem bolou e executou a tal política de benefícios diferenciados. Do mesmo modo o petista, numa tentativa de se descolar dos erros de sua pupila Dilma, passou a criticar medidas adotadas por ela que antes contavam também com o seu aval.

Nos meios digitais, essas mensagens subliminares se espalham como pólvora, fazendo crer que o Lula candidato não guarda qualquer ligação com o Lula das práticas equivocadas. A dissimulação faz parte do jogo. Não foi de outra maneira que surgiu o conceito do “Lulinha paz e amor” para vencer a disputa de 2002 ou da “Dilma mãe do PAC”, que falava em luz barata enquanto quebrava o País.

Em vários casos, a mensagem cenográfica dos candidatos – que na TV, nos outdoors e nos discursos são “maquiados” com promessas que não cumprem e ideias nas quais na verdade não acreditam – ganhou agora um elemento a mais: as versões virtuais de mentiras e desinformações que eles espalham na rede, seja com o objetivo de turbinar suas candidaturas ou de enxovalhar a reputação de adversários, numa manobra que confunde o público, engana internautas e desvirtua os fatos de maneira criminosa. É essa a onda que precisa ser combatida.

Fonte:  Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três - Revista Isto É



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

STF não pediu R$ 9 bi em indenizações a famílias de presos mortos nem Sérgio Moro foi alvo de ‘atentado de morte’ nem ‘alertou exército’


STF não pediu R$ 9 bi em indenizações a famílias de presos mortos

Sites de notícias falsas aproveitam massacres em Manaus e Boa Vista para apelar à indignação dos internautas

Os massacres nos presídios Anísio Jobim, em Manaus (AM), e Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista (RR), que deixaram 91 detentos mortos na primeira semana de 2017, têm sido um prato cheio para os propagadores de desinformação na internet.

Sempre em busca dos cliques que rendem valiosos dividendos publicitários, sites como o Pelo Amor de Deus.com e o Saúde, Vida e Família lançaram a seguinte manchete: “STF quer a liberação de 9 bilhões de reais para pagar familiares de presos mortos por rivais em Manaus”.

Como é praxe no infame ofício de inventar notícias online, os autores da “informação”, tão verdadeira quanto uma nota de três reais, contam uma grande mentira rodeada por verdades.

No primeiro parágrafo, o texto diz que “o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse ao Globo que o Estado é responsável pela integridade do preso”.  Em entrevista ao site do jornal O Globo, o ministro afirmou, de fato, que “(as mortes são) resultado da não observância da Constituição Federal, que impõe ao Estado preservar a integridade física e moral do preso”.

Na sequência, o texto relata que “em março de 2016, o STF decidiu que o poder público tem o dever de indenizar a família de detento que morrer dentro do presídio, mesmo que seja suicídio”.  De fato, o plenário do STF decidiu, em março do ano passado, que o Estado é responsável pela morte de detentos em presídios. O relator da matéria, ministro Luiz Fux, entendeu que a responsabilidade estatal sobre os detentos ocorre também em casos de suicídio. No processo, os ministros da Corte foram unânimes em condenar o Estado do Rio Grande do Sul a indenizar a família de um preso que morreu enforcado na Penitenciária Estadual de Jacuí, cidade a 290 quilômetros de Porto Alegre. [ministro Fux, o que impediu, ou impede, o senhor de considerar também o Estado responsável por indenizar as famílias das pessoas mortas em assaltos? ou o senhor entende que só bandido tem direitos?] 

Neste sentido, o governo do Amazonas confirmou, por meio de nota, que indenizará as famílias de detentos assassinados em Manaus.  Não há, no entanto, – como o bom senso já sugere – nenhum registro de que o STF solicitou como indenização o estratosférico valor de 9 bilhões de reais, mera invenção dos criativos roteiristas dos sites de notícias falsas para despertar a indignação dos internautas brasileiros.

Leia também:  Moro não foi alvo de ‘atentado de morte’ nem ‘alertou exército’

 Fonte: Blog me engana que eu gosto